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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 ANÁLISE DAS INSTITUIÇÕES QUE NÃO UTILIZAM SIG NA GESTÃO

Dispondo os resultados das escolas entrevistadas que não possuem sistemas gerenciais, os dados obtidos foram relativos referente à questão de como o gestor avaliava o andamento das tarefas de gestão naquela instituição sem um SIG. É nítido perceber no Gráfico 1, a grande mesclagem de respostas, deixando claro que todos avaliam de forma diferente o desenvolvimento dos serviços ali prestados.

Fonte - Elaborada pelo autor

Em outra análise feita no Gráfico 1, pode se perceber que nenhum entrevistado apontou que o andamento das tarefas em sua instituição como ótima e a maioria identifica como regular/bom, o que mostra uma percepção de problemas na execução,

Gráfico 1 – Execução de tarefas de gestão em instituições sem uso de SIG

17%

17%

33% 33%

0%

deixando evidente que este serviço não exerce toda a sua potencialidade. Mas, por outro lado, pode se notar, que mesmo sem um SIG implantado naquele ambiente educacional, eles avaliam esta função de modo positiva, mesmo sendo conscientes em que um sistema ajudaria bastante o desenvolvimento das tarefas.

Seguindo esta mesma linha de raciocínio, foi questionado sobre o cumprimento dos prazos das tarefas ali desenvolvidas, ou seja, qual o critério de classificação das tarefas serem concluídas nos prazos corretos. Os resultados deste questionamento podem ser visualizados no gráfico 2.

Fonte - Elaborada pelo autor

No Gráfico 2, os dados revelam que a prática diária e manual daqueles serviços, deixaram eles habilitados e, diante disto, a facilidade do manuseio propõe um desenvolvimento aceitável. Mas, ficou claro que a maioria sente o desejo de um SIG naquela gestão, pois ainda há pontos que o atraso é muito grande, chegando a causar dificuldades na execução de futuras tarefas.

Outro aspecto analisado foi em relação a comunicação entre atores da escola, e conforme apresentado no Gráfico 3, é possível notar que a comunicação entre a comunidade escolar é harmoniosa e não há tantos impasses, mas ficou claro perceber que está comunicação ainda é falha. Para Rios (2011), as ferramentas tecnológicas são de extrema importância porque podem determinar possibilidades de contato entre os gestores, alunos, funcionários e pais, pois é possível esclarecer eventuais dúvidas a qualquer momento e lugar, emitir documentação a qualquer dia, manter diariamente

0% 0%

67% 33%

0%

Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo

um monitoramento da vida escolar dos filhos, de forma que possam ter acesso às suas notas e frequência, isso tudo, através de um SIG que se articula e privilegia a construção do conhecimento.

Fonte - Elaborada pelo autor

Por meio do Gráfico 2 e 3, é interessante observar que o funcionamento das tarefas dos gestores e a comunicação entre atores da comunidade escolar serem positivas neste modelo de escola antigo, sem tecnologia nos processos escolares, eles acreditam que a escola deve receber um sistema de informação para auxiliá-los cotidianamente, visto que, o SIG na escola irá ajudar nas funções administrativas e deixar os serviços automatizados.

À vista disto, Silva Junior (2017) afirma que um SIG na escola ajuda a expandir o acesso a informações, proporciona uma comunicação participativa e uma gestão articulada.

Diante da necessidade de oferecer uma gestão modernizada, foi perguntado se os governantes já tinham realizado alguma reunião com intuito de implantar algum software que auxiliasse os processos técnicos das escolas daquela rede municipal. Uma grande parcela afirmou que não houve nenhuma reunião com aqueles diretores, logo, afirmaram que houve um teste de implantação em uma escola modelo, porém

0% 0% 0%

83% 17%

Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo

não houve sucesso e logo foi desabilitado. No Gráfico 4 é possível verificar os resultados detalhados.

