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Análise da Rede Básica de Transmissão em 525kV

6 Sistema de Transmissão e Análise de Desempenho

6.1 Região Sul e Estado do Mato Grosso do Sul

6.1.4 Análise da Rede Básica de Transmissão em 525kV

Considerando o programa de obras previsto para atendimento a região Sul, foram feitas as seguintes verificações.

Análise em Regime Normal

 Perfil de tensão

As avaliações realizadas demonstraram não haver problemas com relação ao controle de tensão no sistema de 525kV da região Sul para carga pesada e média. Nestes dois patamares de carga o perfil de tensão observado se encontra entre 0,99 e 1,02 pu, na maioria dos casos analisados.

No patamar de carga média, para se estabelecer um perfil de tensão adequado no sistema de 525kV que atende a região metropolitana de Porto Alegre é necessário que a tensão nos barramentos de 525kV de Itá, Machadinho e Campos Novos seja superior a 1,03 pu.

Na carga leve, são verificados problemas quanto ao controle de tensão dos barramentos de 525kV das SE´s Blumenau, Biguaçu, Campos Novos, Caxias e Nova Santa Rita em alguns anos do período de análise. Destes casos, o mais crítico é o da SE Biguaçu, pois apresenta problema de controle de tensão após o ano de 2009. Esta situação é agravada em condições hidráulicas desfavoráveis na região Sul.

 Fluxo em linhas de transmissão e transformadores

linhas e transformadores em regime normal de operação no sistema de 525kV da região Sul. • Análise de Contingências    Perfil de tensão

Os maiores problemas relacionados a contingências neste sistema são quanto ao controle de tensão na própria malha de 525kV em alguns casos no sistema de 230kV da região atendida. A seguir são apresentadas as análises realizadas por região.

a. Região de Ponta Grossa

A perda da LT 525kV Areia – Curitiba ou da LT 525kV Areia – Bateias provoca subtensão no barramento de 230kV de Ponta Grossa Norte em condição de intercâmbio Sudeste – Sul, patamar de carga pesada, a partir de 2013. Neste ano a tensão atinge 0,9pu.

b. Área leste de Santa Catarina

Conforme mencionado anteriormente, o controle de tensão em carga leve dos barramentos de 525kV de Blumenau, Campos Novos e Biguaçu, em regime normal, é bastante difícil e obtido através de ajuste de tensão nas máquinas das usinas da bacia do Rio Uruguai e da UTE Jorge Lacerda para 0,95pu e com a manobra de todos os reatores de 525kV da região. Porém na perda das LT’s 525kV Blumenau – Biguaçu ou Blumenau – Curitiba, em algumas situações não é possível adequar o nível de tensão no barramento de 525kV desta subestação mesmo com o ajuste de tensão das máquinas.

No caso da perda da LT Blumenau – Biguaçu, ano de 2009, condição de intercâmbio Sudeste-Sul, a tensão verificada é de 1,09 pu após o ajuste de tensão nas máquinas mencionadas. Caso seja implementado o mesmo ajuste de tensão nas máquinas da bacia do Rio Iguaçu, a tensão observada é de 1,08 pu. Nos anos posteriores não são observadas violações caso sejam implementados os ajustes mencionados.

A perda da LT 525kV Blumenau – Curitiba leva a problemas de controle de tensão nesta região ainda mais severos até o ano de 2011. As tabelas a seguir apresentam os resultados obtidos, onde se pode constatar a influência do forte incremento de geração hidráulica na Região Sul a partir de 2010, principalmente em 2012.

Tabela 6.1.7 – Perfil de tensão em carga Leve na perda da LT 525kV Blumenau – Curitiba com a tensão das usinas da bacia do Rio Uruguai e da UTE Jorge Lacerda em 0,95 pu

Tensão (pu) SE´s 525kV 2009 2010 2011 2012 2013 Blumenau 1,100 1,063 1,054 1,031 1,049 Biguaçu 1,110 1,072 1,059 1,033 1,051 C. Novos 1,064 1,031 1,018 1,001 1,015

Tabela 6.1.8 – Perfil de tensão em carga Leve na perda da LT 525kV Blumenau – Curitiba com a tensão das usinas da bacia do Rio Uruguai, Rio Iguaçu e da UTE Jorge Lacerda em 0,95 pu.

