Este item caracteriza-se por apresentar uma síntese dos resultados adquiridos e associá-los aos objetivos propostos por este estudo, identificando como foram alcançados através pesquisa de campo e confrontados com o referencial teórico que suporta a pesquisa.
Para responder ao objetivo geral e aos quatro objetivos específicos, os resultados foram organizadas através do método interpretativista e fenomenológico/hermenêutico, conforme já mencionado no capítulo da metodologia. Analisando o relato de cada entrevistado foi possível entender parcialmente como a gastronomia e o turismo tem sido trabalhado na região missioneira.
a) 1° Objetivo Específico: Investigar a cultura gastronômica na região missioneira.
Percebe-se que a região das Missões tem carência de investimento em turismo e gastronomia. No item 4.1 se propõem que a gastronomia é uma das maiores vertentes do turismo e que deveria ser investidas nas escolas e na propagação de movimentos como festivais.
Na cidade de Santo Ângelo pode-se observar que o turista busca comida típica, e o que se apresenta são os fast food. A cidade já ofereceu boas iniciativas para o desenvolvimento do turismo e da gastronomia local, que não tiveram continuidade por falta de apoio dos componentes da Tríplice Hélice.
O município de São Borja destacou-se em incentivos na questão gastronômica e missioneira. Foi identificado que isso ocorre devido a comunidade acadêmica em grande crescimento e desenvolvimento. Na cidade estão sendo realizadas ações voltadas a temática deste estudo. Percebe-se também, que na resposta dos questionários destinados ao visitante dos pontos turísticos de São Borja, 73% dos respondentes identificaram gastronomicamente o município. A resposta positiva desta questão reflete também pelo contato que a cidade tem com o Rio Uruguai, e a identidade com o cais do porto, identificada como prato típico de São Borja.
Em São Miguel das Missões durante as entrevistas, não foi mencionado o café missioneiro, imagina-se que isso se deve a descaracterização do café, que atualmente servem-se muitos produtos industrializados. O mesmo município possuiu uma fazenda “Fazenda da Laje”, antigamente fazia parte do caminho de Santiago das Missões, está fazenda continua com a caracterização missioneira, o almoço sempre apresenta produtos regionais. O turista pode ter contato com o interior até mesmo através da manipulação dos ingredientes, como geleia, queijo embutidos, e assistir o abatimento dos animais, certamente estes produtos não são indígena, porém a fazenda trabalha com a caça, a carne, a mandioca e a forma de apresentação da alimentação remetendo a cultura ancestral. A fazenda, também não foi mencionada na entrevista, caracterizando a falta de divulgação do local.
Destaca-se o projeto realizado pela EMATER que promove ações com mulheres do clube de mães, onde procura-se resgatar pratos típicos da região. No item 4.2 está iniciativa apresenta-se como interessante e fantástica, contudo destaca que não é possível crescimento, pois falta muito incentivo para a região e há muita resistência da comunidade, moradores e empresários.
b) 2° Objetivo Específico: Dimensionar a influência jesuítica no patrimônio histórico cultural de São Borja, Santo Ângelo e São Miguel das Missões.
Detectou-se que umas parcelas significativas dos visitantes procuram os municípios para conhecer heranças missioneiras jesuíticas, principalmente em São Miguel das Missões, através de seus monumentos históricos: Patrimônio Histórico e
Cultural da Humanidade, espetáculo Som e Luz, Museu das Missões, o Sino e a Cruz Missioneira, que completam a paisagem do Sitio Histórico São Miguel Arcanjo.
São Borja não tem patrimônio físico das heranças Jesuíticas, como mencionado no item 4.2, mas possuí museus muito mais completos, a reposta positiva desta questão é que a cidade tem uma comunidade voltada à cultura local e através dos cursos do IFFar e da UNIPAMPA, podem alavancar o desenvolvimento patrimonial das heranças jesuíticas. Iniciativas como do grupo amador chamado Angueras, e a abertura do Museu dos Angueras, com apresentação cultural, na qual chama-se “Museu vivo”, também fazem diferença na propagação da história e cultura local.
