Embrapa Sede
5.5. Condições Gerais Gerenciamento de Resíduos Comuns 1 Modelo de Gerenciamento
5.5.1.10. Administração e Responsabilidade
O PGRS deverá ser acompanhado por meio de responsável técnico, devidamente registrado no Conselho Profissional.
O PGRS deverá ser atualizado sempre que ocorram modificações operacionais, que resultem na ocorrência de novos resíduos ou na eliminação destes, e deverá ter parâmetros de avaliação visando ao seu aperfeiçoamento contínuo.
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Diretrizes para Implantação de Gestão
Ambiental nas Unidades da Embrapa
5.5.2. Controle de Geração
Todas as UC e UD deverão:
Racionalizar os procedimentos visando à redução da geração de resíduos; Reduzir na fonte, pela redução do desperdício;
Reutilizar os materiais;
Reciclar os resíduos passíveis para tal.
5.5.3. Procedimentos de Coleta Seletiva
As UC e UD deverão adotar a coleta seletiva, conforme os seguintes procedimentos:
Coleta de dados sobre geração de lixo comum - Deverá ser feito inicialmente inventário dos resíduos gerados, com a análise quantitativa e qualitativa do lixo: medindo o peso e volume; e identificando a composição desses resíduos;
Elaboração de gráficos de Pareto ou outro método selecionado para aplicação no processo de geração de lixo e fontes de geração. Deve ser feita uma análise criteriosa dos dados de geração de lixo comum, a fim de identificar aqueles que são gerados em maior volume. Sugere- se que seja realizada a análise de Pareto, que tem o objetivo de identificar os poucos tipos de resíduos responsáveis por 80% do total; identificando-se, assim, os focos da coleta seletiva. A segunda etapa seria identificar as fontes de maior geração desses resíduos, podendo-se utilizar aqui também uma análise de Pareto; buscando, desta forma, atuar nos principais itens e nas suas principais fontes de geração;
Seleção dos principais tipos de lixo comum aproveitáveis;
Seleção das principais fontes de geração de cada tipo de resíduo; Definição da destinação a ser dada para cada tipo;
Definição dos coletores (tipo, tamanho, cor, identificação) – Os coletores seletivos deverão ser disponibilizados em cores de acordo com o tipo de resíduo reciclável, conforme Resolução CONAMA 275/01 (CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, 2001);
Definição dos locais estratégicos para os coletores - Não há por que espalhar coletores seletivos pela empresa toda, indiscriminadamente. Os recipientes para coleta dos resíduos selecionados devem ser colocados nos locais de maior geração e identificados com o próprio nome do resíduo;
Definição de requisitos para qualificação de compradores e/ou beneficiários de doação dos resíduos;
Definição e adequação de locais de armazenagem temporária;
Definição da periodicidade de coleta nos locais de geração – Os PEV’s (Pontos de Entrega Voluntária) deverão ser instalados em pontos estratégicos e em setores estratégicos, com horários de coleta pré-estabelecidos. A coleta de Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção, deve ser exclusiva e a intervalos não superiores às 24h;
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Gerenciamento de Resíduos em Geral e Otimização do Uso de Água e Energia
Definição do acondicionamento, manuseio e movimentação interna; Definição de controles de entrada e saída dos resíduos;
Definição de requisitos para o transporte externo;
Definição de periodicidade de coleta pelos terceiros qualificados;
Definição da forma de monitoramento das informações de geração e destinação; Definição dos meios de divulgação periódica de resultados;
Definição de responsabilidades;
Definição de estratégias de sensibilização e motivação - buscando a sensibilização, poderão ser realizadas palestras e produzidos materiais educativos: folder, folhetos e placas de sinalização, com a finalidade de orientar os empregados quanto à disposição dos resíduos desde o processo inicial até a realização da coleta e destinação final. O trabalho de sensibilização deverá ser direcionado aos colaboradores diretos e indiretos da Unidade e também para a comunidade de seu entorno;
Definição de estratégias para manutenção do programa - Para que o programa se mantenha, serão adotadas estratégias para a motivação dos empregados. Devem-se divulgar os resultados continuadamente, fazendo, por exemplo, oficinas de artesanatos, exposições de artesanatos produzidos a partir da sucata coletada na Unidade, dentre outras ações;
A equipe de coleta deverá receber treinamento adequado e ser submetida a exames médicos pré-admissionais e periódicos, de acordo com o estabelecido na Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho (BRASIL, 1978);
A equipe de coleta deverá possuir Equipamentos de Proteção Individual – EPI adequados; A coleta de Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção e que contenham substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, deve ser realizada diariamente, conforme quantidade produzida. O veículo coletor deverá ser do tipo que permita uma estanqueidade, evitando derramamento de líquidos;
Os resíduos perigosos só poderão ser coletados e transportados para o destino final por empresa devidamente cadastrada no Órgão Ambiental.
