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Em 27 de maio de 1922 Landsberg tinha feito uma procuração a João Antonio Xavier Filho, afim de promover a demarcação judicial do terreno no lugar denominado “Ubá”, podendo praticar todos os atos necessários, para este fim, agravar, embargar e apelar de qualquer despacho, sentença e usar todos os recursos admitidos em direito, até a instancia superior que necessário fosse. Testemunharam Gastão de Oliveira Menezes e Carlos Eulalio Lopes.

Em 26 de agosto de 1922 iniciava ação de demarcarão do imóvel Ubá13 de Alberto Landsberg e sua mulher contra o Estado do Paraná. No dia anterior, em 25 de agosto de 1922, Alberto Landsberg e sua mulher encaminharam ao Juiz Seccional do Paraná, uma petição, onde requeriam promoverem a demarcação judicial do imóvel, e se se proporam a provar que o imóvel tinha as seguintes divisas: “ao norte e leste pelo rio Ivahy, confrontando com terras do Estado do Paraná; da Inspetoria de Indios e da Inspetoria do Povoamento do Solo; ao sul por uma recta entre os rios Ivahy e Corumbatahy, confrontando com terras de sucessores de João Alberto Munhoz; ao oeste pelo rio Corumbatahy, confrontando com terras do Estado do Paraná”14.

Para tanto pediram ao Juiz que mandasse intimar os confinantes: José Antonio Gonçalves Junior, como cabeça de casal de sua mulher Valdivia Munhoz Gonçalves, residentes no Ipiranga, Alfredo Alberto Munhoz, residente em Piraí, Joaquim Góes de Mello, como cabeça de casal de sua mulher Carmem Munhoz de Mello, residentes em Guarapuava, todos por precatória, o Estado do Paraná representado pelo Presidente Caetano Munhoz da Rocha, a Inspetoria de Índios e a de Povoamento do Solo, representadas pelos seus respectivos inspetores, o Procurador Seccional da República, Maria da Luz Munhoz Santiago, Lydia Munhoz, Antonio Romualdo Ferreira, como cabeça de casal de sua mulher Francisca Munhoz Ferreira, residentes em Curitiba, citações essas que deveriam ser pessoais, para a 1ª audiência do juízo, depois de citados vierem se louvar com os peticionários, agrimensores, arbitradores e seus suplentes para que procedessem as operações necessárias para a aviventações dos velhos rumos e a constituição de novos em todo o perímetro do imóvel.

Requeriam ainda que se dignasse de admiti-los a justificar com as testemunhas José Alfredo Limoeiro e Pedro Lagos Marques, a ausência de heréos confinantes

desconhecidos para em seguida serem afixados no lugar de costume e publicado na imprensa editais de citação na forma da Lei e sob pena de revelia, expedindo-se desde logo os mandados necessários para a intimação dos confinantes acima mencionados, ficando desde aquela data citados para todos os termos da ação. A ação teve o valor de 40.000$000, para efeito do pagamento da taxa judiciaria, acompanhados de 4 documentos e uma procuração.

Em 26 de agosto são designadas para o dia 31 a inquirição das testemunhas. No dia 30 é certificado que foram intimadas as testemunhas José Alfredo Limoeiro e Pedro Lagos Marques. No dia 31 de agosto de 1922, na sala das audiências, o Juiz Federal, João Baptista da Costa Carvalho Filho, o escrevente, o advogado Gilberto de Araujo Santos, foram inquiridas as testemunhas. O primeiro foi José Alfredo Limoeiro, com 24 aos de idade, solteiro, negociante, residente em Curitiba, disse saber ler e escrever, testemunhou dizendo que tinha ciência da existência do imóvel Ubá, e que os confinantes desse eram os que constavam na petição que lhe havia sido lida, e que se houvessem outros, por ele eram desconhecidos, não tendo mais nada a dizer. A segunda testemunha, Pedro Lagos Marques de 34 anos, solteiro, jornalista, residente em Curitiba, declarou saber ler e escrever, testemunhou que o imóvel denominado “Ubá” pertencia a Alberto Landsberg, sobre os confinantes declarou o mesmo que a primeira testemunha.

Em 29 de setembro em vistas de João Baptista da Costa Carvalho Filho, julga por sentença e justificação produzir com os depoimentos das fls. 18 e 19. Espedindo o edital como requerido na petição inicial.

No dia 30 de setembro é certificado que se expediu o edital de 90 dias conforme despacho retro extraindo se copia para a imprensa. No mesmo dia foi certificado que se expediram precatórias para Guarapuava, Piraí e Ipiranga na forma requerida na petição inicial, aos respectivos suplentes do Juízo. O porteiro João Baptista Bello fixou o edital no lugar de costume, com o prazo de 90 dias, requerido por Albero Landsberg para o qual se cita e chama os hereos confinantes desconhecidos para comparecerem a primeira audiência e assistirem a propositura da ação de demarcação do imóvel denominado Fazenda Ubá.

Em audiência civil, no dia 7 de abril de 1923, na presença do Juiz Federal, João Baptista da Costa de Carvalho Filho e do porteiro João Batista Bello, Gilberto Santos disse ter acusado a citação por edital, requeria sob pregão se houvesse a mesma citação por feita e acusada ficando os citados esperados para a propositura da ação, até que

fossem feitas as demais intimações e citações na forma da Lei. Apregoados não compareceram, sendo deferido.

É expedido os autos de carta precatória do Juizo Federal da Secção do Paraná ao Juizo Federal do Termo de Ipiranga em 18 de julho de 1923, sendo no mesmo dia certificado que se intimaram os cidadãos Antonio Gonçalves Junior e sua mulher Dona Valdivia Munhoz Gonçalves por todo o conteúdo da carta precatória retro, que lhes leu e ficaram cientes.

Com o falecimento de Alberto Landsberg em 20 de novembro de 1923, o processo ficou parado até 1929. Procedendo o inventário de seus bens no juízo da 3ª Vara Cível do Rio de Janeiro, e dentro os bens inventariados figurava a Fazenda Ubá, avaliada em 1.840:000$000, conforme laudo a fls. 108 dos autos do inventario:

Nós abaixo assignados, avaliadores nomeados e aprovados, sob o compromisso prestado, certificamos que em virtude de mandado do Meretissimo Juiz de Direito da Comarca para procedermos a avaliação do imóvel denominado Ubá, fizemos a referida avaliação nesta cidade, dispensando-nos de proceder o exame in loco por já conhecermos o immovel e termos pleno conhecimento do valor de suas terras, o que foi feito pela fórma seguinte: Avaliamos 230.000 hectares de terras do immovel, denominado Ubá situado na margem esquerda do rio Ivahy nesta Comarca, pelo preço uniforme de oito mil réis o hectare (8$000), e tudo pela quantia de mil oitocentos e quarenta contos de reis (1.840:000$000). E por nada mais nos ser apresentado, havendo por finda esta avaliação que fizemos com toda a consciência, a qual mandamos dactylographar e assignamos. Guarapuava, 21 e janeiro de 1924 aa) Francisco Missino e Ernesto Ferreira Nunes. (MORATO, 1935, p. 33-34).

3.7 A

expedição de Tadeusz Chrostowski em 1922-23 e o encontro