Em Santo Ângelo destaca-se o turismo religioso, a Catedral Jesuítica é um marco histórico, e o Santuário de Fátima, qual tem um Rosário, fazem parte deste tipo de turismo. Hoje a Catedral representa a identidade jesuítica e pode ser visitada no mesmo local da antiga redução. Como um dos entrevistados destacou o Papa Francisco, descente das reduções Jesuíticas, é um incentivo ao resgate cultural das regiões dos 30 povos das Missões.
c) 3° Objetivo Específico: Identificar possíveis reflexos da alimentação jesuítica na gastronomia local.
No conjunto das respostas das entrevistas percebe-se que existem reflexos dos povos jesuítas, os historiadores destacaram a mandioca, o milho, as carnes, feijão preto, amendoim, abóbora, erva mate, batata doce, algodão, fumo, abacaxi, e o peixe.
Em destaque percebe-se que na região consome-se muita carne e milho, qual fazem parte da economia local, através da pecuária e da agricultura. Estes produtos são reflexos da alimentação jesuítica, porém a comunidade em geral não reconhece isso. Pois, não se trabalha o tema nas escolas, principalmente nas séries iniciais. Como também, não se trabalha com educação patrimonial, cultura e nossas origens. Desta forma, fica difícil identificar e possuir o sentido de pertencimento de uma cultura ou de um local.
Outro fator identificado nas entrevistas, é que a influência está se perdendo, devido ao que acontece com a realidade da cozinha. Enquanto gastrônoma e professora identifico que as características locais estão se perdendo nas misturas das culturas. Hoje em dia, não podemos dizer que cozinha gaúcha se caracteriza pelo churrasco ou pelo chimarrão, pois já se come churrasco e toma chimarrão em
muitos outros locais. Destaca-se a frase de uma das historiadoras, que mencionou que cada vez mais estamos comendo mais iguais, em qualquer lugar serve-se as mesmas coisas. Portanto, foi identificado reflexos da alimentação Jesuítica, porém sem sentido de pertencimento do produto local, a civilização fez com que se perdessem as raízes alimentares. Os produtos primários ainda estão presentes, mas a elaboração e o preparo não procura resgatar o modo nativo do período Jesuítico.
d) 4° Objetivo Específico: Propor alternativas de desenvolvimento de lugares com base na gastronomia como propulsora turística.
As cidades e região missioneira possuem grande potencial para o desenvolvimento turístico e gastronômico, simplesmente por questões políticas e culturais as entidades não conseguem organizassem em prol do desenvolvimento regional. Este fato vem ao encontro do que se identifica nas entrevistas, onde cada setor deposita a culpa no outro, impossibilitando avanços de desenvolvimento local.
Os discursos expressam positivamente possibilidades de alavancar o turismo na região missioneira, através de iniciativas como o Festival Internacional da Cozinha Missioneira, sediado pelo município de São Borja. Uma proposta seria de abranger maior público para o evento, destacando os municípios representantes dos Sete povos das Missões.
A gastronomia é um vetor do desenvolvimento para o município, e isso foi bem explorado no Festival, pois reuniu os produtores, as pessoas que trabalham na preparação de alimentos, os estudantes de gastronomia e turismo, professores e todos os envolvidos nesta cadeia dos municípios participantes.
Além disso, a comunidade educacional de ensino superior está em crescente potencialidade com pesquisas e estudos realizados nos cursos Técnico em Cozinha, Tecnólogo em Gastronomia e Tecnólogo em Gestão do Turismo do IFFar, qual poder-se-ia realizar uma pesquisa com as pessoas mais antigas, quais são guardadores destas heranças histórica e culinárias.
O turismo e a gastronomia deveriam se realizar projetos juntamente as fazendas históricas, que seria uma oportunidade de unir os fazeres culinários com a história local. Além dos resgates da culinária local, as Universidades poderiam desenvolver pratos com reflexos de origem indígenas, transformando a base em preparações mais modernas e atrativas.
Precisa-se também, de incentivos governamentais para projetos voltados para turismo e gastronomia, na visualização das cidades através de seu apelo histórico
da herança jesuítica. Poder-se-ia também, adotar medidas como na cidade vizinha de São Borja, em Santo Tomé - Argentina, todo o estabelecimento da área da restauração deve oferecer em seu cardápio um prato típico da região. Incentivando os costumes locais.
