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3.1 DESCRIÇÃO DO CONTEXTO DE PESQUISA

3.1.1 Análise das políticas de pessoal

A análise das políticas de pessoal foi realizada por meio da consulta aos seguintes documentos: acordo coletivo de trabalho 2011/2012, regulamento de pessoal, plano de cargos, carreiras e salários (PCCS) 2009. As normas de treinamento também foram consultadas com o intuito de saber quais as políticas específicas utilizadas na capacitação dos empregados.

O acordo coletivo de trabalho é organizado por representantes do corpo funcional e das diretorias. Nele estão contidos os direitos trabalhistas baseados na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) tais como: horas extras, auxílios, adicionais e gratificações previstas em lei e dos benefícios concedidos pela própria empresa tais como: assistência médica e odontológica, previdência privada, auxílio em dinheiro e jornada reduzida de trabalho para os funcionários portadores de necessidades especiais ou que possuam dependentes na mesma situação, auxílio em dinheiro para empregados portadores de doenças crônicas e limitantes como câncer e Acquired Immune Deficiency Syndrome (AIDS) e pagamento de vacinas para algumas enfermidades.

O regulamento de pessoal é baseado na Lei nº. 8.112/1990 que rege os servidores públicos da administração direta, autárquica e fundacional, pois apesar de se tratar de órgão do governo, os funcionários não são considerados servidores públicos. Além disso, o regulamento prevê direitos, deveres, responsabilidades e punições cabíveis aos empregados.

O plano de cargos, carreiras e salários é o instrumento de gestão que cria perspectivas de desenvolvimento e crescimento dos empregados e estabelece critérios para movimentação salarial.

O plano prevê a estruturação do cargo em três categorias: (1) auxiliar que tem como principais atividades auxiliar nas tarefas de suporte e como pré-requisito mínimo para ocupação o ensino fundamental; (2) assistente que tem como principais atividades executar tarefas de suporte e como pré-requisito mínimo para ocupação o ensino médio; (3) analista que tem como principais atividades analisar, orientar e acompanhar as atividades da área de atuação e emitir pareceres e relatórios técnicos e como pré-requisito para ocupação o ensino superior completo.

O plano descreve também um conjunto de competências que se deseja desenvolver nos empregados divididos em competências estratégicas e de liderança. O primeiro conjunto de competências é aplicável a todos os empregados e o segundo somente aos empregados que ocupam função de chefia.

Por fim o plano descreve a tabela salarial da organização. Tomando como base o salário inicial de analista e para estabelecer um critério de comparação observa-se que o salário de um auxiliar representa 17,5% desse valor e de um assistente 42,5%.

O último normativo analisado se refere às políticas de treinamento da empresa que tem como principais objetivos: regulamentar os princípios relativos ao planejamento, à execução, à avaliação e ao controle das atividades de treinamento, desenvolvimento e educação, na modalidade presencial e à distância, com vistas à melhoria do desempenho profissional dos empregados.

No normativo existe a previsão de identificação das necessidades de treinamento, planejamento, execução e avaliação dos eventos de capacitação, devendo a matriz e as superintendências regionais controlar as atividades de treinamento desenvolvidas.

A Avaliação de Necessidades de Treinamento (ANT) da instituição é realizada de forma bienal, por meio de um formulário para Levantamento de Necessidades de Treinamento (LNT) que contem o nome do treinamento desejado pelo funcionário, o mês de realização, a carga horária estimada, a modalidade em que se dá o treinamento e a prioridade em que ele deve ocorrer. Todas as superintendências são notificadas.

Após a realização da LNT que ocorre no início de cada biênio (a última ocorreu no início de 2012 e tem validade para o biênio 2012/2013) é realizada uma listagem com os cursos solicitados pelas áreas. De acordo com as necessidades dos empregados os cursos são solicitados à área de capacitação e devem cumprir os seguintes critérios: parecer favorável da

chefia imediata, análise de adequação do conteúdo e a área do demandante, não estar no período de experiência que dura 90 dias a partir da sua entrada na organização.

Em relação à avaliação dos treinamentos existem três tipos: a avaliação de reação e do instrutor que é aplicada ao final de todos os cursos realizados pelos empregados e a avaliação de aprendizagem que é aplicada a alguns eventos de capacitação de maior carga horária até 90 dias após o evento, no qual em um mesmo formulário o empregado avalia a aplicação do que aprendeu no evento de capacitação e a utilização desses conhecimentos na sua área, sendo avaliado também pela sua chefia imediata.

Como incentivo à capacitação a empresa oferece os seguintes benefícios: os treinamentos são realizados preferencialmente dentro durante o horário de trabalho. Para os empregados que ainda não possuem curso superior, é garantida a jornada reduzida de trabalho de 6 horas corridas, caso queiram cursar a primeira graduação. No caso dos empregados que ainda não possuem o nível médio é oferecida de acordo com a demanda a realização de cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJA) nas dependências da empresa durante a jornada de trabalho.

No caso dos cursos de pós-graduação lato sensu o empregado tem direito a 5 horas semanais de dispensa sem compensação de horário para se dedicar as atividades acadêmicas. No caso de pós-graduação stricto sensu na modalidade presencial os participantes terão direito a liberação parcial ou integral da jornada de trabalho dependendo do regulamento do curso.

Somado aos benefícios referentes à carga horária os empregados também poderão contar com o auxílio financeiro de até 70% do valor das mensalidades nos casos de pós- graduação tanto no Brasil quanto no exterior, de 50% do valor da mensalidade de cursos de língua estrangeira e 30% no caso dos cursos de primeira graduação.