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Algumas considerações acerca do planejamento e do trabalho com os gêneros

No documento 1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 17 (páginas 37-41)

Quadro 4 − Como os sujeitos da pesquisa tiveram acesso ao estudo dos gêneros Concepções sobre gênero Diamante Safira Esmeralda Rubi Topázio Turmalina Licenciatura

Especialização

Curso de Formação Continuada Congressos da área

Palestras da área Outros

Fonte: elaborado pela autora.

Conforme os dados do Quadro 4, 100% os professores afirmam ter adquirido conhecimentos acerca de gêneros textuais em algum momento de sua formação. Dos seis sujeitos, apenas um (17%), a professora Diamante, afirma ter tido acesso a conhecimentos sobre gênero apenas durante a formação continuada. Já Esmeralda destaca-se por ter sido a que mais realizou cursos sobre a temática − licenciatura, especialização e curso de formação continuada. Topázio e Turmalina (34%) foram os únicos sujeitos que experimentaram apenas duas formas de acesso aos conhecimentos acerca de gêneros: licenciatura e palestras da área e licenciatura e curso de formação continuada, respectivamente; Rubi e Safira adquiriram conhecimentos acerca dos gêneros por meio da licenciatura. Noventa por cento dos professores tiveram contato com esse aporte teórico na licenciatura.

De modo geral, conforme assinala Schneuwly (2004), os gêneros textuais devem servir de megainstrumentos para o ensino. Mesmo que alguns professores estejam expostos, de maneira restrita, aos estudos de gêneros, compreendemos ser essencial que busquem constante atualização na área, sobretudo em prol da melhoria de práticas pedagógicas no contexto do ensino de Língua Portuguesa.

3.2. Algumas considerações acerca do planejamento e do trabalho com

Segundo Libâneo (1993), o plano de aula é um instrumento que sistematiza todos os conhecimentos, atividades e procedimentos que se pretende realizar em determinada aula, tendo em vista o que se espera alcançar como objetivos de aprendizagem. Tal ferramenta baseia-se no detalhamento do plano de curso/ensino, em virtude da sistematização que faz das unidades desse plano, criando uma situação didática concreta de aula. Gil (2012, p. 39) explica que “o que difere o plano de ensino do plano de aula é a especificidade com conteúdos pormenorizados e objetivos mais operacionais”.

Para elaborar o plano de aula, é necessário construir o plano de ensino levando em consideração as suas fases: “preparação e apresentação de objetivos, conteúdos e tarefas; desenvolvimento da matéria nova; consolidação (fixação de exercícios, recapitulação, sistematização); aplicação e avaliação” (LIBÂNEO, 1993, p. 241). Além disso, o controle do tempo ajuda o professor a definir em quais etapas poderá se deter com mais cuidado.

Em alguns aspectos, entendemos que o processo de ensino-aprendizagem deve estar centrado tanto nos estudantes como no método e no conteúdo, elementos que precisam estar integrados também ao contexto cultural de cada indivíduo. Além disso, cabe ressaltar que o ensino de Língua Portuguesa precisa mobilizar as habilidades de linguagem de cada interlocutor e levá-lo ao desenvolvimento de habilidades de leitura e de escrita por meio da abordagem interacionista e sociodiscursiva.

No que se refere à nossa pesquisa, os dados obtidos por meio do questionário permitem observar os critérios utilizados pelos professores no planejamento do ensino de Língua Portuguesa para turmas de 7º ano do Ensino Fundamental. Ao examinar esses dados, é possível verificar certa unanimidade em relação à utilização dos PCNs e em relação à utilização de sugestões fornecidas no caderno do professor que acompanha os livros didáticos.

No questionário submetido aos sujeitos da pesquisa, indagamos quais critérios adotavam para planejar as aulas de Língua Portuguesa, entre opções como: planos utilizados nos anos anteriores sem modificação, sugestões de livros didáticos e materiais de apoio ao professor (como exemplo, na rede de São Paulo, o caderno do professor).

