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POLÍTICA DE GERENCIAMENTO DO CAPITAL

No documento CONTAS ANUAIS E RELATÓRIO DE GESTÃO (páginas 132-134)

Correspondente ao exercício encerrado em 31 de dezembro de

5. POLÍTICA DE GERENCIAMENTO DO CAPITAL

Como parte fundamental de sua estratégia, a Elecnor mantém uma política de prudência financeira. A estrutura de capital é determinada pelo compromisso de solvência e pelo objetivo de maximizar a rentabilidade do acionista.

6. POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS

A Elecnor está exposta a determinados riscos financeiros, que gere através do agrupamento de sistemas de

identificação, medição, limitação de concentração e supervisão. O gerenciamento e a limitação dos riscos financeiros são efetuados coordenadamente entre a Diretoria Corporativa e as diversas Unidades de Negócio e Filiais que compõem o Grupo. As operações ligadas à gestão dos riscos financeiros são aprovadas ao mais alto nível de decisão e conforme as normas, políticas e procedimentos estabelecidos.

6.1. Risco de mercado (fundamentalmente por risco de taxa de câmbio, taxa de juros e outros riscos de preço)

6.1.1. Risco de taxa de câmbio

O risco de mercado pelo risco de taxa de câmbio é consequência das operações que o Grupo efetua nos mercados internacionais no decorrer dos seus negócios. Uma parte das receitas e custos com aprovisionamentos está denominada em moeda diferente da moeda funcional. Por esse motivo, poderia existir o risco de as flutuações nas taxas de câmbio destas moedas em relação a moeda funcional afetarem os resultados do Grupo.

Com o objetivo de gerir e minimizar este risco, a Elecnor utiliza estratégias de cobertura, dado que o objetivo é gerar lucros apenas através do desenvolvimento das atividades ordinárias que ela desempenha, e não através da

especulação sobre as flutuações na taxa de câmbio.

Os instrumentos utilizados para conseguir essa cobertura são, basicamente, o endividamento indexado na moeda de cobrança do contrato, seguros de câmbio e operações de permuta financeira, através das quais a Elecnor e a Instituição Financeira trocam as correntes de um empréstimo expresso em euros pelas correntes de outro empréstimo expresso em outra moeda, bem como a utilização de “cesta de moedas” para cobrir financiamentos mistos indexados em diferentes moedas.

6.1.2. Risco da taxa de juros

As variações nas taxas de juros alteram o valor justo daqueles ativos e passivos nos quais incide uma taxa de juros fixa, bem como os fluxos futuros dos ativos e passivos indexados a uma taxa de juros variável. A Elecnor dispõe de

financiamento externo para a realização das suas operações, fundamentalmente no que respeita à promoção, construção e exploração dos parques eólicos, projetos termossolares e concessões de infraestruturas elétricas, e que são realizadas sob a modalidade de “Project Finance”. Este tipo de contratação exige que sejam fechados

contratualmente os Riscos de Juros através da contratação de instrumentos de cobertura de taxas.

Tanto para os financiamentos do tipo “Project Finance” como para os financiamentos corporativos o endividamento é em sua maioria contratado a taxas de juros variáveis, utilizando, nesse caso, instrumentos de cobertura para

minimizar o risco de juros do financiamento. Os instrumentos de cobertura, que se destinam, especificamente, a dívida financeira e que têm, no máximo, os mesmos valores nominais e as mesmas datas de vencimento que os elementos cobertos, são, basicamente, swaps de taxas de juros (IRS), cuja finalidade é ter um custo de juros fixo para os financiamentos inicialmente contratados a taxas de juros variáveis. De qualquer modo, as coberturas de taxa de juros são contratadas com um critério de eficiência contábil.

6.2. Outros riscos de preços

Do mesmo modo, o Grupo está exposto ao risco de que os seus fluxos de caixa e resultados sejam afetados, entre outras questões, pela evolução do preço da energia. Nesse sentido, para gerir e minimizar este risco, o Grupo utiliza, pontualmente, estratégias de cobertura.

6.3. Risco de liquidez

O risco de liquidez é mitigado mediante a política de manter tesouraria e instrumentos altamente líquidos e não especulativos no curto prazo, como a aquisição temporária de Letras do Tesouro com pacto de recompra não opcional e depósitos em dólares em muito curto prazo, através de instituições de crédito importantes para poder cumprir seus compromissos futuros, bem como a contratação de facilidades creditícias comprometidas por um valor suficiente para suportar as necessidades previstas.

