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É nesse momento que entra a capacidade de lidar com esses sentimentos de ansiedade, tristeza,

No documento O Pequeno Príncipe visita São Paulo (páginas 68-74)

irritabilidade, medo e impotência.”

www.divulgaescritor.com | junho | 2020 69

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora, psicanalista e palestrante Fabiana Barbosa, é um prazer con-tarmos com a sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos, como você apresenta a Inteligência Emocional em tempos de crise?

Fabiana Barbosa - Eu que agradeço ao Divulga Escritor pela oportunidade de participar desta entrevista. Em tempos de crise como pandemias, catástro-fes, calamidades e conflitos em geral, costumo dizer que é muito importan-te importan-termos como aliada a Inimportan-teligência Emocional. Parece difícil colocar em prática, mas temos a capacidade de ra-cionalizarmos, mesmo na hora em que o instinto age de forma inconsciente.

O nosso instinto pode ser irracional em determinadas situações de estresse e ansiedade exacerbada. Quando nos encontramos em situações de perigo, automaticamente o nosso cérebro re-cebe comandos para nos proteger, in-felizmente alguns desses comandos, enviam substâncias químicas, como adrenalina e cortisol. Essas substâncias somadas com outras no organismo, provocam diversas doenças, baixa a imunidade, aumentando o nível de es-tresse e muitas vezes algumas pessoas agem pelo impulso (instinto). É nesse momento que temos um diferencial dos outros animais, somos “racionais”.

Podemos controlar nossas emoções. É de extrema importância buscar o au-toconhecimento, entender os limites internos e externos. Não somos uma panela de pressão para aguentarmos tantas pressões no dia a dia. Buscarmos o autocontrole através da respiração, desacelerar os pensamentos, freiar os impulsos. É um exercício diário contro-lar as emoções. No início parece difícil, mas como toda atividade física, somos condicionados a tudo que nos propo-mos a fazer. Se fizerpropo-mos o controle da respiração, diminuir o ritmo dos pen-samentos acelerados e administrarmos com sabedoria o nosso tempo, com

certeza ficará fácil em tempos de crise, gerenciar as nossas emoções e de todos em nossa volta. É sentar, respirar, pen-sar com racionalidade e positivamente, buscar soluções ao invés de culpar os outros pelos acontecimentos negativos.

Mudar a estratégia de pensamentos, comportamentos e focar em soluções.

Qual a importância de conhecermos e administrarmos de forma eficiente a Inteligência Emocional?

Fabiana Barbosa - De acordo com Daniel Goleman, Ph.D. em seu livro

“A Teoria Revolucionária que redefi-ne o que é ser inteligente -  Inteligên-cia Emocional”, o autor afirma que a Inteligência emocional é a capacidade de controlar os impulsos, a empatia, a capacidade de identificar as emoções nos outros, sem a noção do que o outro necessita ou de seu desespero, o envol-vimento é impossível; autocontrole e piedade. (2007, p. 66)

O autor frisa bem a questão da empatia e a necessidade de controlar, zelar, per-sistir e ter a capacidade do indivíduo de se automotivar para obter o

gerencia-mento das próprias emoções.  Ocorre que muitas vezes o sujeito cria expecta-tivas baseados em seus desejos ou obje-tivos, quando não são correspondidos, gera a frustração, sentimento de perda, se não souber lidar com essas situações negativas, desencadeará sentimentos de raiva, tristeza, mágoas, ressenti-mentos, desmotivação, etc. Gerando ineficiência, prejuízos e dificuldades de relacionamentos interpessoais.

Na minha visão como psicanalis-ta, acredito que o melhor caminho é buscarmos o nosso autoconhecimen-to, promover pensamentos e atitudes saudáveis, bons livros, atualizar-se o tempo todo, atividades físicas que dão prazer, reeducação alimentar, evitar programas de televisão negativos, ex-cesso de noticiários que não vão agre-gar nada no cotidiano, ao contrário, pode gerar mais ansiedade, medo, an-gústia, tristeza, impotência, etc. É im-portante alimentar nossa mente e sen-timentos de informações construtivas.

Em resumo, ser seletivo e evitar pes-soas tóxicas, que adoram proferir pala-vras negativas, destruidoras de

empa-tia e julgadoras. Oriento nesse sentido, caso você não saiba lidar com críticas e julgamentos. Não se envolva com es-sas energias denes-sas, acumuladoras de sentimentos sombrios. Quando temos um bom gerenciamento das emoções, conseguimos lidar com todas as situa-ções conflitantes, inclusive com pes-soas tóxicas. Elas também precisam de ajuda, precisam de autoconhecimento.

