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2.4 Análise de evidências quantitativas e qualitativas

2.4.4 Análise das Entrevistas

Entre abril e maio de 2013 realizaram-se entrevistas com quatro dos gestores do Inep. Cada uma das entrevistas, conforme Apêndices 3, 4, 5 e 6, baseou-se em um roteiro prévio com cinco questões motivadoras da conversação (YIN, 2010). Reunidas nos tópicos a seguir,

essas interlocuções trouxeram as perspectivas da gestão do Inep sobre alguns pontos de análise do estudo de caso e significaram grandes contribuições e incentivos para a consecução do trabalho.

1º tópico – sobre o perfil do público alvo do Inep e as ações de gestão para que as

informações e conhecimentos educacionais do instituto cheguem aos seus diferentes públicos, todos enfatizaram que a sociedade brasileira é o público dos trabalhos do Inep, pois o instituto possui um relacionamento forte com os pesquisadores, gestores escolares, estudantes e setores públicos. Por isso, consideram que o trabalho do Inep cumpre uma função social relevante para os cidadãos.

Entre as ações de gestão de informações e de gestão de conhecimentos educacionais do Inep junto à sociedade em geral, pode-se destacar os indicadores educacionais, os subsídios para as políticas públicas, os censos escolares da educação básica e superior, os exames e avaliações, a disseminação de conhecimentos por meio das publicações educacionais do Inep, as ações do Inep junto com a Capes no Programa Observatório da Educação com mais de 800 dissertações de mestrado concluídas, entre outras iniciativas. Destacou-se ainda o trabalho do Inep no sentido de fortalecer a educação brasileira, promovendo a reflexão em áreas de necessidade da educação. Entre as perspectivas, a gestão do Inep está trabalhando para aprimorar o sistema de Business Intelligence do Inep, ou seja, na perspectiva de manipulação de dados pelos usuários, favorecer ainda mais o processo de coleta, organização, análise, compartilhamento e monitoramento de informações. Por exemplo, na década de 1980, uma sinopse estatística numa prateleira era o recurso tecnológico disponível à época. Hoje, além de disponibilizar as sinopses estatísticas da educação no portal do Inep na internet, constantemente, o instituto busca maneiras de facilitar o acesso dos usuários às informações educacionais do Inep.

2º tópico – o segundo tópico da conversa girou em torno da Lei de Acesso à

Informação, que inaugurou parâmetros legais para gestão da informação nos órgãos públicos. Os gestores reconhecem a importância da LAI como instrumento de fortalecimento da cultura da transparência e também para promover a acessibilidade dos cidadãos às informações públicas. Ao encontro da constituição, a LAI se revela como uma política de Estado. Houve também falas no sentido de que a LAI expõe de forma objetiva à sociedade os procedimentos da Administração, o que é muito positivo. Destacou-se nas conversas também o fato de que o

Inep sempre trabalhou com a oferta de informações educacionais para a sociedade, com total transparência. Mesmo antes da LAI, já havia procedimentos estruturados no Inep para garantir aos cidadãos e aos gestores públicos o acesso às informações do instituto.

3º tópico – sobre as expectativas e objetivos da gestão em reunir o Centro de

Informação e Biblioteca em Educação junto às outras diretorias do Inep, o entendimento é o melhor possível dado o papel histórico e a relevância do Cibec para a educação brasileira. Só que agora, completamente integrado a toda estrutura do Inep; no novo prédio, haverá uma distribuição física mais apropriada o acervo e os trabalhos de disseminação do Cibec. O projeto do Espaço Anísio Teixeira no Cibec já está em andamento e possui um lugar reservado no espaço do Cibec no novo prédio. Sobre o papel do Cibec, destaca-se ainda de que é preciso inclusive mudar a visão de que o Cibec é apenas uma biblioteca. O Cibec tem a cumprir um grandioso trabalho e papel social, como porta de disseminação do Inep. Nesse sentido, o repositório digital é relevante.

4º tópico – sobre os conhecimentos produzidos pelo Inep, as publicações principalmente ganham destaque. Nesse sentido, o Cibec ocupa um lugar de destaque na disseminação desses conhecimentos. Publicações como Na Medida e Na Prática buscam dialogar diretamente como docentes e gestores da educação básica. Além disso, voltado para a educação básica, existe o Prêmio Inovação em Gestão Educacional, com visitas às escolas brasileiras. Em 2011, houve 163 inscrições e as 20 melhores experiências, dentre as quais 10 premiadas, encontram-se publicadas. No ano de 2013, começo o ciclo de inscrições. Existem muitas parcerias com a comunidade acadêmica com o objetivo de disseminar os conhecimentos educacionais. Existem parcerias como as comissões científicas dos editoriais das publicações do Inep. Um dos desafios hoje é o de elevar ainda mais o nível de classificação da Rbep no sistema Qualis de Periódicos, mantido pela Capes, hoje uma publicação B1 com perspectivas de alcançar os níveis A2 e A1. Obviamente, existe muita produção de conhecimentos para subsidiar os trabalhos e as políticas educacionais brasileiras. Entre esses estudos, há pesquisas sobre validade de exames de larga escala, sobre o impacto social do Fundeb. Recentemente, o Inep vem aumentando e favorecendo a participação de servidores na produção intelectual a respeito de temas do Inep com trabalhos publicados na série “Textos para Discussão”.

5º Tópico – em relação à relevância de definir, sistematizar e publicar uma política sobre a gestão da informação e do conhecimento educacional do órgão, atualmente, a gestão do Inep já vem acompanhando o cenário institucional e está trabalhando para a constituição dessa política. Além disso, trabalha na elaboração de subsídios de uma política editorial para o Inep, com a participação de consultores externos e membros de todas as diretorias uma vez que o comprometimento tende a aumentar com aquilo que ajudamos a pensar. A relevância de uma política de gestão da informação seria relevante para salvaguardar inclusive ações do Inep. Em vários momentos do instituto, já houve a tentativa de sistematizar a política de gestão das informações do próprio Inep.