Fonte - Elaborada pelo autor

Conforme os resultados exibidos no Gráfico 4, é nítido perceber que as TICs ainda não são, de forma alguma, prioridades do poder público para o auxílio dos gestores municipais da cidade de Caicó - RN. Foi relatado que, apenas uma escola recebeu a implantação de um SIG, mas por falta de manutenção, apoio financeiro da prefeitura e falta de uma qualificação de qualidade para o manuseio do sistema, o mesmo foi desinstalado e nenhuma escola a mais foi contemplada.

Conforme Borba (2015), é possível notar que existe a necessidade de uma política pública que seja mais abrangente, que invistam em tecnologias e capacitações para aqueles que irão utilizá-los, tais atividades podem ajudar em ações emergenciais que acontecem diariamente nos colégios públicos do país.

Em seguida, foi questionado aos gestores se eles eram habilitados para manusear um sistema de forma correta, e é possível compreender que 50% dos entrevistados não tinham certeza. Este resultado pode ter relação direta com a primeira pergunta, onde afirmaram que já realizaram algum curso de informática, mas também, pode haver um confronto de ideias, onde a escola modelo que recebeu o SIG não aplicou uma qualificação para os gestores, deixando a perceber que eles são

17%

83%

Sim Não

capazes de manusear um SIG corretamente, mas é necessário haver uma capacitação segura e correta daquele sistema.

Fonte - Elaborada pelo autor

Analisando o Gráfico 5, como já relatado que a maioria dos diretores não se acham capacitados, diante disto, foi possível caracterizar este problema fazendo uma análise pela idade dos entrevistados, onde todos são do sexo feminino e estão na meia idade (acima dos 45 anos). Para Bernhoeft (2018), a meia idade é marcada por crises, adequação às novas atualidades do mercado, pela baixa dedicação a família e preocupações sobre o futuro, diante disso, é constatado que muitas pessoas se acostumam com a vida que tem e tendem a não procurar se reinventar.

Finalizando as perguntas objetivas, foi abordado qual área o sistema poderia ajudar na gestão e foi citado como alternativas: planejamento, controle, coordenação e operacionalização. No Gráfico 6 é possível, de forma clara, comprovar que 83% da escolha pela área da operacionalização, demonstra o desejo de transformar o que feito em papel, marcado por processos vagarosos, em ações tecnológicas rápidas e seguras.

33%

17% 50%

Sim Não Talvez

Fonte - Elaborada pelo autor

Um sistema gerencial nas escolas pode ser uma solução para mudar o quadro negativo que existe na educação brasileira, visto que, ele otimiza procedimento operacionais, tem um maior acervo para guardar os dados escolares, gera uma maior facilidade para captar alunos, garante uma gestão financeira mais eficiente, assegura que os alunos e professores estão trabalhando juntos e com qualidade.

As perguntas objetivas possibilitaram identificar algumas dificuldades dos gestores e o tamanho da necessidade que eles têm para o funcionamento da gestão sem um sistema gerencial que os ajudem a resolver problemas e tomar decisões seguras. Ainda para atender ao objetivo proposto, foram feitas perguntas abertas, onde é possível descrever, de forma mais profunda e real, a verdadeira situação dos centros de ensino sem um SIG.

Um dos pontos fortes questionados foi se existia alguma tarefa que, por falta de um SIG ela se tornava árdua e de difícil execução, é evidente que haja sim, visto que um SIG tem o objetivo de facilitar o cumprimento de tarefas e eles deixaram claro que, a questão da efetivação da matrícula, a solicitação diária de documentos requisitado por alunos e pais, a difícil tarefa de preencher os diários escolares, pelo fato que não pode, em nenhum momento, rasurar, diante disso, requer muito tempo, atenção, gerando muito trabalho nas tarefas citadas.

Foi abordado aos gestores, quais funcionalidades eles gostariam que tivesse em um SIG para a sua escola. Os sujeitos entrevistados destacaram a importância de

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17% 0%

83%

Planejamento Controle Coordenação Operacionalização

funcionalidades que possam realizar as matrículas, transferências de alunos, ponto de funcionários, emissão de documentos, notas e presenças de alunos.

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