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Apostila de Semio II Completa

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Academic year: 2021

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(1)

Faculdade Santa Emília de Rodat - FASER

Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem II

Org. Profª.

Adriana Marques Pereira de Melo Alves Cizone Maria Carneiro Acioly Jacqueline Oliveira de Paiva Ferreira

Maria Amélia de Sousa Maria de Fátima Alves dos Santos

(2)

O conteúdo desta apostila constitui numa coletânea de textos sobre a assistência de

enfermagem direcionada ao indivíduo, família e comunidade e, se torna, portanto, um

dos meios para o aluno sistematizar seu conhecimento. Vale ressaltar que estes

conteúdos devem ser complementados com outras leituras no sentido de enriquecer seu

conhecimento.

Que a leitura deste material sirva de alicerce para trilhar pela disciplina Semiologia e

Semiotécnica em enfermagem, em busca de novos conhecimentos.

(3)

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

UNIDADE I

Assistência de enfermagem nas necessidades de higiene pessoal 04

UNIDADE II

Assistência de enfermagem na administração de medicamentos 18

UNIDADE III

Assistência de enfermagem nas necessidades de termoterapia e

crioterapia 78

UNIDADE IV

Assistência de enfermagem no tratamento de feridas 86

UNIDADE V

Assistência de enfermagem na aplicação de ataduras 101

UNIDADE VI

Assistência de enfermagem nas necessidades de oxigenioterapia 105

UNIDADE VII

Assistência de enfermagem nas necessidades de sondagens Cateterismo gástrico Cateterismo vesical Lavagem intestinal 111 111 117 128

UNIDADE VIII

Assistência de enfermagem aos pacientes graves e agonizantes 131

(4)

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS NECESSIDADES DE

HIGIENE PESSOAL.

A higiene é a ciência da saúde e quando é bem executada é importante para a saúde geral do indivíduo. A pele sadia íntegra é a primeira barreira de defesa contra a infecção e a lesão dos tecidos. Dentes e gengivas saudáveis são essenciais à manutenção das condições nutricionais. A má condição da cavidade oral representa fontes potenciais de infecção, assim como causa desconforto e dor ao paciente. Neste sentido, o fato de ajudar a se manter limpo através de remoção de impurezas, produtos de secreções e excreção, elimina muitas substâncias nas quais estas bactérias se reproduzem. Além disso, as medidas higiênicas ajudam o paciente a sentir-se mais confortável e relaxado.

Freqüentemente, as pessoas doentes sentem-se preocupadas com os odores desagradáveis que se instala em seu corpo pela falta de higiene que, temporariamente ou não, estará suspensa. Sabemos que a auto-estima ficará afetada com o comprometimento da higiene de um paciente e que a resolução deste poderá se concentrar na execução desta higiene.

Fatores que influenciam as medidas de higiene

 Auto-imagem: O profissional não deve transmitir sentimentos de desaprovação se a higiene do paciente for insatisfatória;

 Nível socioeconômico: Os hábitos de higiene são influenciados pelos recursos econômicos disponíveis do paciente.

 Conhecimento: geralmente o seu nível de conhecimento influencia sua motivação e prática de higiene.

 Variáveis culturais: As crenças culturais, a formação, a idade, os valores pessoais e os hábitos familiares influenciam nos cuidados de higiene do indivíduo.

 Preferências pessoais: Cada paciente tem seus hábitos pessoais e de higiene. O profissional de Enfermagem pode adotar horários em um plano individualizado.

O profissional de Enfermagem deve procurar manter seus pacientes limpos e livres de maus odores, incentivando para que participem do seu autocuidado.

(5)

HIGIENE ORAL

Conceito

É a limpeza da cavidade oral, ou seja, dentes, gengivas, lábios, véu palato e língua. Um dos fatores essenciais à manutenção da saúde é prevenir o aparecimento de infecção na boca, pois esta faz parte do sistema digestório e também do respiratório. A higiene oral é indicada pela manhã, após as refeições e de 02 em 02 horas em pacientes graves, febris, e com SNG.

Objetivos

Proporcionar conforto e bem estar ao paciente, favorecendo o aumento do apetite e permitindo que ele se sinta socialmente aceitável; - Evitar halitose; - Prevenir cáries dentárias; - Prevenir infecções bucais, digestivas e respiratórias; - combater infecções já instaladas;

PACIENTE QUE PODE CUIDAR DE SI

Material

Escova de dente ou espátula e gaze; - creme dental ou solução dentrifícia; - copo com água; - cuba rim ou similar; - toalha de rosto; Lubrificante para os lábios, se necessário;

Procedimentos

1. Explicar ao paciente o procedimento e observar as condições da cavidade oral. 2. Lavar as mãos

3. Prepara o material necessário

4. Erguer a cabeceira da cama (posição de fowler) ou solicitar ao paciente que se sente. 5. Fornecer a toalha de rosto para que proteja o tórax.

6. Dispor o material junto ao paciente.

7. Solicitar ao paciente que escove a face anterior e posterior dos dentes, no sentido gengiva-dente inclusive a língua;

8. Orientar o paciente para que deixe escorrer a água na cuba rim por um dos cantos da boca, enxaguando bem a cavidade oral;

9. Solicitar ao paciente que enxugue a boca com a toalha de rosto. 10. Orientar o paciente para enxaguar, secar e guardar a escova de dente; 11. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem

(6)

PACIENTE DEPENDENTE

Material: acrescentar ao material tubo plástico (canudo) e Saco de lixo. Procedimentos

1. Orientar o paciente sobre o procedimento, observando as condições da cavidade oral. 2. Lavar as mãos

3. Preparar o material

4. Erguer a cabeceira da cama (posição de fowler) 5. Colocar a toalha de rosto sobre o tórax do paciente. 6. Colocar a cuba rim próxima ao rosto do paciente.

7. Umedecer a escova na água, colocar creme dental. Na falta de escova, umedecer a gaze envolta na espátula com solução dentrifícia.

8. Escovar a face anterior e posterior dos dentes no sentido gengiva-dente. 9. Escovar a língua evitando feri-la e provocar náuseas

10. Oferecer água para o paciente bochechar e enxaguar a boca; se necessário, usar canudo. 11. Orientar o paciente para que deixe escorrer a água na cuba rim, por um dos cantos da boca. 12. Retirar a cuba rim e enxugar a boca com a toalha de rosto

13. Lubrificar os lábios, se necessário.

14. Enxaguar a escova de dente, seca-la e guarda-la; 15. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem. 16. Lavar as mãos.

17. Fazer anotações na prescrição do paciente: horário; condições da cavidade bucal.

HIGIENE ORAL EM PACIENTE INCONSCIENTE

Material

Duas espátulas e gaze; copo com solução dentifrícia (Cepacol ou similar a 50% e bicarbonato de sódio a 2%); saco para lixo; toalha de rosto; um par de luvas de procedimento; lubrificante para os lábios;

(7)

Procedimento

1. Informar ao paciente sobre o procedimento, observando as condições da cavidade oral. 2. Lavar as mãos

3. Preparar o material

4. Posicionar o paciente de lado e lateralizar a sua cabeça colocando a toalha; 5. Envolver a gaze na espátula ou pinça e umedece-la com solução dentifrícia

6. Abrir a boca do paciente com o auxilio da outra espátula e, delicadamente, friccionar a espátula envolta em gaze nos dentes, gengiva e língua.

7. Repetir a limpeza quantas vezes for necessária, trocando as gazes. 8. Secar os lábios e lubrifica-los.

9. Retirar a toalha de rosto, deixar o paciente confortável e a unidade em ordem. 10. Lavar as mãos

11. Fazer anotações na prescrição do paciente: horário; condições da cavidade bucal (ex. presença de sangramento gengival, mucosa ressecada, ulcerações ou crostas na língua).

Cuidados importantes

1. Orientar ou fazer higiene oral no mínimo três vezes ao dia

2. Quando o paciente apresentar gengivas edemaciadas ou sangrando, usar bolas de algodão para a limpeza dos dentes.

3. Para lábios ressecados recomenda-se usar pomada específica, manteiga de cacau ou vaselina. 4. Cuidados com a prótese dentária.

a. Proceder à limpeza das próteses.

b. Orientar ou fazer a higiene oral e recolocar a prótese.

c. Qualquer anormalidade observada na cavidade oral (cáries, aftas, moniliases), anotar no prontuário e comunicar ao médico assistente.

d. No caso de pacientes que necessitam permanecer sem a prótese, a mesma deverá ser mantida em solução anti-séptica em recipiente identificado (ex.: inconsciente, fratura mandibular, traumatismo facial).

