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A pesquisa de campo foi realizada junto a 30 (trinta) empresas varejistas da cidade de João Pessoa, distribuídas em vários setores tais como: loja de motocicletas usadas, loja de veículos usados, mercadinho, lanchonete, loja de móveis para escritório, pastelaria, loja de roupas, artigos para presente, papelaria, bar e restaurante, pizzaria e frigorífico, entre outros.

Essas empresas ficam localizadas tanto em shoppings existentes na cidade de João Pessoa, como também em lojas de rua, onde encontramos vários níveis de percepção. Apesar de as micro empresas serem a maioria, observou-se que existem empresários com conhecimento no campo da contabilidade e na área tributária de suas atividades. Encontrou-se essa situação principalmente entre os empresários que têm seus negócios situados dentro de shopping centers, talvez por esses empresários terem, em geral, um nível sociocultural mais elevado.

Alguns empresários, mesmo tendo uma boa experiência no seu negócio, não possuem uma percepção ainda definida sobre como devem utilizar seu conhecimento contábil e tributário, para obter maior competitividade e lucratividade nos negócios.

Dos trinta entrevistados, 19 empresários, correspondentes a 63% da amostra, responderam que são optantes do Sistema de Tributação do Simples Nacional, 8 empresários, correspondentes a 26%, optaram pelo Sistema de Tributação pelo Lucro

Presumido e só 3, correspondentes a 10%, optaram pelo Sistema de Tributação pelo Lucro Real.

Todos souberam dar a informação de qual era o sistema de tributação que sua empresa adotou e, como foi observado, só 10% optaram pela apuração dos impostos a partir de suas informações contábeis.

A maioria dos empresários entrevistados tem a percepção de que a opção por um sistema tributário para sua empresa tem, como objetivo mais importante, tentar pagar menos impostos, e em segundo lugar, a facilidade de recolhê-los. Na sua maioria, os empresários optaram pelo Simples Nacional e pelo Lucro Presumido, 18 empresários, equivalentes a 60%, responderam que optaram por um sistema que possibilitasse pagar menos impostos, 6 empresários, correspondentes a 20% da amostra, responderam que optaram por um sistema no qual seria mais fácil pagar os impostos, enquanto 2 empresários, equivalentes a 6%, disseram que escolheram por falta de outra opção e 4 empresários, equivalentes a 13%, responderam que não sabiam o motivo da opção pelo sistema de tributação adotado por sua empresa.

Isso demonstra que 80% dos entrevistados, adotam sistemas que acreditam ser mais fáceis e mais em conta para o caixa da sua empresa, mas nem sempre a forma mais fácil que um sistema de tributação adota, ao recolher os impostos, é a forma mais econômica, devendo o empresário assessorar-se de um profissional da área tributária para ajudá-lo a tomar essa decisão.

A maior parte dos empresários acha que os sistemas de controle financeiro das atividades da empresa devem ser próximos da realidade, fazendo com que muitos optem por um sistema de recolhimento tributário mais fácil, que não exija um controle financeiro muito rigoroso das atividades comerciais da empresa. Nove empresários, correspondentes a 30% da amostra, responderam que suas empresas possuem um controle financeiro real de suas atividades; 18 empresários (60%), responderam que seu controle financeiro é próximo da realidade, 2 empresários (6%), responderam que seu controle financeiro fica distante da realidade e só 1 empresário, equivalente a 3% da amostra, respondeu que não sabia responder ou definir seu grau de controle financeiro.

Quanto à percepção do nível adequado de informação, que o controle financeiro da empresa tem que dar à administração e à contabilidade, alguns empresários acreditam possuir plenamente essas informações, mas a maioria diz possuir apenas parcialmente as informações necessárias para administrar seus negócios; 12 empresários, equivalentes a 40% dos entrevistados, disseram que seu controle possuía informações que atendiam plenamente às necessidades administrativas da empresa; 11 empresários (36%) responderam que o controle financeiro de sua empresa possuía informações que atendiam parcialmente à administração financeira da empresa; 6 empresários, correspondentes a 20%, disseram que o controle financeiro de sua empresa não atendia inteiramente, através de suas informações, às necessidades administrativas e financeiras de sua empresa, sendo necessárias mais informações; e 1 empresário, correspondente a 3%, disse que seu controle financeiro não atendia, de forma alguma, às necessidades de sua empresa.

Quanto à questão de se os empresários acham importante enviar à contabilidade as informações reais do controle financeiro da empresa, e acreditam que essas informações são relevantes para os seus negócios, 26 empresários, correspondendo a 86% dos entrevistados responderam que sim, que a empresa deve enviar totalmente à contabilidade, as informações do seu controle financeiro, disponibilizando as informações financeiras e econômicas; 4 empresários (13%) responderam que a empresa deve enviar de forma parcial, as informações financeiras à contabilidade.

Quanto à Pergunta 6 - percepção em relação à tributação (gráfico acima), a maioria acredita que a sonegação fiscal gera crescimento e competitividade, mas que pode causar grandes prejuízos para a empresa, por autuações fiscais e complicações legais e, por isso, não a praticam; 16 empresários, equivalentes a 53% da amostra, responderam que sua percepção é que a sonegação gera crescimento e competitividade, mas não a praticam; 9 empresários (30%) responderam que entendem que a sonegação poderá gerar grandes prejuízos e, por isso, não a praticam; 1 empresário, equivalente a 3%, tem a percepção de que a sonegação pode gerar mais lucros e por isso a pratica; e 4 empresários, correspondentes a 13%, responderam que sem sonegar, a empresa não consegue sobreviver. Vemos dessa forma, que 17% dos entrevistados têm a percepção de que a sonegação deve existir, o que é um percentual considerável.