Tensão (pu) SE´s 525kV 2009 2010 2011 2012 2013 Blumenau 1,085 1,056 1,049 Biguaçu 1,095 1,064 1,054 C. Novos 1,045 1,022 1,012 Curitiba 0,969 0,952 0,961

Para a mesma contingência, na carga pesada, também são verificadas violações de tensão no barramento de 525kV de Biguaçu no período 2009 – 2014. Porém nestes casos ainda existe a possibilidade de manobras de reatores e ajuste do perfil das máquinas.

c. Regiões metropolitanas de Porto Alegre e Caxias.

Esta região metropolitana, fortemente industrializada, apresenta um histórico de baixo perfil de tensão no sistema de 525kV em contingência, principalmente em patamar de carga média. No caso de Caxias isto se deve principalmente pela forte vinculação elétrica com a região metropolitana de Porto Alegre. Esta situação é agravada em cenários de hidraulicidade crítica no Rio Grande do Sul e despacho nulo da UTE Canoas.

No curto prazo esta situação é muito mais grave, pois antes da implantação da LT 525kV Campos Novos – Nova Santa Rita, a ser licitada este ano e prevista para entrar em operação em 2008, contingências nas LT´s de 525kV que suprem a região provocam, no pior caso, subtensão no barramento de 525kV de Gravataí, atingindo 0,83 pu mesmo considerando o despacho da UTE Canoas.

As tabelas a seguir apresentam o perfil de tensão nos barramentos de 525kV de Gravataí, Nova Santa Rita e Caxias em situação de contingência. Foram analisados, também, os casos após a implantação da LT 525kV Campos Novos – Nova Santa Rita.

Tabela 61.9 – Perfil de tensão em carga Média na perda da LT 525kV Caxias – Campos Novos

Tensão (pu) SE´s 525kV 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Gravataí 0,941 0,916 0,924 0,903 0,902 0,903 0,901 0,871 Caxias 0,952 0,936 0,944 0,919 0,922 0,923 0,923 0,894 N. S. Rita 0,952 0,928 0,934 0,917 0,916 0,916 0,914 0,886

Tabela 6.1.10 - Perfil de tensão em carga Média na perda da LT 525kV Caxias – Gravataí. Tensão (pu) SE´s 525kV 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Gravataí 0,906 0,903 0,903 0,892 0,884 0,887 0,882 0,871 Caxias 1,030 1,052 1,048 1,008 1,017 1,030 1,019 1,005 N. S. Rita 0,927 0,923 0,922 0,910 0,902 0,906 0,901 0,892

Tabela 6.1.11 - Perfil de tensão em carga Média na perda da LT 525kV Caxias – Itá.

Tensão (pu) SE´s 525kV 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Gravataí 0,931 0,914 0,913 0,899 0,896 0,898 0,891 0,850 Caxias 0,942 0,935 0,933 0,916 0,918 0,919 0,913 0,876 N. S. Rita 0,941 0,926 0,926 0,913 0,909 0,910 0,904 0,865

Tabela 6.1.12 - Perfil de tensão em carga Média na perda da LT 525kV Caxias – Itá.

Tensão (pu) SE´s 525kV 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Gravataí 0,931 0,914 0,913 0,899 0,896 0,898 0,891 0,850 Caxias 0,942 0,935 0,933 0,916 0,918 0,919 0,913 0,876 N. S. Rita 0,941 0,926 0,926 0,913 0,909 0,910 0,904 0,865

Tabela 6.1.13 - Perfil de tensão em carga Média na perda da LT 525kV N. S. Rita – C. Novos.

Tensão (pu) SE´s 525kV 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Gravataí 0,946 0,918 0,924 0,902 0,899 0,902 0,899 0,880 Caxias 0,980 0,962 0,968 0,940 0,941 0,945 0,943 0,926 N. S. Rita 0,948 0,923 0,928 0,911 0,906 0,909 0,906 0,887

Tabela 6.1.14 - Perfil de tensão em carga Média na perda da LT 525kV N. S. Rita – Itá. Tensão (pu) SE´s 525kV 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Gravataí 0,904 0,892 0,893 0,884 0,875 0,879 0,862 0,825 Caxias 0,944 0,936 0,937 0,922 0,916 0,921 0,908 0,877 N. S. Rita 0,913 0,901 0,901 0,891 0,881 0,885 0,868 0,832

Para o patamar de carga pesada também foram verificadas violações na perda da LT 525kV Nova Santa Rita – Itá, porém apresentando uma situação menos grave, visto que a tensão mínima observada foi 0,89 pu.

