• Nenhum resultado encontrado

VAREJISTA DE JOÃO PESSOA

4.1 – Introdução

Este capítulo visa descrever os Sistemas de Arrecadação Tributária que os micro ou pequenos empresários podem adotar para as suas empresas. Serão abordados de forma resumida os Sistemas do Simples Nacional, SIMEI, Lucro Presumido e Lucro Real, as obrigações existentes nesses sistemas, as facilidades que cada um oferece, seus objetivos, obrigações e benefícios previstos em cada tipo específico de sistema de arrecadação, os avanços alcançados pela legislação no tocante à aplicação desses sistemas e os resultados propostos pela legislação tributária no que se refere à arrecadação tributária.

O Simples Nacional foi o sistema mais debatido, pelo fato de representar a melhor opção para os contribuintes enquadrados como micro e pequenos empresários. Foram analisados os principais benefícios esperados para os optantes do Simples Nacional e todas as observações pertinentes ao mesmo.

4.2 - Simples Nacional

O Simples Nacional é o regime de tributação adotado pelo governo e que é, ao mesmo tempo, mais fácil e menos oneroso para as micro e pequenas empresas. É um regime diferenciado, simplificado e que favorece os contribuintes nele enquadrados. Foi criado pela Lei Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006 e implantado a partir de 01.07.2007 (www.receita.fazenda.gov.br).

O art. 12 da referida Lei Complementar define o Simples Nacional como um Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e empresas de Pequeno Porte (http://www.receita.fazenda.gov.br/portal - Simples Nacional).

Dessa forma, os contribuintes optantes pelo Simples Nacional, poderão realizar o recolhimento de suas obrigações tributárias federais, estaduais e municipais, através de uma guia única denominada de DAS – Documento de Arrecadação do Simples Nacional. Esses contribuintes, de acordo com a legislação criada, terão direito a

tratamento diferenciado na apuração e no recolhimento dos impostos e contribuições nos três níveis de governo, bem como no cumprimento das obrigações acessórias.

4.2.1 - Justificativas para a Criação do Simples Nacional

Segundo Pêgas (2011), as justificativas apresentadas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil - SRFB, para a instituição do regime simplificado para Microempresas - ME e Empresas de Pequeno Porte – EPP são as seguintes;

a) Essas empresas possuem baixo potencial arrecadatório e, portanto, não devem ter um ônus excessivo nas atividades de controle exercidas pela administração;

b) A concessão de benefícios tributários diretos (redução da carga tributária) deve observar uma transição suave, de tal sorte a não criar descontinuidade acentuada que induza à prática de planejamento fiscal; c) O regime simplificado destina-se a buscar um ambiente mais competitivo

entre grandes e pequenas empresas e não a conceder privilégios a determinado grupo. O ingresso no regime deve ser destinado exclusivamente aos setores econômicos que estão sujeitos à concorrência assimétrica, em razão da dimensão das empresas. Atividades econômicas que, por natureza, encontram-se pulverizadas e, portanto, não sofrem concorrência desigual não devem ter acesso ao regime;

d) Dada a importância dessas empresas (geração de empregos, inovação tecnológica, competição no mercado etc.), o custo de cumprimento das obrigações tributárias para esse segmento deve ser minimizado, de modo a não comprometer sua sobrevivência; e

e) A relação entre o contribuinte e o Estado, sempre que possível deve ser única, a despeito da existência de distintos níveis de governo e administração tributária envolvidos.

4.2.2 - Principais Benefícios Alcançados pelos Optantes do Simples Nacional

Ainda, segundo Pêgas (2011) está prevista a utilização de princípios expressos, oriundos do projeto REDESIM (Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios), que definam diretrizes objetivas para a

implantação do cadastro unificado, entrada única de documentos, na existência de vistorias prévias para atividades sem risco, dentre outros. Além disso, a Lei Complementar 123/2006 prevê que:

 A abertura da empresa será efetuada mediante registro simplificado dos seus atos constitutivos;

 A empresa terá apenas um único número de identificação, baseado no CNPJ;

 A baixa da inscrição no CNPJ será de imediato por meio de requerimento acompanhado do ato de dissolução da empresa; e  Micro e pequenas empresas sem movimento, há mais de 3 anos,

poderão encerrar atividades, independentemente do pagamento de taxas ou multas. As empresas poderão ter sua baixa concedida imediatamente, mesmo se houver débito tributário. Nesse caso os sócios responderão por esses débitos.

