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Algumas medidas necessárias e viáveis para garantir a diminuição das barreiras

5. CONCEITO E FUNÇÃO DO TRABALHO DECENTE

5.4 Algumas medidas necessárias e viáveis para garantir a diminuição das barreiras

Laís Abramo, em consonância com os princípios da OIT234, descreve algumas

medidas necessárias e viáveis para garantir a diminuição das barreiras que as mulheres, em especial as trabalhadoras negras, enfrentam no mercado de trabalho, sendo necessário: a) definir que grupo de mulheres serão beneficiárias, com que tipo de programa e/ou política, analisando-se, entre outros fatores, a proporção de participação de cada grupo, com base na análise de dados sobre a População Economicamente Ativa (PEA)235; b) promover permanentemente a divulgação das políticas e programas existentes para superação da exclusão no mercado de trabalho, por meio dos núcleos sociais e comunitários (igrejas, escolas, creches, postos de saúde, entre outros), núcleos estes nos quais estas mulheres transitam constantemente, tornando mais eficaz a obtenção de informação sobre as alternativas de emprego ou de desenvolvimento produtivo; c) disponibilizar a capacitação permanente para as mulheres, em especial para as trabalhadoras negras, em ofícios e ocupações não tradicionais e em níveis de supervisão, chefia, entre outros cargos que comumente não são ocupados por esse grupo populacional; d) desenvolver, nas políticas e programas de intermediação de mão-de-obra, um grau de atenção intenso com os segmentos discriminados no mercado de trabalho, entre os quais está o das trabalhadoras negras; e) promover a integração entre os diversos núcleos das políticas ativas de mercado de trabalho que permitam às trabalhadoras carentes construir um projeto ocupacional e estruturando suas rotas de saída seja das situações de pobreza (ou indigência), seja da dependência eterna dos programas assistenciais por meio dos seguintes procedimentos: transferência e melhoria de renda, disponibilização de cursos de capacitação e formação profissional, intermediação de mão-de-obra, acesso ao crédito e a outros recursos que sejam destinados a produtividade, programas de emprego temporário e/ou de emergência; f) analisar a necessidade de flexibilidade de horário e de serviços de

234 ABRAMO, Laís. Desigualdades e discriminação de gênero e raça no mercado de trabalho

brasileiro e suas implicações para a formulação de uma política de emprego. Disponível em

<http://www.ilo.org/public/portugue/region/ampro/brasilia/hst_pgemp/downloads/lais_seminario_oit_po liticas_de_emprego_29dez04.doc>. Acesso em: 10 de dezembro de 2008.

235 Esse tipo de medida já vem sendo adotada em uma série de políticas e programas implementados

no Brasil, como por exemplo o PLANFOR (Plano Nacional de Formação Profissional, 1995-2002) e o PNQ (Plano Nacional de Qualificação) que, a partir de 2003, substitui o PLANFOR como política pública nacional de qualificação profissional.

apoio e cuidado infantil durante o desenvolvimento destes programas; e g) capacitar as pessoas responsáveis para cargos de gerência nos setores públicos ou privados quanto a formulação, implementação, monitoramento e execução de políticas e programas que cuidem de temas de gênero e raça.

Além de implementar todas as medidas anteriormente relacionadas, que na atualidade mostram-se essenciais para concretização da prática de trabalho decente, é primordial que se criem sistemas permanentes de monitoramento e avaliação das políticas e programas implementados, visando garantir que a discriminação positiva, cujo intuito é viabilizar igualdade de oportunidade, não tenha efeito reverso, ou seja, proporcione benefícios a quem já não precisa deles e também para evitar investimentos em um projeto que não sirva ao fim para o qual foi criado.

Conforme dispõe Laís Abramo236, as desigualdades de gênero e raça no Brasil não são fenômenos que estão ligados a minorias ou a grupos específicos de componentes da sociedade. Ao contrário, são problemas que dizem respeito à maior parte do contingente populacional que compõe a nossa sociedade e, como se pôde observar ao longo da pesquisa, atingem de forma peculiar a trabalhadora negra, impedindo-a de exercer a sua cidadania e de viver dignamente.

Para que haja o reconhecimento e efetivação da cidadania no trabalho dispõe Jorge Rosenbaum Rimolo:

A partir del reconocimiento de que la ciudadanía no consiste simplemente en la pertenencia a un determinado Estado, generando derechos y obligaciones políticas, ha ido plasmándose un concepto de la misma que comprende una proyección laboral y social más amplia. Por la primera, ha de reconocérsele al trabajador su derecho a participar, individual y colectivamente, en todas las manifestaciones del trabajo, y por la segunda, a gozar y ejercer sus derechos fundamentales que, como persona, le resultan inherentes a su condición humana.237

236 ABRAMO, Laís. Desigualdades e discriminação de gênero e raça no mercado de trabalho

brasileiro e suas implicações para a formulação de uma política de emprego. Disponível em

<http://www.ilo.org/public/portugue/region/ampro/brasilia/hst_pgemp/downloads/lais_seminario_oit_po liticas_de_emprego_29dez04.doc>. Acesso em: 10 de dezembro de 2008.