Nessa direção, apresentamos aos sujeitos da pesquisa a seguinte pergunta:

11. Em que critérios se baseou para elaborar o plano de ensino para o ano letivo de 2017?

( ) Utilização dos planos de aulas usados em anos anteriores sem nenhuma modificação

( ) Sugestões do livro didático e/ou do caderno do professor ( ) Orientações curriculares para o Ensino Fundamental

( ) Organização de um cronograma separando o conteúdo em módulos ( ) Nunca elabora plano de ensino

( ) Elaboração com base na experiência pessoal como docente

Os dados obtidos por meio dessa questão estão sistematizados no Quadro 5, exposto a seguir.

Quadro 5 − Critérios adotados na elaboração do plano de ensino

Critérios adotados na elaboração Diamante Safira Esmeralda Rubi Topázio Turmalina Utilização dos planos de aulas usados em

anos anteriores sem nenhuma modificação Sugestões do livro didático e/ou do caderno do professor

Orientações curriculares para o Ensino Fundamental

Organização de um cronograma separando o conteúdo em módulos

Nunca elabora plano de ensino Elaboração com base na experiência pessoal como docente

Fonte: elaborado pela autora.

Com base nesses dados, é possível verificar que 85% dos professores disseram adotar os PCNs como conteúdo orientador para elaboração de suas aulas.

Os professores Diamante, Topázio e Turmalina aderiram às sugestões fornecidas pelos livros didáticos e pelo caderno do professor. Diamante e Turmalina afirmaram preparar as aulas valendo-se também de um cronograma, separando o conteúdo em módulos. Os professores Esmeralda e Topázio ainda elegeram como critério a experiência que têm como professores. Dos seis entrevistados, apenas Safira não se identificou com os critérios fornecidos no questionário e apresentou o seguinte comentário: “em minha prática pedagógica, procuro levar em consideração, sempre, as necessidades do estudante”.

Na sequência, perguntamos aos docentes que metodologia adotavam para desenvolver o trabalho com gêneros textuais. A pergunta apresentada aos sujeitos da pesquisa foi a seguinte:

12. Como você desenvolve o trabalho com os gêneros textuais em sala de aula?

( ) Planejamento do trabalho em etapas, usando sequências didáticas para explorar diversos exemplares dos gêneros

( ) Organização das atividades a partir dos gêneros que estão propostos nos livros didáticos e/ou no caderno do professor

( ) Abordagem da leitura, da escrita, da oralidade e dos aspectos gramaticais em conjunto, o que faz mais sentido para quem aprende

( ) Definição dos gêneros textuais segundo a necessidade dos alunos

As respostas fornecidas pelos professores estão sistematizadas no Quadro 6.

Quadro 6 − Metodologia de trabalho com os gêneros textuais

Metodologia adotada Diamante Safira Esmeralda Rubi Topázio Turmalina Planejamento do trabalho em etapas,

usando sequências didáticas para explorar diversos exemplares dos gêneros Organização das atividades a partir dos gêneros que estão propostos nos livros didáticos e/ou no caderno do professor Abordagem da leitura, da escrita, da oralidade e dos aspectos gramaticais em conjunto, o que faz mais sentido para quem aprende

Definição dos gêneros textuais segundo a necessidade dos alunos

Fonte: elaborado pela autora.

De acordo com os dados do Quadro 6, os seis professores participantes da pesquisa (100%) afirmaram organizar o trabalho com os gêneros, bem como o trabalho de leitura, escrita e análise linguística, por meio de sequências didáticas.

De acordo com Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), sequência didática é um conjunto de atividades escolares organizadas de maneira sistemática em torno de um gênero textual oral ou escrito. As sequências didáticas auxiliam o aluno a

compreender práticas de linguagem novas ou que ofereçam certa dificuldade em relação a seu domínio.

Além da adoção das sequências didáticas, observamos que nenhum dos seis os professores organizavam suas atividades com base em gêneros propostos pelos materiais didáticos, contudo, no Quadro 5, 51% dos professores responderam que utilizam sugestões presentes nos materiais didáticos.

No documento 1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 17 (páginas 37-41)

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