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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.4 Análise de conteúdo

No que se refere à análise dos dados coletados, foi utilizada a análise de conteúdo, proposta por Bardin, (1977), este tipo de análise refere-se a um conjunto de métodos ou passos que permitem a interpretação dos dados coletados, contém a categorização, descrição e interpretação como pressupostos. Ao longo do tempo, a técnica de análise de conteúdo tem utilizado cada vez mais de atributos como indução e intuição, que oferecem uma maior possibilidade de compreensão dos fenômenos estudados. Como trabalha com um corpus de pesquisa que detêm muitos significados, dependendo de quem analisa a mensagem, a mesma pesquisa pode apresentar outros pontos de vista, conforme olhar de quem traduz as informações. A análise de conteúdo aplica-se em verificar, conforme os objetivos de análise e categorias de quem fala, para dizer o que, a quem, de que modo, com que finalidade e com que resultados. Nesse sentido, o processo de análise de conteúdo se divide em cinco etapas: i) preparação das informações; ii) transformação do conteúdo em unidades; iii) categorização ou classificação das unidades em categorias; iv) descrição dos dados; e v) interpretação. (MORAES,1999).

A análise de conteúdo é uma técnica que pode ser aplicada a diversas formas de comunicação e discursos, independentemente da natureza e porte. Sendo assim, para a análise de conteúdo qualquer comunicação entre o emissor e receptor que possua significado pode ser decifrada e interpretada. O pesquisador busca compreender as características, estruturas e modelos que estão por traz dos fragmentos de mensagens tomados em análise e consideração, procedendo as ponderações e verificações qualitativas dos dados codificados e identificados. (CRESSWELL,2014). O Quadro 10 mostra a proposição para análise dos dados:

Quadro 10 – Procedimentos para análise dos dados

Atividade/Abordagem Detalhamento Teórico Abordagem adotada

Análise do Caso Para a análise dos dados que compõem o corpus de pesquisa, o pesquisador pode proceder uma análise holística (completa) de todo o caso ou uma análise especifica, análise incorporada.

Foi realizada a descrição do ambiente e contexto dos casos, a cronologia dos eventos e análise das informações coletadas.

Análise dos Dados Relacionam-se com a estrutura analítica

na literatura Contextualizada na estrutura da literatura sobre capacidades dinâmicas e ambidestria, além da metodologia CERNE.

Apresentação dos

Dados Apresentar um quadro em profundidade do contexto estudado, usando narrativas, tabelas e figuras

Os dados de cada caso foram descritos com uso de tabelas e figuras que apresentem as informações mais pertinentes e permitem que sejam feitas as discussões sobre a moderação da atuação da incubadora na criação de capacidades dinâmicas nas empresas incubadas Fonte: Elaborado pelo autor com base em Creswell (2014).

As categorias de análise, bem como as perguntas utilizadas para coletas dos dados utilizaram como referências os roteiros de entrevistas de Andino (2005, p. 176-184), Machado (2015), Gomes e Marcondes (2016, p. 272), Souza (2016) e de Cassol, Zapalai e Cintra (2017, p. 182- 183), além das contribuições teóricas, foram utilizadas como referência as categorias dos processos e práticas chave, ou macro processos do CERNE 1.

Os Quadros 11 e 12 apresentam as categorias de análise definidas a priori com base nestes estudos anteriores:

Quadro 11- Categorias de análise relacionadas à incubadora Respostas das Incubadoras

Categoria de Análise

1. Trajetória, estratégia e ambiente da organização

Categoria de Análise 2.

Recursos de nível zero (que se relacionam aos recursos diversos disponíveis, tanto tangíveis quanto intangíveis, tais como tecnologias, marcas, localização, dentre outros. Esses recursos podem possuir atributos VRIO de heterogeneidade,

imobilidade, raridade, imitabilidade perfeita e substitutabilidade (BARNEY, 1991), estes recursos podem eventualmente produzir vantagem competitiva)

Categoria de Análise 3.

Recursos de primeira ordem (Recursos de conhecimentos, habilidades e

experiências, recursos de sistemas e procedimentos, recursos culturais e de valores, recursos de redes de relacionamentos)

Categoria de Análise 4.

Recursos de terceira ordem (Recursos de segunda ordem em feixe) – Capacidade Adaptativa (Capacidade de diagnosticar o ambiente(sensing), Capacidade de comunicação, Capacidade de qualificar as pessoas, Capacidade de reconfiguração de recursos, processos e produtos (reconfiguring), Reconfiguração/Recriação

Categoria de Análise 5.

Recursos de terceira ordem (Recursos de segunda ordem em feixe) – Capacidade Absortiva (Capacidade de aquisição, Capacidade de assimilação, Capacidade de transformação, Capacidade de exploração)

Categoria de Análise 6.

Recursos de terceira ordem (Recursos de segunda ordem em feixe) – Capacidade Inovativa (Capacidade de desenvolvimento estratégico, Capacidade de gestão tecnológica, Capacidade de gestão de projetos, Capacidade conhecimento do cliente e mercados, Capacidade de reconfiguração de recursos, processos e produtos para aproveitar oportunidades e agregar valor)

Fonte: o autor com base nos trabalhos de Andino (2005, p. 176-184), Machado (2015), Gomes e Marcondes (2016, p. 272), Souza (2016) e de Cassol, Zapalai e Cintra (2017, p. 182-183).

Quadro 12 – Categorias de análise relacionadas a empresas incubadas Respostas das Empresas Incubadas

Categoria de Análise

7. Trajetória, estratégia e Ambiente da organização Categoria de Análise

8.

Recursos de nível zero (que se relacionam aos recursos diversos disponíveis, tanto tangíveis quanto intangíveis, tais como tecnologias, marcas, localização, dentre outros. Esses recursos podem possuir atributos VRIO de heterogeneidade,

imobilidade, raridade, imitabilidade perfeita e substitutibilidade (BARNEY, 1991), estes recursos podem eventualmente produzir vantagem competitiva)

Categoria de Análise 9.

Recursos de primeira ordem (Recursos de conhecimentos, habilidades e

experiências, Recursos de sistemas e procedimentos, Recursos culturais e de valores, Recursos de redes de relacionamentos

Categoria de Análise 10.

Recursos de terceira ordem (Recursos de segunda ordem em feixe) – Capacidade Adaptativa (Capacidade de diagnosticar o ambiente(sensing), Capacidade de comunicação, Capacidade de qualificar as pessoas, Capacidade de reconfiguração de recursos, processos e produtos (reconfiguring), Reconfiguração/Recriação

Categoria de Análise 11.

Recursos de terceira ordem (Recursos de segunda ordem em feixe) – Capacidade Absortiva (Capacidade de aquisição, Capacidade de assimilação, Capacidade de transformação, Capacidade de exploração)

Categoria de Análise 12.

Recursos de terceira ordem (Recursos de segunda ordem em feixe) – Capacidade Inovativa (Capacidade de desenvolvimento estratégico, Capacidade de gestão tecnológica, Capacidade de gestão de projetos, Capacidade conhecimento do cliente e mercados, Capacidade de reconfiguração de recursos, processos e produtos para aproveitar oportunidades e agregar valor)

Categoria de Análise

13. Ambidestria – Exploitation/Exploration

Fonte: o autor com base nos trabalhos de Andino (2005, p. 176-184), Machado (2015), Gomes e Marcondes (2016, p. 272), Souza (2016) e de Cassol, Zapalai e Cintra (2017, p. 182-183).