(8)

TRATAMENTO DE PEDICULOSE

Conceito

É a eliminação de parasitas (parasitas hematófagos), conhecidos popularmente por PIOLHOS. São encontrados no couro cabeludo e regiões pilosas do corpo.

Objetivos

Evitar a propagação de infecções e pedículos; Proporcionar higiene e conforto; Proporcionar higiene do couro cabeludo.

Material

Solução para pediculose (Benzoato de Benzila, Tetmosol, micosina, preparados caseiros); um par de luvas; toalha de banho ou similar e impermeável; fita adesiva; bolas de algodão; pente; recipiente para lixo; biombo.

Procedimentos 1. Lavar as mãos

2. Explicar ao paciente o procedimento.

3. Desocupar a mesa-de-cabeceira e colocar biombo. 4. Lavar as mãos

5. Preparar o material.

6. Levar o material para junto do paciente, organizar a bandeja 7. Calçar as luvas

8. Forrar o travesseiro com o impermeável e toalha de banho.

9. Aplicar a solução para pediculose, mecha por mecha – com auxilio de algodão e pente – umedecendo todo o cabelo e o couro cabeludo (começando pelo lado mais distante para o mais próximo);

10. Envolver a cabeça do paciente com a toalha de banho, fixando-a com fita adesiva, de maneira que todo o cabelo permaneça oculto por duas horas, no mínimo. De preferência colocar a noite para que seja retirado no outro dia, não deixando que os outros pacientes saibam;

(9)

12. Lavar as mãos.

13. Fazer anotações na prescrição do paciente: horário; reações do paciente.

Cuidados importantes

No caso de pedículos nos pêlos da região pubiana, convém executar tricotomia na área.

1. Proceder ao tratamento de pediculose e lêndeas por três dias consecutivos após uma semana do primeiro dia de tratamento, ou de acordo com indicação da solução aplicada.

2. Duas horas após o tratamento, realizar a higiene dos cabelos prosseguindo posteriormente com o tratamento de lêndeas, conforme a técnica padronizada.

3. Evitar que a solução atinja os olhos.

4. Caso o paciente concorde, cortar os cabelos.

5. Em casos de pedículos nos cílios usa-se pomada de óxido amarelo de mercúrio;

6. Devido ao ciclo biológico do parasita, recomenda-se mais de uma aplicação do produto para exterminar os pedículos;

7. Após a aplicação do produto faz-se necessário a troca de toda a roupa de cama e colocação desta em um saco plástico com a identificação Piolho.

REMOÇÃO DE LÊNDEAS

Conceito: É o extermínio de ovos dos pedículos nos fios de cabelo, que precisam ser removidos para extermínio completo dos parasitas.

Objetivo: Exterminar e remover as lêndeas.

Material: Vinagre puro aquecido ou ácido acético a 5%; bolas de algodão; pente fino e gazes; toalha de banho e impermeável; recipiente de lixo; um par de luvas.

Procedimentos

1. Explicar ao paciente o procedimento 2. Lavar as mãos.

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3. Preparar o material.

4. Forrar o travesseiro com a toalha de banho ou, caso o paciente esteja sentado, coloca-la nos ombros.

5. Embeber o algodão no vinagre aquecido. Aplicar ao longo dos cabelos, mecha por mecha.

6. Deixar o vinagre nos cabelos, no mínimo meia hora. Neste período, utilizar o pente fino ou gazes para remover as lêndeas.

7. Fazer higiene dos cabelos.

8. Trocar a roupa de cama e do paciente. Coloca-la dentro do saco plástico e lacra-la com a identificação de PIOLHO.

9. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem. 10. Lavar e guardar o material.

11. Lavar as mãos.

12. Fazer anotações na prescrição do paciente: horário; reações do paciente.

Cuidados importantes

1. Fazer aplicação de vinagre durante três dias consecutivos. Até a remoção completa de todas as lêndeas.

2. Repetir o tratamento após uma semana do primeiro dia do tratamento.

HIGIENE DOS CABELOS

Conceito: Consiste na limpeza do couro cabeludo e dos cabelos do paciente acamado.

Objetivos: Proporcionar conforto; Estimular a circulação do couro cabeludo; Proteger o couro cabeludo. Eliminação da seborréia; Evitar o aparecimento de pedículos, caspas e infecções.

Material: Impermeável ou saco de lixo plástico com as duas extremidades abertas e a lateral até o meio envolvendo o cobertor (na forma de um funil); toalha de banho e rosto; impermeável; cuba rim; duas bolas de algodão; cotonetes; recipiente para lixo; jarro com água morna e adaptador com borracha de látex, chuveiro ou pinça; balde vazio; papel toalha; um par de luvas; shampoo ou sabão líquido; pente.

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CONFECÇÃO DE UM FUNIL COM COBERTOR E IMPERMEÁVEL a) Dobrar o cobertor ao centro no sentido diagonal.

b) Enrolar e entrelaçar suas extremidades de modo a formar um círculo.

c) Envolver o cobertor com a extremidade do saco plástico que está aberta na lateral e deixar a outra extremidade para que seja colocada dentro do balde no ato do banho.

Procedimentos

1.Explicar ao paciente o procedimento.

2.Preparar o ambiente: fechar janelas; esvaziar a mesinha-de-cabeceira. 3.Preparar o material.

4.Lavar as mãos.

5.Forrar o travesseiro com o impermeável e sobre este, colocar a tolha de banho. 6.Colocar a toalha de rosto no ombro do paciente.

7.Colocar o travesseiro sob os ombros do paciente.

8.Colocar o rolo com o impermeável (funil) sob a cabeça do paciente.

9.Colocar a escadinha próxima da cabeceira da cama. Forra-la com papel toalha e colocar o balde em cima da mesma.

10. Colocar a extremidade mais fina do impermeável (bico do funil) dentro do balde. 11. Calçar as luvas.

12. Colocar as bolas de algodão nos ouvidos do paciente.

13. Irrigar, ensaboar e massagear o couro cabeludo com a polpa dos dedos. 14. Enxaguar retirando todo o sabão.

15. Retirar o impermeável do rolo com cuidado para não molhar o cobertor. 16. Repetir os itens 12 e 13 quantas vezes forem necessárias.

17. Enxugar a cabeça com a toalha de rosto e retirar as bolas de algodão do ouvido 18. Colocar o travesseiro no lugar.

19. Limpar os ouvidos com cotonetes. 20. Pentear os cabelos.

(12)

21. Retirar o impermeável e toalha de banho do travesseiro. 22. Lavar e guardar o material.

23. Lavar as mãos.

24. Anotar na prescrição do paciente: horário; reações do paciente; condições do couro cabeludo.

Cuidados importantes

1. Observar condições do couro cabeludo (lesões, lêndeas, pedículos, etc.).

2. No caso de cabelos embaraçados, aplicar álccol com auxilio de bolas de algodão. 3. Evitar que escorra água e sabão nos olhos do paciente.

4. Pentear os cabelos iniciando das pontas para a raiz.

5. Preferencialmente, estas técnicas devem ser executadas por duas pessoas.

TRICOTOMIA

Conceito: É a retirada de pêlos de uma determinada área.

Objetivos: Preparar uma área para cirurgias ou exames; - Facilitar a higiene.

Material: Aparelho de barbear; cuba de anti-sepsia; água; recipiente com sabão; gazes; papel higiênico; recipiente para lixo; biombos e foco auxiliar, se necessário; toalha impermeável.

Procedimentos 1. Lavar as mãos.

2. Comunicar ao paciente o procedimento e sua finalidade. 3. Preparar o material.

4. Cercar a cama com biombo, se necessário.

5. Proteger a cama com impermeável, se necessário.

6. Colocar o paciente em posição confortável e expor apenas a área a ser tricotomizada. 7. Ensaboar as bolas de algodão, aplicando-as na pele em pequenas áreas de cada vez.

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8. Esticar a pele com uma das mãos e, com a outra, raspar seguindo a direção do crescimento dos pêlos.

9. Retirar o excesso de pêlos do aparelho com papel higiênico e/ou com a água da cuba. 10. Com a gaze, remover os pêlos soltos.

11. Revisar a área tricotomizada e refazer a raspagem nos pintos necessários. 12. Encaminhar o paciente ao chuveiro ou lavar e enxugar a área.

