• Nenhum resultado encontrado

ANÁLISE DE COMANDO E CONTROLE 1. MISSÃO

No documento DOUTRINA DE OPERAÇÕES CONJUNTAS 2 (páginas 97-100)

Examinar o enunciado da missão e interpretar adequadamente o efeito desejado do Coman-dante Operacional, tendo em mente as suas implicações para o Comando e Controle. Igualmente importantes, para essa análise, serão as informações e diretrizes constantes no respectivo PEECFA.

2. A SITUAÇÃO E SUA COMPREENSÃO 2.1. ESBOÇO DA SITUAÇÃO

2.1.1. Enunciado pela 2ª Seção do EMCj e aprovado pelo comandante, o esboço da situa-ção apresentará um quadro da situasitua-ção para orientasitua-ção de todo o EM.

2.1.2. A sua apreciação, sob o ponto de vista da Seção de Comando e Controle, pode servir de alerta para aspectos relevantes do problema, tais como: possibilidades e limitações das nossas forças e das forças inimigas; considerações sobre a necessidade de certos equipamentos ou de mais informações; e possíveis implicações sobre o Sistema de Comando e Controle.

2.2. CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE RESPONSABILIDADE

2.2.1. É o estudo minucioso da área de responsabilidade, a partir da Análise de Inteligência e os conhecimentos disponíveis da área, com ênfase nos fatores significativos que afetam as ati-vidades de comando e controle. A abordagem das características da área de responsabilidade será compatível com a magnitude do problema, com o escalão que planeja e com a natureza da missão. Trata-se da primeira tentativa de estabelecer um quadro real da operação em planeja-mento, pela fixação de uma moldura para as ações que poderão desenrolar. Deve-se ter atenção para quatro pontos básicos que influenciam no estudo deste item:

– aos dados e elementos a serem considerados, obtidos de diversas fontes (demais se-ções do EM e dos comandos superiores ou subordinados), e que são complementados pela ex-periência do planejador, pela excelência de seus arquivos e pela intensidade de suas pesquisas;

– aos fatos relacionados à real influência sobre as atividades de comando e controle; – às conclusões expressas de maneira clara e sucinta, a opinião do planejador a respeito das implicações de tais fatos sobre as atividades de comando e controle, tanto no que diz respei-to às nossas forças como às inimigas; e

– às conclusões sobre o estabelecimento genérico das possibilidades e limitações dos oponentes em comando e controle.

– O estudo das características da área de responsabilidade compreende os fatores ge-rais e os fatores fixos. A análise dos fatores gege-rais abrange a influência das condições políticas, econômicas, psicossociais e científico-tecnológicas, enquanto que a dos fatores fixos estuda as características fixas e estáveis da área, permitindo determinar as vantagens e desvantagens para as nossas forças e as do inimigo na condução das atividades de comando e controle na área considerada.

2.3. FORÇAS INIMIGAS

2.3.1. A partir da Análise de Inteligência, será discutida, em maior profundidade, a capacida-de do inimigo com ênfase na sua influência sobre as atividacapacida-des capacida-de comando e controle. Sempre que necessário, as conclusões tiradas serão obrigatoriamente levadas à Seção de Inteligência, pois, provavelmente, exercerão influência sobre o estabelecimento das possibilidades do inimigo e sua posterior análise.

2.3.2. A seguir, é apresentada uma sequência para a abordagem dos aspectos mais impor-tantes do problema.

2.3.2.1. Composição e localização – listagem das forças inimigas com influência nas ope-rações e sua localização conhecida na área de responsabilidade ou em suas proximidades, de acordo com a Análise de Inteligência.

2.3.2.2. Estrutura de comando – analisar os aspectos ligados à hierarquização e ao poder de decisão, de forma a possibilitar a identificação de elementos e/ou fluxos com maior e menor influência na tomada da decisão.

2.3.2.3. Estrutura de controle – levantar, principalmente, a forma, os meios e o fluxo de controle exercidos, o que possibilitará a identificação de deficiências que poderão ser exploradas nos planejamentos subsequentes.

2.3.2.4. Características dos sistemas – listar os sistemas e equipamentos eletrônicos (comunicações, guerra eletrônica, inteligência, etc.), vinculados às forças com suas características conhecidas, bem como mencionar sucintamente os procedimentos operacionais conhecidos ou supostos relacionados com as atividades de comando e controle.

2.3.2.5. Eficiência de combate – analisar os aspectos ligados à eficiência de pessoal, de procedimentos operacionais, de equipamentos e de sistemas.

2.3.2.6. Operações em curso – descrever as operações em curso, ou em período próxi-mo, que possam ter influência nas operações previstas.

2.3.2.7. Apoio – considerar os meios de apoio logístico para o Sistema de Comando e Controle, e, também, o fator tempo envolvido.