Deve-se mencionar que apenas no ano 2012 não há despacho máximo da UTE Canoas. Caso seja considerado despacho nulo desta UTE, independentemente do despacho das UTEs Presidente Médici, Uruguaiana e Candiota (2010), são observadas violações de tensão ainda superiores ao apresentado nas tabelas anteriores.

Tabela 6.1.15 - Perfil de tensão em carga Média para o ano 2011 e despacho nulo da UTE Canoas.

Tensão (pu) SE´s 525kV

Itá - N.S.Rita Itá - Caxias C.Novos - N.S.Rita C.Novos - Caxias Caxias – Gravataí Gravataí 0,831 0,867 0,870 0,872 0,869 Caxias 0,877 0,886 0,910 0,891 0,976 N. S. Rita 0,838 0,881 0,878 0,887 0,887

Tabela 6.1.16 - Perfil de tensão em carga Média para o ano 2013 e despacho nulo da UTE Canoas.

Tensão (pu) SE´s 525kV

Itá - N.S.Rita Itá - Caxias C.Novos - N.S.Rita C.Novos - Caxias Caxias – Gravataí Gravataí NC NC 0,843 0,851 0,854 Caxias NC NC 0,892 0,876 0,979 N. S. Rita NC NC 0,851 0,865 0,873 NC: Não Convergente

d. Região Noroeste do Rio Grande do Sul.

O sistema elétrico da região é altamente dependente da SE 525/230kV Santo Ângelo e sofre influência do despacho da UTE Uruguaiana. Desta forma, a perda da LT 525kV Itá – Santo Ângelo provoca violações de tensão nas SE´s Santo Ângelo, Missões, São Borja e Santa Rosa. Deve-se mencionar que a LT 525kV Itá – Santo Ângelo não pertence a Rede Básica, sendo considerado sistema de integração da Conversora de Garabi de propriedade da CIEN.

As violações de tensão ocorrem nos dois sentidos de intercâmbio, embora haja diferenças no perfil de tensão da região com relação à importação de energia da Argentina através da Conversora de Garabi.

As tabelas a seguir apresentam as violações mais severas observadas no período em função da importação de energia através da conversora Garabi A conectada a Santo Ângelo.

Tabela 6.1.17 - Perfil de tensão em carga Média para o ano 2012 (interc. S-SE) na perda da LT 525kV Itá – Santo Ângelo.

Tensão (pu) por importação de energia por Garabi A SE´s 230kV 0 MW 400 MW S. Ângelo 0,894 0,854 Missões 0,903 0,848 S. Borja 0,895 0,829 S. Rosa 0,900 0,876

Pode-se observar que as violações de tensão ocorrem independentemente da importação de energia da Argentina, porém é agravado na condição de intercâmbio Sul-Sudeste e importação de energia. Neste caso o despacho da UTE Uruguaiana foi definido, devido aos níveis de intercâmbio considerados, em aproximadamente 100MW.

Na situação de intercâmbio Sudeste-Sul esta relação de redução no perfil de tensão em função do aumento da importação de energia não se verifica. Até uma determinada potência pode-se observar justamente o contrário, um aumento no perfil de tensão na região. Porém, caso se promova o aumento do montante de energia importado volta-se a observar uma degradação nas tensões.

Tabela 6.1.18 - Perfil de tensão em carga Média para o ano 2011 (interc. SE-S) na perda da LT 525kV Itá – Santo Ângelo.

Tensão (pu) por importação de energia por Garabi A SE´s 230kV 0 MW 400 MW 500 MW S. Ângelo 0,838 0,872 0,813 Missões 0,843 0,879 0,818 S. Borja 0,848 0,889 0,829 S. Rosa 0,857 0,891 0,838

Tabela 6.1.19 - Perfil de tensão em carga Média para o ano 2013 (interc. SE-S) na perda da LT 525kV Itá – Santo Ângelo.

Tensão (pu) por importação de energia por Garabi A SE´s 230kV 0 MW 400 MW 500 MW 550 MW S. Ângelo 0,941 0,952 0,932 0,903 Missões 0,954 0,964 0,944 0,914 S. Borja 0,938 0,950 0,932 0,901 S. Rosa 0,945 0,957 0,941 0,915

Nestes dois casos o despacho da UTE Uruguaiana foi ajustado para o máximo valor de MWmédio definido pela portaria MME 153/2005, isto é, igual a 217 MW. Caso seja analisado o caso de despacho nulo desta UTE haverá um agravamento desta situação.

e. Subestações de 525kV de Curitiba e Bateias.