13. Proceder á desinfecção do material conforme rotina e desprezar a lâmina no recipiente de material cortante.

14. Lavar as mãos.

15. Anotar na prescrição do paciente: horário; área tricotomizada.

Cuidados importantes

1. Fazer a tricotomia na sala de curativo, sempre que possível.

2. Na tricotomia de pêlos longos, cortar os cabelos com tesoura antes de iniciar a raspagem. 3. Limpar bem a cicatriz umbilical, quando for tricotomia abdominal.

4. Nas proeminências ósseas, cuidar para não cortar o paciente.

5. Na tricotomia ciliar, lubrificar a tesoura (curva, de preferência) com vaselina para que os pêlos fiquem retidos na mesma.

HIGIENE ÍNTIMA FEMININA (Lavagem externa feminina)

Conceito: É a lavagem da região genital e perianal.

Objetivos: Proporcionar limpeza e conforto da paciente; Prevenir infecções; Auxiliar no tratamento de infecções.

Indicações

 Pela manhã e à tarde  Pacientes com corrimento

 Pacientes com sangramento vaginal  Antes de curativos ginecológicos

(14)

 Após o ato de micção e evacuação  Após parto eutócico

Material: Biombo; comadre forrada; jarra com água morna; toalha de banho ou rosto; Impermeável; sabonete líquido ou solução medicamentosa prescrita; cuba rim ou similar; bolas de algodão; gazes; um par de luvas de látex; recipiente para lixo.

Procedimentos

1. Identificar os pacientes em risco de contrair infecções genitais, isto é, presença de cateter, incontinência fecal e infecção cirúrgica;

2. Orientar a paciente sobre o procedimento, observando as condições de higiene.

3. Prepara o ambiente cercando o leito com biombo, desocupar a mesa de cabeceira e dispor uma cadeira aos pés da cama.

4. Preparar o material 5. Lavar as mãos

6. Levar o material e dispô-lo na mesa de cabeceira, de modo que facilite o procedimento. Bandeja na mesa de cabeceira e comadre na cadeira.

7. Soltar o lençol protetor do paciente coloca-lo na diagonal e fazer o sapatinho. 8. Colocar a toalha transversalmente sob a região pubiana.

9. Colocar a comadre forrada sob as nádegas.

10. Pedir a paciente para fletir as pernas mantendo-as separadas e protegidas com lençol. 11. Calçar as luvas de látex.

12. Irrigar as coxas e púbis

13. Ensaboar e secar as regiões antes citadas 14. Enxaguar e secar as regiões antes citadas. 15. Colocar gazes dobradas na região inguinal

16. Separar com uma das mãos os grandes lábios; utilizando bolas de algodão, ensaboar os grandes lábios, fazendo movimentos de cima para baixa.

17. Utilizar outra bola de algodão para proceder à limpeza do vestíbulo vaginal, observando as condições do clitóris e do orifícios (meato uretral, vaginal e glândulas).

18. Lavar o ânus e região perianal por ultimo. Utilizar movimentos delicados e trocar as bolas de algodão quantas vezes necessárias.

(15)

19. Enxaguar irrigando.

20. Retirar a comadre e enxugar com a toalha

21. Deixar a paciente confortável e a unidade em ordem 22. Fazer desinfecção do materiais e guardá-los

23. Lavar as mãos

24. Fazer anotações na prescrição da paciente: horário; condições da região e queixas do paciente.

Obs.: NA HIGIENE ÍNTIMA MASCULINA (Lavagem externa masculina), muda-se apenas o item 16 e 17, onde se deve proceder da seguinte maneira:

a) Afastar o prepúcio e ensaboar com bolas de algodão – no sentido meato uretral – raiz do pênis – bolsa escrotal – voltar o prepúcio à posição norma após enxaguar.

b) E o item 07, onde se deve descer o lençol em leque até o joelho.

Cuidados importantes

1. Retirar todo o sabão ao enxaguar e enxugar corretamente para evitar irritação da pele. 2. Sempre que possível, orientar e estimular o paciente a auxiliar na higiene.

3. Manter o diálogo constante e respeitar a privacidade.

BANHO NO LEITO

Conceito: É o método utilizado para higiene corporal realizada no leito. É indicada uma vez ao dia de preferência pela manhã e sempre que for necessário.

Objetivos: Remover odores. – Proporcionar um bom sono e repouso. Limpar e proteger a pele; Estimular a circulação; Proporcionar conforto físico e mental ao paciente. Aliviar a sensação de fadiga. Identificar alterações na integridade da pele. (ex.: Úlcera de pressão).

Material: Biombo; cotonete; roupa de cama; toalhas de banho e rosto; camisola ou pijama; um par de luvas de banho; sabonete; cuba rim ou similar; uma bacia; um balde para desprezar a água utilizada; jarra com água morna; hidratante; comadre forrada; material para desinfecção

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concorrente; recipiente para lixo; pente; material para higiene íntima; material para higiene oral.

Procedimentos

1. Orientar o paciente,observando as condições de higiene. 2. Preparar o material.

3. Prepara o ambiente: colocar biombo; fechar janelas, se necessário. 4. Afastar a mesinha de cabeceira e retirar o material da mesma. 5. Lavar as mãos.

6. Colocar o material de modo que facilite a execução do procedimento.

7. Colocar a roupa de cama no espaldar da cadeira. Fronha, camisola e toalhas no assento da mesma.

8. Soltar as roupas de cama.

9. Improvisar hamper, evitando colocar as roupas no chão

10. Desamarrar as tiras da camisola e tira-la por baixo do lençol, não expondo o paciente. 11. Fazer a higiene do rosto.

a. Lavar os olhos sem sabão.

b. Ensaboar, enxaguar, enxugar e secar o rosto, orelhas e pescoço anterior e posterior. c. Limpar ouvidos e nariz com cotonetes.

12. Proteger o tórax com a toalha de banho no sentido transversal. Colocar os membros superiores sobre a mesma. Dobrar o lençol em leque até a cintura.

13. Ensaboar, enxaguar e enxugar o antebraço, braço, escápula e por último a axila, no sentido de baixo para cima friccionando e fazendo movimentos circulatórios; Começando do lado distal para o proximal.

14. Mergulhar as mãos na bacia, ensaboar, enxaguar e enxuga-las. 15. Abaixar o lençol em leque até o abdome sem expor o paciente.

16. Colocar a toalha de banho, no sentido Transversal, do tórax até o abdome.

17. Ensaboar, enxaguar e enxugar o tórax e abdome. Tomar cuidados especiais ao lavar as pregas inframamamárias nas mulheres, observando sinais de assaduras;

18. Colocar a toalha de banho, no sentido longitudinal, sob os membros inferiores. Começando do distal para o proximal.

(17)

19. Ensaboar,enxaguar e secar, no sentido de baixo para cima friccionando e fazendo movimentos circulatórios.

20. Colocar um dos pés na bacia , lavar, enxaguar e secar. Em seguida fazer proceder da mesma forma no outro pé. Desprezar a luva.

21. Colocar comadre e fazer higiene íntima conforme técnica descrita anteriormente. 22. Desprezar a luva e toalha de rosto

23. Retirar a comadre e posicionar o paciente em decúbito lateral.

24. Forrar o lençol com a toalha de banho. Ensaboar e enxugar as costas, coxa posterior, glúteos e interglúteos.

25. Massagear, com vaselina sólida, as costas no sentido do retorno venoso, coxa posterior e glúteos.

26. Trocar a roupa de cama fazendo a desinfecção concorrente.

27. Massagear com vaselina sólida os membros superiores no sentido do retorno venoso. 28. Colocar a camisola ou pijama e pentear os cabelos.

29. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem. 30. Fazer a desinfecção do material usado e guarda-lo. 31. Lavar as mãos.

32. Fazer anotações na prescrição do paciente: horário; condições da pele (sinais de escara, pele ressequida, lesões); cavidade bucal e couro cabeludo.

Cuidados importantes

1. Retirar o sabão ao enxaguar e enxugar corretamente para evitar irritações na pele. 2. Trocar a água sempre que necessário.

3. Manter o diálogo constante e respeitar a privacidade.

4. Sempre que possível, orientar e estimular o paciente a auxiliar na higiene. 5. Utilizar vaselina em pele seca e álcool em pele oleosa.