2.3.2.8. Outros – incluir outros tópicos não cobertos pelos itens acima. 2.4. NOSSAS FORÇAS

Discutir a capacidade de nossas forças, com ênfase na sua influência sobre as atividades de comando e controle. Da mesma forma que o realizado no item características da área de res-ponsabilidade, concluir a respeito das implicações de tais fatos sobre as atividades de comando e controle, de modo a levar ao estabelecimento genérico das possibilidades e limitações nas ativi-dades de comando e controle.

2.4.1. Composição e localização – de acordo com a diretriz de planejamento.

2.4.2. Estrutura de comando – analisar os aspectos ligados à estrutura de comando, com vistas à identificação de dados que possam levar à otimização da tomada da decisão.

2.4.3. Estrutura de controle – estudar a estrutura, meios e fluxos de controle, visando não só a otimização do sistema, mas também à identificação e neutralização de possíveis óbices ao con-trole.

2.4.4. Operações em curso – descrever de forma sucinta as operações em curso, ou em pe-ríodo próximo, que possam ter influência nas operações previstas (futuras).

2.4.5. Situação do pessoal – analisar os problemas de pessoal que poderão afetar as ativi-dades de Comando e Controle.

2.4.6. Situação logística – analisar os problemas de logística que poderão afetar as ativida-des de comando e controle. Este estudo deverá ser conduzido em coordenação com a Seção de Logística.

2.4.7. Situação dos sistemas – apresentar as considerações sobre as comunicações e sobre os postos de comando. Em cada subitem abaixo relacionado deverão ser analisados os requisitos dos sistemas, identificação de facilidades, instalações e unidades necessárias e o respectivo apoio:

– Comunicações do sistema de comando e controle, incluídas as necessárias à guerra eletrônica e à inteligência;

– Comunicações administrativas; – Segurança das comunicações:

– Apoio de comunicações para as operações; e – Comunicações para outras atividades.

2.4.8. Guerra eletrônica – descrição sucinta da capacidade ou necessidade de utilização de emissões eletromagnéticas, bem como a capacidade ou possibilidade de anular ou interferir nas inimigas, podendo conter uma primeira ideia sobre as medidas e procedimentos que podem ser eventualmente adotados pelas forças, e as contra-contramedidas que podem ser utilizadas.

2.4.9. Outros – descrever outros itens necessários, que não foram informados anteriormen-te.

2.5. FORÇAS AMIGAS

O preenchimento desse tópico segue a mesma sequência apresentada no subitem anterior, cabendo, de modo geral, as observações nele contidas.

3. ASPECTOS RELEVANTES

Sua identificação deve fluir de todas as conclusões tiradas até este ponto, não sendo cabível que surja qualquer fator desvinculado de análise e conclusão anterior.

3.1. DEFICIÊNCIAS DE CONHECIMENTOS

É importante saber identificar tais lacunas e se elas têm influência efetiva no cumprimento da missão, a fim de que possam ser listados os Elementos Essenciais de Inteligência (EEI) ne-cessários ao prosseguimento ou aprimoramento do planejamento e estabelecido um cronograma para o recebimento dos informes pretendidos.

3.2. ÁREAS CRÍTICAS DE SEGURANÇA

Abordar os pontos que necessitam cuidados especiais e cuja não observância poderá resul-tar em comprometimento da segurança na operação.

As conclusões deverão incluir recomendações sobre procedimentos que busquem negar ao inimigo, conhecimentos sobre a composição, localização, intenções, características e procedimen-tos de nossas forças.

3.3. FATORES DE FORÇA E FRAQUEZA

Sua identificação deve fluir de todas as conclusões tiradas até este ponto, não sendo cabí-vel que surja qualquer fator desvinculado das análises e conclusões anteriores.

Não cabe à Seção de Comando e Controle qualquer medida restritiva na sua apresentação, cabendo estas, exclusivamente, ao Comandante.

3.4. DETERMINAÇÃO INICIAL DA ADEQUAÇÃO DA PRÓPRIA FORÇA

Apresentar ao comandante a sua opinião sobre a adequabilidade ou a inadequabilidade da força em termos das atividades de comando e controle, baseada nos fatos concretos discutidos ao longo da Análise.

Deverão ser incluídos neste item, quando cabíveis, os riscos envolvidos decorrentes das deficiências porventura encontradas ao longo da Análise.

4. CONCLUSÃO

Priorizar as LA que melhor podem ser apoiadas pelo comando e controle, no que se refere ao grau de apoio requerido, às facilidades de apoio e aos problemas a serem resolvidos.

n/n

APÊNDICE VII ao ANEXO C

No documento DOUTRINA DE OPERAÇÕES CONJUNTAS 2 (páginas 97-100)