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ANÁLISE DE OPERAÇÕES PSICOLÓGICAS 1. MISSÃO E ESTADO FINAL DESEJADO

No documento DOUTRINA DE OPERAÇÕES CONJUNTAS 2 (páginas 103-106)

Da análise da missão, e do Estado Final Desejado, serão levantadas as ações intermediárias, bem como os elementos julgados importantes para orientar o trabalho de operações psicológicas, principalmente quanto aos objetivos a serem alcançados.

Destacam-se, também, o estudo do levantamento de realização de operações psicológicas an-teriores para o aproveitamento ou retificação de efeitos psicológicos e as áreas prioritárias ou res-tritas para atuação das equipes de Op Psicológicas. Nesta análise devem ser considerados os aspectos psicossociais; os Centros de Gravidade das forças adversas; e os principais públicos alvos levantados no planejamento estratégico, atualizados pelas informações oriundas da inteli-gência estratégica.

Igualmente importantes, para essa análise, serão as informações e diretrizes constantes no respectivo Plano Estratégico de Emprego Conjunto das Forças Armadas – PEECFA, particular-mente o Plano Estratégico de Operações de Informação, Adendo 3, ao Apêndice II, Anexo B, do 1º Volume.

Na conclusão da análise da missão e do estado final desejado, os especialistas deverão apre-sentar propostas do grau de necessidade do emprego de Op Psicológicas; o apoio das equipes no momento atual ou futuro; a participação conjunta com outros subsistemas operacionais; e as vul-nerabilidades potenciais e existentes que limitem a liberdade de ação dos contendores.

2. SITUAÇÃO E CONSIDERAÇÕES 2.1. Esboço da situação

Enunciado pela 2ª Seção do EMCj e aprovado pelo Comandante,o esboço da situação apresentará um quadro da situação para orientação de todo o EMCj.

Deve ser verificada a disponibilidade de um Levantamento de Área para Operações Psico-lógicas (LAOP) ou analisar com detalhes o campo psicossocial da Análise de Inteligência. No caso de um planejamento para execução não imediata, deverão ser identificadas as NI para levanta-mento de informações junto aos Centros de Inteligência Estratégica das Forças.

A apreciação do esboço da situação, sob o ponto de vista da Seção de Operações Psicoló-gicas e da Análise de Inteligência, servirão de orientações para aspectos relevantes do problema, cabendo, se necessário a ampliação de informações tais como:

a) Opinião pública, no âmbito interno e externo, quanto às razões que motivam o conflito. b) Comportamento da população residente nas áreas de responsabilidade, suas carências e anseios, de forma a identificar possíveis canais de atuação para a obtenção de atitudes favoráveis às ações a serem empreendidas pelas nossas Forças.

c) Identificação de lideranças e formadores de opinião que possam influenciar no andamen-to das ações.

d) Moral das tropas envolvidas no conflito. Identificação de possíveis vulnerabilidades das nossas tropas e das tropas inimigas.

e) Meios de comunicação existentes nas áreas de responsabilidade e possibilidades quanto ao seu emprego em prol das operações, sob o ponto de vista das operações psicológicas.

2.2. Características da área de responsabilidade

É o estudo minucioso da área de responsabilidade, a partir da Análise de inteligência com ênfase nos fatores significativos relacionados às atividades de operações psicológicas.

O estudo das características da área de responsabilidade compreende os fatores gerais e os fatores fixos. A análise dos fatores gerais abrange a influência das condições políticas,

econô-micas, psicossociais e científico-tecnológicas sobre as atividades de operações psicológicas, en-quanto que a dos fatores fixos estuda as características fixas e estáveis da área, permitindo visua-lizar possibilidades e dificuldades para deslocamento nas áreas de responsabilidade e eventuais necessidades de apoio, bem como as implicações em termos de controle das ações e estrutura-ção dos elementos a serem empregados nas ações de operações psicológicas.

Identificar os meios de comunicação existentes na área de responsabilidade e possibilida-des quanto ao seu emprego em prol das ações, sob o ponto de vista das operações psicológicas.