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE

MEDICAMENTOS

Essa técnica de Enfermagem é merecedora de reflexão na prática de Enfermagem, pois envolve aspectos legais e éticos de impacto na prática de Enfermagem. Na nossa realidade de trabalho este procedimento quase sempre é executado por auxiliares e técnicos de Enfermagem. Neste sentido a administração de medicamentos consiste:

Em uma das mais sérias responsabilidades que pesam sobre o Enfermeiro Administrar medicamentos é um papel fundamental à maioria da equipe de Enfermagem. Não é somente uma tarefa mecânica a ser executada em complacência rígida com a prescrição médica. Requer pensamento e o exercício de juízo profissional.

Sendo assim, uma falha pode ter conseqüências irreparáveis.

A terapia medicamentosa consiste na administração de substâncias químicas que modificam o funcionamento corporal, de modo a obter um efeito terapêutico.

1. Drogas: é qualquer substância química capaz de produzir efeito farmacológico.

2. Formas das drogas: as drogas estão disponíveis em uma variedade de formas e preparados, tais com:

a. Cápsula: fórmula sólida para uso oral, medicamento envolto numa cápsula de gelatina, em forma de pó, líquido ou óleo.

b. Loção: droga em suspensão líquida que é aplicada externamente para proteger a pele; c. Pasta: preparado semi-sólido mais espesso, absorvido mais lentamente.

d. Pílula: forma sólida que contém uma ou mais droga.

e. Solução: preparado líquido que pode ser usado via oral, parenteral ou externamente, também pode ser instilado para um interior de um órgão ou cavidade do corpo; dever ser estéril se o uso for parenteral.

f. Supositório: forma sólida misturada com gelatina sob forma de olinha para inserção em uma cavidade do corpo (reto ou vagina); desfaz-se quando atinge a temperatura do corpo.

(19)

g. Suspensão: partículas de drogas finamente divididas que estão dispersas em um meio líquido; quando deixadas em repouso as partículas assentam-se no fundo do frasco, comumente uma forma de apresentação oral que não deve ser administrada por via endovenosa.

h. Xarope: medicação dissolvida em uma solução concentrada de açúcar. i. Comprimido: forma em pó, comprimida em discos ou cilindros rígidos. 3. Problemas relacionados com os efeitos das drogas

a. Efeito desejado: é a resposta desejada ou previsível que a droga causa ao paciente. Os efeitos das drogas podem ser influenciados por outros fatores individuais e ambientais, tais como: Diferenças genéticas, variáveis fisiológicas (sexo, idade, peso, estado nutricional e estado da doença), condições ambientais ( o estresse e a exposição ao frio e ao calor), fatores psicológicos (a atitude de um paciente, a reação ao propósito de uma droga).

b. Efeitos colaterais: são efeitos adversos da droga. Efeitos leves como náusea discreta, podem ser aceitáveis se o beneficio da droga for maior. Estes efeitos podem ser inofensivos ou prejudiciais.

c. Efeitos tóxicos: desenvolve-se após a ingestão prolongada de doses altas de medicamentos, ou quando uma droga acumula-se no sangue em função de deficiência no metabolismo ou excreção.

d. Reações idiossincráticas: o paciente reage de modo excessivo ou deficiente ao medicamento ou tem uma reação diferente da normal.

e. Reações alérgicas: podendo ser de forma leve ou grave, dependendo do individuo ou da droga.

f. Vício: é a dependência física e/ou psicológica da droga, em função do bem-estar ou alívio do sintoma.

Obs.: medicamentos iguais podem provocar reações diferentes em indivíduos

diferentes.

1. Classificação da dosagem:

a. Dose de manutenção: é a dose necessária para manter os níveis desejáveis

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c. Dose máxima: é a maior quantidade da droga capaz de produzir efeito terapêutico sem danos para o organismo.

d. Dose letal: quantidade necessária para causar a morte.

2. Componentes essenciais da prescrição médica:

a. Nome completo do paciente: distingue o paciente de outras pessoas homônimas. b. Data e hora em que a prescrição é feita: dia, mês e ano são incluídos. A hora ajuda a

esclarecer certas medicações foram atualizadas ou suspensas. c. Nome do medicamento: a grafia correta é muito importante. d. Dosagem: são incluídas a dosagem e potência do medicamento.

e. Via de administração: são usadas abreviaturas comuns para indicar as vias

f. Tempo e freqüência de administração: serve para saber quando iniciar o tratamento e por quanto tempo.

g. Assinatura do médico ou profissional de enfermagem: a assinatura transforma a prescrição em requisição legal.

Regras gerais na administração de medicamentos.

1. Todo medicamento a ser administrado ao paciente dever ser prescrito pelo médico ou profissional de enfermagem.

2. Lavar as mãos antes de prepara e administrar o medicamento

3. Fazer a desinfecção concorrente da bandeja antes do preparo e após administração do medicamento.

4. Manter o local de preparo de medicamento limpo e em ordem.

5. Anotar qualquer anormalidade após administração do medicamento (vômitos; diarréia; erupções; urticárias, etc.).

6. Não conversar durante o preparo do medicamento para não desviar a atenção. 7. A prescrição do paciente deve ser mantida à vista do executante.

8. Ao prepara a ao administrar, seguir a regra dos CINCO CERTOS: a. Paciente certo

b. Via certa c. Dose certa

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d. Horário certo e. Medicamento certo

9. Certificar-se das condições de conservação do medicamento (sinais de decomposição; turvação; deteriorização; precipitação, etc.).

10. Nunca administrar medicamento sem o rótulo. 11. Ler o rótulo do medicamento três vezes:

a. Antes de retirar o recipiente do local onde estiver (farmácia; armário; etc.). b. Antes de preparar o medicamento.

c. Antes de guardar o recipiente no local apropriado. 12. Sempre verificar a data de validade do medicamento.

13. Em caso de dúvida nunca administrar o medicamento, até que a mesma seja esclarecida. 14. Os antibióticos devem ser administrados no máximo 15 minutos antes ou 15 minutos depois

do horário prescrito

15. Não administrar medicamento preparado por outras pessoas, evitando assim causar danos ao paciente.

16. Manter sob refrigeração medicamentos como: insulina; vacinas; soro antiofídico, antitetânico, anti-rábico; supositórios; alguns antibióticos; frascos de Nutrição Parenteral Prolongada (NPP); entre outros.

17. Controlar rigorosamente os narcóticos e seus derivados, guardando-os em GAVETA FECHADA COM CHAVE.

18. Registrar todos os narcóticos e guardar as ampolas utilizadas. 19. Identificar o paciente, certificando-se do seu nome completo. 20. Manter a bandeja de medicamento sempre à vista do executante. 21. Orientar quanto ao perigo da automedicação.

22. Posicionar o paciente adequadamente mantendo-o confortável.

23. Identificar a seringa ou recipiente de via oral: enfermaria; leito; via; nome do medicamento, hora a ser administrado.

24. Checar e rubricar o horário do medicamento administrado durante a noite, com tinta vermelha e durante o dia com azul.

(22)

25. Ao prepara o medicamento, colocar um ponto (•) ao lado do horario da medicação da prescrição médica, evitando administração em dose dupla ou não administração do mesmo. Ex: 8•, 10•;

26. Circular o horário em azul e anotar o motivo na coluna da observação quando. a. O medicamento está em falta no hospital.

b. O paciente recusa o medicamento ou apresenta náuseas ou vômitos. Comunicar ao médico responsável e aguardar a sua conduta.

c. O paciente está em jejum.

d. O paciente não se encontrar na unidade. e. O medicamento foi suspenso.

f. Caso o medicamento não tenha sido administrado por esquecimento.

Obs.: Medicamento não identificado, fora do prazo de validade, ou com

embalagem avariada, deve ser desprezado.

Administração de medicamentos: É o processo de preparo e introdução de substância química no organismo humano, visando a obtenção de efeito terapêutico. Vias de administração.

 Gastrintestinal: ora ou bucal; sublingual; gástrica; retal, duodenal.  Cutânea ou tópica;

 Auricular;  Nasal;  Ocular;  Vaginal;

 Parenteral: intradérmica (ID); subcutânea (SC); intramuscular(IM); endovenosa(EV) ou IV);

Cuidados na diluição

• Todas as drogas que provocam irritações e com gosto forte, devem ser diluídas, caso não haja contra-indicação.

• Satisfazer o quanto possível os pedidos do paciente quanto ao gosto, que pode ser melhorado, dissolvendo-se o medicamento em água, leite, suco de frutas.

(23)

• Xaropes devem ser administrados puros ou com leite quente.

• Salicilatos, digital, corticóides, irritam a mucosa gástrica e põem produzir náusea e vômitos. Devem ser servidos com leite e/ou durante as refeições .