O sistema elétrico da região sofre forte influência do montante e do sentido do intercâmbio entre as regiões Sul e Sudeste e do despacho da UTE Araucária. Desta forma, para observar a robustez do sistema que atende esta região é importante realizar as análises de contingência para máximos valores de intercâmbio considerando o despacho pleno e nulo da UTE Araucária.

No caso de referência, com os montantes de intercâmbio em torno de 3000 MW, que são menores que os valores máximos praticados nos estudos regionais, não houve problemas de controle de tensão na região. O mesmo se verificou na análise de contingência na condição de intercâmbio Sudeste-Sul máximo, em torno de 4000 MW, para qualquer situação de despacho da UTE Araucária.

A tabela a seguir apresenta os resultados da análise com o intercâmbio Sul-Sudeste igual a 4400 MW em 2012 e 3500 MW em 2014 em que foram verificadas violações de tensão nos barramentos de 525kV de Curitiba e Bateias.

Tabela 6.1.20 - Perfil de tensão em carga Pesada – intercâmbio S-SE – despacho nulo da UTE Araucária.

Tensão (pu)

Normal Perda LT Areia - Bateias Perda LT Areia - Curitiba SE´s 525kV

2012 2014 2012 2014 2012 2014

Bateias 0,964 0,945 0,920 0,882 0,919 0,878

Curitiba 0,955 0,951 0,905 0,898 0,903 0,896

Visto que a violação de tensão é verificada apenas em 2014 e que recentemente esta região foi plenamente estudada tendo como ano horizonte 2013, recomenda-se que seja monitorado nos próximos ciclos do Plano Decenal o perfil de tensão nestas subestações para identificar de forma definitiva a necessidade de um novo estudo.

 Fluxo em linhas de transmissão e transformadores

A análise de contingência no sistema de 525kV demonstrou que os problemas estão mais concentrados e são mais severos com relação ao controle de tensão. Porém ainda são verificadas algumas violações de fluxo na análise do caso de referência do Plano Decenal. A tabela a seguir apresenta o diagnóstico das sobrecargas em linhas de transmissão e transformadores em função das contingências no sistema de 525kV.

Tabela 6.1.21 - Diagnóstico das violações verificadas em condição de contingência.

Contingência Verificação

Areia – Bateias

Carga Pesada/Média - Intercâmbio S-SE  Elevação da sobrecarga de 7%

verificada na LT 138kV Irati – P.Grossa para valores variando de 15 a 30% no período entre 2008 e 2015.

Carga Leve – Intercâmbio S-SE  Sobrecarga na LT 138kV Irati – P.Grossa

variando de 7 a 30% no período entre 2008 e 2015.

Areia – Curitiba

Carga Pesada/Média - Intercâmbio S-SE  Elevação da sobrecarga de 7%

verificada na LT 138kV Irati – P.Grossa para valores variando de 15 a 25% no período entre 2008 e 2015.

Carga Leve – Intercâmbio S-SE  Sobrecarga na LT 138kV Irati – P.Grossa

variando de 7 a 15% no período entre 2008 e 2015.

Curitiba – Bateias

Carga Pesada – Intercâmbio S-SE  Sobrecarga na transformação 525/230kV da

SE Curitiba (2 x 672MVA) no período que antecede a implantação da 3ª. unidade.

Carga Média – Intercâmbio SE-S  Sobrecarga nas LT’s 230kV Bateias – Campo

Comprido 1, 2 e 3 e C. Comprido – Pilarzinho nos anos que antecedem a implantação da 2ª. LT 525kV Curitiba – Bateias.

Solução: Implantação da 2ª. LT 525kV Bateias – Curitiba e do 3º. ATF 525/230kV na

SE Curitiba conforme indicado estudo CCPE.CTET 003.2004. Esta recomendação é válida também para a contingência na transformação 525/230kV na SE Curitiba.

Curitiba – Blumenau

Carga Pesada/Média - Intercâmbio S-SE  Sobrecarga da ordem de 35% nas LT’s

230kV Blumenau – Joinville (lim = 223MVA) em todo o horizonte considerando o intercâmbio em torno de 5000MW.

