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6 Sistema de Transmissão e Análise de Desempenho

6.4 Estado do Paraná

6.4.1 Evolução do Mercado e da Potência Instalada

A evolução do mercado para o estado do Paraná prevista para o ciclo de 2006/2015, apresentada abaixo, representa 35% do mercado de energia elétrica da Região Sul durante todo o período.

Figura 6.4.1 Evolução do mercado para o estado do Paraná

A evolução da potência instalada no Paraná para o ciclo 2006/2015 mostra um crescimento de cerca de 66%, com uma participação de 12% no montante total da região durante todo o período.

Figura 6.4.2 Evolução potência instalada para o estado do Paraná

Paraná 1000 2000 3000 4000 5000 6000 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 M W

Pesada Média Leve

EVOLUÇÃO DA POTÊNCIA INSTALADA - Paraná

-2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 MW

6.4.2 Sistema Elétrico

Para fins dos estudos de planejamento, o Estado do Paraná está dividido em cinco regiões geo-elétricas: região metropolitana de Curitiba e Litoral, região Norte, região Noroeste, região Oeste e região Centro-Sul. Estas regiões apresentam características distintas do ponto de vista de mercado, e têm peculiaridades que as distinguem entre si. Estas regiões são atendidas, principalmente, pela Copel Transmissão e pela ELETROSUL na tensão de 525kV a 69kV e pela Copel Distribuição nas tensões de 34,5kV e 13,8kV.

Os principais pontos de suprimento ao Estado Paraná são: SE 525/230kV Curitiba, SE 525/230kV Areia, SE 525/230kV Bateias, SE 525/230kV Londrina Eletrosul e SE 525/230kV Cascavel Oeste atendidas por linhas de transmissão provenientes das SE’s Itá, Campos Novos, Blumenau e Ibiúna (Sudeste).

• Área de Curitiba e Litoral: Esta área tem o suprimento principal realizado através das subestações Bateias 525kV, Curitiba 525kV, pela UHE Governador Parigot de Souza (260MW) e UTE Araucária (480MW). Além da Rede Básica, a RMC – região metropolitana de Curitiba possui três subsistemas de 138kV, atendidos por transformação 230/138kV. O subsistema de Campo Largo, alimentado pela SE Bateias, o subsistema de São José dos Pinhais, atendido pela SE Campo do Assobio e o subsistema do Litoral, atendido pelas SE’s Gov. Parigot de Souza e Posto Fiscal (prevista para 2006). A RMC possui também uma grande área em 69kV, que é atendida por transformações 230/69kV.

• Área Centro Sul: A região Centro-Sul é basicamente suprida pelas subestações de Areia 525kV, Bateias 525kV e Curitiba 525kV. Essa área é formada por um sistema em 230kV e 138 kV e pelas UHEs Fundão (120MW) e Santa Clara (120MW). O sistema de 69kV da região Centro-Sul está sendo progressivamente reisolado para 138kV.

• Área Norte: A região Norte do Paraná é atendida, principalmente, pela SE 525/230kV Londrina Eletrosul. A partir desta subestação partem linhas em 230kV para o suprimento das subestações de Ibiporã, Figueira, Apucarana e Maringá.

• Área Oeste: A região Oeste do Paraná tem como principais fontes às subestações Cascavel 230kV e Cascavel Oeste 525kV. Nessa área destaca-se a interligação em 230kV entre o Sul e Sudeste através das subestações Guairá (Paraná) e Dourados(Mato Grosso do Sul), uma interligação de suma importância para o atendimento ao sistema elétrico do Mato Grosso do Sul.

• Região Noroeste: A região Noroeste do estado do Paraná é atendida através de linhas em 138kV, sendo a UHE Rosana, situada no estado de São Paulo, o seu principal ponto de suprimento. Assim, a ligação entre a UHE Rosana e a cidade de Loanda (PR) representa um dos elos de interligação entre as regiões Sul e Sudeste.