6.4. Risco de crédito

O principal Risco de Crédito é atribuível às contas a cobrar por operações comerciais, na medida em que uma contraparte ou um cliente não responder às suas obrigações contratuais. Para mitigação deste risco, opera-se com clientes com um apropriado histórico de crédito; além disso, dada a atividade e os setores nos quais opera, a Elecnor

conta com clientes de alta qualidade creditícia. No entanto, em vendas internacionais a clientes não recorrentes, são utilizados mecanismos como a carta de crédito irrevogável e a cobertura de apólices de seguros para garantir a cobrança. Adicionalmente, é efetuada uma análise da solidez financeira do cliente e são incluídas no contrato condições específicas, que visam garantir a cobrança do valor.

No caso dos parques eólicos, a energia gerada, de acordo com o quadro regulatório elétrico em vigor, é vendida no Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL), cobrando as receitas do operador do mercado OMIE, com um sistema de garantia de pagamentos e da Comissão Nacional de Energia e proficiência (CNMC), entidade reguladora dos mercados energéticos da Espanha, dependente do Ministério da Indústria. Por sua vez, as empresas Ventos do Sul Energia, S.A., Parques Eólicos Palmares, S.A., Ventos da Lagoa, S.A., Ventos do Litoral Energía, S.A. E Ventos dos Indios, S.A. e Ventos do Litoral Energia, S.A. (Brasil) assinaram contratos de venda da energia elétrica que gerarão por um período de 20 anos com as companhias de distribuição elétrica brasileiras correspondentes. Do mesmo modo, Eóliennes de L’Érable tem celebrado um contrato de venda da energia elétrica que gerar por um período de 20 anos a companhia elétrica canadense Hydro-Québec.

Por sua vez, quanto às linhas de transmissão, mais especificamente as que prestam seus serviços no Brasil em regime de concessão, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) tem a responsabilidade de coordenar as cobranças e pagamentos do sistema, e indica mensalmente à Concessionária as sociedades que deverão pagar-lhe: geradoras, grandes consumidoras e transmissoras conectadas ao sistema. Essas sociedades depositam, previamente à sua conexão ao sistema, uma garantia que será executada em caso de não pagamento, sendo imediatamente desconectadas do sistema, e a obrigação de pagamento é, neste momento, distribuída entre o resto de usuários do sistema. Deste modo, a concessionária tem a cobrança garantida pelo sistema elétrico nacional. A respeito disso, nos anos durante os quais o Grupo operou nestas linhas, não se produziu nenhuma falta de pagamento por parte dos usuários das linhas.

Em relação às linhas de transmissão do Chile, estas pertencem ao sistema de transmissão nacional (antes denominado troncal), no qual o Coordenador Elétrico Nacional (CEN) é o responsável por coordenar o fluxo de pagamentos às empresas transmissoras. Até dezembro do ano 2018 se aplicará o regime atualmente vigente, no qual as responsáveis por efetuar o pagamento às empresas transmissoras são as empresas geradoras. A partir do ano 2019 se incorporarão as empresas distribuidoras às responsáveis por efetuar os pagamentos, pelo que a partir dessa data se contará com uma carteira de pagadores mais diversificada. A garantia de cobrança do sistema de transmissão nacional se sustenta em um Procedimento do CEN que estabelece que, diante de eventuais faltas de pagamento por parte de um coordenado (empresa sujeita a coordenação por parte do CEN), esse incumpridor é desligado do sistema, repartindo a obrigação de pagamento pelas demais empresas coordenadas.

Elecnor trata sempre de tomar todas as medidas que vêm sendo adotadas para mitigar esse risco, e realiza análises periódicas da sua exposição ao risco creditício, realizando as correspondentes correções valorativas por depreciação.

6.5. Risco Regulatório

Quanto ao Risco Regulatório e, particularmente, àquele que diz respeito às energias renováveis, a Elecnor faz um acompanhamento pormenorizado que visa registrar adequadamente seu impacto nas contas de resultados consolidadas.

No documento CONTAS ANUAIS E RELATÓRIO DE GESTÃO (páginas 132-134)