Carregamento em 2008

Carga Pesada = 2 x 310MVA. Carga Média = 2 x 290MVA.

Carregamento em 2014 (LT Blumenau – Joinville)

Carga Pesada = 310MVA. Carga Média = 290MVA.

Carregamento em 2014 (LT Blumenau – Joinville Norte)

Carga Pesada = 290MVA. Carga Média = 280MVA.

Solução: A recapacitação das LT’s Blumenau – Joinville LT1 e LT2 já foi

continuação

Blumenau – Biguaçu

Carga Pesada/Média - Intercâmbio S-SE  Sobrecarga em torno de 10%, em 2008,

na LT 138kV Biguaçu – Tijucas (lim = 113MVA) com despacho elevado na UTE Jorge Lacerda caso não seja implementado com a SE 525/230kV Biguaçu o seccionamento da LT 138kV Roçado – Itajaí Fazenda na SE Biguaçu. Após o seccionamento verifica-se novamente sobrecarga nesta LT a partir de 2011.

Solução: Implementar juntamente com a SE 525/230kV Biguaçu o seccionamento da

LT 138kV Roçado – Itajaí Fazenda na SE Biguaçu e em 2011 a recapacitação da LT 138kV Biguaçu – Tijucas. Caso não seja viabilizado o seccionamento mencionado, a recapacitação se faz necessária juntamente com a SE 525/230kV Biguaçu. Estas soluções foram propostas no estudo CCPE.CTET 031.2003 e estão sendo revisadas no “Estudo de Atendimento ao Estado de Santa Catarina – Norte e Vale do Itajaí”.

Carga Pesada/Média - Intercâmbio S-SE  Sobrecarga em torno de 4%, em 2008,

na LT 138kV Biguaçu – Itajaí Fazenda (lim = 113MVA) e despacho elevado da UTE Jorge Lacerda.

Solução: Conforme proposto no estudo CCPE.CTET 031.2003, a solução é a

recapacitação da LT 138kV Biguaçu – Itajaí Fazenda. Porém, na revisão em andamento pelo “Estudo de Atendimento ao Estado de Santa Catarina – Norte e Vale do Itajaí”, a CELESC estuda a possibilidade alternativa de remanejamento de carga da SE Itajaí Fazenda..

SE 525/230kV Biguaçu

Carga Pesada/Média – Intercâmbio SE-S  A partir de 2008, no período que

antecede a entrada em operação do 2º. banco de autotransformadores 525/230kV na SE Biguaçu, previsto para 2011, são observadas sobrecargas na LT 138kV Itajaí – Itajaí Fazenda, com despacho mínimo da UTE Jorge Lacerda, atingindo aproximadamente 20% em carga média.

Solução: Conforme proposto no estudo CCPE.CTET 031.2003, a solução é a

recapacitação da LT 138kV Itajaí – Itajaí Fazenda. Porém, na revisão em andamento pelo “Estudo de Atendimento ao Estado de Santa Catarina – Norte e Vale do Itajaí”, a CELESC estuda a possibilidade alternativa de remanejamento de carga da SE Itajaí Fazenda..

Londrina – Assis Carga Pesada - Intercâmbio SE-S  Sobrecarga de 5% nos transformadores de

Andirá em 2015.

Caxias – Gravataí

Carga Pesada - Intercâmbio S-SE  Sobrecarga de 23% na LT Farroupilha –

Scharlau em 2012 e 15% em 2014.

Carga Média - Intercâmbio S-SE  Sobrecarga de 4% na LT Farroupilha – Scharlau

em 2010, 40% em 2012 e 30% em 2014.

Carga Média - Intercâmbio SE-S  Sobrecarga de 7% na LT Farroupilha – Scharlau

em 2013 e 2015.

Santo Ângelo – Itá

Carga Pesada – Intercâmbio SE-S  Sobrecarga decrescente nas LT’s Guarita –

S.Rosa (11%) e S.Ângelo – S.Ângelo 2 (5%) e transformadores 230/69kV de Guarita (18%) a partir de 2009.

• Análise de sensibilidade dos cenários de desbalanço de despacho entre as

usinas da bacia do Rio Iguaçu e Uruguai.

