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O processo de transferência de política do Protocolo de Cartagena para a PNB foi identificado por meio da Análise de Conteúdo nas etapas anteriores de tratamento de dados. Apesar de muitas vezes este não se apresentar de forma clara e transparente, os resultados desta dissertação o desvelaram por meio deste método, efetuado em duas etapas distintas de análise.

81 A primeira etapa de AC verificou que existem muitas similaridades entre os textos da Lei nº 11.105 e o Protocolo de Cartagena no que se refere a: instituições governamentais; escopo; efeitos adversos; normas; recursos humanos, conscientização, educação e participação do público; mecanismos de informação; penalização e responsabilização; e; procedimentos; o que constitui um forte indicador da transferência de política.

Já a segunda etapa da análise de dados identificou que, na prática, ocorreu um processo de transferência de política por meio da execução de duas AC a partir das entrevistas efetuadas na pesquisa de campo. Ressalta-se o fato de que a seleção dos entrevistados (ver tabela 3.0 no item 3.2 da metodologia) levou em consideração o critério da diversidade de opiniões ao selecionar sujeitos de pesquisa em diferentes áreas, como por exemplo: área acadêmica; agricultura; meio ambiente; indústria e comércio exterior; saúde, ciência e tecnologia; bem como atores que representam da sociedade civil organizada (ONG), de forma a não ter resultados enviesados.

Nesta etapa, a AC evidenciou diferentes aspectos de transferência de política ao efetuar uma análise qualitativa detalhada das nove entrevistas por meio do preenchimento do conjunto de categorias propostas por Dolowitz e Marsh (2000) para auxiliar os pesquisadores na análise da compreensão do processo de transferência. Sendo assim, foram identificados diferentes aspectos relevantes de transferência de política, como por exemplo: os atores-chave envolvidos no processo de transferência de política; o que está sendo (ou foi) transferido; de onde parte a transferência; assim como; o que facilitou e o que restringiu o processo de transferência. Um dos resultados mais importantes desta análise foi a elaboração de um esquema (ver figura 2.0 no item 4.2.1.7) que destaca os três momentos de influência externa na questão dos OGM: Rio-92; entrada do Brasil na OMC e assinatura do TRIPS; e, por fim; quando o Brasil assina o Protocolo de Cartagena. Este último refere-se ao momento em que o processo de transferência de política sob investigação ocorreu.

Apesar de muitos atores atuarem em uma rede globalizada de governança global na área ambiental, os entrevistados da pesquisa não destacaram essa pluralidade de agentes no processo de transferência de política em questão. Ao contrário, apenas foram apontados o MCT, MMA, Ministério da Saúde, MAPA, MRE e as multinacionais produtoras de semente. Neste sentido, torna-se relevante apontar como um dos resultados da pesquisa,

82 o fato de atores como ONGs e Organismos Internacionais terem tido menor relevância neste processo de transferência na visão dos entrevistados.

A última categoria desta etapa de AC reforçou a identificação da ocorrência do processo de transferência de política, embora alguns entrevistados não acreditassem neste processo a priori. Neste sentido, foi efetuada uma análise interpretativa dos relatos, com atenção para os casos desviantes. Os resultados da AC apontam para a ocorrência do processo de transferência de política, porém de forma indireta e como um processo de aprendizado, ou seja, lesson drawing (ver Figura 1.0, no item 2.2). Isto torna ainda mais evidente que o processo de transferência de política pode ocorrer de diferentes formas, não somente pela transferência coerciva.

Outro aspecto encontrado ao longo da pesquisa de campo que também merece destaque é a ausência de uma PNB “real” apontada por alguns entrevistados. De acordo com Francisco Aragão:

Na realidade, o que a gente chama de Política Nacional de Biossegurança ainda está por ser implantada, porque o que existe é a CTNBio.

Sérgio Figueiredo reforça este fato quando perguntado sobre a PNB:

Acontece que não tem. (...) a Política de Biosegurança é uma outra coisa que teria que ser feita e submetida ao Conselho Nacional de Segurança. (...) Na verdade, quer dizer, era para ter sido feita uma Política Nacional de Biossegurança, estabelecendo alguns parâmetros que facilitariam, é, a vida da própria Comissão Nacional de Biosegurança, orientando as resoluções que eles têm que tomar, mas isso nunca chegou a ser feito.

De forma a também ressaltar este fato, Gabriel Fernandes descreve que:

É diferente uma política nacional sobre o tema e a Lei. O que existe é a Lei, e a Lei prevê a política, prevê que o Conselho Nacional de Biossegurança seria então a instância, encarregada de debater, de fazer propostas, de formular política nacional, mas isso nunca aconteceu; nunca houve uma reunião dos ministros, do CNBS, pra discutir o assunto (...) A falha é que ela não existe; ela não existe, e não entrou na pauta até hoje

Em suma, as etapas de análise dos dados executadas reforçaram a existência de um processo de transferência de política do Protocolo de Cartagena à PNB, embora a forma como se apresenta a atual PNB ainda seja questionável.

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5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS

Ao retomar o problema (conforme item 1.1) e os objetivos da pesquisa (conforme item 1.2) é possível afirmar, com base nos resultados obtidos nesta pesquisa, que existem evidências da ocorrência do processo de transferência de política sob análise: do Protocolo de Cartagena para a PNB (com base na Lei nº 11.105), caracterizando-se, desta forma, a transferência de política como um dos instrumentos de governança global que vai influenciar diretamente em decisões legais e de Administração Pública no âmbito das decisões locais.

