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ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL

No documento Apostila de Semio II Completa (páginas 30-34)

Conceito – É a administração de um agente terapêutico pelas vias Intradérmica (ID), Subcutânea (SC), Intramuscular (IM), Intravenosa ou Endovenosa (IV ou EV).

Vantagens

 Absorção mais rápida e completa.

 Maior precisão em determinar a dose desejada.  Obtenção de resultados mais seguros.

 Possibilidade de administrar determinadas drogas que são destruídas pelos sucos digestivos.

Desvantagens

 Dor, geralmente causada pela picada da agulha ou pela irritação da droga.  Em casos de engano pode provocar lesão considerável

 Devido ao rompimento da pele pode ocorrer o risco de adquirir infecção.  Uma vez administrada a droga, impossível retirá-la.

Requisitos básicos para a administração da droga

 As soluções devem ser absolutamente estéreis, isentas de substâncias pirogênicas  O material usado na aplicação deve ser estéril e descartável.

 A introdução de líquidos deve ser lenta, a fim de evitar rutura de capilares.

Problemas que podem ocorrer na administração

 Infecções: Pode resultar da contaminação do material, da droga ou em conseqüência das condições predisponentes do cliente (mal estar geral e presença de focos infecciosos). Podem ser 1) locais (áreas avermelhadas, intumescidas, ruborizada, dolorida, podendo aparecer abscesso), ou 2) sistêmicas (Esta infecção pode generalizar-se dando origem à infecção sistêmica – septicemia – provocada por microorganismos oriundos de um ou mais foco de infecção e multiplicação dos microorganismos na corrente sanguínea).

 Fenômeno alérgicos: Aparecendo devido á susceptibilidade do índividuo ao produto usado para anti-sepsia ou ás drogas injetadas. Podendo ser local ou geral.

 Má absorção das drogas: Quando a droga é de difícil absorção, ou é injetada em local inadequado pode formar nódulos ou abscessos, que fazem com que a droga não surta efeito.  Embolias: Resultam da introdução na corrente sangüínea de ar coágulos, óleos ou cristais de

drogas em suspensão. É um acidente grave conseqüente da falta de conhecimento e habilidade do profissional (falta de aspiração antes de injetar a droga; introduzir ar coágulos ou substância oleosa ou suspensões por vis IV, ou à aplicação de pressão muito forte na injeção de drogas em suspensão ou oleosa, causando a rutura de capilares, com conseqüências microembolias locais ou gerais).

 Traumas: Psicológico podendo ser: medo, tensão, choro, recusa do tratamento,lipotímia. O medo pode à contração muscular impedindo a penetração da agulha acarretando acidentes ou contaminação acidental do material. O traumas tissulares são de etiologias diversas, podendo ser decorrentes de agulhas romba ou de calibre muito grande, que causa lesão na pele ou ferimentos, hemorragias, hematomas, equimoses, dor parestesias, paralisias, nódulos e

necroses, causado por técnica incorreta, desconhecimento dos locais adequados para diversas aplicações, falta de rodízio dos locais.

Cuidados gerais  Lavar as mãos.

 Utilizar técnica asséptica no preparo a fim de minimizar o perigo de injetar microorganismos na corrente sangüínea ou nos tecidos.

 Fazer anti-sepsia da pele.

 Manejar corretamente o material esterilizado.  Explicar ao paciente quanto ao procedimento.  Utilizar o método de administração corretamente.

Via intradérmica (ID)

Conceito – É a introdução de pequena quantidade de medicamento na derme, onde o suprimento sangüíneo é reduzido e a absorção ocorre lentamente. A droga é injetada, geralmente, para testes cutâneos, dessensibilazação e imunização (BCG). A inserção da agulha deve ser somente o bisel. Volume máximo permitido é de 0,5 ml.

Posição da agulha – A agulha é inserida na pele formando ângulo de 15º ou paralela à superfície da pele.

Áreas de aplicação – Face interna do antebraço, escapular, inserção inferior do deltóide. Locais onde há pouca pilosidade e pigmentação.

Material

 Seringa de 1cc

 Agulha 13x3, 8 ou 4,5.  Etiqueta de identificação.

Procedimentos

1. Fazer anti-sepsia ampla da pele.

2. Esticar a pele com auxílio dos dedos polegar e indicador, para facilitar a introdução da agulha.

3. Introduzir somente o bisel, voltado para cima, sob a epiderme. 4. Injetar o medicamento, lentamente , até a formação da pápula.

5. Retirar a agulha sem fazer compressão no local, pois o objetivo é retardar a absorção da droga que, quando injetada por esta via, pode provocar fenômenos alérgicos graves dependendo das condições do cliente.

Via subcutânea (SC)

Conceito – É a introdução de uma droga no tecido subcutâneo ou hipoderme. É indicada para drogas que não necessita ser rapidamente absorvidas (absorção mais lenta que a via IM e EV). Administra somente de 0,5 a 1 ml de medicamentos.

Posição da agulha – O ângulo depende da quantidade de tecido subcutâneo, local de aplicação e do comprimento da agulha. Em geral, a agulha 25x6 é inserida na pele formando ângulo de 45º. A agulha de 13x3,8 é inserida perpendicularmente à pele ou em ângulo de 90º.

Áreas de aplicação – Face externa do braço, região glútea, face externa da coxa, região periumbilical, região escapular, e flanco direito ou esquerdo.

Procedimentos

1. Fazer anti-sepsia ampla no local.

2. Fazer uma prega na pele com os dedos polegar e indicador, levemente.

3. Introduzir a agulha com impulso. Em seguida, tracionar o êmbolo para certificar-se de que não tenha atingido um vaso.

4. Aplicar lentamente o medicamento.

5. Retirar agulha fazendo leve compressão do local, sem friccionar a pele.

6. Evitar aplicação próxima à região inguinal, às articulações e ao umbigo, na cintura e na linha mediana do abdome e face anterior do antebraço (insulina).

7. Mudar diariamente o local de aplicação (insulina).

Obs.: A posição do bisel da agulha na via subcutânea é indiferente. Via intramuscular (IM)

Conceito – É a introdução de medicamentos nas camadas musculares. Depois da via EV é a mais rápida de absorção devido a maior vascularização deste tecido. A quantidade a ser administrada não deve ultrapassar 05 ml.

Posição da agulha – A inserção da agulha deve ser perpendicular à pele, ou formando ângulo de 90º, a fim de evitar o risco de lesar as fibras musculares, ou a droga ser injetada no tecido subcutâneo.

Áreas de aplicação – A seleção de uma região para injeção intramuscular depende de vários fatores: idade, quantidade de tecido, natureza do medicamento e estado da pele.

Locais utilizados DELTÓIDE

 A aplicação do medicamento deve ser na parte mais volumosa de massa muscular.  A localização correta é importante para não lesar o nervo radial.

GLÚTEO

 Observar o local de introdução da agulha para evitar lesão do nervo ciático, responsável pela motricidade dos membros inferiores.

No documento Apostila de Semio II Completa (páginas 30-34)

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