A associação AMM, que contempla os municípios missioneiros deveria ter um olhar de maior responsabilidade com este patrimônio histórico e as prefeituras deveriam assumir a questão do desenvolvimento desta região.
O município de Santo Ângelo tem um grande potencial, através de suas Universidades, poder-se-ia desenvolver projetos em prol da Gastronomia e do turismo local no município. Como o realizado pela URI – Santo Ângelo juntamente ao Festival Da Cozinha Internacional Missioneira (II Fórum Científico Internacional da Cozinha Missioneira, que teve como resultado um E-BOOK). O quadro 7, apresenta a síntese dos principais fatores evidenciados no item 4.5.
Quadro 7: Síntese dos principais fatores evidenciados
Objetivo Fatores
1° Objetivo: Cultura gastronômica.
- Carência de investimentos em turismo e gastronomia.
- São Borja destaca-se pela inserção dos cursos de gastronomia e turismo. - São Borja possui identidade cultural com os pratos servidos no Cais do Porto. - Insuficiente divulgação dos pontos turísticos de São Miguel das Missões. - Em São Miguel das Missões ações da EMATER incentivam a elaboração de
pratos típicos, porém há resistência em participação da comunidade local. - Santo Ângelo já teve boas iniciativas para o desenvolvimento do turismo e da
gastronomia local, que não tiveram continuidade por falta de apoio dos componentes da Tríplice Hélice.
2° Objetivo: Influência Jesuítica
no patrimônio.
- Turistas procuram São Miguel das Missões por seus monumentos das heranças Jesuíticas.
- São Borja possui museus e a comunidade muito voltada a cultura local. - Santo Ângelo possui forte apelo ao turismo religioso.
3° Objetivo: Influência Jesuítica
na alimentação.
- Reflexos dos povos Jesuítas na alimentação.
- Comunidade em geral não reconhecem os alimentos que consomem como reflexos da alimentação Jesuítica.
- Faltam incentivos nas escolas sobre o tema educação patrimonial.
- O sentido de pertencimento de uma cultura ou local está se perdendo devido as misturas de culturas.
- Cada vez mais esta se comendo mais igual. - Perda das raízes alimentares.
4° Objetivo: Alternativas para o
desenvolvimento.
- As cidades pesquisadas possuem um grande potencial de desenvolvimento através do turismo e da gastronomia, precisa-se que as entidades organizem- se para a efetivação deste potencial.
- Desenvolvimento da Triple Hélice.
- Ampliação do Festival Internacional da Cozinha Missioneira, abrangência de público para os Sete povos das Missões.
- Pesquisas com pessoas de mais idade, que guardam as heranças históricas e culinárias, através dos cursos Superiores dos Municípios.
- Incentivos Governamentais.
- Incentivo aos costumes alimentares locais, através dos restaurantes. - As Universidades assumirem a questão do resgate da cultura missioneira. Fonte: Autora (2017).
A divulgação da gastronomia aumenta o turismo cultural de um local, fato que indica a gastronomia como mais que arte culinária, mas um importante veículo da cultura popular e a forma de viver de cada região em determinada época. A dimensão social e cultural da apresentada pela gastronomia pode ser prescrita ao complexo emaranhado das políticas de patrimônio cultural. Assim, a forma que o turismo se utiliza desse patrimônio vem determinando para a gastronomia elementos que adquiram cada vez maior relevância para divulgar um lugar e para captar correntes turísticas. Ela está presente em todas as etapas da cadeia de produção e consumo de alimentos, conforme os autores citados no referencial teórico desta pesquisa, como (SCHÜLTER, 2003; ANTONINI, 2004).
Nesta visão, o desenvolvimento patrimonial intangível da gastronomia tem como objetivo fazer com que as comunidades que residem em regiões históricas percebam a significante importância do bem patrimonial que possuem.
Desta forma, a herança cultural deixada pelas Reduções Jesuíticas, remetem à definição da própria identidade cultural do lugar, implica em distinguir os princípios e valores que marcam a identidade e as características da região missioneira, Hall (1994) refere-se à herança como algo que pode ser conservado, aumentado e até mesmo usado. Neste sentido, é um recurso que pode ser administrado e compartilhado.
