Por que a água do mar é salgada?
Aula 17 Plâncton, Nécton e Bentos
17.1 Ambientes marinhos
Os organismos marinhos podem ser classificados de acordo com o ambiente que habitam. Assim há espécies oceânicas e espécies neríticas dependendo de quais organismos que são encontrados no oceano aberto ou em águas costeiras, respectivamente. Como já vimos na aula anterior, também há es- pécies de hábito pelágico e bêntico.
Figura 17.1 - Tipos de ambientes marinhos e suas classificaões.
Fonte: http://www.qualibio.ufba.br/
Como já conceituado na aula anterior, uma variedade de plantas e animais marinhos que vivem associados ao fundo ou que dependem de um substra- to são coletivamente chamados de bentos. Os Bentos incluem algas fixas, ou que vivem sob um substrato em profundidades rasas, animais sésseis como esponjas, cnidários e alguns bivalves como as cracas, além dos organismos que rastejam ou escavam no substrato, como vermes marinhos conhecidos como poliquetas, crustáceos e equinodermos como estrelas e ouriços-do- -mar que habitam ambientes rasos e profundos.
Exemplos de organismos bênticos:
Figura 17.2 - Algas bênticas
Fonte: http://www.forum.pt
Figura 17.4 - Cracas (Bivalve)
Fonte: http://www.ib.usp.br
Figura 17.6 - Estrela do mar (Equinodermo)
Fonte: clickescolar.com.br
Figura 17.3 - Esponja (Porifera)
Fonte: http://www.tomzap.com
Figura 17.5 – Crustáceo
Fonte: revistaiateclube.com.br
Figura 17.7 - Verme marinho (Poliqueta)
onte: http://picasaweb.google.com
Já o ambiente pelágico é caracterizado por dois tipos básicos de organismos marinhos. Um tipo inclui o plâncton que são organismos incapazes ou com pouca locomoção que não permite vencer as correntes e assim são transpor- tados passivamente através delas no mar.
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Exemplos de organismos planctônicos:
Aula 17 - Plâncton, Nécton e Bentos Figura 17.8 – Zooplâncton
Fonte: http://coastalcare.org
Figura 17.9 - Fitoplâncton.
Fonte: NASA Fonte: http://1.bp.blogspot.com
Figura 17.10 - Medusa (Cnidaria)
Fonte: http://coastalcare.org
Figura 17.11 - Foraminíferos.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/
Dependendo se o organismo planctônico for uma planta ou animal, uma distinção é feita entre fitoplâncton (microalgas) e zooplâncton (animais). Em- bora muitas espécies planctônicas tenham dimensões microscópicas, o ter- mo não é sinônimo de tamanho pequeno, pois há vários organismos como as águas-vivas que pertencem ao zooplâncton e podem medir até alguns metros de diâmetro. E nem todo o plâncton é completamente passivo; a maioria, incluindo muitos organismos do fitoplâncton são capazes de nadar e muitos organismos do zooplâncton realizam migrações verticais diárias, apresentando, assim, algum controle de sua ocorrência vertical, porém são incapazes de controlar sua distribuição horizontal, que é determinada pela dinâmica da movimentação das massas de água.
A classificação dos organismos planctônicos ainda inclui o protozooplâncton (formado por protozoários ciliados, foraminíferos, radiolários e também vários gêneros de dinoflagelados heterótrofos e nanoflagelados bacterió- fagos) e pelo bacterioplâncton (cianobactérias que, apesar de clorofiladas, são bactérias e também espécies de fungos e leveduras).
Bacteriófagos: Tipo de vírus que infectam bactérias.
Ciliados: Classe dos animais cilióforos, que possuem cílios durante toda a vida. São para- mécios, opalinas e outras formas, em sua maioria de vida livre.
Dinoflageladas: Grupo de organismos unicelulares vegetais (algas), flagelados e assimétricos, e cujas células, muito elaboradas, em geral se mostram cobertas por uma carapaça de celulose, freqüentemente com aspecto de mosaico, e provida de dois sulcos. Têm dois flagelos, plastí- dios escuros, manchas fotor- receptoras; reproduzem-se por divisão longitudinal e, às vezes, compõem colônias.
Radiolários: Ordem de proto- zoários, actinópodes, esféricos, com o protoplasma dividido, por uma cápsula quitinosa com vários poros, em duas porções: interna e externa; e esqueleto em geral de sílica ou sulfato de estrôncio, e com espinhos radiados. São marinhos e pelági- cos, ocorrendo até 5.000 m de profundidade.
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Migração vertical diária
A migração vertical diária refere-se ao deslocamento que realizam alguns organismos vivos na zona fótica (luz) do oceano. Os organismos que exi- bem este padrão de comportamento vão desde o plâncton microscópico até necton maiores como os peixes. Os organismos realizam a migração vertical diária em resposta a gradientes ecológicos (recursos, presas, depredadores) na zona pelágica. No caso do fitoplâncton autótrofo, migra para abaixo du- rante a noite para obter nutrientes, mas volta à superfície durante o dia para realizar fotossíntese. Isto se deve porque a luz diminui na superfície da água, impossibilitando a fotossíntese, mas a disponibilidade de nutrientes aumenta abaixo da coluna de água. Já o zooplâncton heterotrófico e os ani- mais maiores não requerem luz para seu crescimento. No entanto, em águas superficiais bem iluminadas onde suas presas são mais abundantes, podem ser vulneráveis a depredadores maiores que caçam utilizando a visão. Como resultado, alguns tomam o padrão oposto à migração vertical diária, viajan- do à superfície durante a noite, e descendo a profundidades mais escuras e seguras durante o dia.
Fonte: http://pt.wikilingue.com/es/Migra%C3%A7%C3%A3o_vertical_di%C3%A1ria
Os outros organismos que habitam o ambiente pelágico são conhecidos como nécton. O nécton inclui os animais com capacidade de natação que, ao contrário do plâncton, são forte o bastante para nadar contra correntes e são, consequentemente, independentes do movimento das águas. O nécton inclui os peixes, lulas, polvos, tartarugas e os mamíferos marinhos.
Exemplos de animais pertencentes ao nécton:
Figura 17.12 – Tartaruga
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Aula 17 - Plâncton, Nécton e Bentos Figura 17.13 – Tartaruga
Fonte: http://biocurioso.blogspot.com Figura 17.14 – Lula
Fonte: http://www.achetudoeregiao.com.br
Mas nem sempre a separação entre plâncton e necton é tão evidente. Por exemplo, as larvas e juvenis da maioria dos peixes são uma parte importante do plâncton. Por outro lado, alguns organismos do zooplâncton como certos crustáceos se agregam em grandes cardumes, e poderiam ser considerados como “micronécton”.