Nos últimos anos, a estiagem que atinge a região Oeste dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina apresenta forte influência na vazão dos rios da bacia do Rio Uruguai. Estes rios não possuem uma regularização marcante como os rios da bacia do Rio Iguaçu e, conseqüentemente, impactam a distribuição de fluxos do sistema elétrico da Região Sul. Desta forma foram verificados nos últimos anos despachos reduzidos das principais usinas do Rio Uruguai, Itá e Machadinho, com possibilidade de desligamento devido ao baixo nível de água nas barragens.

Para avaliar a influência desta diferença de despachos nos fluxos em linhas de transmissão, em especial no sistema de 525kV que interliga estas bacias definiu-se um novo cenário a partir do caso de referência como descrito a seguir.

 Intercâmbio Sudeste-Sul.

 Carga Média (única situação no caso de referência com intercâmbio SE-S máximo).

 Despacho nas principais usinas da bacia do Rio Uruguai (Itá, Machadinho, Barra Grande, Campos Novos e Foz do Chapecó) com 1 máquina no mínimo operativo.

 Despacho nas principais usinas da bacia do Rio Iguaçu (Gov. Bento Munhoz, Segredo, Salto Santiago e Salto Caxias) suficiente para manter o montante de intercâmbio.

 Usinas térmicas da Região Sul despachadas no máximo operativo.

As contingências avaliadas foram:

• LT 525kV Areia – Campos Novos. • LT 525kV Salto Santiago – Itá. • LT 525kV Curitiba – Blumenau.

Os resultados da contingência da LT 525kV Curitiba – Blumenau não serão tabelados por não apresentarem nenhuma violação.

Tabela 6.1.22 - Fluxos em LT’s 525kV – Ano 2009 – intercâmbio SE-S = 4000 MW. Normal Perda LT Areia - C. Novos Perda LT S.Santiago - Itá LT’s 525kV

MVA % MVA % MVA %

Areia – C. Novos 1183 54 - - 1958 89

S. Santiago - Itá 1368 62 1933 88 - -

Tabela 6.1.23 - Fluxos em LT’s 525kV – Ano 2009 – intercâmbio SE-S = 4000 MW – UTE P. Médici mínimo contratual e UTE Canoas desligada*.

Normal Perda LT

Areia - C. Novos

Perda LT S.Santiago - Itá LT’s 525kV

MVA % MVA % MVA %

Areia – C. Novos 1344 61 - - 2270 104

S. Santiago - Itá 1559 71 2232 102 - -

(*) - Compensação de potência das UTEs do RS feita pelas UHEs do Rio Iguaçu.

Tabela 6.1.24 - Fluxos em LT’s 525kV – Ano 2013 – intercâmbio SE-S = 4000 MW.

Normal Perda LT

Areia - C. Novos

Perda LT S.Santiago - Itá LT’s 525kV

MVA % MVA % MVA %

Areia – C. Novos 1346 61 - - 2192 100

S. Santiago - Itá 1487 68 2141 98 - -

Tabela 6.1.25 - Fluxos em LT’s 525kV – Ano 2013 – intercâmbio SE-S = 3600 MW*.

Normal Perda LT

Areia - C. Novos

Perda LT S.Santiago - Itá LT’s 525kV

MVA % MVA % MVA %

Areia – C. Novos 1358 62 - - 2212 101

S. Santiago - Itá 1503 69 2162 99 - -

Tabela 6.1.26 - Fluxos em LT’s 525kV– Ano 2013 – intercâmbio SE-S = 3600 MW – UTE P. Médici mínimo contratual e UTE Canoas desligada*.

Normal Perda LT

Areia - C. Novos

Perda LT S.Santiago - Itá LT’s 525kV

MVA % MVA % MVA %

Areia – C. Novos 1510 69 - - 2522 115

S. Santiago - Itá 1682 77 2444 112 - -

(*) - Compensação de potência das UTEs do RS feita pelas UHEs do Rio Iguaçu.

Além das sobrecargas encontradas, verifica-se carregamentos acima de 350MVA nas LT’s 230kV entre Salto Osório e Xanxerê em parte devido ao desbalanço de despacho ser compensado pela UHE Salto Osório. Deve-se ressaltar que a recapacitação das LT’s 230kV entre Salto Osório e Xanxerê para 350MVA foi recomendada no estudo “CCPE/CTET/033.2004 – Atendimento Elétrico ao Oeste do Estado de Santa Catarina – Meio e Extremo Oeste” não levando em consideração estes cenários

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