• O óleo de rícino ou outros óleos podem ser misturados com suco de laranja, limão ou chá ou café.

• Antibióticos, de maneira geral , devem ser ingeridos somente com água, não distante das refeições.

• Medicamentos que danifiquem o esmalte dos dentes devem ser administrados com o uso de canudinho.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA GASTRINTESTINAL É a via em que a absorção da droga ocorre no aparelho gastrointestinal.

Objetivos - Obter efeitos no trato digestivo; - Produzir efeitos sistêmicos após a absorção na circulação sangüínea.

Via oral – é a administração de medicamentos pela boca. Contra-indicações

 Pacientes incapazes de deglutir ou inconscientes.  Em casos de vômitos.

 Quando o paciente está em jejum para cirurgias ou exames.

Vantagens

 Método simples de administração.  Econômico por custarem menos.

 Seguro por não romper as defesas orgânicas.

Desvantagens

 Paladar desgostoso.  Irritação gástrica.

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 Uso limitado, no caso de clientes estar com dieta zero.  Avaliação inadequada da absorção.

 Efeito sobre os dentes.

 Não pode ser administrado em cliente inconsciente.

Formas de apresentação

 Forma líquida (xarope, suspensão, elixir, emulsão, outros).

 Forma sólida (comprimidos, drágeas, cápsulas, pérolas, pastilhas, outros).

Material: conta-gotas; copos graduados ou colher; gaze; fita adesiva; recipiente para medicamento sólido.

Procedimentos

1. Lavar as mãos

2. Identificar o paciente, perguntando seu nome completo.

3. Verificar as condições do paciente: condições de deglutição; presença de SNG; higiene das mãos.

4. Verificar se o paciente não está em jejum.

5. Prepara o material mantendo a prescrição medica próximo à bandeja.

6. Colocar os medicamentos nos recipientes adequados com a respectiva identificação: nome do paciente; quarto; leito; via; nome do medicamento abreviado (com fita adesiva. Esparadrapo ou etiquetas auto-adesivas).

7. Diluir o medicamento se necessário 8. Chamar o paciente pelo nome completo.

9. Informar o paciente o nome e a ação do medicamento.

10. Certificar-se de que o paciente tenha deglutido o medicamento. 11. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem.

12. Lavar as mãos.

13. Checar o horário da administração do medicamento.

(25)

Obs.: Sempre colocar o medicamento na tampa invertida do vidro ou em copos, nunca oferecer o medicamento ao cliente na sua própria mão. Cuidados importantes

1. Antes de prepara o medicamento certificar-se da dieta, jejum e ou controle hídrico do paciente.

2. Ao manusear vidros com medicamentos líquidos, colocar o rotulo voltado para a palma da mão para evitar suja-lo.

3. Homogeneizar os medicamentos em suspensão antes de colocar no recipiente. 4. O copo graduado tem as seguintes medidas (sistema caseiro):

a. 15 ml = 1 colher de sopa. b. 10 ml = 1 colher de sobremesa c. 5 ml = 1 colher de chá d. 3 ml = 1 colher de café e. 15 ml = 1 medida adulta f. 5 ml = 1 medida infantil

5. Ao colocar o medicamento no recipiente, mantê-lo no nível dos olhos, certificando-se da graduação correta.

6. Fazer limpeza do frasco de medicação e devolve-lo ao local apropriado. 7. Evitar mistura dos medicamentos em forma líquida.

8. Dissolver os medicamentos para os pacientes que apresentam disfagia (dificuldade na deglutição)

9. Os medicamentos por via oral devem ser diluídos, no máximo, em 15 ml de água.. Após a ingestão deste, oferecer mais água.

10. Quando não houver correspondência entre a dose prescrita e o comprimido disponível, deve-se preferencialmente diluí-lo para obtenção de dosagem correta.

11. Os medicamentos em pó devem ser dissolvidos.

12. Os medicamentos à base de óleos devem ser administrados com outros líquidos de sabor agradável (sucos, por exemplo).

(26)

Via sublingual: nesta via os medicamentos são colocados sob a língua e absorção se dá nos vasos sanguíneos existentes no dorso da língua.

Material: recipiente com medicamento; copo com água e cuba rim. Procedimentos

1. Fornecer água ao paciente para enxaguar a boca e remover resíduos alimentares.

2. Colocar o medicamento sob a língua do paciente e orienta-lo para não deglutir a saliva até dissolver o medicamento, a fim de obter o efeito desejado.

3. Não administrar por VIA ORAL porque o suco gástrico inativa a ação do medicamento. 4. A via sublingual possui ação mais rápida do que a via oral.

Via gástrica: É a administração do medicamento através da sonda gástrica, quando utilizada em cliente inconsciente ou incapacitado de deglutir.

Material – estetoscópio; triturador; copo graduado; seringa de 20 ml; gaze; espátula; recipiente para lixo; bolas de algodão com álcool.

Procedimentos

1. Colocar o paciente em posição de fowler para evitar aspiração, exceto quando contra-indicado.

2. Certificar-se se a sonda está no estômago através da ausculta com estetoscópio e aspiração do suco gástrico.

3. Introduzir lentamente o medicamento por sinfonagem, ou através de seringa, evitando desconforto para o paciente.

4. Na introduzir ar evitando, desta forma, a flatulência.

5. Lavar a sonda com 10 a 20 de água ou soro fisiológico, após a administração do medicamento,a fim de remover partículas aderidas na sonda e introduzir todo medicamento até o estômago.

6. Fazer a desinfecção da extremidade da sonda antes e após a administração de medicamentos, utilizando bolas de algodão com álcool.

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7. Caso a sonda tenha a finalidade de drenagem, mantê-la fechada por 30 minutos após a administração de medicamentos.

Via retal: É a introdução de medicamento na mucosa retal, através do ânus, sob a forma de supositório ou clister medicamentoso.

Material: gaze; papel higiênico; recipiente para lixo; medicamento; luva de látex. Procedimentos

1. Envolver o supositório numa gaze.

2. Colocar o paciente em decúbito lateral ou SIMS expondo somente a área necessária para a introdução do supositório.

3. Calçar a luva de látex para autoproteção.

4. Afastar a prega interglútea, com auxílio do papel higiênico, para melhor visualização do ânus.

5. Orientar o paciente a respirar fundo ao introduzir o supositório.

6. Introduzir o supositório além do esfíncter anal delicadamente, com o dedo indicador, numa profundidade correspondente ao dedo indicador, e pedir ao paciente que o retenha por trinta minutos.

7. Certificar-se de que o supositório realmente tenha sido introduzido.

8. Caso o paciente tenha condições de auto-aplicação, orienta-lo quanto ao procedimento.

Via cutânea ou tópica: É a aplicação do medicamento na pele. Pode ser aplicado por fricção à pele, na forma de loções, pomadas, cremes ou gel, adesivos, antissépticos. Visando absorção através de poros até atingirem acorrente sanguínea. Tem ação local ou sistêmica.

Material – gaze; espátula; medicamento; recipiente para lixo. Procedimentos

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1. Fazer a limpeza da pele com água e sabão antes da aplicação do medicamento, se necessário (pele oleosa e com sujidade).

2. Desprezar a primeira porção da pomada.

3. Aplicar o medicamento massageando a pele delicadamente.

4. Observar qualquer alteração na pele: erupções; pruido; edema; eritema; etc.

5. Quando o medicamento for armazenado em recipiente, retira-lo com auxílio da espátula. 6. Antes de aplicar a pomada, fazer o teste de sensibilidade.

Via auricular: É a introdução de medicamentos no canal auditivo externo, com o objetivo de prevenir ou trata processos inflamatório e infeccioso; Facilitar a saída de cerúmen e corpo estranho.

Material: gaze; medicamento prescrito; recipiente para lixo. Procedimentos

1. Posicionar o paciente e lateralizar a cabeça.

2. Posicionar o canal auditivo no adulto da seguinte maneira: segurar o pavilhão auditivo e puxar delicadamente para cima e para trás.

3. Desprezar uma gota de medicamento.

4. Instilar o medicamento no canal auditivo sem contaminar o conta-gotas.

5. Orientar o paciente quanto à manutenção da posição inicial por cerca de 03 a 05 minutos.

Via nasal: É a aplicação de medicamento na mucosa nasal. Com o objetivo de aliviar a congestão nasal; Facilitar a drenagem de secreção nasal, proteger a mucosa nasal e tratar infecções.