Figura 6.4.1 Divisão geo-elétrica do estado do Paraná

6.4.3 Programa de Obras de Rede Básica, Rede Básica de Fronteira e DIT’s

As principais obras de atendimento ao estado do Paraná, previstas nos estudos, são apresentadas na tabela a seguir.

OESTE

NORTE

CENTRO SUL RMC

Tabela 6.4.5 Principais obras previstas

6.4.4 Análise de desempenho da Rede Básica

Considerando o programa de obras previsto para atendimento ao Estado, foram feitas as seguintes verificações.

Análise em Regime Normal

LT 138kV ALTÔNIA – GUAÍRA, CS, 397,5MCM, 45km, 90 / 145MVA+ 2 ELs 2008

Data Prevista

LT 138kV CASC. OESTE–SECC (CASC.-F.IGUAÇU), CD, 397,5MCM, 0,5km, 89/103MVA + 2 ELs 2006

LT 138kV CASCAVEL – TOLEDO, CS, 397,5MCM, 50km, 90 / 145MVA + 2 ELs 2008

SE F. CHOPIM, TF 230/138kV, 150MVA, TT2 + 2 CTs 2009

SE GUAÍRA, TF 230/138kV, 150MVA, TT2 + 2 CTs 2011

SE UMUARAMA, TF 230/138kV, 150MVA, TT2 + 2 CTs 2009

SE F. IGUAÇU NORTE, TF 230/138kV, 150MVA, TT2 + 2 CTs 2009

SE CASCAVEL OESTE, TF 230/138kV, 150MVA, TT1 + 2 CTs 2008

SE UMUARAMA, TF 230/138kV, 150MVA, TT1 + 2 CTs 2009

LT 230kV CASCAVEL – F. IGUAÇU N, CS, 795MCM, 128km, 265MVA + 2 ELs 2009

SE CASCAVEL OESTE, ATF 525/230kV, 600MVA, TT3 + 2 CTs 2013

LT 230kV S. OSÓRIO – F. CHOPIM II, CS, 795MCM, 10km, 335MVA + 2 ELs 2008

LT 230kV CASCAVEL OESTE – UMUARAMA, CS, 795MCM, 143km, 335MVA + 2 ELs 2009

LT 138kV ROSANA – PARANAVAÍ, CD, 397,5MCM, 75km, mesmo bay, + 2ELs 2008

LT 138kV PARANAVAÍ – COLORADO, CS, 397,5MCM, 50km + 2 ELs 2007

SE LONDRINA COPEL, TF 230/138kV, 150MVA, TT3 + 2 CTs 2008

SE CAMPO MOURÃO, TF 230/138kV, 150MVA, TT3 + 2 CTs 2008

SE MARINGÁ, TF 230/138kV, 150MVA, TT3 + 2 CTs 2008

SE IBIPORÃ, TF 230/138kV, 150MVA, TT3 + 2 CTs 2008

LT 230kV LONDR. ESUL – LONDR. COPEL, CS, 795MCM, 22km, 335MVA + 2 ELs 2007

LT 230kV LONDRINA ESUL – MARINGÁ II, CS, 636MCM, 83km, 275MVA + 2 ELs 2008

SE LONDRINA, ATF 525/230kV, 3x224MVA, TT3 + 2 CTs 2008

LT 230kV LONDR ESUL – SECC (APUC - FIG), CD, 636MCM, 15km, 288MVA + 2 ELs 2008

LT 138kV P.FISCAL – SECC.(MATINHOS-P.LESTE), CD, 397,5MCM, 0,5km + 2 ELs 2008

LT 138kV AREIA – SECC.(U.VITÓRIA – R.AZUL), CS, 397,5MCM, 62km, 125MVA + ELs 2008 RECAP. LT 230kV S. MÔNICA – G. P. SOUZA, trecho de 46,6km, 636MCM, 275MVA (*) 2011

