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EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO POR DISTRITO NO MUNICÍPIO DO JABOATÃO DOS GUARARAPES

Município do Jaboatão dos Guararapes Fonte: IBGE, 2000.

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO POR DISTRITO NO MUNICÍPIO DO JABOATÃO DOS GUARARAPES

A presença de praias de grande beleza cênica e de águas mornas no litoral sul atraiu desde os anos 50 até os anos 80 uma ocupação de classe média e média-alta, onde as casas de veraneio foram sendo substituídas por altos edifícios (FIDEM, 1998, p.15 e Foto 01).

A procura pela orla de Jaboatão foi decorrente do rareamento de áreas não construídas, na orla de Recife, que se encontrava em sua maior parte densamente edificada e do alto custo do solo. Aliou-se ao fato que na época em questão os índices urbanísticos de Jaboatão permitiam a construção de edifícios com maior número de pavimentos, atraindo assim as atenções do mercado imobiliário (Foto 02).

Ainda na década de 80 a expansão do espaço construído na orla marítima assumiu um caráter intensivo devido ao processo de investidura, compreendido como a venda de área pública a particulares, sofrido pela antiga avenida Beira-Mar, que foi repassada aos proprietários dos lotes lindeiros. Essa venda foi realizada pelo Poder Executivo e os proprietários incorporaram esta área aos seus lotes, avançando mais em direção à praia, utilizando também as áreas de marinha para suas construções. Atualmente o Serviço de Patrimônio da

1940 1950 1960 1970 1980 1991 1996 2000 0 100000 200000 300000 400000 500000 600000 Cavaleiro Jaboatão Jaboatão dos Guararapes TOTAL

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União - SPU tem contactado a Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes no sentido de buscar soluções conjuntas para o problema.

A orla de Piedade e Candeias, além do adensamento, sofreu também com o sombreamento provocado pelos altos edifícios que invadem as areias das praias e em alguns trechos chegam mesmo a interditá-las quando da preamar. O uso e ocupação do solo hoje vigente na orla inviabiliza o uso da praia, degradando o patrimônio ambiental e tornando-o insustentável (Foto 03).

2.4. Dimensão sócio-econômica

Jaboatão representa 8,5% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias - ICMS arrecadado em Pernambuco (CONDEPE, 2001). Seu Produto Interno Bruto – PIB1 industrial é dos mais representativos do Estado, por dispor de um complexo industrial de peso. O setor terciário representa sua principal fonte de emprego – 52,8%. (Fonte: IBGE,1991; CONDEPE,1997).

Os dados do PNUD/IPEA/FJP de 1991, baseados no Índice Municipal de Desenvolvimento Humano (IDH-M)2 mostram que houve um crescimento de 77,4% no período 1970-1991, em Jaboatão. Hoje o IDH-M, indicador síntese do

município, é de 0,690, classificando-se entre as regiões de médio

desenvolvimento humano (IDH entre 0,50 e 0,80), onde o registro das dimensões sociais, longevidade, educação e renda, variam entre 0 (pior) e 1 (melhor).

Em relação a outros municípios brasileiros, Jaboatão dos Guararapes ocupa a 957ª posição, 21% dos municípios estão classificados como em situação melhor e 79% em situação igual ou pior. No Brasil o Índice Municipal de Desenvolvimento Humano (IDH-M) é de 0,742. Relativamente aos municípios do Estado, Jaboatão dos Guararapes situa-se bem, ocupando a 5ª posição, apenas 2%, quatro municípios classificam-se como em situação melhor e 98%, 163 Nota 1 _ O CONDEPE não dispõe de dados específicos sobre o Município do Jaboatão dos Guararapes, atualmente desenvolve estudos para elaboração dos índices relativos ao PIB dos municípios do Estado de Pernambuco, seguindo a metodologia doIBGE.

Nota 2 _ A base de cálculo do IDH-M e ICV são os dados compilados do Censo Demográfico de 1991; e a do Censo 2000, cuja tabulação encontra-se em fase de desenvolvimento.

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municípios, estão em situação pior ou igual.

Segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, (PNUD/IPEA/FJP, 1991), baseados no Índice de Condições de Vida (ICV) apontam que o município cresceu 53,3% no período de 1970 a 1991. O Município apresentou em 1991 um Índice de Condições de Vida (ICV) no valor de 0,679. Em relação a outros

municípios brasileiros, Jaboatão dos Guararapes ocupa a 1653ª posição, situação

intermediária, onde 37% dos municípios estão classificados como em situação melhor e 63% em situação igual ou pior.

No Brasil o Índice de Condições de Vida (ICV) é de 0,723. O município de pior valor apresenta um índice de 0,323, Envira (AM), e o melhor valor, 0,858, São Caetano do Sul(SP). Relativamente aos municípios do Estado, Jaboatão dos Guararapes situa-se bem, ocupando a 5ª posição, onde apenas 2%, 4 (quatro) municípios classificam-se como em situação melhor e 98%, 163 (cento e sessenta e três) municípios, estão em situação pior ou igual.

Os dados do PNUD/IPEA/FJP de 1991, baseados no Índice de Condições de Vida—Bloco Longevidade, apontam que a Esperança de Vida ao Nascer (em anos) do município cresceu 27,2% no período de 1970 a 1991. O Município apresentou em 1991 uma taxa de Esperança de Vida ao Nascer (em anos) no valor de 64,81. No Brasil a Esperança de Vida ao Nascer (em anos) é de 63,29. Em relação a outros municípios brasileiros, Jaboatão dos Guararapes ocupa uma situação boa, 1431ª posição, onde 32% dos municípios estão classificados como em situação melhor e 68% em situação igual ou pior.

Relativamente aos municípios do Estado, Jaboatão dos Guararapes situa- se bem, ocupando a 8ª posição, onde apenas 4%, 7 (sete) municípios classificam- se como em situação melhor e 96%, 160 (cento e sessenta) municípios, estão em situação pior ou igual.

O município apresenta fortes perspectivas de dinamismo em decorrência de seu parque industrial, que tende a ser cada vez mais revigorado em função do Porto de SUAPE, da Perimetral Oeste, corredor viário projetado que ligará a

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BR-232 à BR-101 Sul, de sua proximidade do Aeroporto dos Guararapes, que atualmente está sendo ampliado, e da duplicação da BR-101-Sul. (Ver Mapa 07). Cada vez mais são acentuadas as diferenças internas entre o 1º Distrito, a área litorânea, e o restante do Município.

2.5. Infra-estrutura existente

Além das vias citadas, BR-101 Sul e Perimetral Oeste, a expansão da Linha Sul do Metrô também constitui um diferencial para o 1º Distrito, que contará com quatro estações, Porta Larga, Montes Guararapes, Prazeres e Cajueiro Seco, sendo que as duas últimas terão terminais integrados de passageiros, que permitirá ao usuário o uso intermodal articulando trens e ônibus com o uso de um único bilhete. A ampliação do sistema metroviário induzirá o processo de crescimento e adensamento da área ao longo de seu percurso, inclusive a área do entorno da Lagoa Olho D’Água. (Ver Mapa 06).

A bacia do rio Jaboatão, formada pelos rios Duas Unas, Manassu, Carnijó, Mangaré, Salgadinho, das Velhas, ramo sul do canal de Setúbal, é responsável por quase toda a drenagem das águas superficiais. A ação antrópica e a ocupação urbana têm sido responsáveis pela ampliação de áreas inundáveis e sujeitas a alagamentos no Município, agravando a problemática da drenagem. (Mapa 08).

No caso de áreas urbanas, como no 1º Distrito, alguns alagamentos têm sua origem no regime dos rios, na localização e em fatores meteorológicos, mas a maior parte deles são causados e intensificados por outros fatores, como a extração mineral, os aterros, o assoreamento dos cursos d'água e dos canais pelo lixo doméstico, restos de construção civil e rejeitos industriais.

Os grandes receptores naturais de macrodrenagem do 1º Distrito são a praia, o canal de Setúbal, a lagoa Olho D'Água e o rio Jaboatão. O município tem investido no Canal de Setúbal, e recentemente na Lagoa Olho D'Água, na construção de um canal paralelo à linha d' água.

MAPA 07.