Estamos o tempo todo em busca da normalidade, se é que ela existe. Mas podemos nos controlar, nos instruir-mos infinitamente.

Poderias citar um exemplo eficiente no uso de tal importante habilidade?

Fabiana Barbosa - Sim, posso. Um bom exemplo é a pessoa que tem mui-to medo de ficar doente por causa de um vírus mortal. É um medo normal, desde que não leve o indivíduo ao de-sespero, ansiedade crônica, tristeza, ir-ritabilidade e excesso de cuidados que podem gerar um transtorno obsessivo compulsivo (TOC). É nesse momento que entra a capacidade de lidar com esses sentimentos de ansiedade, triste-za, irritabilidade, medo e impotência.

Quando não consegue controlar as suas emoções, pode desencadear ou-tros transtornos psicológicos, inclusive Síndrome do pânico, depressão e até mesmo levar ao suicídio. É importan-te o apoio familiar, acompanhamento com um profissional qualificado na área médica e psicológica. Ter contro-le emocional é uma aptidão que to-dos nós temos, mas nem sempre uma pessoa consegue desenvolve-la na sua autoconsciência. Avaliar a capacidade de conforta-se, livrar-se da ansiedade, tristeza, medo, irritabilidade diante do caos é uma habilidade emocio-nal básica. As pessoas que são fracas emocionalmente nessa aptidão, vivem constantemente lutando contra seus sentimentos e entram em desespero, enquanto outras se recuperam mais ra-pidamente dos reveses e perturbações cotidianas.

O que podemos fazer para ajudar a desenvolvermos tal habilidade?

Fabiana Barbosa - Conhecer as pró-prias emoções, ter autoconsciência, lidar com as emoções, motivar-se o tempo todo. Colocar as emoções a serviço de uma meta é essencial para centrar a atenção, para automotivação e o controle, e para a criatividade. O autocontrole emocional, saber adiar a satisfação e conter a impulsividade, está por trás de qualquer tipo de reali-zação. É a capacidade de entrar em es-tado de fluxo, possibilita excepcionais desempenhos. As pessoas que têm essa capacidade tendem a ser mais produ-tivas e eficazes em qualquer atividade que exerçam. Reconhecer as emoções dos outros sem julgamentos e ter em-patia. A empatia é uma habilidade que se desenvolve na autoconsciência emocional, é a aptidão pessoal fun-damental. As pessoas empáticas estão mais sintonizadas com os sutis sinais do mundo externo que indicam o que

os outros precisam ou o que querem.

Isso as torna bons profissionais no campo assistencial, no ensino, vendas e administração. Saber se relacionar com as pessoas é uma habilidade que determina a popularidade, liderança e a eficiência interpessoal. As pessoas excelentes nessas aptidões, sempre se dão bem em qualquer coisa que depen-da de interagir tranquilamente com os outros, são estrelas sociais. As pessoas diferem as suas aptidões em casa um desses campos, alguns de nós podemos ser bastantes hábeis no lidar com nossa ansiedade, medos, inseguranças, irri-tabilidade, enfim, nossas deficiências, mas relativamente ineptos em confron-tar os aborrecimentos de outra pessoa.

A mente racional é a comunicação ver-bal e das emoções é a comunicação não verbal. O corpo fala em silêncio.

Além da Inteligência Emocional quais temáticas abordas em suas pa-lestras?

www.divulgaescritor.com | junho | 2020 71 Fabiana Barbosa - Os temas das

nos-sas palestras e treinamentos são dire-cionados e customizados de acordo com as necessidades de cada organiza-ção, mas também temos alguns temas elaborados e que estão abertos ao pú-blico em geral, entre eles destacamos:

Ø Motivando todos para autoestima e autoconfiança;

Ø Os segredos do Marketing Pessoal;

Ø Os segredos do sucesso;

Ø Como enfrentar retrocessos, criar retomadas e assumir uma nova postura no trabalho;

Ø Como gerenciar pessoas e motivar sua equipe;

Ø Como equilibrar a vida pessoal e o trabalho;

Ø A dinâmica criativa e o poder da co-municação;

Ø Como falar em público e conquistar pessoas;

Ø Aprendendo a otimizar o tempo na vida pessoal e no trabalho;

Ø Gestão de conflitos com a inteligên-cia emocional;

Ø Como gerenciar a ansiedade e emo-ções em tempos de crise?