A percepção dos empresários é de que a contabilidade é necessária para a administração da empresa, devendo ser utilizada, uma vez que traz informações úteis para o controle da empresa, aumentando a sua competitividade e sua lucratividade; 20 empresários (66%) responderam que a contabilidade é necessária para ajudar a administração, pois traz informações importantes para a administração; 3 empresários (10%) responderam que a contabilidade é realizada apenas para atender à legislação, porque é obrigatória, mas que não traz informações úteis à administração da empresa, no que se refere à competitividade ou à lucratividade; 1 empresário, correspondente a 3%, respondeu que a contabilidade é utilizada, em parte para ajudar a administração da

sua empresa, pois traz algumas informações úteis para a mesma; e 6 empresários (20%) responderam que a contabilidade é utilizada apenas para atender ao fisco.

Quanto ao planejamento tributário, a percepção dos empresários é a de que deve se realizado, para alcançar melhores resultados. Ou seja, os empresários percebem que devem optar pelo melhor sistema de tributação, que possibilite diminuir o custo tributário de seus negócios, resultando em um aumento da competitividade e da lucratividade; 28 empresários, correspondentes a 93% dos entrevistados, responderam que a empresa deve adotar o planejamento tributário para aumentar sua competitividade e sua lucratividade, devendo optar pelo melhor sistema de tributação, aliado a estudos que objetivam diminuir os tributos e, por consequência, sua participação no custo total da empresa; 1 empresário, equivalente a 3%, respondeu que a empresa deve realizar o planejamento tributário para aumentar a sua competitividade e a sua lucratividade, com a aplicação da sonegação fiscal, evitando grandes custos tributários; 1 empresário correspondente a 3% respondeu que não deve ser utilizada a prática de planejamento tributário, já que os impostos não podem ser alterados ou diminuídos, devendo apenas ser pagos.

No quesito de planejamento contábil, a maioria dos entrevistados respondeu que essa prática deve ser adotada pela empresa, objetivando a obtenção de uma contabilidade real, demonstrando com maior exatidão a situação econômica e financeira da empresa; 28 empresários, equivalentes a 93%, responderam que os empresários devem utilizar-se de práticas de planejamento contábil para aumentar sua competitividade e sua lucratividade, demonstrando seu verdadeiro resultado econômico, recolhendo os impostos sobre o valor real dos lucros da atividade, obtendo também da contabilidade, informações gerenciais importantes para a gestão da empresa; 2 empresários, correspondentes a 6%, responderam que a contabilidade só é feita para atender às normas e aos bancos, não devendo ser utilizado nenhum planejamento contábil na empresa.

Os empresários têm a noção de como por em prática ações que possam aumentar a competitividade e a lucratividade dos negócios, mas não utilizam, ainda, métodos adequados para reduzir os custos tributários através de sua contabilidade e administração, porque acham a matéria bastante complexa e de difícil entendimento.

Os empresários, de um modo geral, têm a percepção de que devem seguir os procedimentos contábeis e tributários, conforme determina a legislação, porém acham difícil lidar com o assunto, porque consideram a legislação complexa, mas têm a percepção de que, utilizando este conhecimento, poderão diminuir os custos tributários e gerais da empresa, gerando mais competitividade e lucratividade nos seus negócios.

Vinte e cinco empresários, correspondentes a 83%, responderam que as suas empresas devem seguir os procedimentos contábeis e tributários, visando aumentar a sua competitividade e a sua lucratividade, utilizando o que determina a lei, objetivando, assim, economizar os impostos, tornando seus negócios mais lucrativos; três empresários (10%) responderam que as suas empresas devem seguir as leis de forma parcial, visando economizar impostos, tornando seus produtos mais competitivos; e 2 empresários (6%) responderam que não seguem as normas fielmente, porque objetivam obter mais resultados positivos, que aumentem a competitividade e a lucratividade de sua empresa.

RESULTADOS DA APURAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS

N° do Empresário

Questões

1

2

3

4

5

6

7

8

9 10

1

b c b b a c a a a A

2

a a a a a c d a a A

3

b d a a a c a a a A

4

b a a a a c d a a A

5

b a b b b c a a a C

6

d d c d b d d a a A

7

a a b a a e d a c B

8

d d d c a e b b c C

9

a b b c b e d a a A

10

d d b b b c a a a B

11

a a b b a a d a a A

12

a b b c a e c d a B

13

a a b b a c a a a A

14

b a a a a a a a a A

15

b a a b a a a a a A

16

b a b a a a a a a A

17

a a b b a a a a a A

18

a a c c a c a a a A

19

a a b b a a a a a A

20

b c a a a a a a a A

21

a a a a a a a a a A

22

a b b b a a a a a A

23

a b b a a a a a a A

24

a a b b a c a a a A

25

a a b b a a a a a A

26

a b b c a a a a a A

27

a a b c a a b a a A

28

a a b a a a a a a A

29

a b a a a a b a a A

30

a a a a a a a a a A

RESULTADOS DA APURAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS cont.

Questões Resposta A Resposta B Resposta C Resposta D Resposta E

1 19 Empresários 08Empresários - 03 Empresários -

2 18 Empresários 06 Empresários 02 Empresários 04 Empresários -

3 09 Empresários 18 Empresários 02 Empresários 01 Empresário -

4 12 Empresários 11 Empresários 06 Empresários 01 Empresário -

5 26 Empresários 04 Empresários - - -

6 16 Empresários - 09 Empresários 01 Empresário 04 Empresários

7 20 Empresários 03 Empresários 01 Empresário 06 Empresários -

8 28 Empresários 01 Empresário - 01 Empresário -

9 28 Empresários - 02 Empresários - -

10 25 Empresários 03 Empresários 02 Empresários - -

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