Somente depois que todos os resíduos da empresa forem devidamente caracterizados, classificados conforme a norma ABNT/NBR 10004 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004a), controlados quanto à sua geração, transporte interno e armazenagem temporária, além de terem sua destinação correta definida e seu manuseio, acondicionamento e transporte estabelecidos dentro dos requisitos pertinentes, é que a unidade deverá elaborar e implementar o plano de coleta seletiva do lixo comum.
A motivação principal da Unidade para implantar a coleta seletiva deve ser a contribuição efetiva para reduzir, por meio de reciclagem e/ou reaproveitamento, a sobrecarga de resíduos gerados, bem como o desperdício de matérias-primas e de energia.
Se um resíduo é gerado em grandes volumes, mas não se encontra um reciclador ou quem se interesse por seu reaproveitamento, não há por que coletá-lo seletivamente. A não ser que a identificação de interessados seja apenas uma questão de tempo, com grande chance de sucesso.
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Diretrizes para Implantação de Gestão
Ambiental nas Unidades da Embrapa
Para garantir que sejam atingidos os resultados esperados na Unidade, deve-se implementar o processo de educação ambiental com seu público e de seu entorno, realizando, por exemplo, palestras, gincanas ambientais, participação nas paradas ambientais durante a Semana do Meio Ambiente. É muito importante, também, o estabelecimento de parcerias com os órgãos ambientais estaduais e municipais, bem como com associações de catadores, e associações de moradores da comunidade do entorno.
A regularidade e eficácia no recolhimento dos materiais são importantes para que se alcance a confiança e disposição dos empregados em participar.
5.5.4. Capacitação dos Recursos Humanos
Todas as UC e UD deverão realizar programa de treinamento junto aos Recursos Humanos, visando à capacitação técnica necessária para o gerenciamento de resíduos sólidos. Para tal deverá realizar:
Curso básico para formação de gestores de resíduos sólidos; Seminário sobre gerenciamento de resíduos;
Palestras de Sensibilização;
Programa de Educação Ambiental junto aos empregados, população circunvizinha e fornecedores;
Produção e divulgação de material didático, como folder e cartilhas orientadoras;
Ações preventivas e corretivas, por meio de procedimentos e simuladas junto aos recursos humanos;
Integração, sempre que possível, das ações preventivas com todas as empresas.
5.5.5. Uso de EPI
Os equipamentos de proteção individual (EPI), destinados a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador, são regulamentados pela NR 6 - Equipamento de Proteção Individual, da Portaria n.º 3.214 de 08/06/78 do Ministério do Trabalho (BRASIL, 1978). Sua utilização constitui-se em medida de segurança de importância nas operações com resíduos e deverão ser selecionados após uma criteriosa análise de riscos, procurando-se atender aos padrões de proteção e conforto, além de manter-se sua contínua utilização pela força de trabalho.
O uso correto e a manutenção adequada dos equipamentos específicos de proteção são essenciais e devem constar de programa de treinamento e supervisão especializada dos aplicadores.
É fundamental que o EPI adquirido seja de boa qualidade e possua o certificado de aprovação (CA) expedido pelo Ministério do Trabalho.