Ø A importância da Inteligência Emo-cional na vida pessoal e profissional;

Ø Gestão de inteligência emocional no trabalho.

Qual as principais diferenças entre uma pessoa que tem Inteligência emocional de uma que não tem?

Fabiana Barbosa - na verdade todos temos a inteligência emocional, porém existem algumas pessoas que ficam ex-postas, sob o controle dos seus impul-sos, são pessoas que não que sofrem de uma deficiência moral. Essas pessoas precisam buscar o autoconhecimento, empatia, solidariedade, humildade, fle-xibilidade e exteriorizarem a sua inteli-gência emocional.

A capacidade de controlar os impul-sos é que dá base para o ser humano ter força de vontade e caráter. É a ca-pacidade de identificar as reais

neces-sidades dos outros (empatia), con-trolar as emoções, o desespero e os sentimentos negativos. Cria-se o elo, envolvimento, o autocontrole e pieda-de. Saber interpretar as suas próprias emoções, os sentimentos, impulsos e controlá-los, permitirá lidar tranqui-lamente com pessoas, sendo empático e solidário. São pessoas que possuem a inteligência emocional.

Quem desejar como deve fazer para contrata-la?

Fabiana Barbosa - basta entrar em contato pelo meu e-mail, telefone, site, blog, twitter e instagram.

Site: polimentodoser.com.br/

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora e palestrante Fa-biana Barbosa. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Fabiana Barbosa - Não se cobre tanto, não leve a vida tão a sério, parece ideologia, mas posso afirmar que não é, na verdade temos tendência a complicarmos as coisas. Quando eu era muito jovem, mamãe tinha medo que eu tivesse um AVC, eu queria fazer tudo ao mesmo tempo, estudar, trabalhar, ser dona de casa, mãe, esposa, filha, viajar... parecia que o mundo iria acabar no dia seguinte.

Eu dormia muito pouco, bebia pouca água, segurava urina para não ir ao banheiro, pois não tinha tempo.

Eu havia ocupado todo o tempo. A mamãe era sábia, ela tinha razão, infelizmente tive sérios problemas de saúde. Entendi que levava a vida a sério demais, dificilmente ria por

estar concentrada demais nos afazeres.

Quando o corpo reclama é hora de parar, refletir, analisar e buscar o autoconhecimento. Onde eu posso melhorar? A melhoria é contínua e para sempre. Aprendi que a vida é um sopro e é importante administrar nosso precioso tempo. O que é urgente? O que é importante? Aprendi a questionar e conversar comigo mesma. Respeitar meus limites internos e externos. Fazer meditações diárias, trabalhar com a respiração, ouvir mais do que falar, ler bons livros, pesquisar sobre diversos temas e atualidades. Ter uma mente holística. Eu desejo que você caro leitor, promova qualidade de vida o tempo todo. Beba muita água, divirta-se com sabedoria, tenha contato com a natureza, faça atividades físicas dentro de seus limites. Busque amizades saudáveis. Evite pessoas tóxicas. Faça novos programas mentais positivos, elimine os pensamentos destruidores e auto sabotagens. Lembre-se: o seu corpo é um laboratório divino, cuide bem dele com uma boa alimentação, evite açúcar, comidas industrializadas e todo tipo de excesso. Pratique a empatia, ela sempre será uma grande aliada ao controle emocional. Seja solidário, mas sem julgamentos. Seja você mesmo, mas busque melhoria contínua. Se instrua o tempo todo, mantenha-se atualizado. Evite notícias alarmantes, prefira programas construtivos e de qualidade. Não adie para amanhã, mude agora e seja feliz!

Forte abraço.

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Divulga Escritor:

Unindo Você ao Mundo através da Literatura.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL COM A ESCRITORA CHRISTIANE COUVE DE MURVILLE

DIVULGA ESCRITOR

Em São Paulo, O Pequeno Príncipe vai te conquistar

O Pequeno Príncipe visita São Paulo, publicado pela Tocalivros Studios, apresenta uma coletânea de ilustrações de o Pequeno Príncipe visitando locais bem conhecidos da capital paulistana como o Mercado Municipal, a Catedral da Sé, o Parque do Ibirapuera, o MASP, o vale do Anhan-gabaú, a Estação da Luz, o Palácio do Ipiranga, o Teatro Municipal, entre outros. Acompanhando o passeio de o Pequeno Príncipe por São Paulo, percebemos o quanto São Paulo é bonita e tem construções, jardins, praças e parques que merecem ser muito bem cuidados e conservados, con-vidando o leitor a também passear pela cidade, cuidar bem dela e conhecer seus encantos.