Observa-se que os resquícios do período reducional juntamente com os elementos culturais europeus são fatores que contribuíram para a construção de uma identidade regional da região noroeste e fronteira - oeste do Rio Grande do Sul. São Borja Santo Ângelo, e São Miguel das Missões são municípios do estado que se destacam e são representados através de elementos materializados e simbolizados do Patrimônio Histórico e Cultural das Missões (PINTO, 2012).
São Borja destacou-se na pesquisa por apresentar representações e ações voltadas ao resgate cultural da região missioneira, através dos cursos Superiores e do incentivo cultural apresentados pelos Festivais, destacando a culinária, o patrimônio histórico tangível e a música.
O modelo Tríplice Hélice não está em desenvolvimento, principalmente nos municípios de Santo Ângelo e São Miguel das Missões. Nas referências dos autores, os contratos entre as universidades são baseados em um modelo não linear de ações inovadoras, no qual universidades, empresas e governos vêm captando linhas recíprocas e múltiplas, em diferentes estágios de produção do conhecimento. Deve
existir um interesse em comum dos participantes na execução de um determinado projeto, com motivações que podem ser distintas, uma vez que cada uma das instituições envolvidas tem seus próprios objetivos. O que cada organização deve buscar é superar suas limitações, aumentando sua flexibilidade e sua capacidade de progredir (DA SILVA; TERRA; VOTRE, 2006).
CONCLUSÃO
A alimentação, é muito mais do que simples necessidade básica para a sobrevivência humana, adquire cada vez mais uma série de simbolismos que estão estritamente interligados com várias vertentes, a cultura patrimonial de localidades é uma delas. Nessa perspectiva, a alimentação deixa de ser apenas uma necessidade básica de sobrevivência para se tornar também uma importante marca de distinção social de povos.
Esta pesquisa teve como finalidade conhecer a cultura gastronômica da região missioneira nos municípios de São Borja, Santo Ângelo e São Miguel das Missões, e através dela promover o desenvolvimento do turismo local. O Turismo Cultural é um segmento que está crescendo consideravelmente e pode ser considerado um dos responsáveis pela preservação e revitalização dos locais históricos e culturais. A região missioneira é uma fonte de Patrimônio Cultural material e imaterial, que se consolida no cenário nacional como destino turístico, cultural, religioso e eventos, contudo ainda pouco explorado.
A conclusão do estudo teve o objetivo norteador de identificar e apontar os desafios enfrentados ao analisar as premissas da gastronomia aliada ao turismo, que se constituí em um produto que pode ser fonte de desenvolvimento econômico, cultural, social e ambiental nos três municípios missioneiros estudados.
Pode-se perceber que, diante de uma era em que os alimentos industrializados, os fast foods estão presentes cada vez mais na vida das pessoas, e que se come mais igual, existem alternativas que fortalecem outra corrente: a da valorização dos alimentos in natura, dos ingredientes locais, da diversificação dos produtos e modos de fazer utilizando-se ingredientes locais, que neste caso podem vir a propulsionar o turismo das reduções jesuíticas e do povo gaúcho, sendo uma alternativa de valorização e resgate cultural da cozinha missioneira.
Porém, os discursos explicitam a existência de muitas barreiras que impedem ou dificultam o trabalho em prol de desenvolvimento do turismo e da cultura gastronômica local. Não existe o conjunto por parte das instituições parceiras nos municípios de São Borja, Santo Ângelo e em São Miguel das Missões.
Destaca-se a falta de pessoas capacitadas e com pretensão de assumir o turismo missioneiro, a falta de recursos financeiros e a ausência de infraestrutura, além da falta de incentivo aos projetos elaborados, falta de atitude de alguma das instituições (setor público, privado e comunidade em geral) que possam se responsabilizar pela organização e continuidade dos trabalhos.
Após a realização da pesquisa, conclui-se que seus objetivos foram alcançados. Percebe-se que a cultura não é mais pura, ela vai miscigenando e parte para a modernização. A cultura com a alimentação propicia à sociedade o aconchego de sua história calcada no valor da gastronomia como um elo para o resgate e releitura cultural, identificado nesta pesquisa.
