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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

No documento CONTAS ANUAIS E RELATÓRIO DE GESTÃO (páginas 91-95)

18.IMPOSTOS DIFERIDOS ATIVOS E PASSIVOS NO LONGO PRAZO

19. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A composição das rubricas “Ativo corrente – Administrações Públicas devedoras” e “Fazenda Nacional, devedora por Imposto sobre Sociedades” e “Outras dívidas – Administrações Públicas credoras” e “Fazenda Nacional, credora por Imposto sobre Sociedades” do ativo e do passivo, respectivamente, da demonstração da situação financeira consolidada em 31 de dezembro de 2017 e 2016, são as seguintes:

Milhares de euros

2017 2016

Administração Pública, devedora-

Fazenda Nacional, devedora por IVA 30.769 21.349 Fazenda Nacional, devedora por IRPF 187 - Fazenda Nacional, retenções e

pagamentos por conta 5.522 10.489 Fazenda Nacional, devedora por

Imposto sobre Sociedades 13.626 7.314 Fazenda Nacional, devedora

por diversos itens (*) 16.970 21.993 Organismos da Seguridade Social, devedores 7.606 5.272 Subvenções 13 -

Total 74.693 66.417 Administração Pública, credora-

Fazenda Nacional, credora por IVA 32.371 22.425 Fazenda Nacional, credora por

retenções efetuadas 9.315 11.563 Fazenda Nacional, credora por

Imposto sobre Sociedades 19.076 26.716 Fazenda Nacional, credora por outros itens (*) 11.476 15.690 Organismos da Seguridade Social, credores 10.224 11.739 Outros 23 -

Total 82.485 88.133

(*) Principalmente provenientes das UTEs e das filiais exteriores.

No encerramento do exercício de 2017, as Sociedade do Grupo têm abertos para inspeção os exercícios desde 2013 para todos os impostos aos quais está sujeita, salvo o imposto sobre sociedades que tem aberto desde o exercício de 2012. Como consequência das diferentes interpretações que possam ser feitas à norma fiscal em vigor, poderiam existir determinados passivos de caráter contingente que não são susceptíveis de quantificação objetiva. Não obstante, os Administradores da Sociedade controladora consideram que foram feitas adequadamente as liquidações dos referidos impostos, pelo que, mesmo em caso de surgirem discrepância na interpretação da regulamentação em vigor pelo tratamento fiscal concedido às operações, os eventuais passivos resultantes, em caso de se materializar, não afetariam de modo significativa as demonstrações financeiras consolidadas em anexo (nota 16).

Atualmente a Sociedade controladora se encontra imersa num processo de inspeção fiscal que abrange os exercícios de 2011 a 2013 em relação ao imposto de sociedade, e de 2012 a 2014 para os restantes impostos.

O quadro que é apresentado a seguir estabelece a determinação da despesa gerada pelo Imposto sobre Sociedades nos exercícios de 2017 e de 2016, que é a seguinte:

Milhares de euros

2017 2016

Resultado consolidado antes de impostos 131.349 129.309

Despesas não dedutíveis 8.473 6.196 Receitas não computáveis (**) (78.677) (5.996) Resultado líquido de sociedades integradas pelo método de equivalência

patrimonial (Nota 10) (587) (2.210) Outros 585 (566) Reserva de capitalização - (1.397) Créditos fiscais não ativados aplicados (6.364) (5.223) Bases tributáveis negativas não ativadas (***) 33.381 34.502

Resultado contábil ajustado 88.160 154.615

Imposto bruto calculado pela taxa tributária em vigor em cada país (*) 31.167 44.582 Deduções da quota por incentivos fiscais e outras (728) (1.162) Regularização da despesa por Imposto sobre Sociedades do exercício anterior (523) (1.685) Ativação bases tributáveis de exercícios anteriores (2.204) - Efeito mudança alíquota em impostos diferidos (1.897) - Depreciação de créditos fiscais ativados nos exercícios anteriores 8.532 - Outros ajustes 1.157 1.838

Despesa gerada por Impostos sobre os ganhos 35.504 43.573

(*) As diferentes sociedades estrangeiras controladas consolidadas pelo método de consolidação global calculam a despesa por Imposto sobre Sociedades, bem como as quotas resultantes dos diferentes impostos que lhe são aplicáveis, em conformidade com suas correspondentes legislações, e de acordo com as taxas tributáveis em vigor em cada país.