Material: frasco de medicamento; gaze; recipiente de lixo; conta-gotas. Procedimentos

1. Prepara o paciente.

a. Paciente em decúbito dorsal: colocar o travesseiro sob o ombro, de modo que a cabeça fique inclinada para trás (cabeça em hiperextensão);

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2. Instilar o medicamento nas narinas evitando que o conta-gotas toque a mucosa nasal.

3. Instruir o paciente para que permaneça nesta posição por 02 a 03 minutos, a fim de que o medicamento penetre profundamente na cavidade nasal.

Via ocular: Consiste em aplicar medicamento, sob forma de colírio ou pomada, no saco conjuntival inferior. Com o objetivo de Combater infecção; Evitar ulceração da córnea; Provocar midríase (dilatação da pupila) ou miose (constrição da pupila); - Aplicar anestésico; Diminuir a congestão ocular.

Material: medicamento (pomada ou colírio); gaze; conta-gotas se necessário; recipiente de lixo. Procedimentos

1. Preparar o paciente colocando-o em decúbito dorsal ou sentado com a cabeça inclinada para trás.

2. Antes da aplicação do medicamento, remover secreções e crostas.

3. Afastara a pálpebra inferior com o dedo polegar – com auxílio da gaze – apoiando a mão na face do paciente.

4. Desprezar a primeira porção da pomada ou uma gota do colírio.

5. Pedir ao paciente que olhe para cima. Pingar o medicamento no núcleo da conjuntiva ocular (porção média da pálpebra inferior), sem tocar o conta-gotas ou o tubo de pomada na conjuntiva.

6. Ao aplicar a pomada, deposita-la ao longo de toda extensão do saco conjuntival inferior. 7. Solicitar ao paciente que feche as pálpebras e faça movimentos giratórios o globo ocular, a

fim de dispersar o medicamento.

8. Remover o excedente do medicamento com a gaze.

Via vaginal: Consiste em introduzir o medicamento na mucosa vaginal, sob a forma de óvulos, pomadas, geléias, espumas ou lavagem vaginal. Com o objetivo de diminuir a infecção vaginal; Prevenir infecção vaginal; Preparar a paciente para cirurgias dos órgãos genitais.

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Material – medicamento (óvulos e pomadas vaginais); gaze; recipiente para lixo; aplicador próprio. Procedimentos

1. Respeitar a privacidade da paciente cercando a cama com biombos. 2. Colocar a paciente em posição ginecológica.

3. Colocar o óvulo ou a pomada vaginal no aplicador próprio.

4. Afastar os pequenos lábios com o dedo indicador e o polegar – com auxilio de gazes. 5. Introduzir delicadamente o aplicador, 10 cm aproximadamente, e pressionar seu êmbolo. 6. Retirar o aplicador e pedir que è paciente para que permaneça no leito.

7. Lavar o aplicador com água e sabão ( o aplicador é de uso individual).

8. Em caso de paciente VIRGEM: qualquer medicação via vaginal pode ser administrada utilizando-se ESPÉCULO DE VIRGEM, ou uma seringa na qual adapta-se uma sonda uretral nº 4 ou nº 6.

9. Fazer higiene íntima, antes da aplicação, se necessário.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL

Conceito – É a administração de um agente terapêutico pelas vias Intradérmica (ID), Subcutânea (SC), Intramuscular (IM), Intravenosa ou Endovenosa (IV ou EV).

Vantagens

 Absorção mais rápida e completa.

 Maior precisão em determinar a dose desejada.  Obtenção de resultados mais seguros.

 Possibilidade de administrar determinadas drogas que são destruídas pelos sucos digestivos.

Desvantagens

 Dor, geralmente causada pela picada da agulha ou pela irritação da droga.  Em casos de engano pode provocar lesão considerável

(31)

 Devido ao rompimento da pele pode ocorrer o risco de adquirir infecção.  Uma vez administrada a droga, impossível retirá-la.

Requisitos básicos para a administração da droga

 As soluções devem ser absolutamente estéreis, isentas de substâncias pirogênicas  O material usado na aplicação deve ser estéril e descartável.

 A introdução de líquidos deve ser lenta, a fim de evitar rutura de capilares.

Problemas que podem ocorrer na administração

 Infecções: Pode resultar da contaminação do material, da droga ou em conseqüência das condições predisponentes do cliente (mal estar geral e presença de focos infecciosos). Podem ser 1) locais (áreas avermelhadas, intumescidas, ruborizada, dolorida, podendo aparecer abscesso), ou 2) sistêmicas (Esta infecção pode generalizar-se dando origem à infecção sistêmica – septicemia – provocada por microorganismos oriundos de um ou mais foco de infecção e multiplicação dos microorganismos na corrente sanguínea).

 Fenômeno alérgicos: Aparecendo devido á susceptibilidade do índividuo ao produto usado para anti-sepsia ou ás drogas injetadas. Podendo ser local ou geral.

 Má absorção das drogas: Quando a droga é de difícil absorção, ou é injetada em local inadequado pode formar nódulos ou abscessos, que fazem com que a droga não surta efeito.  Embolias: Resultam da introdução na corrente sangüínea de ar coágulos, óleos ou cristais de

drogas em suspensão. É um acidente grave conseqüente da falta de conhecimento e habilidade do profissional (falta de aspiração antes de injetar a droga; introduzir ar coágulos ou substância oleosa ou suspensões por vis IV, ou à aplicação de pressão muito forte na injeção de drogas em suspensão ou oleosa, causando a rutura de capilares, com conseqüências microembolias locais ou gerais).

 Traumas: Psicológico podendo ser: medo, tensão, choro, recusa do tratamento,lipotímia. O medo pode à contração muscular impedindo a penetração da agulha acarretando acidentes ou contaminação acidental do material. O traumas tissulares são de etiologias diversas, podendo ser decorrentes de agulhas romba ou de calibre muito grande, que causa lesão na pele ou ferimentos, hemorragias, hematomas, equimoses, dor parestesias, paralisias, nódulos e

(32)

necroses, causado por técnica incorreta, desconhecimento dos locais adequados para diversas aplicações, falta de rodízio dos locais.

Cuidados gerais  Lavar as mãos.

 Utilizar técnica asséptica no preparo a fim de minimizar o perigo de injetar microorganismos na corrente sangüínea ou nos tecidos.

 Fazer anti-sepsia da pele.

 Manejar corretamente o material esterilizado.  Explicar ao paciente quanto ao procedimento.  Utilizar o método de administração corretamente.

Via intradérmica (ID)

Conceito – É a introdução de pequena quantidade de medicamento na derme, onde o suprimento sangüíneo é reduzido e a absorção ocorre lentamente. A droga é injetada, geralmente, para testes cutâneos, dessensibilazação e imunização (BCG). A inserção da agulha deve ser somente o bisel. Volume máximo permitido é de 0,5 ml.

Posição da agulha – A agulha é inserida na pele formando ângulo de 15º ou paralela à superfície da pele.

Áreas de aplicação – Face interna do antebraço, escapular, inserção inferior do deltóide. Locais onde há pouca pilosidade e pigmentação.

Material

 Seringa de 1cc

 Agulha 13x3, 8 ou 4,5.  Etiqueta de identificação.

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Procedimentos

1. Fazer anti-sepsia ampla da pele.

2. Esticar a pele com auxílio dos dedos polegar e indicador, para facilitar a introdução da agulha.

3. Introduzir somente o bisel, voltado para cima, sob a epiderme. 4. Injetar o medicamento, lentamente , até a formação da pápula.

5. Retirar a agulha sem fazer compressão no local, pois o objetivo é retardar a absorção da droga que, quando injetada por esta via, pode provocar fenômenos alérgicos graves dependendo das condições do cliente.

Via subcutânea (SC)

Conceito – É a introdução de uma droga no tecido subcutâneo ou hipoderme. É indicada para drogas que não necessita ser rapidamente absorvidas (absorção mais lenta que a via IM e EV). Administra somente de 0,5 a 1 ml de medicamentos.

Posição da agulha – O ângulo depende da quantidade de tecido subcutâneo, local de aplicação e do comprimento da agulha. Em geral, a agulha 25x6 é inserida na pele formando ângulo de 45º. A agulha de 13x3,8 é inserida perpendicularmente à pele ou em ângulo de 90º.

Áreas de aplicação – Face externa do braço, região glútea, face externa da coxa, região periumbilical, região escapular, e flanco direito ou esquerdo.