A região missioneira comporta uma comunidade de pequenos e médios agricultores e agroindústrias quais necessitam de alternativas sustentáveis para sua sobrevivência. Sua importância reveste-se pela demanda por qualidade organizacional e empresarial de forma a atender as necessidades socioeconômicas, mercadológicas e políticas relacionadas aos alimentos que produzem. Além disso, os comerciantes da cidade devem ter um olhar diferenciado ao que se produz agregarem valor a matéria-prima.
Percebe-se que nos três municípios missioneiros há uma grande dificuldade de enlace do modelo da tríplice hélice, qual descreve as relações de interação dos atores que participar dos projetos de desenvolvimento. Da Silva; Terra; Votre (2006) analisam que a hélice tríplice, quando adotada para caracterizar a sinergia dos atores universidade, empresa e governo em um país em desenvolvimento como o Brasil esbarra na necessidade de as empresas, antes de iniciarem o processo de inovação, modernizarem-se tecnologicamente e, mais que isso, fazerem com que as pessoas que vão participar do processo de desenvolvimento adquiram as competências necessárias a estas ações.
Por esta razão, o uso do modelo tríplice hélice em cidades turísticas, deve ser adotado com foco tanto na produção de conhecimento relevante na universidade, como na responsabilidade social inerente às necessidades empresariais, que hoje em dia têm o apoio dos governos locais, estaduais e nacional. Nas cidades pesquisadas pode-se identificar que somente em São Borja possuí iniciativas em relação ao formato da tríplice hélice, já em São Miguel das Missões pouco se vê incentivo do setor público e a inexistência de uma Universidade dificultam o formato
da tríplice. Em Santo Ângelo apesar de ter Universidade, percebe-se que não existe este contato entre os setores.
O marketing das cidades também é um fator preponderante, pois os locais precisam de melhorias, por meio de imagens ou de um programa de comunicação vigoroso, conforme os relatos o setor público se têm dificuldades de obter o apoio de seus cidadãos, líderes e instituições para tornar está região mais hospitaleiras.
Um fator importante na conclusão desta pesquisa é que inciativas estão sendo realizadas, como os Festivais que aconteceram São Borja, qual tiveram como temática a gastronomia e a região missioneira e assinaram o protocolo de cooperação entre as instituições participantes do evento do município firmaram ações futuras para auxiliar o desenvolvimento da Região missioneira por meio da gastronomia. Neste caso a Universidade incentivando os demais setores em prol do desenvolvimento local.
No que se refere às dificuldades encontradas durante a realização do estudo, cita-se, a ausência de bibliografia englobando os hábitos alimentares das reduções Jesuíticas, o pequeno número de visitantes dos pontos turísticos que responderam à pesquisa, e a dificuldade em encontrar alguns dos entrevistados.
Diante de todo o exposto, acredita-se que essa pesquisa possa contribuir para sensibilizar os gestores públicos e privados para os temas Turismo Cultural e Gastronomia, mostrando a eles a importância de se ter a ligação da Tríplice Hélice e uma equipe preparada para o desenvolvimento dessas atividades. Também se espera que os municípios, através da Associação dos Municípios das Missões e das Universidades, possam tomar a iniciativa de desenvolver ações conjuntas, nos Sete Povos das Missões.
Para concluir, sugere-se a realização de futuros estudos sobre o tema desenvolvimento, turismo, cultura e gastronomia na região missioneira que podem levar a novos resultados. Como exemplo é o aprofundamento de um estudo sobre o resgate dos hábitos alimentares das reduções Jesuíticas. Assim como, estudos mais aprofundados sobre aspectos turísticos e gastronômicos dos patrimônios materiais e imateriais presentes na região missioneira. Outra hipótese é a realização de pesquisas em prol do desenvolvimento da culinária e da gastronomia missioneira, através de eventos e festivais. E, por fim, realizar estudo com pessoas de mais idade para identificar os costumes e pratos tradicionais da culinária missioneira.
REFERÊNCIAS
AGÊNCIA SEBRAE NOTÍCIAS. Santo Ângelo/RS, a Cidade das Tortas, promove
festival. Disponível em: http://ecoviagem.uol.com.br/noticias/social/gastronomia-