SE POSTO FISCAL, ATF 230/138kV, 150MVA, TT1 + 2 CTs 2006

LT 230kV CURITIBA – UBERABA, CS - 12km + D2 - 25km, 795MCM, 385MVA + 2 ELs 2009

SE DISTR. IND. S. J. PINHAIS (DJP), TF 230/69kV, 150MVA, TT1 + 2 CTs 2008

SE BATEIAS, ATF 525/230kV, 3x200MVA, TT3 + 2 CTs 2009

LT 230kV BATEIAS – PILARZ., D1 - 5km + CS - 21,5km + D2 - 4,5km, 795MCM, 385MVA + 2 ELs 2008

LT 525kV BATEIAS – CURITIBA II, CS, 4x636MCM, 38km, 2189MVA + 2 ELs 2008

SE CURITIBA, ATF 525/230kV, 3x224MVA, TT3 + 2 CTs 2009

Considerando as obras previstas, a análise do sistema elétrico da Rede Básica mostrou que até o ano de 2015 o desempenho é satisfatório.

A interligação em 88kV entre Andirá e Salto Grande apresenta sobrecarga na transformação 138/88kV quando os intercâmbios no sentido Sudeste-Sul são elevados. Quando o fluxo nesta transformação ultrapassa o seu valor limite, para contornar o problema de sobrecarga, esta interligação passa a operar em aberto.

Convém ressaltar que as obras de reforço na interligação entre Loanda e Rosana foram indicadas para o ano 2006, portanto até a entrada em operação destas obras (atualmente previstas para 2008) constata-se a ocorrência de sobrecargas nas LT’s 138kV Rosana – Loanda, Loanda – Paranavaí e Loanda – Cidade Gaúcha.

Análise em Emergência

Na Rede Básica, as emergências estudadas na região foram a perda das seguintes linhas de transmissão em 230kV.

Tabela 6.4.3 Emergências de Rede Básica

Emergências

Bateias – Campo Comprido Umbará – Campo Comprido I Campo Comprido – Pilarzinho

Umbará – Uberaba Londrina Copel – Londrina Eletrosul

Apucarana - Londrina Eletrosul Figueira – Londrina Eletrosul Campo Mourão – Salto Osório

Maringá – Londrina Eletrosul Chavantes – Figueira

Londrina – Ibiporã Apucarana – Salto Osório

Salto Osório – Maringá Londrina Copel – Assis Cascavel – Cascavel Oeste

Salto Osório – Cascavel Cascavel Oeste – Guaíra

Considerando as obras previstas para o período de análise, o desempenho do sistema elétrico é satisfatório.

A perda da LT 230kV Cascavel Oeste - Guaíra provoca subtensões no sistema elétrico do Mato Grosso do Sul a partir de 2010. No sistema elétrico do Paraná, verificam-se níveis de tensão próximos a 0,9pu na região de Guaíra. Recomenda-se que o próximo estudo de atendimento ao estado do Mato Grosso do Sul contemple esta análise.

Com relação à Rede Básica de Fronteira, analisou-se a perda de uma unidade de transformação nas seguintes subestações.

Tabela 6.4.4 Emergências de Rede Básica de Fronteira

Emergências

Campo do Assobio Gov. Parigot de Souza

Posto Fiscal Campo Comprido Cidade Industrial de Curitiba

Pilarzinho Santa Mônica

Areia Bateias Ponta Grossa Norte

Apucarana

Campo Mourão da Eletrosul Figueira Ibiporã Jaguariaíva Londrina Maringá Cascavel Cascavel Oeste Foz do Chopin Foz do Iguaçu Norte

Guaíra Pato Branco

Umuarama

A perda de um transformador da subestação de Uberaba provoca sobrecarga nos transformadores remanescentes, a partir de 2009, o mesmo acontece na subestação de

Cidade Industrial de Curitiba, a partir de 2010. Essas sobrecargas são indicativas de necessidade de ampliação do atendimento aos subsistemas em 69kV e 138kV.

A perda de um transformador na subestação Guaíra, em 2015, provoca sobrecarga no transformador remanescente. É necessário que seja feito um acompanhamento desta violação frente a futuras projeções de mercado.

Nas demais transformações, considerando as obras previstas, o desempenho do sistema em contingência é satisfatório.

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