Algumas empresas, antes da abertura ou do início de suas atividades, tinham de requerer a licença da vigilância sanitária ou a licença da Sudema, ou mesmo, do Corpo de Bombeiros, entre outras. Essas licenças demoravam muito a ser expedidas. A Lei do Simples Nacional, no seu artigo 6º, determina que os requisitos de segurança sanitária, metrologia, controle ambiental e prevenção contra incêndio, deverão ser simplificados em favor das MPEs.

As fiscalizações para a concessão dos alvarás de funcionamento deverão ocorrer após o início de funcionamento do estabelecimento quando, por sua natureza, o grau de risco for compatível com esse procedimento. Caso o grau de risco seja alto, deverão ser seguidos os procedimentos normais, devendo a licença ser liberada antes da concessão do alvará de funcionamento.

Para facilitar a abertura e o início da atividade das MPEs, as Prefeituras deverão emitir alvarás provisórios de funcionamento, tão logo ocorra o registro dos atos constitutivos das empresas na Junta Comercial e na Receita Federal e Estadual.

Quanto à baixa das MPEs, as que se encontrarem sem movimento há mais de três anos, poderão ter sua baixa concedida, independentemente do pagamento dos débitos existentes, e essa baixa será realizada em sessenta dias após o vencimento desse prazo. Porém, os débitos poderão ser exigidos antes ou depois da baixa, através dos sócios da empresa (art. 78 LC 123/2006).

As obrigações acessórias foram diminuídas. As empresas deverão apresentar anualmente à Receita Federal, uma declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais, sendo esta declaração considerada como confissão de débitos tributários e previdenciários.

4.2.3 - Formalização da Opção pelo Simples Nacional

Segundo a Revista Meu Próprio Negócio, a formalização da opção pelo SIMPLES NACIONAL é feita pela internet, sendo necessário que o contribuinte observe se a sua atividade não é proibida de optar pelo Simples, ou mesmo se existem outros impedimentos citados na lei, que façam com que o contribuinte não possa optar, porque caso o mesmo opte sem prestar atenção a esses detalhes, poderá ter problemas junto à Receita Federal, porque a opção é irretratável para todo o ano-calendário.

O prazo para a inscrição de empresas no SIMPLES NACIONAL é o último dia do mês de janeiro, observando-se que a opção serve para todo o exercício, não se podendo mais mudar de regime de tributação no exercício em que fez a opção pelo Simples Nacional.

No momento da opção, o contribuinte deverá prestar declaração de que sua atividade não é impedida de optar pelo SIMPLES NACIONAL.

Caso a opção pelo SIMPLES NACIONAL não seja aceita pela SRFB, será expedido termo de indeferimento por autoridade fiscal integrante da estrutura administrativa do respectivo ente federativo, que decidiu o indeferimento, inclusive na hipótese da existência de débitos tributários.

E, no caso de decisão administrativa definitiva ou judicial deferindo a opção pelo Simples Nacional com efeitos retroativos, os tributos e contribuições devidos pelo Simples Nacional poderão ser recolhidos, sem a cobrança de multa de mora, mas tão somente com a cobrança de juros de mora.

4.2.4 – Abrangência do Simples Nacional

Segundo Luís Martins de Oliveira, com fundamento na LC 123/2006, os impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional seguem o que está disposto na Lei nº 9.317, de 05 de dezembro de 1996, determinando que a inscrição no Simples implica o pagamento mensal unificado dos seguintes impostos:

 Contribuição para o PIS/PASEP.

 Contribuição Social Sobre o Lucro (CSLL).

