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O Libelo Literário do Armistício de Iemanjá

No documento O Pequeno Príncipe visita São Paulo (páginas 92-98)

Posso ponderar ações governa-mentais como assinaturas de tratados diplomáticos: o mais recente de Mina-mata, cujas sombras do passado de dé-cadas fazem exigências de preservação e prevenção de impactos ambientais.

Embora se justificasse o uso de inúmeros produtos e substâncias ofensivas a natureza, acumulativas, e maléficas paras as redes e cadeias tró-ficas; em nome da busca da verdade e ponderação sobre o risco, prejuízo, e benefício. Esperava que essa equação pudesse ser desequilibrada em favor da segurança ambiental.

Se tantas vezes se comove com animais que pelos impactos humanos bebem e comem do lixo e esgoto, ater-rorizados ficamos com uma população que faz do homem e sua família seme-lhante a animais no uso ignorante de um meio ambiente contaminado quí-mica, física, ou radioativamente e as-sim vai saciar as funções vitais e exata-mente causar um efeito catastrófico na saúde pública, porque que é lá que os pobres encontram o amparo.

Fui testemunha nas Vossas posi-ções em justificar os altos avanços cien-tíficos e elísios pensamentos ao serviço de uma Minerva Tecnocrática.

Mesmo que tu cegamente negue

a possibilidade dos danos ao ambiente pondero o caso de vos abrir os olhos com Grão para que justifique como ár-vore de uma ciência do bem e do mal e enquanto habitar esse jardim da vida possa gozar de consciência e sabedoria.

Posto que do mar praianos e ri-beirinhos que vossa sede de sabedoria aceite o amor de Vênus e o Acalanto de Iemanjá, não te troco farpas embrute-cidas pelos serviços que prestei, te tra-to como o sábio mestre que perdeu a noção pelas sedentas fama e fortuna, e te cegou pelo tetróxido de ósmio, glutaraldeído, e cloreto de mercúrio que utilizastes e um dia poderá poluir a Terra nossa casa, e os seus ecossiste-mas aquáticos que sustentam famílias pobres no lazer e alimentação. Se não pensa nos teus semelhantes pensa ao menos nos animais inocentes.

Se tua cegueira impediu Vossa Magnificência de assinar um tratado diplomático sessando o uso indevi-do desses produtos maléficos sem restrição, controle, e justificativa e um fim digno de reciclagem sem po-luição, minha exposição desse ma-nifesto chama a atenção para a paz semeada para que frutifique um ca-minho em que possa ver e encontrar seus irmãos que precisam do mar e

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O Libelo Literário do Armistício de Iemanjá

das águas filhas de Iemanjá para so-breviver e se alimentar.

O que diria eu se não da esperança de que aquela desgraça que se vê nos hospitais e sistema público de saúde não sejam causadas por sua sabedoria e glória mundana de ser cientista.

Seja que aqui é a verdade cientifi-camente provada, em nome de popula-ções ribeirinhas e caiçaras tomo a voz dos aldeões em minha sabedoria que adquiri em suas acadêmicas cátedras e negocio em nome da paz e justiça so-cial esta manifestação que se torna rea-lidade porque minha vida foi rearea-lidade.

Minha trajetória e história cientí-fica, o homem que me tornei em suas eruditas salas de aula e laboratórios os fatos e diversas descobertas . A impor-tância de cobaias e o grande valor do ser humano mesmo os daquelas classes sociais de ignorância tecnocrática faz de ti injusto com o homem faz de ti in-justo com a cobaia.

Pediria ao Panteão dos Deuses do Amor e da Misericórdia que suas ações fossem justas e que todos esses produ-tos fossem usados para um bem maior, com muito controle e segurança. Se um dia recobrar a visão, o que peço que te-nha consciência é o anuncio que te faço agora. Peço a paz e um trabalho uno da

ciência em prol da sociedade e comu-nidades inclusive os mais carentes que não tem como pagar pelas patentes de suas descobertas e foram injustiçados pelos domínios de vosso senhorio.

De que adiantaria dizer agora Vim, Vi, e Venci, se a desgraça da en-fermidade pesa em vossas mãos e om-bros que outrora buscaram a cura.

Peço que plante em seus domínios uma semente de paz e fraternidade que tuas descobertas sejam para o bem da humanidade que o respeito seja pelas formas de vida e pelo pão alimento que o povo precisa para ter saúde e força para o trabalho.

Se recobrar a vista e ver o abismo que de teu pedestal precipita e ele te causar medo que ele te conduza a justi-ça e lembre do povo e da fome.

Desça deste altar da glória e da vaidade acadêmica e busque o serviço á vida, saúde, e alimentação do povo.

Seja Senhor de teus atos e de sua consciência não um louco sedutor, essa semente que planto na ficção científica e literária dará uma árvore de consciência e verás teu irmão que sofre e passa fome enquanto esbanja o dinheiro e recursos que eram para a alimentação, saúde, e educação. Tu ainda por cima lhe causa danos e envenena seus alimentos.

Oh Magnífico Senhor! vós sabeis que existem formas seguras e ecológi-cas de trabalhar e fazer pesquisa respei-tando a vida e meio ambiente. Respeite a vida em suas formas e diversidade e se cansei de com as suas próprias ar-mas do conhecimento de vos elencar a verdade e o bem comum, peço aos erros de minha pessoa e desse manifes-to de lhe acordarem para os riscos que suas ações conduzem a morbidade.

Seja justo e aceite o abraço e a paz desse filho de Minerva que serviu a ciência em seus justos propósitos do saber e cresceu em seu jardim como árvore que hoje te dá frutos de justiça.

Mas tua calamidade vergonhosa silenciou anos atrás mas que grite ago-ra com a espeago-rança que dá frutos de justiça e bons e toda sua ciência seja para o bem da humanidade, dos ani-mais e das plantas, sem nos causar mal.

Vejo o dia em que darás os bons frutos e terás orgulho de ter com tua ciência construído sabiamente um ca-minho de respeito à vida.

Aceita esse Armistício de Iemanjá para proteção de águas e do mar livres da poluição nesses anos de esperança que antecedem tua maturidade de fru-tos bons e de justiça.

FIM!

DIVULGA ESCRITOR

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