Procedimentos

1. Fazer anti-sepsia ampla no local.

2. Fazer uma prega na pele com os dedos polegar e indicador, levemente.

3. Introduzir a agulha com impulso. Em seguida, tracionar o êmbolo para certificar-se de que não tenha atingido um vaso.

4. Aplicar lentamente o medicamento.

5. Retirar agulha fazendo leve compressão do local, sem friccionar a pele.

6. Evitar aplicação próxima à região inguinal, às articulações e ao umbigo, na cintura e na linha mediana do abdome e face anterior do antebraço (insulina).

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7. Mudar diariamente o local de aplicação (insulina).

Obs.: A posição do bisel da agulha na via subcutânea é indiferente. Via intramuscular (IM)

Conceito – É a introdução de medicamentos nas camadas musculares. Depois da via EV é a mais rápida de absorção devido a maior vascularização deste tecido. A quantidade a ser administrada não deve ultrapassar 05 ml.

Posição da agulha – A inserção da agulha deve ser perpendicular à pele, ou formando ângulo de 90º, a fim de evitar o risco de lesar as fibras musculares, ou a droga ser injetada no tecido subcutâneo.

Áreas de aplicação – A seleção de uma região para injeção intramuscular depende de vários fatores: idade, quantidade de tecido, natureza do medicamento e estado da pele.

Locais utilizados DELTÓIDE

 A aplicação do medicamento deve ser na parte mais volumosa de massa muscular.  A localização correta é importante para não lesar o nervo radial.

GLÚTEO

 Observar o local de introdução da agulha para evitar lesão do nervo ciático, responsável pela motricidade dos membros inferiores.

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 Para evitar lesar o nervo ciático: divide-se a nádega em quatro partes, toma-se uma linha que vai da crista ilíaca posterior à borda inferior da nádega, e outra que vai das últimas vértebras sacrais à parte superior da articulação coxofemoral

 A injeção é feita no quadrante superior externo.

VENTROGLÚTEO OU HOCHSTETTER (MÚSCULO GLÚTEO MÉDIO)

 Esta região é indicada para crianças ou adultos, pois não há vasos e nervos importantes, e tem pouco tecido adiposo.

 Para localização correta, coloca-se a mão esquerda no quadril direito, ou vice-versa, apoiando o dedo indicador sobre a espinha ilíaca ântero-superior e a palma voltada sobre a cabeça do fêmur; afastar os demais dedos formando um triângulo e aplicar no meio deste.

COXA – MÚSCULO LATERAL DA COXA

 Aplica-se no terço médio externo da coxa, local livre de vasos e nervos importantes.

Procedimentos

1. Fazer anti-sepsia ampla.

2. Posicionar o bisel da agulha seguindo o sentido da fibra muscular para minimizar lesão das mesmas.

3. Aplicar com um único impulso, sem hesitar, para diminuir o desconforto. 4. Tracionar o êmbolo até retornar as bolhas de ar.

5. Injetar o medicamento lentamente. 6. Fazer massagem no local após aplicação.

Acidentes na aplicação de injeção intramuscular

 Abscesso; necrose de tecido; lesões nervosas; dores tardias.

Aplicação em Z ou com desvio: É usada para evitar o refluxo da medicação, prevenindo irritação subcutâneas ou manchas pelo gotejamento da solução no trajeto da agulha.

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 Com a outra mão, inserir a agulha, aspirar com a ajuda dos dedos polegar e indicador e empurrar o êmbolo com o polegar.

 Retirar a agulha e só então liberar a mão não dominante, deixando o tecido SC e a pele voltar ao norma.

Via intravenosa (IV) ou Endovenosa (EV)

Conceito – É a introdução do medicamento diretamente na corrente sangüínea. Finalidade

 Obter efeito imediato do medicamento.

 Administração de drogas contra-indicadas pelo VO, SC, IM, por sofrerem a ação dos sucos digestivos ou por serem irritantes para tecidos.

 Administração de grandes volumes de solução em casos de desidratação, choque, hemorragias e cirurgias.

 Efetuar NPP

 Instalar terapêutica com sangue.

Áreas de aplicação – Veias superficiais de grande calibre da região cubital (cefálica, mediana e basílica), dorso da mão e antebraço.

Condições da droga: sem precipitação; sem flocos; diluição correta; estéril. Posição da agulha – Ângulo de 15º ou paralelo à pele.

Material

 Bandeja contendo seringa de preferência de bico lateral.  Agulhas

 Algodão e álcool à 70%.  Garrote

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 Etiqueta de identificação.  Luva de procedimento.  Saco para lixo.

Procedimentos

1. Calçar as luvas.

2. Garrotear 4 cm acima do local escolhido para punção a fim facilitar a visualização e seleção das veias.

3. Fazer antissepsia ampla obedecendo o retorno venoso. 4. Posicionar o bisel da agulha voltado para cima.

5. Fixar a veia e esticar a pele com auxilio do dedo polegar. 6. Puncionar a veia. Refluindo o sangue, soltar o garrote.

7. Aplicar a droga, lentamente, observando a reação do paciente. 8. Retirar a agulha fazendo compressão no local, sem friccionar a pele.

Obs.: Para facilitar o aparecimento de veia pode-se utilizar os seguintes recursos: aquecer o local; pedir ao paciente que faça movimentos com as mãos, com o braço voltado para baixo, aumentando assim o fluxo sangüíneo; fazer massagem no local.

Acidentes na aplicação de injeção por via endovenosa

 Infiltração; hematoma; equimose; esclerose da veia; flebite e tromboflebite; choque; embolia; inflamação local e abscessos.

Aplicações de medicações EV em paciente com soro:

 A aplicação através de borrachinha deve ser evitada. Devendo-se usar equipos com infusor lateral ou na falta deste dispositivo, desconectar o equipo do sóror e conectar a seringa com a medicação tendo cuidado para não contaminar o equipo.

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VENÓCLISE

Conceito – É a infusão de solução dentro da veia, em quantidade relativamente grande.Puncionar veias que estejam, distantes de articulação para evitar que com o movimento transfixe a veia.

Objetivos: Manter veia para medicação; Repor líquidos; Manter equilíbrio dos eletrólitos; Administrar nutrientes.

Material: frasco com solução prescrita; equipo de soro; escalpe ou agulha; esparadrapo ou adesivo antialérgico; recipiente com bolas de algodão embebido em álcool; garrote; identificação de soro; tesoura estéril; tesoura limpa; recipiente para lixo.

Procedimentos

1. Orientar o paciente quanto ao procedimento. 2. Lavar as mãos.

3. Preparar o material.

4. Abrir o pacote do equipo de soro.

5. Desinfetar o gargalo e o bico do frasco de soro com algodão embebido em álcool. 6. Cortar o bico do frasco de soro com tesoura estéril.

7. Conectar o equipo no frasco de soro.

8. Fazer o nível da câmara gotejadora e do equipo e retirar todo o ar do mesmo. Em seguida, fechar a presilha.

9. Identificar o soro.

10. Colocar escala de horário no frasco de soro. 11. Levar todo o material na unidade do paciente. 12. Colocar o frasco de soro no suporte.

13. Conectar escalpe ou agulha na extremidade do equipo e retirar o ar. 14. Puncionar a veia conforme as inscrições para injeção endovenosa.

15. Abrir a presilha do equipo imediatamente e certificar-se de que a agulha esteja dentro da veia.

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16. Fixar a agulha ou escalpe com esparadrapo.

17. Controlar o gotejamento do soro conforme a prescrição médica. 18. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem.

19. Lavar as mãos.

20. Anotar na prescrição médica: horário de início do soro e checa-lo.

Ex. de rótulo de soro:

Nome: Manoel Silva Enf.: 03 1.05

Soro glicosado à 5% 500ml

Início: 08 horas Término: 16 horas Gotejamento: 21 gts/min Data: 08/02

Iniciais de quem preparou

Cuidados importantes

1. Caso modifique a altura do frasco, controlar o gotejamento do soro para manter o fluxo constante.

2. Controlar rigorosamente o gotejamento de soro para evitar desequilíbrio hidroeletrolítico. 3. Verificar a infusão em intervalos regulares para manutenção do volume do fluxo.

4. Evitar punções venosas em veias localizadas nas articulações.

5. Caso haja dificuldade em puncionar a veia, anotar a freqüência e o motivo.

6. Se a punção venosa for próxima de uma articulação aconselha-se o uso de tala para evitar transfixação da veia pela agulha.

7. Observar o local da punção venosa freqüentemente, observando a presença de edema, rubor, infiltração de soro e queixas do paciente.