 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).  Contribuição para a Seguridade Social a cargo da Pessoa Jurídica. Além do mais, segundo a Lei Complementar n.º 123/2006, o Simples Nacional poderá incluir o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) ou o Imposto Sobre Serviço de qualquer natureza (ISS), devido por micro empresa ou empresa de pequeno porte. No entanto, para isso, é necessário que a Unidade Federada (UF) ou o Município onde a empresa esteja estabelecida venha a aderir ao Simples, mediante convênio.

Não poderá pagar o ICMS pelo Simples, ainda que a UF onde esteja estabelecida seja conveniada, a empresa que:

a) seja estabelecida em mais de uma UF;

b) exerça, mesmo que parcialmente, atividade de transporte interestadual ou intermunicipal.

O art. 5º da Instrução Normativa da SRF N.º 608, de 09 de janeiro de 2006, Diário Oficial da União de 12 de Janeiro de 2006, em seu §8º determina que as empresas optantes do Simples Nacional, são dispensadas do recolhimento das demais contribuições tais como:

 Serviço Social do Comércio (SESC), ao Serviço Social da Indústria (SESI);

 Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC);

 Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE);

 Salário educação e contribuição Sindical Patronal.

4.2.5 - Não Abrangência do Simples Nacional

Segundo Oliveira (2006), a Lei nº 9.317 § 2º estabelece que o pagamento na forma do parágrafo anterior não exclui a incidência dos seguintes impostos ou contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas:

a) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF;

b) Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros - II;

c) Imposto sobre Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou Nacionalizados - IE;

d) Imposto de Renda, relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa jurídica e aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável, bem assim relativo aos ganhos de capital, obtidos na alienação de ativos;

e) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR;

f) Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira - CPMF; g) Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS; h) Contribuição para a Seguridade Social, relativa ao empregado.

4.2.6 – Recolhimento do Simples Nacional

Segundo a Revista Meu Próprio Negócio a LC 123/2006 determina que a alíquota do Simples Nacional aplicada para se calcular o valor do tributo vai depender do tipo de atividade da empresa e de sua Receita Bruta.

Para cada ramo de atividade existe uma tabela específica dividida em Comércio, Serviços e Indústria para esse cálculo, sendo que cada uma possui várias faixas de alíquotas, que variam conforme o valor da receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração. Ou seja, a alíquota aumenta conforme sobe o valor do faturamento acumulado do ano. Assim, multiplicando a receita bruta do mês, pela alíquota, encontra-se o valor a ser pago.

No portal do Simples Nacional (www.receita.gov.br), existe o aplicativo Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (PGDAS), que calcula o valor e gera a Guia para pagamento do imposto denominado DAS.

O pagamento do DAS é mensal e seu prazo de vencimento é sempre o dia 20 do mês seguinte, sem possibilidade de pagamento parcelado. (www.receitafederal.gov.br). Ainda, segundo a Revista Meu Próprio Negócio (2012) uma vantagem para os optantes do Simples Nacional foi a diminuição do recolhimento à Previdência Social, uma vez que o percentual a ser recolhido pelas empresas optantes pelo Simples deve ser feito à parte, na Guia de Recolhimento da Previdência Social (GPS), sobre o valor

retido das contribuições dos funcionários, autônomos e pró-labore da folha de pagamento. A alíquota de 20%, cobrada para a Previdência Social, como contribuição da empresa, não é cobrada às empresas optantes do Simples Nacional.

Segundo Rezende(2010), a Lei 123/2006 estipula que o SIMPLES NACIONAL trouxe alguns benefícios quanto às obrigações acessórias, que são as obrigações exigidas pelo fisco, além do recolhimento, tais como a de declarar os impostos devidos e enviá-los à Receita Federal, organizar a documentação entre outras.

As principais mudanças foram as seguintes:

 Fazer declaração única e simplificada à Receita Federal;

 Emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, não sendo obrigatória a

 utilização do ECF ou do TEF;

 Manter o livro-caixa em que será escriturada sua movimentação financeira e bancária, não exigindo a obrigação da escrita contábil;  Entregar declaração eletrônica que deve conter os dados referentes

aos serviços prestados ou aos serviços contratados a terceiros.

