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Altamir Costa apresenta ‘Minha poesia é você’

No documento O Pequeno Príncipe visita São Paulo (páginas 47-50)

Apresente-nos um dos textos publi-cados na obra.

Altamir Costa - Um dos que mais gos-to é esse. Acho que mostra bem as poe-sias do livro.

VocêVocê está em mim

como uma dádiva da vida, tão sagrada como o ar que nos mantém vivos.

Não sei explicar como esse amor chegou em mim, tornando-me teu sem que me tenhas sem que me queiras.

Faz-me morrer voltar a nascer em mim.

Cada texto tem um pedacinho do autor, comente sobre o momento de criação deste texto.

Altamir Costa - Bem como eu disse, cada poema retrata um momento ou um sentimento vivido por mim quan-do escrevia determinaquan-do poema. Sabe, apesar desse sentimento enorme por essa pessoa, somos amigos. Falamos--nos sempre. Sobre várias coisas, as-suntos em comum, e até mesmo nos ajudamos quando precisamos de algo.

Às vezes ela fica um tempo sem falar comigo. Ou por estar ocupada, ou por estar sem internet ou algo assim. Daí você imagina o quanto isso é doloroso para quem ama profundamente uma pessoa e não recebe notícias dela. Já é doloroso saber que a pessoa não cor-responde ao que você sente da forma

como você sente. Então nesses mo-mentos de solidão, tristeza, ausência, sempre escrevia alguma coisa. Quase sempre tão sentida como o sofrer que minha alma sentia naquele momento.

E bastava ouvir a voz dela num áudio para que tudo se iluminasse na minha existência.

O que mais o encanta nos textos poé-ticos?

Altamir Costa - A identificação dos sentimentos, aqueles vindos direto da alma. É comum pensarmos que so-mente nós sentimos alguma coisa. Al-guma dor. Isso faz parte do ser huma-no. Sermos egoísta até no nosso sentir.

Achamos que tudo que sentimos é nos-so. Só nosnos-so. Ninguém sabe ou pode sentir igual. Até que lemos, vemos ou sentimos aquela mesma dor se mani-festar no outro. Isso ocorre quando lemos algo profundo, ou vemos uma cena num filme, coisas assim. É nesse instante que ocorre uma significativa conexão com o outro. Quando perce-bemos os mesmos sintomas que pas-samos ou eventualmente sentimos em algum momento. Isso resgata de algu-ma foralgu-ma o hualgu-mano oculto em nós e toda uma empatia é criada. Passamos a ser solidários com a pessoa e tenta-mos ajudar de alguma forma. Ainda mais quando existe uma amizade ou qualquer outro tipo de ligação com ela.

A partir dessa conexão, que somente a alma pode identificar, é que ocorre esse encantamento que trazemos pra dentro do coração, e nunca mais esquecemos.

Onde podemos comprar seu livro?

Altamir Costa - Eu não quis colocar o livro à venda nas livrarias normais.

Optei por participar das feiras literá-rias que aconteceram na mesma época

de lançamento do livro, em Outubro de 2019. Foram sete eventos que par-ticipei divulgando e lançando o livro.

Também divulguei a venda in box nas minhas redes sociais. Foi um ótimo re-sultado. O livro chegou a quase todos os estados do Brasil, chegou a Portugal, Bélgica e também no Japão.

Além do livro solo, você participou de várias antologias. Conte-nos, qual chamou mais a sua atenção, por que?

Altamir Costa - Todas as participa-ções em antologias foram muito boas.

Principalmente as que fiz com a edi-tora Inde, que também foi responsável pelo lançamento do meu livro Solo.

Mas uma antologia teve um gostinho especial. Foi a Antologia Crônicas &

Poesias de Maricá. Um livro que nas-ceu em apenas três meses, depois que poetas e escritores da minha cidade se uniram para fundar uma Associação.

Foi um tempo bem curto para escrever, editar, corrigir e publicar o livro. Que-ríamos que ele saísse no mês de aniver-sário da cidade. Seria nosso presente para a cidade que amamos. E conse-guimos. Graças ao talento individual de cada um, ideias, sugestões, esforço e muita união para que tudo desse cer-to. O livro ficou lindo. Os textos, capa, poemas e crônicas de cada um que participou ficaram harmoniosos com o tema proposto, que era falar somente da cidade de Maricá, enfim, foi um tra-balho delicioso e gratificante de fazer. E foi um grande sucesso. Agora o grupo que se chama Povo do Livro já está se preparando para outras publicações.

Quais os seus próximos projetos lite-rários?

Altamir Costa - No momento estou escrevendo novos poemas e também, um livro de crônicas. Recentemente re-cebi convite da minha editora para fa-zermos um livro infantil. Estamos de-finindo como vai ser esse livro....temos algumas ideias, uma delas, poemas in-fantis. Acho que vai ficar bem bacana.

E os dois livros que estou trabalhando,

estou pensando em lançar no segundo se-mestre desse ano.

O que a escrita re-presenta para você?

Como vem se desen-volvendo a escrita em sua carreira literária?

Altamir Costa - Sabe, eu procuro pensar que a escrita é apenas uma tradução, uma manifestação dos sen-tires. Eu não imagino o que vou escrever.

Eu escrevo o que sin-to. Apenas isso. Nem me considero um es-critor. Considero-me uma pessoa que es-creve tudo que sente.

Tudo que meu olhar capta como poético, como sentir, como as coisas chegam dentro de mim ou da minha alma. Escrevo aqui-lo que minha alma e meu coração desejam

por pra fora de qualquer jeito. Seja um sonho, um desejo, a manifestação de um gostar, enfim, transbordo pela escrita o que já não dá mais para sair como lágrimas. Às vezes é tão intenso que sai dos dois jeitos....rsrsrs. E é des-sa forma que a escrita tem permeado meu escrever. Não saberia te dizer se é um estilo ou coisa parecida. Cada um tem um jeito de escrever, seguem uma linha ou direção. Acho que vai muito da maneira como cada um se identifi-ca, sente ou se adequa a uma situação, como imagina ou cria um conto, texto ou poesia. Minha editora escreveu na apresentação do Minha Poesia é Você, que sou dono de uma poética lírica e intensa, que uso as palavras com do-çura mágica, com cadência rica e har-moniosa. Pode ser. Não sei. Mais uma coisa está correta, escrevo como sinto e vivo. Com intensidade.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer me-lhor o escritor Altamir Costa. Agra-decemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Altamir Costa - Eu quem agradeço a oportunidade. Muito obrigado a todos!

Espero que os leitores apreciem o que escrevi nos trabalhos que já foram pu-blicados. Tem um pouco de mim, mas também tem um pouco do que cada um sente e carrega oculto dentro de si. Pra mim foi uma enorme satisfação poder compartilhar um pouco do meu tra-balho literário com vocês. Espero real-mente que apreciem. Muito obrigado!

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Divulga Escritor:

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www.divulgaescritor.com | junho | 2020 49

DIVULGA ESCRITOR

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL COM A EESCRITORA PORTUGUESA ROSA MARQUES

No documento O Pequeno Príncipe visita São Paulo (páginas 47-50)