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Município do Jaboatão dos Guararapes Fonte: IBGE, 2000.

QUADRO 01 DIVISÃO ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO DO JABOATÃO DOS GUARARAPES A PARTIR DE 1911.

2.2. O ambiente físico-natural

A sede do Município localiza-se a 8 graus, 10 minutos e 00 segundos de latitude sul e 35 graus, 08 minutos e 00 segundos de longitude WGr. e possui 76 metros de altitude. Sua área de 259 km2 corresponde a 0,26% do território pernambucano, distando 19,4 km da Capital do Estado. Seus principais acessos são as vias BR-101, BR-232 e PE-07.

Seus limites são ao Norte, com o Município de São Lourenço da Mata e a Cidade de Recife; ao Sul, com o Município do Cabo de Santo Agostinho; a Leste,

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com o Oceano Atlântico; e a Oeste, com os Municípios de Moreno e São Lourenço da Mata. (Ver Mapa 01).

O clima dominante, segundo a classificação de W. Köppen, é do tipo As',

clima quente e úmido com chuvas de outono-inverno, ocorrendo em toda a

Zona da Mata de Pernambuco. Os resquícios de Mata Atlântica e de capoeiras de mata concorrem para o aumento de umidade durante o inverno onde a temperatura permanece entre 22ºC e 30ºC. Jaboatão apresenta uma média anual de chuvas superior a 1.800mm, concentrando-se nos meses de outono e inverno, no período de março a julho.

Em Jaboatão distinguem-se as planícies costeiras, flúvio-marinha e flúvio- lagunares, os terraços marinhos, holocênicos e pleistocênicos, e os morros e colinas. (Ver Mapa 04).

Os terraços marinhos são depósitos sedimentares de topos planos e rebordos abruptos, que geralmente estão situados paralelos à linha de costa, em área fora do alcance das ondas, mesmo durante a preamar. São gerados pelos movimentos de regressão e transgressão marinhas, glacio-eustáticos, ocorridos no período Quaternário.

Pode-se distinguir dois terraços marinhos em Jaboatão, ambos com a quota de 5.0m, que apresentam sedimentos arenosos de praia, que comprovam sua formação. O mais recente, holocênico, apresenta também fragmentos de conchas. Os baixios de maré situam-se ao sul, junto ao terraço marinho, ao longo de um trecho do rio Jaboatão.

Os morros e colinas estão distribuídos em áreas afastadas da faixa litorânea, com exceção do Morro dos Guararapes, constituído por sedimentos areno-argilosos, de coloração amarela a avermelhada, com a presença de caulim, é formação do Grupo Barreiras Inferior, segundo Bigarella e Andrade, denominada Formação Guararapes. A unidade Grupo Barreiras estende-se por toda a costa litorânea, formando extensos tabuleiros com superfície plana, mas a Formação Guararapes constituem seções-tipo isoladas.

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A faixa de praia situa-se no terraço marinho holocênico, composta de sedimentos arenosos de praia com fragmentos de conchas, as ocupações situadas no entorno da lagoa Olho D’Água, nas planícies flúvio-lagunares, constituída de sedimentos areno-argilosos, com matéria orgânica ocasional; a área estuarina apresenta mangues, com sedimentos sílticos-argilosos, ricos em matéria orgânica.

Sob o aspecto geológico o 1º Distrito, Jaboatão dos Guararapes, que corresponde à área mais próxima do mar, apresenta a Formação Algodoais, do Período Terciário, com um tempo aproximado de 4.013 a 4.068 milhões de anos, num pequeno trecho próximo a Muribeca, onde ocorrem sedimentos areno- argilosos com freqüentes fragmentos de rochas vulcânicas alteradas e a Formação Barreiras, com sedimentos areno-argilosos de coloração amarela a avermelhada, com a presença de caulim, na área dos Montes Guararapes.

Os depósitos quaternários estão presentes nas aluviões dos principais rios que drenam a região e pelas areias e sedimentos de praia que ocorrem ao longo da faixa litorânea. Em Jaboatão esta faixa litorânea apresenta os terrenos mais recentes, do Quaternário, com um tempo aproximado de 4.070 milhões de anos, a são eles os depósitos fluviais e flúvio-lagunares, onde ocorrem sedimentos areno-argilosos, com matéria orgânica ocasional; arenitos de praia e recifes de coral; mangues, com sedimentos síltico-argilosos ricos em matéria orgânica; terraços holocênicos, com sedimentos arenosos de praia com fragmentos de conchas; e terraços pleistocênicos, com sedimentos arenosos de praia com nível espódico na base.

As falhas e fraturas são também do Período Arqueano, cruzam o território municipal influenciando e determinando o curso do rio Jaboatão. As falhas atingem os terrenos do Quaternário, depósitos fluviais, cortam o embasamento cristalino do Período Arqueano, chegando até os terrenos de quartzodiorito.(Ver Mapa 05).

Na Província da Borborema, em sua maior parte, situam-se o 2º e 3º Distritos, de Jaboatão e Cavaleiro, distantes do mar. Lá ocorrem as unidades do maciço Pernambuco-Alagoas (Brito Neves, 1975, op. cit.), no qual se destaca o

MAPA 05.

Mapa Geológico do Município do Jaboatão dos Guararapes

Fonte: ALHEIROS, Margareth. Documento Riscos de Escorregamentos na Região Metropolitana do Recife, UFBA, s.d.

Legenda do mapa -05 Quat ernário Terciá rio Pr ot eo zóic o s up e rior Ar queano

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Complexo Migmatítico-Granitóide, um conjunto de rochas granitizadas de variados tipos.

Na faixa litorânea a cobertura vegetal caracteriza-se por extensos coqueirais, mangues, mata de restingas e pela presença de algumas plantas hidrófilas nos córregos, riachos e na Lagoa Olho D'Água. Nos manguezais as espécies vegetais mais freqüentes são o mangue vermelho, o mangue branco e o mangue canoé, em solo frouxo e lamacento. Esta vegetação é arbórea, relativamente densa, altamente especializada e exclusiva dos trópicos. As matas de restingas são compostas por vegetação arbustiva e rasteira, em solos arenosos de relevo do tipo restinga. Nas praias, a vegetação é rasteira, em solos arenosos, composta por ervas estoloníferas e reptantes, com capacidade de fixar as areias.

Na área rural há ainda alguns trechos cobertos por resquícios de Mata Atlântica e de capoeiras de mata, apesar do plantio extensivo da cana-de- açúcar em sua maior parte. Sua vegetação é característica de Floresta Subperenifólia, com formação vegetal florestal densa, com árvores de grande porte (20/30 metros de altura). Podendo-se destacar o visgueiro, a sucupira e o pau-d'alho, entre outros. A monocultura da cana-de-açúcar, desenvolvida desde o período colonial foi responsável pela destruição, na sua quase totalidade, da vegetação tropical nativa, as florestas costeiras.

O levantamento pedológico do município, segundo trabalho da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE (1984), apresenta os principais tipos de solo: Podzólico Vermelho Amarelo; Podzol Hidromórfico; Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico; Solos Aluviais; Areias Quartzosas Marinhas e Solos Indiscriminados de Mangues.

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2.3. A evolução da mancha urbana: