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Análise da prevalência das mordidas cruzadas

No documento UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO (páginas 61-71)

5 RESULTADOS

5.2 Estudo das mordidas cruzadas posteriores e de algumas características

5.2.3 Análise da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em

5.2.3.3 Análise da prevalência das mordidas cruzadas

A Tabela 5.15 e o Gráfico 5.5 evidenciam que, na amostra estudada, a presença de ronco noturno, relatado pelas mães nos questionários, mostrou uma tendência de ligeiro aumento na prevalência de MCPs. Praticamente metade das

Resultados 47 Ronco Noturno 0 20 40 60 80 100

Ausente Presente Bilateral Unilateral

Verdadeira

Unilateral com desvio Mordida Cruzada Posterior

% Ausente

Presente crianças avaliadas apresentou relato materno da ocorrência de ronco noturno. As crianças que roncam à noite apresentaram prevalência de 19,6% de MCPs, enquanto as que não roncam apresentaram MCPs em 17,9% dos casos. Esta pequena diferença, todavia, não apresentou relevância estatística.

Tabela 5.15 - Distribuição da prevalência das mordidas cruzadas posteriores em relação à presença ou ausência de ronco noturno, informado pelas mães, na amostra total

Mordida Cruzada Posterior

Unilateral Ausente Presente Bilateral

Verdadeira com desvio

Total Ronco Noturno n % n % n % n % n % n Ausente 206 82,1 45 17,9 12 4,8 6 2,4 27 10,8 251 Presente 193 80,4 47 19,6 10 4,2 10 4,2 27 11,3 240

Gráfico 5.5 - Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à ocorrência ou não de ronco noturno, na amostra total

Resultados 48

5.2.3.3.1 Análise do dimorfismo entre os gêneros quanto à prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à ocorrência de ronco noturno

As Tabelas 5.16 e 5.17 apresentam as prevalências de MCPs em relação à ocorrência de ronco noturno, para os gêneros feminino e masculino respectivamente. Pode-se observar que, no gênero feminino, as prevalências de MCPs são praticamente idênticas, tanto na ausência de ronco noturno (23,3%) como na presença (23,9%). Já no gênero masculino, a ocorrência de ronco noturno apresentou ligeiro aumento na prevalência de MCPs (16,0%) em relação às crianças que não apresentavam ronco (11,9%). Estas diferenças, contudo, não apresentaram relevância estatística.

Tabela 5.16 - Distribuição da prevalência das mordidas cruzadas posteriores em relação à presença ou ausência de ronco noturno, informado pelas mães, no gênero feminino

Mordida Cruzada Posterior

Unilateral Ausente Presente Bilateral

Verdadeira com desvio

Total Ronco Noturno n % n % n % n % n % n Ausente 102 76,7 31 23,3 9 6,8 5 3,8 17 12,8 133 Presente 83 76,1 26 23,9 7 6,4 4 3,7 15 13,8 109

Tabela 5.17 - Distribuição da prevalência das mordidas cruzadas posteriores em relação à presença ou ausência de ronco noturno, informado pelas mães, no gênero masculino

Mordida Cruzada Posterior

Unilateral Ausente Presente Bilateral

Verdadeira com desvio

Total Ronco Noturno n % n % n % n % n % n Ausente 104 88,1 14 11,9 3 2,5 1 0,8 10 8,5 118 Presente 110 84,0 21 16,0 3 2,3 6 4,6 12 9,2 131

Resultados 49

5.2.3.4 Análise da prevalência das mordidas cruzadas posteriores em relação à hipertrofia de tonsila faríngea

Ao analisar-se a Tabela 5.18 e o Gráfico 5.6, percebe-se que a ocorrência de hipertrofia de tonsila faríngea (graus 3 e 4) promoveu um discreto aumento na prevalência de MCP. As crianças que apresentaram tonsila faríngea grau 4 mostraram MCP em 23,1% dos casos; as que apresentaram tonsila faríngea grau 3, em 19,1% dos casos. Já as crianças sem hipertrofia da tonsila faringeana apresentaram MCP em 18,2% dos casos. Estas prevalências diferentes, no entanto, não revelaram significância estatística

Tabela 5.18 - Distribuição da prevalência das mordidas cruzadas posteriores em relação à presença de hipertrofia de tonsila faríngea, na amostra total

Mordida Cruzada Posterior

Unilateral Ausente Presente Bilateral

Verdadeira com desvio

Total Tonsila Faríngea n % n % n % n % n % n Grau 3 55 80,9 13 19,1 4 5,9 3 4,4 6 8,8 68 Grau 4 20 76,9 6 23,1 0 0,0 2 7,7 4 15,4 26 Normal 338 81,8 75 18,2 18 4,4 13 3,1 44 10,7 413

Resultados 50 Tonsila Faríngea 0 20 40 60 80 100

Ausente Presente Bilateral Unilateral

Verdadeira

Unilateral com desvio Mordida Cruzada Posterior

%

Ausente Grau 3 Grau 4

Gráfico 5.6 - Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à ocorrência ou não de hipertrofia de tonsila faríngea (graus 3 e 4), na amostra total

5.2.3.4.1 Análise do dimorfismo entre os gêneros quanto à prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à ocorrência de hipertrofia de tonsila faríngea

As tabelas 5.19 e 5.20 evidenciam as prevalências de MCPs em relação à hipertrofia de tonsila faríngea (graus 3 e 4) nos gêneros feminino e masculino, respectivamente. No gênero feminino, a hipertrofia grau 3 apresentou prevalência de MCPs de 26,7%, enquanto no masculino, a hipertrofia de grau 3 apresentou 13,2% de casos com MCPs. Já a ocorrência de hipertrofia de grau 4 evidenciou presença de MCPs em 16,7% das meninas e 28,6% dos meninos. Apesar das diferenças de prevalência, a análise estatística não demonstrou relação de significância entre estas variáveis.

Resultados 51

Tabela 5.19 - Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à presença de hipertrofia de tonsila faríngea, no gênero feminino

Mordida Cruzada Posterior

Unilateral Ausente Presente Bilateral

Verdadeira com desvio

Total Tonsila Faríngea n % n % n % n % n % n Grau 3 22 73,3 8 26,7 3 10,0 2 6,7 3 10,0 30 Grau 4 10 83,3 2 16,7 0 0,0 1 8,3 1 8,3 12 Normal 159 76,4 49 23,6 13 6,3 8 3,8 28 13,5 208

Tabela 5.20 - Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à presença de hipertrofia de tonsila faríngea , no gênero masculino

Mordida Cruzada Posterior

Unilateral Ausente Presente Bilateral

Verdadeira com desvio

Total Tonsila Faríngea n % n % n % n % n % n Grau 3 33 86,8 5 13,2 1 2,6 1 2,6 3 7,9 38 Grau 4 10 71,4 4 28,6 0 0,0 1 7,1 3 21,4 14 Normal 179 87,3 26 12,7 5 2,4 5 2,4 16 7,8 205

5.2.3.5 Análise da prevalência das mordidas cruzadas posteriores em relação à hipertrofia de tonsilas palatinas

A Tabela 5.21 e o Gráfico 5.7 mostram a relação entre mordida cruzada posterior e hipertrofia de tonsilas palatinas. Observa-se que os diferentes graus de hipertrofia das tonsilas palatinas propiciam um ligeiro aumento na prevalência de MCP. A presença de hipertrofia grau 3 apresentou o maior índice de MCP: 27,6%; seguido pela hipertrofia grau 4, com 20,7%. Na ausência de hipertrofia de tonsilas palatinas, a ocorrência de MCP foi de 17,1%. Quando se observa a ocorrência de

Resultados 52 Tonsilas Palatinas 0 20 40 60 80 100

Ausente Presente Bilateral Unilateral

Verdadeira

Unilateral com desvio Mordida Cruzada Posterior

%

Ausente Grau 3 Grau 4 MCP bilateral, o maior índice esteve associado à hipertrofia grau 4 (6,9%), enquanto a MCP unilateral verdadeira esteve mais presente na hipertrofia grau 3 (8,6%). A hipertrofia de grau 3 se aproximou bastante da significância estatística (p=0,057) em relação à ocorrência de MCPs. As demais variáveis, entretanto, não revelaram significância.

Tabela 5.21 - Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à presença de hipertrofia de tonsilas palatinas, na amostra total

Mordida Cruzada Posterior

Unilateral Ausente Presente Bilateral

Verdadeira com desvio

Total Tonsilas Palatinas n % n % n % n % n % n Grau 3 42 72,4 16 27,6 1 1,7 5 8,6 10 17,2 58 Grau 4 23 79,3 6 20,7 2 6,9 1 3,4 3 10,3 29 Normal 348 82,9 72 17,1 19 4,5 12 2,9 41 9,8 420

Gráfico 5.7 - Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à ocorrência ou não de hipertrofia de tonsilas palatinas (graus 3 e 4), na amostra total

Resultados 53

5.2.3.5.1 Análise do dimorfismo entre os gêneros quanto à prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à ocorrência de hipertrofia de tonsilas palatinas

As Tabelas 5.22 e 5.23 apresentam as prevalências de MCPs em relação à hipertrofia de tonsilas palatinas (graus 3 e 4), nos gêneros feminino e masculino respectivamente. Dentre todas as características anatômicas estudadas, a hipertrofia de tonsilas palatinas, isoladamente, foi a que apresentou maiores prevalências de MCPs. No gênero feminino, a hipertrofia grau 3 apresentou MCPs em 39,1% dos casos e a grau 4 em 7,1% dos casos. Já no gênero masculino, crianças com grau 3 apresentaram em 20% dos casos, e com grau 4 em 33,3% dos casos. Apesar de prevalências elevadas, apenas a hipertrofia de grau 4, no gênero masculino, revelou significância estatística (p=0,019).

Tabela 5.22 - Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à presença de hipertrofia de tonsilas palatinas, no gênero feminino

Mordida Cruzada Posterior

Unilateral Ausente Presente Bilateral

Verdadeira com desvio

Total Tonsilas Palatinas n % n % n % n % n % n Grau 3 14 60,9 9 39,1 1 4,3 3 13,0 5 21,7 23 Grau 4 13 92,9 1 7,1 1 7,1 0 0,0 0 0,0 14 Normal 164 77,0 49 23,0 14 6,6 8 3,8 27 12,7 213

Resultados 54

Tabela 5.23 - Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à presença de hipertrofia de tonsilas palatinas, no gênero masculino

Mordida Cruzada Posterior

Unilateral Ausente Presente Bilateral

Verdadeira com desvio

Total Tonsilas Palatinas n % n % n % n % n % n Grau 3 28 80,0 7 20,0 0 0,0 2 5,7 5 14,3 35 Grau 4 10 66,7 5 33,3 1 6,7 1 6,7 3 20,0 15 Normal 184 88,9 23 11,1 5 2,4 4 1,9 14 6,8 207

5.2.3.6 Análise da prevalência das mordidas cruzadas posteriores em relação ao padrão respiratório

A Tabela 5.24 e o Gráfico 5.8 apresentam os efeitos do padrão respiratório na prevalência das mordidas cruzadas posteriores. Observa-se que, nos casos de respiração mista e bucal, os números são semelhantes. Ambos apresentaram prevalência de MCP próxima de 20%. Entretanto, naquelas crianças classificadas como respiradoras nasais, a prevalência decresce para 4,5%. Cabe lembrar que, neste estudo, o conjunto das características respiratórias avaliadas conduziu à definição do padrão respiratório, o qual exerceu maior repercussão na prevalência das MCPs, em relação aos fatores isolados. A análise estatística revelou significância para a influência do padrão respiratório na ocorrência de MCPs (p<0,03).

Resultados 55 Padrão Respiratório 0 20 40 60 80 100

Ausente Presente Bilateral Unilateral

Verdadeira

Unilateral com desvio Mordida Cruzada Posterior

%

Nasal Misto Bucal Tabela 5.24 - Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação ao padrão respiratório, na amostra total

Mordida Cruzada Posterior

Unilateral Ausente Presente Bilateral

Verdadeira com desvio

Total Padrão Respira- tório n % n % n % n % n % n Bucal 265 80,1 66 19,9 16 4,8 14 4,2 36 10,9 331 Misto 106 80,3 26 19,7 6 4,5 3 2,3 17 12,9 132 Nasal 42 95,5 2 4,5 0 0,0 1 2,3 1 2,3 44

Gráfico 5.8 - Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação ao padrão respiratório, na amostra total

5.2.3.6.1 Análise do dimorfismo entre os gêneros quanto à prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação ao padrão respiratório

As Tabelas 5.25 e 5.26 evidenciam as prevalências de MCPs em relação aos gêneros masculino e feminino, respectivamente. Observa-se que, no gênero feminino, as prevalências de MCPs foram de 25,6% para o padrão respiratório bucal, 23,6% para o misto e apenas 9,1% para o nasal. Já no gênero masculino, as

Resultados 56

prevalências foram menores: 14,9% para o bucal, 15% para o misto e 0% para o nasal. De modo geral, a chance de crianças do gênero feminino apresentarem MCPs foi de 1,96 vez maior que crianças do sexo masculino (p=0,004).

Tabela 5.25 - Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação ao padrão respiratório, no gênero feminino

Mordida Cruzada Posterior

Unilateral Ausente Presente Bilateral

Verdadeira com desvio

Total Padrão Respira- tório n % n % n % n % n % n Bucal 116 74,4 40 25,6 12 7,7 8 5,1 20 12,8 156 Misto 55 76,4 17 23,6 4 5,6 2 2,8 11 15,3 72 Nasal 20 90,9 2 9,1 0 0,0 1 4,5 1 4,5 22

Tabela 5.26 - Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação ao padrão respiratório, no gênero masculino

Mordida Cruzada Posterior

Unilateral Ausente Presente Bilateral

Verdadeira com desvio

Total Padrão Respira- tório n % n % n % n % n % n Bucal 149 85,1 26 14,9 4 2,3 6 3,4 16 9,1 175 Misto 51 85,0 9 15,0 2 3,3 1 1,7 6 10,0 60 Nasal 22 100,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 22

5.2.4 Avaliação da influência das variáveis estudadas no aumento ou redução da

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