8. Manter o equipo sem bolhas de ar.

9. Para verificar se a agulha está dentro da veia, abaixar o frasco de soro a níveis inferiores ao do local da infusão. Ocorrendo retorno de sangue constata-se que a agulha está dentro da veia.

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10. A identificação de soro deve conter os seguintes dados: nome; enfermaria; leito;medicação; números de gotas; início; término; data; rubrica.

11. Pacientes que deambulam devem ser orientados para manter o frasco elevado com gotejamento contínuo.

12. Sempre que possível iniciar a punção das veias pelas extremidades do membro superior. Cálculo de gotejamento

1ml = 20 gotas

20 gotas = 60 microgotas.

Para fazer o cálculo em macrogotas é só seguir a fórmula:

Onde: V = volume em ml T = tempo em horas Nº de gotas/min = V/T.3

Como deveríamos fazer a fita de horário, para controlar o volume infundido?

 Marcar na fita o inicio e o fim da infusão do soro; dividir a fita em 6 partes iguais;

 À medida que o soro vai sendo infundido será possível verificar se ele estará adiantado, atrasado ou no horário, bastando compara o seu nível com a marcação no horário da fita.

Para fazer o cálculo em microgotas é só seguir a formula: Nº microgotas/min = V/T

Podemos fazer cáculo do número de microgotas de uma outra maneira como uma gota é igual a 3 microgotas, então temos:

Nº de microgotas = nº de gotas x 3 Retirada de venóclise

Material: recipiente com bolas de algodão seco; recipiente com bola de algodão embebido em álcool; benzina ou éter; recipiente para lixo; tira de esparadrapo.

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1. Lavar as mãos.

2. Orientar o paciente quanto ao procedimento. 3. Prepara o material.

4. Fechar a presilha do equipo. Descolar o esparadrapo com bolas de algodão embebido em benzina.

5. Comprimir o local junto ao escalpe ou agulha com algodão embebido em álcool e retira-lo. 6. Pressionar o local, de onde foi retirada a agulha ou escalpe, até obter a hemóstase.

a. O algodão com álcool não deve ser friccionado.

b. Se necessário, promover a hemostasia utilizando uma tira de esparadrapo.

7. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem. 8. Lavar as mãos.

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ASSIMILAÇAO FISIOLÓGICA DAS SOLUÇÕES SALINAS SALINAS

1. PRINCIPIOS:

 As células (por exemplo, neurônios, critrócitos) são envolvidas por uma membrana semipermeável.

 A pressão osmótica é aquela que “puxa” água através da membrana semipermeável das células, de uma região com pequena concentração para outra com concentração maior de solutos (por exemplo: íons sódio, glicose sanguínea). O resultado final é a diluição e o equilíbrio entre os compartimentos intracelular e extracelular.

2. TIPOS DE LÍQUIDOS:

 ISOTÔNICO – uma solução com a mesma pressão osmótica do plasma. a. Solução fisiológica a 0,9%, 0,7%.

b. Ringer com lactato. c. Componentes do sangue

i. Albumina a 5% ii. Plasma

d. Solução glicosada a 5% (SG 5%).

 HIPOTÔNICO – Uma solução com pressão osmótica inferior à do plasma. A administração desta solução geralmente dilui a concentração de soluto do plasma e força a passagem de água para as células, de maneira a restabelecer o equilíbrio intracelular e extracelular; as células se expandirão ou incharão.

a. Solução glicosada em 2,5% em soro fisiológico a 0,45%. b. Solução fisiológica a 0,45%.

c. Solução fisiológica a 0,2%.

 HIPERTÔNICO – Uma solução com pressão osmótica maior do que a do plasma. A administração deste líquido aumenta a concentração de soluto no plasma, no sentido de restaurar o equilíbrio osmótico; as células encolherão.

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b. Glicose a 5% em solução fisiológica a 0,45% (apenas levemente hipertônica porque a glicose é rapidamente metabolizada e só produz uma pressão osmótica temporária).

c. Solução glicosada a 10%. d. Solução glicosada a 20%. e. Solução fisiológica a 3% e 5%. f. Glicose a 5% em Ringer lactato. g. Albumina a 25%.

 COMPOSIÇÃO DOS LÍQUIDOS:

a. Soluções Salinas – água e eletrólitos (Na+, Cl- ). b. Soluções glicosada – água glicose e calorias.

c. Ringer lactato – água e eletrólitos (Na+, K+, Cl-, Ca ++, lactato). d. Isotônica balanceada – água, eletrólitos, algumas calorias (Na+,

K+, Mg++, Cl- gluconato).

e. Sangue total e seus componentes.

f. Expansores do plasma – albumina, dextran, fração protéica plasmática a 5% (Plasmanato), hetamido (Hespan), (exercem maior pressão oncótica, puxando o líquido do interstício para a circulação e aumentando temporariamente a volemia).

g. Hiperalimentação parenteral – água, eletrólitos, aminoácidos e calorias.

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CÁLCULO DE DOSE DE MEDICAMENTOS CÁLCULO DE GOTEJAMENTO: GT = VT TX3 T = VT 3XGTS VT = VOLUME TOTAL

T = TEMPO EM HORAS OBS.: Nº DE MICROGOTAS X3

3 = CONSTANTE DA FÓRMULA GT = V X 20

Nº DE MINUTOS

GT = GOTEJAMENTO

20 = CONSTANTE DA FÓRMULA (1ML = 20 GOTAS)

OBS.: Um exemplo simples para cálculo de dose de medicamento é feito com a regra de três.

CÁLCULO DE DOSES INFANTIS:

As doses infantis podem ser calculadas pelas regras de YOUNG, FRIED E CLARCK. As doses infantis são baseadas na idade ou peso. São naturalmente, somente uma fração de uma dose de adulto.

REGRA DEYONG:

DOSE INFANTIL = I. C. X D. A. 1. C + 12

IC = IDADE DA CRIANÇA EM ANOS DA = DOSE DO ADULTO

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REGRA DE FRIED: A regra de Fried é usada para calcular a dose de bebês com menos de um ano. DOSE INFANTIL IC (EM MESES) X DA

150

IC = IDADE DA CRIANÇA EM MESES DA = DOSE DO ADULTO

150 = CONSTANTE DA FÓRMULA

REGRA DE CLARCK = DI = PESO (KG) X DA 70

DA = DOSE DO ADULTO DI = DOSE INFANTIL

1. No rótulo de liquemine, lê-se: 25.000 U cm 5 ml. Para administrar-se 1.000 U, debe-se aspirar a seguinte unidade em ml. a. 0,1 ml b. 0,2 ml c. 0,3 ml d. 0,4 ml e. 0,5 ml

2. Devemos administrar o seguinte soro:

SG5º/ 400 ml

Nacl 30% 20 ml

Kcl 19,1% 10 ml

Vit. C 5 ml

Complexo B 3 ml

Em um período de 6 horas. Quantas gotas deverão correr por minuto? Considerando o equipo macrogotas).

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3. Calcule o nº de gotas/min. Das seguintes prescrições médicas:

a. Gramicina 10 mg cm 20 ml de SF 0,9% correr em 30 minutos. (macrogotas)

b. Penicilina cristalina 50.000 UI em 50 ml de SF 0,9% correr em 30 minutos (macrogotas).

c. 1000 ml de SG 5% em 8 horas (microgotas). d. 500 ml de SG 5% em 8 horas (macrogotas).

e. SG 5% 300ml + SF 0,9% 100 ml em 12 horas (macrogotas).

f. SG 5% 500 ml + Nacl 30% 20 ml + Kcl 19,1% 10 ml em 8 horas (microgotas).

4. Um paciente precisa receber ampicilina sódica 500 mg, de 6 em 6 horas, via intramuscular. A enfermeira dispõe do medicamento em frasco de 1 grama em pó e do diluente cm ampla de 3,0 ml. Para atender a dose prescrita, ela deverá administrar.

a. 1,5 ml b. 1,7 ml c. 2,0 ml d. 2,5 ml e. 3,0 ml

5. Foi prescrito 16 U de insulina, mas temos disponível insulina de 80 U, sabendo-se que na enfermaria há somente seringa de 1 ml, qual será o volume aspirado para fazer a dose prescrita. a. 0,4 ml b. 0,3 ml c. 0,5 ml d. 0,2 ml e. 0,7 ml.

Obs.: FRASCO U --- SERINGA PRESCRIÇÃO --- X

Referências

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