AMBIENTAIS DEFINIÇÃO
4.2.4. Análise Contextualizada
Num segundo m om ent o, foram levados em consideração out r os dados disponíveis na ent rev ist a e capazes de enriquecer a análise das dificuldades referidas na quest ão cinco. Foram eles: códigos da CI D, sex o, int erlocut or ( pessoa com deficiência ou cuidador) , relação do int er locut or com a pessoa com deficiência, idade em que foi adquir ida a deficiência e a at ual, t em po de duração da deficiência, escolar idade, for m a de locom oção e t ransport e ( Anexo C) . Com est e procedim ent o foi possível não só com plem ent ar a análise, com o abranger indivíduos que na quest ão cinco não t inham verbalizado nenhum a dificuldade. Mas, quando o cont ext o foi levado em consideração, foi possív el encont rar algum as lim it ações das funções e est rut uras do corpo, bar reiras ou facilit adores com o, por exem plo, a pr esença de andador es ou cadeir as de r odas.
Consider ou- se cuidador a pessoa que respondeu a ent revist a se responsabilizando pelas inform ações e que de algum a m aneira cuida da pessoa com deficiência passando a m aior par t e do t em po com a m esm a.
De posse desses dados foi realizada um a segunda codificação pela CI F, podendo assim t er um a visão m ais am pla e cont ext ualizada das pessoas com deficiência.
Os it ens “ form a de locom oção” e “ t ransport e” foram considerados apenas quando, de algum a form a, forneciam um dado que com plem ent ava a CI F.
As codificações, t ant o das dificuldades refer idas com o das dificuldades cont ext ualizadas foram realizadas no segundo nível. Para análise dos result ados, foi ut ilizado som ent e o prim eir o nível e, apenas quando considerado im port ant e pela aut ora, houve a exploração do segundo nível.
Os capít ulos represent am diferent es funções, que agr upadas, com põem os com ponent es por eles r epr esent ados. Os quadr os 5, 6, 7 e 8,
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dem onst r am os com ponent es, divididos em seus capít ulos com seus significados.
Quadro 5: Codificação e car act er ização dos capít ulos do com ponent e: funções do cor po
( b) ( OMS CI F, 2003) .
CÓDIGO CAPÍTULO CARACTERIZAÇÃO
b1 Funções m ent ais Funções m ent ais globais com o consciência, ener gia e im pulso, e funções m ent ais
específicas com o m em ór ia, linguagem e cálculo. b2 Funções sensor iais e dor Funções da visão, audição, paladar e out r os,
bem com o da sensação de dor .
b3 Funções da voz e da fala Funções da pr odução de sons e da fala. b4 Funções dos sist em as
car diovascular ,
hem at ológico, im unológico e r espir at ór io
Funções do cor ação e dos vasos sanguíneos, da pr odução de sangue e im unidade, da r espir ação e t oler ância a exer cícios.
b5 Funções dos sist em as digest ivo, m et abólico e endócr ino
Funções de ingest ão, digest ão e elim inação, bem com o das funções envolvidas no m et abolism o e glândulas endócr inas. b6 Funções genit ur inár ias e
r epr odut ivas
Funções ur inár ias e r epr odut ivas, incluindo funções sexuais e de pr ocr iação.
b7 Funções neur o- m úsculo- esquelét icas e r elacionadas ao m ovim ent o
Funções r elacionadas ao m ovim ent o e à m obilidade incluindo funções das ar t iculações, ossos, r eflexos e m úsculos.
b8 Funções da pele e est r ut ur as r elacionadas
Funções da pele, unha e pelos.
Quadro 6: Codificação dos capít ulos do com ponent e: est r ut ur as do cor po ( s) ( OMS CI F,
2003) .
CÓDIGO CAPÍTULO
s1 Est r ut ur as do sist em a ner voso
s2 Olho, ouvido e est r ut ur as r elacionadas s3 Est r ut ur as r elacionadas à voz e à fala
s4 Est r ut ur as dos sist em as car diovascular , im unológico e r espir at ór io s5 Est r ut ur as r elacionadas aos sist em as digest ivo, m et abólico e endócr ino s6 Est r ut ur as r elacionadas ao sist em a genit ur inár io e r epr odut ivo
s7 Est r ut ur as r elacionadas ao m ovim ent o s8 Pele e est r ut ur as r elacionadas
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Quadro 7: Codificação e definição do com ponent e: at ividades e par t icipação ( d) ( OMS
CI F, 2003) .
CÓDIGO CAPÍTULO DEFINIÇÃO
d1 Apr endizagem e aplicação do conhecim ent o
Tr at a da capacidade de apr ender , aplicar o conhecim ent o apr endido, pensar , r esolver pr oblem as e t om ar decisões.
d2 Tar efas e dem andas ger ais
Refer e- se aos aspect os ger ais da execução de um a única ou de vár ias t ar efas, or ganização de r ot inas e super ação do est r esse.
d3 Com unicação Tr at a das car act er íst icas ger ais e específicas da com unicação por m eio da linguagem , sinais e sím bolos, incluindo a r ecepção e pr odução de m ensagens, m anut enção da conver sação e ut ilização de disposit ivos e t écnicas de com unicação.
d4 Mobilidade Tr at a do m ovim ent o ao m udar o cor po de posição ou de lugar , car r egar , m over ou m anipular
obj et os, ao andar , cor r er ou escalar e quando se ut ilizam vár ias for m as de t r anspor t e.
d5 Cuidado pessoal Refer e- se a t odo cuidado pessoal com o lavar - se e secar - se, cuidar do pr ópr io cor po, vest ir - se, com er e beber e cuidar da pr ópr ia saúde. d6 Vida dom ést ica Tr at a da r ealização das ações e t ar efas
dom ést icas e do dia- a- dia incluindo obt er um lugar par a m or ar , alim ent o, vest uár io e out r as necessidades, lim peza e r epar os dom ést icos, cuidar de obj et os pessoais e da casa e aj udar os out r os.
d7 Relações e int er ações int er pessoais
Refer e- se à r ealização de ações e condut as que são necessár ias par a est abelecer com out r as pessoas; sej am est r anhos, am igos, par ent es, fam iliar es ou am ant es; int er ações básicas e com plexas, de m aneir a cont ext ual e socialm ent e adequada.
d8 Ár eas pr incipais da vida Tr at a da r ealização das t ar efas e ações necessár ias par a par t icipar das at ividades de educação, de t r abalho, no em pr ego e nas t r ansações econôm icas.
d9 Vida com unit ár ia, social e cívica
Refer e- se às ações e t ar efas necessár ias par a par t icipar da vida social or ganizada for a do âm bit o fam iliar , em ár eas da vida com unit ár ia, social e cívica.
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Quadro 8: Codificação e definição dos capít ulos do com ponent e: fat or es am bient ais ( e)
( OMS CI F, 2003) .
CÓDIGO CAPÍTULO DEFINIÇÃO
e1 Pr odut os e t ecnologias
Tr at a dos pr odut os nat ur ais ou fabr icados pelo hom em ou sist em as de pr odut os, equipam ent os e t ecnologia no am bient e im ediat o do indivíduo que são r eunidos, cr iados, pr oduzidos ou m anufat ur ados par a m elhor ar a funcionalidade de um a pessoa incapacit ada.
e2 Am bient e nat ur al e m udanças
am bient ais feit as pelo ser hum ano
Refer e- se aos elem ent os anim ados e inanim ados do am bient e nat ur al ou físico e dos com ponent es desse am bient e que for am m odificados pelas pessoas, bem com o das car act er íst icas das populações hum anas desse am bient e.
e3 Apoio e
r elacionam ent o
Tr at a das pessoas ou anim ais que for necem apoio físico ou em ocional pr át ico, educação, pr ot eção e assist ência; e de r elacionam ent o com out r as pessoas, na casa, local de t r abalho, escola ou em br incadeir as ou em out r os aspect os de suas at ividades diár ias. e4 At it udes Refer e- se às at it udes que são conseqüências
obser váveis dos cost um es, pr át icas, ideologias, valor es, nor m as, cr enças fat uais e r eligiosas que influenciam o com por t am ent o individual e a vida social em t odos os níveis, dos r elacionam ent os int er pessoais e associações com unit ár ias às est r ut ur as polít icas, econôm icas e legais.
e5 Ser viços, sist em as e polít icas
Ser viços r epr esent am a pr ovisão de benefícios, pr ogr am as est r ut ur ados e oper ações, em vár ios set or es da sociedade, desenhados par a sat isfazer as necessidades dos indivíduos; sist em as r epr esent am o cont r ole adm inist r at ivo e m ecanism os de or ganização; polít icas r epr esent am as nor m as, r egulam ent os e convenções e padr ões. Podendo ser públicos, pr ivados ou volunt ár ios est abelecidos em nível local,
com unit ár io, r egional, m unicipal, est adual, nacional ou int er nacional por par t e dos em pr egador es,
associações, or ganizações, agências ou gover nos.
Depois de efet uada t oda a codificação das dificuldades diret as e cont ext ualizadas encont r adas em cada com ponent e, essas for am digit adas sendo criado um banco de dados no pr ogram a Epiinfo ( DEAN, 1997) e post er ior m ent e agrupadas com t abelas e gráficos e, quando conv enient e, foram realizadas associações e m aiores det alham ent os para m elhor com pr eensão de sua análise e discussão.
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