4.2.7 - Obrigações Trabalhistas

Conforme a LC 123/2006, da mesma maneira que existe simplificação em relação às obrigações acessórias, também foram simplificadas as obrigações trabalhistas, tendo sido dispensadas as seguintes exigências:

 Afixação de quadro de trabalho em suas dependências;

 Anotação das férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de registro;

 Empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem;

 Posse do livro intitulado: ¨Inspeção do trabalho¨;

 Comunicação ao Ministério do Trabalho e Emprego sobre a concessão de férias coletivas.

Segundo Rezende (2010), na legislação do Simples Nacional ainda foram mantidos como obrigatórios os seguintes procedimentos:

 Arquivamento dos documentos comprobatórios de cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias, enquanto não prescreverem essas obrigações;

 Apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP);  Apresentação das Relações Anuais de Empregados e da Relação

Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

4.2.8 – Desobrigação da Escrituração Contábil

A Lei Complementar 123/2006 também reconheceu a não-obrigatoriedade da escrituração contábil para esses contribuintes. Para atender à legislação, basta escriturar o Livro-caixa, que deverá conter também a movimentação bancária; deverá ainda realizar o registro de inventário com informações sobre os estoques existentes no final de cada exercício.

Segundo Pêgas (2011), a realização da escrituração contábil é muito importante para as empresas, uma vez que constitui um grande auxílio no controle de suas atividades, e é exigida pelo Código Comercial Brasileiro, pois serve como instrumento de prova em juízo e em eventuais acertos de direitos dos sócios, acionistas, seus herdeiros e sucessores.

No Livro-caixa é registrada somente a movimentação financeira, não se registrando as compras e vendas a prazo, os empréstimos e os demais valores a pagar e a receber.

Por esse motivo, a realização de um controle contábil e o levantamento de balancetes, reduz a insegurança e os prejuízos que podem ser acarretados pela falta de registro dos direitos e obrigações da empresa.

A Lei 10.406/2002, do novo Código Civil, assegura tratamento diferenciado, simplificado e mais favorável aos pequenos empresários (art. 1.179, $ 2°), dispensando- os de escrituração contábil regular.

4.2.9- Limites para Enquadramento no Simples Nacional

Segundo a LC 123 de 14/12/2006, Capítulo II, artigo 3°, inciso I, as micro empresas são as que possuem um faturamento de, no máximo, R$ 360.000,00 por ano e

as pequenas devem faturar entre R$ 360.000,01 e R$ 3.600.000,00. Assim, para que as micro e pequenas empresas possam fazer a opção de aderir ao Simples Nacional, não poderão ultrapassar esses limites de faturamento bruto anual.

A receita considerada pelo Simples Nacional é a Receita Bruta auferida através das atividades da empresa, não compreendendo as demais receitas eventualmente obtidas, podendo ser excluídas: devoluções de vendas, vendas canceladas, descontos incondicionais (comerciais, concedidos na nota fiscal), e IPI e ICMS ST (Substituição Tributária).

Não são incluídas, para o Simples Nacional, as receitas financeiras, de modo que o IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) incidente sobre essas receitas, não é passível de recuperação, sendo de caráter definitivo, e tratado como despesa pelo contribuinte.

4.2.10 - Pessoas Jurídicas Excluídas da Opção

Segundo Higuchi (2012), os artigos 3° e 17 da LC N° 123 de 2006 vedam a opção pelo SIMPLES Nacional, nas seguintes hipóteses:

 No caso da microempresa, quando a receita bruta do ano calendário anterior for superior a R$ 360.000,00;

 No caso da empresa de pequeno porte, quando a receita bruta do ano calendário anterior for superior a R$ 3.600.000,00.