A etapa de análise e descrição dos dados possibilitou a compreensão de como ocorre o processo de transferência de política. Neste sentido, umas das conclusões desta dissertação é que este processo foi intensificado pela globalização (acelerou o debate de transgênicos mundialmente); pelo avanço da biotecnologia ao redor do mundo (mais especificamente no que tange aos OGM); bem como; por mecanismos de governança global (por meio da adoção de diretrizes fixadas em regimes internacionais transferidas para contextos nacionais, como é o caso do Protocolo de Cartagena).

Também como conclusões adquiridas a partir desta dissertação, o processo de transferência de política pode, de fato, ocorrer em diferentes níveis, assim como descreve Dolowitz e Marsh (2000) que, a transferência acontece com um processo contínuo que vai do aprendizado até a imposição direta de um programa, de uma política, ou até mesmo de um arranjo institucional que passa de um sistema político para outro. Diante disto, reforça-se a constatação de que a transferência de política é, em determinados momentos, corroborada por um profundo e precedente processo de aprendizagem (STONE, 2004), correspondendo a um processo de lesson drawing no qual “lições” obtidas em um lugar e tempo específico resultam em uma mudança política e institucional em outro local e tempo determinado (ROSE, 1991; 1993; DOLOWITZ e MARSH, 1996; EVANS, 2006).

Este modelo de lesson drawing (ver Figura 1.0, no item 2.2) foi identificado como o modelo de transferência que ocorreu na questão de biossegurança sob investigação nesta dissertação, e não o modelo de transferência coercitiva de política pública. Esta conclusão se deve a diferentes fatores. Já na primeira etapa de análise dos dados, ficou claro que existem muitas similaridades textuais entre a Lei nº 11.105 e o Protocolo de Cartagena no que se refere a: instituições governamentais; escopo; efeitos adversos; normas; recursos humanos, conscientização, educação e participação do público;

84 mecanismos de informação; penalização e responsabilização; e; procedimentos; o que constitui um forte indicador da transferência de política. Acrescenta-se a isto que, na análises qualitativa da pesquisa de campo, efetuada por meio de AC, verificou-se que, embora tenham sido observados elementos relevantes de transferência de política em um conjunto de categorias de análise propostas por Dolowitz e Marsh (2000) para auxiliar os pesquisadores na compreensão do processo de transferência (como atores- chave envolvidos no processo; o que foi transferido; de onde parte a transferência; o que facilitou e o que restringiu o processo de transferência), na última categoria de AC foram observados, em alguns discursos, a não ocorrência deste processo. Entretanto, ainda nesta análise, os resultados apontaram para a ocorrência do processo de transferência de política, porém de forma indireta e como um processo de aprendizado. Portanto, por não compreender um processo facilmente identificável pelos entrevistados, e, ao mesmo tempo, possuir muitas semelhanças textuais entre o Protocolo e a Lei nº 11.105, é possível concluir que houve a existência de um processo de transferência de política do Protocolo de Cartagena à PNB, porém no formato de aprendizado (ou lesson drawing).

De forma a melhor elucidar o momento em que ocorreu este processo, foi elaborado um esquema (conforme ilustra a figura 2.0 no item 4.2.1.7), no qual destacou-se que, a transferência de política ocorreu em um terceiro momento de forte influência do contexto internacional, no que se refere à questão dos transgênicos e biossegurança.

Entretanto, apesar de compreender a diversidade de atores envolvidos no processo de transferência, torna-se fundamental destacar que a autora desta dissertação privilegiou em sua análise do processo de transferência de política do Protocolo de Cartagena para a PNB os atores públicos envolvidos, uma vez que a pesquisa está voltada para uma abordagem pública e não privada. Por outro lado, os entrevistados não apontaram a pluralidade de atores envolvidos no processo, destacando apenas o MCT, MMA, Ministério da Saúde, MAPA, MRE e as multinacionais produtoras de semente. Esta supressão de atores relevantes como ONGs e Organismos Internacionais emerge como um dos resultados surpreendentes da dissertação.

A pesquisa revela também, a partir do depoimento de alguns entrevistados, o caráter “discutível” da existência “real” e “efetiva” da PNB. Para eles, o que hoje é conhecido como a PNB, ainda está para ser implantado, ou seja, cabe ainda ao CNB debater e efetuar propostas para a formulação de uma PNB.

85 Por fim, entendendo a magnitude que o tema de transgênicos e biossegurança englobam, esta dissertação apresenta algumas sugestões para futuras pesquisas:

Executar uma pesquisa de campo com mais atores que acompanharam de perto (como ONGs e produtores rurais), que atuaram diretamente no processo de formulação da Lei nº 11.105, ou que participaram de perto das reuniões do Protocolo, de forma a ampliar estudos na área de transferência de política e governança global;

Analisar mais profundamente o impacto das multinacionais no processo;

Analisar detalhadamente o impacto da OMC como agente de poder no que tange à questão ambiental, contradizendo-se em alguns aspectos à Organismos Internacionais de proteção ambiental e desenvolvimento sustentável;

Analisar mais profundamente os principais impactos para a saúde humana e animal, assim como, para a biodiversidade;

Aprofundar estudos nas implicações sociais advindos da tecnologia de OGM; Propor um modelo de Política Pública para o país no que se refere à biossegurança para que o país não somente consiga crescer economicamente por meio da biotecnologia, mas que ele possa, ao mesmo tempo, desenvolver uma matriz sustentável que assegure a sua biodiversidade;

Efetuar um estudo de redes de políticas para o caso dos transgênicos e uma analítica de poder por trás desta tecnologia tão recente e tão polêmica.

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