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Artigo 61.º

Informação a prestar pelas Regiões Autónomas

1 — As Regiões Autónomas devem prestar à Direcção-Geral do Orçamento, no suporte e metodologia definidos por esta, a seguinte informação:

a) A prevista nos artigos 12.º e 13.º da Lei Orgânica n.º 1/2007, de 19 de Fevereiro;

b) A decorrente do registo trimestral dos encargos assumidos e não pagos, incluindo o saldo da dívida inicial, o movi-

mento no trimestre e o saldo da dívida a transitar para o trimestre seguinte, até ao final do mês seguinte ao trimestre a que se reporta;

c) A referente às entidades que integram o sector empresarial regional, incluídas no perímetro das administrações públi-

cas, nomeadamente a prevista no artigo 44.º, nos prazos de envio a indicar pela Direcção-Geral do Orçamento no âmbito da elaboração das contas nacionais.

2 — Para além da informação referida no número anterior, as Regiões Autónomas devem prestar qualquer outra informação de carácter financeiro, que seja solicitada pela Direcção-Geral do Orçamento, necessária à análise do impacte das contas das administrações regionais no saldo orçamental.

3 — É sempre obrigatório o preenchimento da informação referida na alínea b) do n.º 1, mesmo no caso em que o saldo da dívida inicial ou final e os encargos assumidos e não pagos sejam nulos.

Artigo 62.º

Informação a prestar pelos municípios

1 — Os municípios devem prestar à Direcção-Geral do Orçamento, no suporte e metodologia definidos por esta, a seguinte informação:

a) A prevista no artigo 50.º da Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro;

b) A relativa aos activos e os passivos financeiros, o montante de empréstimos ao abrigo das disposições legais que per-

mitem o seu excepcionamento dos limites de endividamento e o montante de endividamento líquido, até ao dia 30 do mês seguinte ao final do trimestre a que a informação respeita;

c) A relativa às entidades que integram o sector empresarial local, nomeadamente a prevista no artigo 44.º, nos prazos de

envio a indicar pela Direcção-Geral do Orçamento no âmbito da elaboração das contas nacionais.

2 — A Direcção-Geral do Orçamento articula com a Direcção-Geral das Autarquias Locais a partilha da informação recebi- da, podendo, no âmbito das respectivas atribuições, solicitar aos municípios dados adicionais, designadamente os necessários à análise do impacte das contas das administrações locais no saldo orçamental.

Artigo 63.º

Limites de endividamento

1 — A Direcção-Geral das Autarquias Locais calcula, para cada município, o montante de endividamento líquido e da dívi- da de curto e de médio e longo prazos, previstos na Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro, com base na informação fornecida pelos municípios até 30 de Abril de 2008.

2 — Os montantes de endividamento referidos no número anterior são comunicados pela Direcção-Geral das Autarquias Locais a cada um dos municípios e à Direcção-Geral do Orçamento, até 15 de Maio de 2008, incluindo os respectivos cálculos.

3 — A determinação da ultrapassagem dos limites de endividamento, de acordo com o previsto nos artigos 37.º e 39.º da Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro, e a aplicação das reduções previstas no n.º 4 do artigo 5.º da mesma lei, é realizada com base na informação referida no número anterior.

4 — À Direcção-Geral das Autarquias Locais compete calcular, para cada município, os limites de endividamento para 2008 previstos na Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro, os quais são comunicados a cada um dos municípios e à Direcção-Geral do Orçamento até 15 de Maio de 2008, com indicação dos respectivos cálculos.

Artigo 64.º

Participação municipal no IRS

Salvas as situações em que ocorra deliberação pelo município nos termos previstos no n.º 2 do artigo 20.º da Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro, os municípios mantêm a sua participação de 5% no IRS dos sujeitos passivos com domicílio fiscal na sua circunscrição territorial.

CAPÍTULO IV Disposições finais

Artigo 65.º

Simplificação de procedimentos administrativos

1 — Na instrução de procedimentos administrativos para os quais sejam legalmente exigidos modelos específicos em suporte papel podem, em alternativa, ser adoptados formulários ou modelos disponibilizados electronicamente.

2 — Os formulários ou modelos referidos no número anterior devem estar acessíveis nos sítios das entidades que nos ter- mos da lei sejam responsáveis pela sua disponibilização em suporte papel ou emitidos através de aplicações informáticas facul- tadas por aquelas ou por outras entidades autorizadas para o efeito.

Artigo 66.º

Deduções no IRS dos descontos dos pensionistas para os subsistemas de saúde da Administração Pública Os procedimentos declarativos e de liquidação do IRS relativo ao ano de 2007 devem ser ajustados por forma a permitir a dedução aos rendimentos da categoria H do montante dos descontos nas pensões de aposentação e de reforma dos beneficiários dos subsistemas de saúde da Administração Pública efectuados ao abrigo do regime aprovado pela Lei n.º 53-D/2006, de 29 de Dezembro.

Artigo 67.º

Entrada em vigor e produção de efeitos

O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação e produz efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2008. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 7 de Fevereiro de 2008. — José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa — Luís

Filipe Marques Amado — Fernando Teixeira dos Santos — Manuel Pedro Cunha da Silva Pereira— Henrique Nuno Pires Severiano Teixeira — Rui Carlos Pereira — Alberto Bernardes Costa — Francisco Carlos da Graça Nunes Correia — Manuel António Gomes de Almeida de Pinho — Jaime de Jesus Lopes Silva — Mário Lino Soares Correia — Pedro Manuel Dias de

Publique-se.

O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. Referendado em 6 de Março de 2008.