2.3. Forças Inimigas

A partir da Análise de Inteligência, será discutida, em maior profundidade, a capacidade de o inimigo empreender operações psicológicas para a obtenção de efeitos adversos às nossas ope-rações. Devem-se verificar as tendências e formas de atuação daquelas Forças e dos seus princi-pais veículos de comunicação de massa, identificando aqueles de maior aceitação popular.

Tendo em vista as possibilidades do inimigo levantadas pela Inteligência, visualizar que ações o oponente poderia empreender e seus possíveis efeitos no campo das operações psicoló-gicas. Visualizar como neutralizar esses efeitos.

Verificar a situação das unidades específicas de operações psicológicas do Inimigo, campa-nhas recentes e licampa-nhas de persuasão comumente exploradas.

Em decorrência das análises efetuadas até aqui, consolidar as Necessidades de Inteligência ainda não disponíveis que constituirão os “Elementos Essenciais de Inteligência (EEI)”.

2.4. Forças Amigas

Segue, no que for aplicável, a mesma sequência apresentada no subitem anterior, cabendo, de um modo geral, as observações nele contidas.

2.5. Nossas Forças

Enfatizar aqueles que possam contribuir para a execução das operações psicológicas, tais como a comunicação social, células de inteligência, meios aéreos e unidades de operações espe-ciais.

a) Composição e localização, incluindo as forças especializadas em operações psicológicas. b) Moral da tropa e possíveis vulnerabilidades a serem exploradas pelo Inimigo.

c) Apoio governamental e limitações impostas pelos níveis superiores da cadeia de Coman-do.

d) Ações de assuntos civis previstos. 3. ANÁLISE DE LINHAS DE AÇÃO

Cada linha de ação será analisada sob o prisma das operações psicológicas, com o objetivo de visualizar como seria efetuado o apoio às linhas de ação estabelecidas pelo EMCj.

Trata-se do levantamento de vantagens e desvantagens de cada linha de ação, sob o prisma das operações de informações, particularmente a reação dos públicos-alvos para cada LA adota-da. Destaca-se o impacto das operações militares nas atividades civis, bem como a interferência civil nas ações que serão executadas. Para cada uma dessas áreas, a linha de ação poderá apre-sentar vantagens inerentes à simplicidade para o planejamento do apoio, economia de meios, eficiência dos resultados, etc.

O estabelecimento de uma matriz, com as linhas de ação e as vantagens e desvantagens rela-tivas, expressas por aspectos de cada uma das áreas de responsabilidade psicológicas, contribui-rá para que o planejador forme um juízo de valor sobre as linhas de ação, sob o aspecto de explo-rar a mudança de atitudes nas ações militares planejadas.

Finalizada a análise, o planejador terá a exata medida sobre “Como”, “Quando”, “Onde” desen-volver as atividades psicológicas, coordenadas com a comunicação social e com os meios de guerra eletrônica (defesa cibernética), priorizando-as face aos recursos e tempo disponíveis e, sobretudo, focalizando nos seus objetivos psicológicos.

4. CONCLUSÃO

Da análise, complementada pela Decisão do Comandante e pelo seu Conceito Preliminar da Operação, a Seção de Operações Psicológicas terá condições de relacionar aspectos básicos que nortearão o seu planejamento, tais como:

4.1. Conceito da operação, ideias-força escolhidas e as operações psicológicas a realizar. 4.2. Objetivos a serem alcançados.

4.3. Regiões/públicos-alvo a serem atuados e prioridades.

4.4. Processos a serem empregados, incluindo a distribuição de especialistas, a repartição de meios e as prioridades de produção de material.

4.5. Ordens aos elementos subordinados.

4.6. Interações com as Seções de Inteligência, Comunicação Social e Assuntos Civis, quando existentes.

n/n

APÊNDICE IX ao ANEXO C

No documento DOUTRINA DE OPERAÇÕES CONJUNTAS 2 (páginas 103-106)