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Adequação da infraestrutura física, equipamentos, mobiliários e materiais

2. A POLÍTICA EDUCACIONAL INCLUSIVA E A EDUCAÇÃO ESPECIAL:

3.3. Adequação da infraestrutura física, equipamentos, mobiliários e materiais

No Capítulo 1 desta dissertação, ao tratar sobre a qualidade no âmbito educacional, recorremos à Gusmão (2013). A autora aponta as condições de infraestrutura, equipamentos e materiais como dimensão objetiva de desenvolvimento do processo educativo com qualidade na escola.

Nessa perspectiva, ao realizarmos a pesquisa de campo, verificamos que para um atendimento adequado ao grupo de estudantes com deficiência, serão necessárias ações que visem à ampliação da acessibilidade tanto da rede física quanto de mobiliários, equipamentos e materiais didático- pedagógicos. A legislação brasileira estabelece critérios e formas de promover o melhor acesso dos alunos com deficiência ao ambiente escolar, devendo-se, no entanto, observar quais são as necessidades a serem atendidas a partir do tipo de deficiência e ou transtornos globais do desenvolvimento apresentados.

A escola pesquisada atende atualmente a alunos com deficiência intelectual, deficiência visual (baixa visão), deficiência auditiva, deficiência física e transtorno global do desenvolvimento.

Para adequações da estrutura física, será necessária a realização de um estudo técnico que evidencie as questões a serem resolvidas, incluindo encaminha ao Comitê Gestor da Rede Nacional de Formação/MEC, responsável pela sua aprovação e apoio financeiro.

Fonte:http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17429&Itemid= 817>. Acesso em: 03. mai. 2015.

De acordo com a relação de municípios pólos e respectivas abrangências, Visconde do Rio Branco está situado na região sudeste, pólo Juiz de Fora. Fonte: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17503&Itemid=817>. Acesso em: 03 mai. 2015.

rebaixamento de guia na calçada em frente à entrada principal dos alunos, adaptação dos banheiros, acesso às salas do piso superior onde fica o salão de eventos da escola, dentre outras.

Quadro 8- Promoção de acessibilidade da rede física

PROMOÇÃO DE ACESSIBILIDADE DA REDE FÍSICA

Ação Estratégia Prazo Local Responsáveis

1)Solicitação de Estudo técnico para adequação dos espaços físicos. Solicitar visita do Engenheiro Civil da SRE/Ubá através de ofício. 1ª semana de maio/15. _ Diretora 2)Realização de estudo técnico para adequação dos espaços físicos. Visitar a escola. Elaborar planilha de acessibilidade e parecer técnico para a escola.

Maio/15. Escola. Engenheiro Civil da SRE/Ubá

3)Apoio na execução dos recursos financeiros do Programa Escola Acessível. Monitorar o processo de execução dos recursos financeiros recebidos.

Junho/15. Escola Diretora

ATB/Auxiliar da área financeira Analista do Setor de Prestação de Contas da SRE/Ubá

Inspetor Escolar

Analista da Equipe do SAI/SRE/Ubá

Para aquisição de mobiliários e equipamentos será necessário conhecer e entender quais são as necessidades de cada aluno, o que poderá ser feito através de estudos de caso, que também auxiliarão na elaboração do Plano de Desenvolvimento Individualizado do aluno (PDI). Para a realização dessa tarefa, além dos atores internos, família e do próprio aluno, profissionais da escola estadual de educação especial, da APAE e da área de saúde serão envolvidos, através de parcerias.

Para atender ao aluno com deficiência física, a aquisição de cadeira de rodas, carteira adaptada e bebedouro adaptado, já está sendo feita com recursos financeiros disponibilizados pelo governo federal, através do Programa Escola Acessível.

Para ampliar a acessibilidade dos alunos com baixa visão, será necessário disseminar e socializar com supervisores pedagógicos e professores as informações sobre as possibilidades de uso de materiais

específicos, como caderno de pauta ampliada, lápis próprio (3b ou 6b), canetas de ponta porosa, textos e imagens ampliadas, além do correto posicionamento do aluno em sala de aula (preferencialmente na primeira fila, próximo do quadro e da janela).

A Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais elaborou, em 2008, e disponibilizou para as SREs e escolas estaduais uma cartilha com orientações para pais, alunos e profissionais da educação para a inclusão de alunos com surdez, cegueira e baixa visão.

Essa cartilha deverá ser retomada pela escola para estudos com os professores que atendem aos alunos com baixa visão e cópias deverão ser disponibilizadas na biblioteca escolar para consulta, sempre que necessário.

Quanto aos alunos com deficiência auditiva, além da presença de professores Intérpretes de Libras para acompanhá-los nas atividades escolares, a escola poderá oferecer regularmente aos professores informações sobre a especificidade dos surdos e seu processo de inclusão educacional, através da cartilha citada anteriormente, bem como através de sites do governo estadual (www.educacao.mg.gov.br) e federal (www.mec.gov.br), e do Instituto Nacional dos Surdos (www.ines.gov.br). Além disso, poderá sempre que necessário manter contato com o Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez em Belo Horizonte (CAS/BH) através do e-mail casbhmg@yahoo.com.br.

Quanto aos alunos com deficiência intelectual, a Equipe do SAI- SRE/Ubá, no momento da reformulação do Projeto Político Pedagógico, discutirá com a comunidade escolar, a possibilidade de se trabalhar com um currículo funcional natural44, metodologia que permite adaptações e flexibilizações para adequar-se às condições de aprendizagem dessa

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“(...) metodologia que se destina ao ensino de pessoas com autismo podendo também ser utilizada com pessoas portadoras de outras deficiências, inclusive nos casos onde o grau de severidade é intenso” (SUPLINO, 2005, apresentação).

“Em 1990, a Dra. LeBlanc passou a usar a nomenclatura Currículo Funcional Natural. Mais tarde, denominou-o Currículo para a vida. O Currículo Funcional/Natural expressa em seu nome qual é a sua amplitude e a que se destina. A palavra funcional se refere à maneira como os objetivos educacionais são escolhidos para o aluno enfatizando que aquilo que ele vai aprender tenha utilidade para sua vida a curto ou a médio prazo. A palavra natural diz respeito aos procedimentos de ensino, ambiente e materiais os quais deverão ser o mais semelhantes possível aos que encontramos no mundo real. (LeBlanc, 1992) Os objetivos centrais da aplicação do Currículo Funcional/Natural são, nas palavras de LeBlanc “tornar o aluno mais independente e produtivo e também mais aceito socialmente.’’(1992). (SUPLINO, 2005, p.33).

demanda. A equipe multidisciplinar da escola estadual de educação especial também poderá auxiliar a equipe da escola pesquisada com orientações sobre aplicação do currículo funcional natural, na construção do plano individualizado do aluno.

A escola poderá ainda, organizar um espaço em sua biblioteca, destinado a oferecer aos seus usuários produtos e serviços para o ensino e pesquisa na área das diversas deficiências e transtornos globais do desenvolvimento. Esse espaço terá como objetivo prestar apoio aos docentes da escola. A consulta ao acervo será de livre acesso às estantes.