(**) As receitas não computáveis relativas ao exercício de 2017 e 2016 incluem os ajustes ao resultado contábil por receitas por alienação de participações financeiras que são isentas de tributação (Notas 2.f e 13), bem como pelos resultados de sucursais.

(***) Corresponde em 2017 principalmente às Sociedades Belco Elecnor Electric, INC pelo valor de 4,5 milhões de euros, IQA pelo valor de 2,8 milhões de euros, Celeo Redes Brasil, S.A. pelo valor de 6 milhões de euros e Elecnor Perú pelo valor de 10 milhões de euros (Belco Elecnor Electric, INC pelo valor de 7,6 milhões de euros, Monelecnor, S.A. pelo valor de 9,7 milhões de euros, Celeo Redes Chile, S.A. pelo valor de 5 milhões de euros e Elecnor do Brasil, LTDA pelo valor de 5,3 milhões de euros em 2016).

A Lei 27/2014, de 27 de novembro de 2014, do Imposto sobre Sociedades, aprovada em 28 de novembro de 2014 e que significa uma completa revisão da anterior norma reguladora do referido Imposto, entrou em vigor para os exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2015. Entre as numerosas alterações normativas introduzidas pela mencionada norma nova, destaca-se a não dedutibilidade fiscal das perdas por deterioração de carteira e a isenção para evitar a dupla tributação sobre dividendos e rendas derivadas da transmissão de valores representativos dos fundos próprios de entidades residentes e não residentes em território espanhol, bem como a alteração da taxa tributária, que passou a ser de 28% para 2015 e de 25% para 2016 e seguintes.

A seguir são detalhados os principais componentes da despesa incorrida por Impostos sobre os ganhos nos exercícios de 2017 e de 2016:

Milhares de euros

2017 2016

Imposto corrente

Do exercício 41.410 44.767 Ajustes de exercícios anteriores (523) (1.685) Outros ajustes 1.157 1.838

Imposto diferido

Valor da despesa (receita) por impostos diferidos relacionado com o

nascimento e a reversão de diferenças temporárias (6.539) (1.347)

Do mesmo modo, a seguir é detalhada a quantia e a data de validade das diferenças temporárias dedutíveis, perdas ou créditos fiscais para os quais não foram reconhecidos ativos por impostos diferidos na demonstração de resultados consolidada em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 (em milhares de euros):

Bases tributáveis negativas a compensar

Ano de validade 31/12/2017 2019 1.914 2020 8.273 2021 11.153 2022 830 2023 213 2026 142 Sem vencimento 65.134 Total 87.659

Bases tributáveis negativas a compensar

Ano de validade 31/12/2016 2019 1.914 2020 8.273 2021 11.153 2022 1.405 2023 216 Sem vencimento 61.332 Total 84.293

Créditos fiscais por deduções e outros itens a aplicar

Ano de validade 31/12/2017 2018 141 2027 622 2028 890 2029 451 2030 124 2031 141 Sem vencimento 2.146 Total 4.515

Créditos fiscais por deduções e outros itens a aplicar

Ano de validade 31/12/2016 2018 141 2027 626 2028 890 2029 451 2030 124 2031 141 2033 117 2034 109 Sem vencimento 399 Total 2.998

As bases tributáveis negativas a compensar e os créditos fiscais por deduções e outros itens a aplicar acima descritos foram gerados por diferentes sociedades pertencentes ao Grupo Elecnor e a sua recuperabilidade futura está condicionada à obtenção de bases tributáveis positivas suficientes por parte das próprias sociedades que os geraram. Como consequência das diferentes interpretações que possam ser feitas à norma fiscal em vigor, poderiam existir determinados passivos de caráter contingente que não são susceptíveis de quantificação objetiva. No entanto, segundo a opinião dos Administradores da Sociedade controladora, a possibilidade de que em futuras inspeções sejam

materializados esses passivos contingentes nas sociedades do Grupo é remota, e, em qualquer caso, a dívida tributária que pudesse derivar deles não afetaria significativamente as demonstrações financeiras do Grupo Elecnor.

No documento CONTAS ANUAIS E RELATÓRIO DE GESTÃO (páginas 91-95)