237 RIMOLO, Jorge Rosenbaum. Los Derechos Fundamentales del Trabajo en el Marco de las

Reformas del Nuevo Orden Econômico. Disponível em

<http://www.usp.br/prolam/cadernos2003/2003b/02j_r_rimolo.pdf>. Acesso em: 10 de dezembro de 2008.

Rever o quadro de desigualdade que mantém os altos níveis de exclusão por raça e gênero é uma tarefa necessária e urgente para garantir o pleno desenvolvimento do país.238

Neste sentido, fundamental a aplicação do trabalho decente, por meio da execução de ações afirmativas, pois este é um caminho viável para garantir a concretização da igualdade de oportunidade para as trabalhadoras negras.

Para que a democracia se desenvolva com plenitude e para que todos os indivíduos tenham direito ao trabalho digno, dispõe Jorge Rosenbaum Rimolo:

Para lograrlo se torna necesario proyectar una articulación entre las políticas económicas y sociales, por medio de programas eficientes capaces de garantizar a las personas el derecho a trabajar y generar un ingreso digno, acceder a servicios de salud, vivienda, educación, formación profesional y seguridad social. Sólo de esa forma se podrá salvaguardar la vigencia de una democracia sustantiva plena y la posibilidad de un ejercicio real y efectivo de los derechos de ciudadanía, como expresión de los derechos fundamentales que constituyen su esencia.239

A igualdade de oportunidade para a mulher negra no mercado de trabalho é uma das vertentes do exercício pleno da cidadania, mesmo porque esta “... significa, em essência, o direito de viver decentemente”.240

238 Quanto à diferença entre desenvolvimento e modernização: “Quando não ocorre nenhuma

transformação, seja social, seja no sistema produtivo, não se está diante de um processo de desenvolvimento, mas da simples modernização; mantém-se o desenvolvimento, agravando-se a concentração de renda. (....) O crescimento sem desenvolvimento, é aquele que ocorre com a modernização, sem qualquer transformação nas estruturas econômicas e sociais.” BERCOVICI, Gilberto. Constituição econômica e desenvolvimento: uma leitura a partir da constituição de 1988. São Paulo: Malheiros, 2005, p. 53.

239 RIMOLO, Jorge Rosenbaum. Los Derechos Fundamentales del Trabajo en el Marco de las

Reformas del Nuevo Orden Econômico. Disponível em

<http://www.usp.br/prolam/cadernos2003/2003b/02j_r_rimolo.pdf>. Acesso em: 10 de dezembro de 2008.

240 DIMENSTEIN, Gilberto. O Cidadão de Papel: a infância, a adolescência e os Direitos Humanos no

CONSIDERAÇÕES FINAIS

1) O processo de inserção da mulher no mercado de trabalho sempre foi marcado por muitas dificuldades no Brasil, em virtude de o país ter em sua origem uma cultura patriarcal, com uma visão machista que manteve, e por vezes ainda mantém, a mulher como a guardiã do lar, como um ser frágil, inferior física e intelectualmente, tornando natural a discriminação. A maior ou menor inserção da mulher no mercado de trabalho sempre esteve estritamente ligada às necessidades operacionais e lucrativas do mercado capitalista. Assim estruturou-se um conjunto de atitudes discriminatórias ligadas ao fator gênero.

2) Em relação às mulheres negras, elas foram trazidas para o Brasil na condição de escravas e, portanto, para o trabalho. Trabalhavam o tempo todo, fosse na lavoura, fosse nos afazeres domésticos ou amamentando os filhos das sinhás, sendo também responsáveis pela reprodução da mão-de-obra escrava, por meio da procriação da espécie. A escravidão africana foi extinta por motivos estritamente econômicos, tendo em vista a expansão da industrialização e do capitalismo, passando negros e negras a serem vistos como um problema para a sociedade racista e preconceituosa, que construiu uma série de estereótipos negativos como pretensa justificativa da sua inferioridade. O homem negro foi posto na rua, sem trabalho, sem respeito, sem estrutura nenhuma que garantisse seu desenvolvimento, enquanto a mulher negra se manteve nos núcleos familiares exercendo as mesmas funções do período da escravidão. Assim estruturou-se um conjunto de atitudes discriminatórias ligadas a raça/etnia.

3) Nas últimas três décadas ocorreu um aumento significativo do número de mulheres no mercado de trabalho, fato que ocasionou diversas alterações na vida da mulher e de toda a sociedade. No entanto, tal incorporação massiva de mulheres ao mercado de trabalho brasileiro se deu em condições extremamente desiguais e discriminatórias em relação à dos homens, quando observados aspectos como rendimentos, oportunidade de crescimento e qualidade do emprego, entre outros. Boa parte das mulheres trabalhadoras é impedida de desenvolver-se com plenitude no que se refere ao âmbito profissional em virtude de atos discriminatórios aos quais

são submetidas, sendo a trabalhadora negra a que mais sofreu e sofre com a discriminação, conforme evidenciam dados estatísticos divulgados por institutos oficiais no país. A igualdade formal entre homens e mulheres no mercado de trabalho, assegurada pela Constituição brasileira de 1988, permaneceu, portanto, sem concretização.