Elaboradas em aquarela líquida Ecoline, nanquim e crayon pastel seco, as ilustrações foram inspiradas nas aquarelas originais de Antoine de Saint-Exupéry e, oca-sionalmente, também apresentam outros personagens de Saint-Exupéry como o Vaidoso, o Acendedor de Lampiões, o Astrônomo, o Beberrão e a Raposa. Em alguns desenhos, encontramos o Pequeno Príncipe do mesmo jeito que o ve-mos na obra original. Por exemplo, ao passar pelo coreto da Praça da República, o Pequeno Príncipe conversa com a serpente e o vemos sentado na mesma posição em que ele aparece na aquarela de Saint-Exupéry em cima do muro no deserto, também conversando com a serpente. O Pequeno Príncipe ainda encontra Baobás junto ao Túnel 9 de Julho e vai à Casa das Rosas e ao Campo de Marte, fazendo alusão a temas abordados na obra de Saint-Exupéry, à sua rosa e seu amigo aviador. Uma frase explicativa sobre o cenário visitado acompanha cada uma das ilustrações.

Em O Pequeno Príncipe visita São Paulo, encontramos um Pequeno Príncipe universal; loiro, moreno, ruivo, ne-gro, com olhos puxados, adulto, criança, cadeirante, cego etc., de modo a que todos possam se identificar com ele.

Fica a mensagem que todos somos príncipes ou princesas, convidando-nos a realmente nos comportarmos como tal.

A coletânea de ilustrações O Pequeno Príncipe visi-ta São Paulo acompanhou o lançamento, pela Tocalivros.

com, do audiolivro de O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry. O audiolivro de O Pequeno Príncipe, narra-do por Fábio Porchat, Tathi Lopes e Kaik Pereira, está gra-tuito no Clube Digital de Leitura da Tocalivros e pode ser acessado através do link https://clubedigital.tocalivros.com.

Esse projeto cultural da Tocalivros disponibiliza audiolivros gratuitamente e realiza encontros de leitura em instituições que cuidam de crianças que estão em tratamento de cân-cer e doenças raras, idosos, pessoas com deficiência visual e dislexia, com alunos e professores de escolas públicas. A Tocalivros já conta com as parcerias do Metrô SP no projeto “Mobilidade e Literatura” e do Hospital das Clínicas/ICR no projeto “Biblioterapia”. Exempla-res de uma versão para colorir de O Pequeno Príncipe visita São Paulo, acompanhados de giz de cera, estão sendo distri-buídos para crianças atendidas no projeto.

Quem quiser presentear alguém com um exem-plar de O Pequeno Príncipe visita São Paulo, basta entrar em contato com a autora Christiane Couve de Murville, através do site https://www.cmurville.com.br/, ou no Clu-be de Autores no https://cluClu-bedeautores.com.br/livro/o- https://clubedeautores.com.br/livro/o--pequeno-principe-visita-sao-paulo

O Pequeno Príncipe visita São Paulo

Escritora Flavia Alice Zogbi, é um prazer contarmos com a sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que a motivou a escrever textos reflexivos?

Flavia Zogbi - Escrever para mim foi algo novo e surpreen-dente. Não esperava, um dia comecei a escrever e percebi que este era meu caminho. Senti que minha vida foi me pre-parando para este momento. Psicóloga, depois professora onde a comunicação foi muito importante para mim. Em fim, sequencias de fatos que foram levando-me para que hoje eu dedique com muito amor e carinho essa profissão.

Em que momento se sentiu preparada para publicar “Vin-das Vida I“Vin-das”

Flavia Zogbi - Esta é uma história interessante. Eu era psicó-loga e estava num showroom ajudando minha mãe a vender chocolates e doces, peguei um caderno e comecei a escrever, escrever. Quando dei por mim tinha escrito umas 25 paginas.

Ao ler, pensei isso daria um bom livro e foi o que aconteceu.

Entrevista com a escritora

No documento O Pequeno Príncipe visita São Paulo (páginas 68-74)