 Fica ainda impedida de se enquadrar no SIMPLES, a empresa que:  Tenha participação no seu capital de outra pessoa jurídica;

 Seja filial, sucursal, agência ou representação, no país, de pessoa jurídica com sede no exterior;

 Tenha sócio domiciliado no exterior;

 Tenha participação no seu capital de entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal;

 Tenha participação no seu capital de pessoa física com firma individual, ou que seja sócia de uma empresa enquadrada no SIMPLES Nacional, caso a receita global ultrapasse R$ 3.600.000,00 no ano calendário;

 Tenha um titular ou sócio que participe, com mais de 10%, do capital de outra empresa não inscrita no SIMPLES Nacional, se a receita bruta global ultrapassar o valor de R$ 3.600.000,00;

 Participe do capital de outra pessoa jurídica;

 Seja constituída sob a forma de cooperativa, com exceção das de consumo;  Exerça atividade de instituição financeira ou similar, ou factoring;

 Seja resultante de cisão nos últimos cinco anos calendários;  Seja constituída sob a forma de sociedade por ações;

 Possua débito com o INSS ou com as fazendas públicas federal, estadual ou municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;

 Preste serviços de transporte intermunicipal ou interestadual de passageiros;  Seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia

elétrica;

 Exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas;  Exerça atividade de importação de combustíveis;

 Exerça atividade de produção ou venda no atacado de: cigarros, cigarrilhas, charutos, filtro para cigarros, armas de fogo, munições e pólvora, explosivos e detonantes; exerça atividade de produção ou venda no atacado das bebidas a seguir descritas: alcoólicas; refrigerantes, inclusive águas carbonizadas gaseificadas; preparações compostas, não alcoólicas (extratos concentrados ou sabores concentrados), para elaboração de bebida refrigerante, com capacidade de diluição de até 10 (dez) partes da bebida para cada parte do concentrado; cervejas sem álcool;

 Tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitui profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviços de instrutor, corretor, despachante ou qualquer tipo de intermediação de negócios;

 Realize cessão ou locação de mão de obra;  Realize atividade de consultoria;

 Dedique-se ao loteamento ou incorporação de imóveis;

 Realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir à prestação de serviços tributados pelo ISS;

 Não possua inscrição, ou esteja com irregularidade em cadastro federal, municipal ou estadual, quando exigível.

4.2.11 - Exclusão do Simples Nacional

A exclusão do SIMPLES NACIONAL poderá ser feita de duas formas: mediante comunicação do próprio contribuinte, ou por ofício.

A exclusão por parte do próprio contribuinte pode ser feita por opção ou por obrigatoriedade, quando este incorrer em uma das proibições apresentadas pela lei.

Segundo o artigo 30 da LC 123/2006, a exclusão poderá ser formalizada pela empresa, mediante alteração cadastral, firmada por seu representante legal e apresentada à unidade da Receita Federal.

Segundo Higuchi (2012), a exclusão por oficio ocorrerá quando a pessoa jurídica incorrer nas seguintes irregularidades:

 For verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória;  For oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa

não justificada de exibição de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem como pelo não-fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar, e nas demais hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da força pública;

 For oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao estabelecimento, ao domicílio fiscal, ou a qualquer outro local onde desenvolvem suas atividades ou onde se encontram bens de sua propriedade;

 Quando sua constituição ocorrer por interpostas pessoas;

 Tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto nesta lei complementar;

 A empresa for declarada inapta, na forma dos art. 81 e 82 da Lei 9.430, de 27 de dezembro de 1996, e alterações;

 Comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho;  Houver falta de escrituração do Livro-caixa, ou não permitir a

identificação da movimentação financeira, inclusive bancária;  For constatado que durante o ano calendário o valor das despesas

pagas supera em 20% o valor dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade; ou

 For constatado que durante o ano calendário, o valor das aquisições de mercadorias para comercialização ou industrialização, ressalvadas

hipóteses justificadas de aumento de estoque, for superior a 80% dos ingressos dos recursos no mesmo período, excluído o ano do início de atividade.

Segundo Higuchi (2012), a exclusão de ofício (exceto a descrita na letra A) produzirá efeitos a partir do próprio mês em que forem detectadas as irregularidades,

Documentos relacionados