4) A mulher negra está envolta em um binômio de discriminação historicamente naturalizado na sociedade brasileira machista e sexista. De modo que, ao observar- se a situação da trabalhadora negra no Brasil de hoje, percebe-se que se apresenta como uma extensão da realidade vivida por elas no período da escravidão. Não ocorreram muitas mudanças significativas, pois permanecem em último lugar na escala social, sendo preteridas no mundo do trabalho. Dados estatísticos revelam que elas continuam a ocupar a maioria dos postos de trabalho nos serviços domésticos, que recebem os piores salários, trabalham mais entretanto com rendimento menor e apresentam menor nível de escolaridade se observados todos os níveis de escolarização. Logo possuem limitações para ingressar, permanecer e ascender no mercado de trabalho, restringindo-se assim, as possibilidades de terem uma vida digna com oportunidades iguais.

5) A normativa constitucional, infraconstitucional e internacional vigente no Brasil criou uma estrutura de proteção ao trabalho da mulher e ao negro, porém pouco do que foi estabelecido na norma com a finalidade de garantir a igualdade de tratamento entre homens e mulheres e entre brancos e negros concretizou-se na prática diária do mundo do trabalho. Assim os direitos que visam à proteção dentro do ambiente de trabalho não restaram suficientes para garantir trabalho digno às trabalhadoras negras, posto que continuam postas à margem da sociedade e impedidas de desenvolver-se, por manifestações discriminatórias muitas vezes “invisíveis”, porém responsáveis por manter as estruturas desiguais encerradas em componentes históricos e culturalmente naturalizados.

6) O conceito de Trabalho Decente, criado pela Organização Internacional do Trabalho, é passível de ser aplicado, já que o Brasil firmou o compromisso de criar uma Agenda Nacional de Trabalho Decente, composta por várias práticas que visam dar efetividade ao que a simples normatização não conseguiu. Vislumbrou-se,

assim, um caminho para solucionar a questão emergencial da ausência de igualdade de oportunidades para trabalhadoras negras no mercado de trabalho. A aplicação do previsto na Convenção nº 100, de 1951, que trata sobre igualdade de remuneração de homens e mulheres trabalhadores por trabalho de igual valor, e na Convenção nº 111, de 1958, que trata sobre discriminação em matéria de emprego e ocupação, ambas da Organização Internacional do Trabalho, é fundamental neste processo. Tais convenções, aliadas à legislação pátria e a ações efetivas de todos os agentes sociais, são passíveis de garantir condições essenciais ao desenvolvimento do Trabalho Decente, que, apesar de ser um conceito novo e pouco explorado pela doutrina, mostra-se como condição essencial para o combate à discriminação nas relações de trabalho, além de possibilitar a diminuição da exclusão, da pobreza e a efetivação de um caminho mais justo para as trabalhadoras negras e demais grupos discriminados.

7) Aplicar os princípios do Trabalho Decente é responsabilidade de todos os agentes sociais. O Estado, por meio da implantação de políticas sociais, políticas de emprego e da criação de ações afirmativas. Os empresários, conhecendo e inibindo práticas discriminatórias dentro do ambiente de trabalho, criando uma consciência corporativa acerca da necessidade de conviver-se harmonicamente com o diferente, respeitando-o e permitindo que as trabalhadoras negras sejam contratadas e promovidas, sendo melhor ou pior remuneradas com base em critérios de cunho estritamente profissional, e não com fundamento em características como sexo ou cor da pele. Às organizações não-governamentais, aos movimentos sociais, às associações de classe, entre outros grupos, cumpre fazer o trabalho de conscientizar, formar intelectual e profissionalmente as mulheres negras para que tenham condições de competir em condições de igualdade.

8) Na atualidade um caminho possível para efetivação do processo que visa estabelecer igualdade de oportunidade para as mulheres negras no mercado de trabalho são as ações afirmativas. Elas devem ser concretizadas por todos os atores sociais, em caráter temporário, com o fim único de garantir trabalho digno, por meio da efetivação da igualdade, que não logrou êxito em ser alcançada com a simples normatização. Caso haja necessidade, que se faça a revisão dos marcos

normativos, visando a coerência entre eles e o princípio da igualdade ou da não- discriminação.

9) Fica estabelecida a necessidade de superação da condição de desigualdade da mulher negra no mercado de trabalho, fato que trará como conseqüências alterações positivas em todos os âmbitos da vida dessas mulheres e conseqüentemente na estrutura socioeconômica e cultural do país, que estará dando um passo significativo rumo ao tão sonhado desenvolvimento sustentável e à efetivação da cidadania.

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