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CAPÍTULO 6: RESULTADOS DA ANÁLISE DO PÓS-TESTE

6.2 ANÁLISE DO PÓS-TESTE

A análise realizada foi de cunho essencialmente qualitativo. Assim como no pré-teste, as questões foram avaliadas tanto isoladamente, quanto por bloco temático (“Natureza da Ciência”, “História da Ciência no Ensino”). É importante destacar ainda que as categorias de análise foram elaboradas tendo em vista ideias centrais das respostas dos participantes. Entretanto, diferentemente do pré-teste, esse instrumento abordou as duas temáticas de forma unificada (as questões 1 e 2 tratavam de NdC e as questões 3 e 4, de HFC no Ensino). Para facilitar a compreensão pelo leitor, optou-se por elaborar separadamente uma tabela para cada uma das quatro questões que compõem o pós-teste.

6.2.1 BLOCO “NATUREZA DA CIÊNCIA”

A tabela a seguir mostra, para o bloco “Natureza da Ciência”, as questões que o compõe, as categorias de análise propostas e a classificação das respostas obtidas:

Tabela 9: Bloco “Natureza da Ciência” - 1

BLOCO QUESTÃO CATEGORIA PERCENTAGEM (%) PARTICIPANTE

Natureza da Ciência Q1 As discussões não abalaram as concepções sobre a NdC, pois já tinha conhecimento acerca da temática 22,2 PP14, PP15 PP7, PP13, As discussões não 27,7 PP1, PP3, PP4,

abalaram as concepções sobre a NdC, mas ampliaram o conhecimento acerca da temática PP17, PP18 As discussões abalaram em parte as concepções acerca da temática 11,2 PP2, PP16 As discussões abalaram as concepções acerca da temática 33,3 PP5, PP6, PP9, PP10, PP11, PP12 Não respondeu 5,6 PP8

Na questão 1, solicitaram-se aos participantes que se manifestassem a respeito da seguinte pergunta: “Durante a oficina discutimos seis aspectos de Natureza da Ciência: ‘o conhecimento científico não é estático e convergente, mas mutável, provisório e ilimitado’; ‘a ciência é criativa na invenção de conceitos e explicações’; ‘não há nenhum método científico único universal’; ‘as observações são dependentes de pressupostos teóricos’; ‘o desacordo entre os cientistas sempre é possível’; ‘o raciocínio científico não se estabelece sem apelar para fontes sociais, morais, espirituais e culturais’. Sua visão sobre essas questões de NdC foram

‘abaladas’ com as discussões durante a oficina? Expresse sua visão atual sobre esses aspectos”.

Solicitou-se, numa primeira parte do questionamento, a auto avaliação dos participantes quanto ao impacto da oficina em relação às suas visões de NdC. Em seguida, numa segunda parte, solicitou-se que expressassem “visão” atual acerca dos seis conteúdos de NdC enfaticamente discutidos durante a oficina.

Esse item do pós-teste foi, portanto, analisado em dupla perspectiva. Inicialmente, na presente seção, as duas partes que compõem o questionamento foram analisadas do ponto de vista da auto avaliação do participante.

Complementarmente, numa segunda perspectiva, a resposta de cada indivíduo a esse item foi comparada ao seu pré-teste. A intenção foi investigar se aquilo que o indivíduo reconheceu estava de acordo com o que se pôde identificar em termos de possíveis mudanças quando a comparação foi realizada.

Retornando, portanto, à primeira perspectiva, as respostas apresentadas foram analisadas com base nas categorias “Não abalaram, pois já tinha conhecimento acerca da temática”, “Não abalaram, mas ampliaram o conhecimento

acerca da temática”, “Abalaram em parte as concepções acerca da temática”, “Abalaram as concepções acerca da temática” e “Não respondeu”.

De forma geral, os 22,2% dos participantes (PP7, PP13, PP14 e PP15) cujas respostas foram enquadradas na primeira categoria indicaram explicitamente que as discussões ocorridas durante a oficina não contribuíram para abalar suas concepções acerca da temática NdC. Ao justificarem suas respostas, alguns indivíduos expressaram espontaneamente que já haviam tido contato com essa temática em momento anterior à oficina. Esse fato traz certa preocupação tendo em vista que todos esses indivíduos manifestaram visões inadequadas em pelo menos um dos itens do pré-teste. O indivíduo PP15, por exemplo, afirmou que sua “visão” não foi abalada, pois “já tinha pago uma disciplina na universidade, que antemão já teria visto estes aspectos”. Esse mesmo indivíduo não reconheceu a inexistência do “método científico”, nem a relação de dependência entre observação e pressupostos teóricos quando questionado no pré-teste.

Já os participantes PP1, PP3, PP4, PP17 e PP18 (correspondente a 27,7 %) tiveram suas respostas englobadas na categoria “Não abalaram, mas ampliaram o conhecimento acerca da temática”. Expressaram claramente que as discussões ocorridas no decorrer da oficina não foram conflitantes, mas contribuíram de forma a “fundamentar”, “acrescentar” ou “esclarecer” alguns conteúdos de NdC. O indivíduo PP18, por exemplo, ao se referir à influência de fatores extra-científicos afirmou que a oficina proporcionou a ele “observar mais nitidamente esses fatores de influência sobre as produções científicas”.

Na categoria “Abalaram em parte as concepções acerca da temática” têm-se as respostas dos participantes PP2 e PP16. Cada um deles explicitou o aspecto de NdC “abalado” com as discussões no decorrer da oficina. O indivíduo PP2, por exemplo, quando perguntado sobre esses possíveis “abalos” em sua visão acerca da temática, respondeu: “Um pouco. Por ter tido um pouco de contato com esses temas ao longo da graduação, alguns desses conceitos não foram novidades. No entanto, um deles em especial (“a ciência é criativa na invenção de conceitos e explicações”) me chamou mais atenção e me fez refletir sobre alguns exemplos que facilmente encontramos ao longo da história da ciência [...]”. Já PP16, afirmou que “o aspecto que sofreu um ‘abalo’, pode-se dizer assim, foi aquele que tratava do ‘método científico único, universal’, pois pensava existir tal método e pelo que entendi existem vários métodos e não um único e universal”.

Na categoria “Abalaram as concepções acerca da temática”, notou-se um resultado satisfatório para o contexto do presente trabalho: a maior parte das respostas dos participantes concentrou-se nessa classificação (33,3%). Foram classificadas as respostas dos indivíduos (PP5, PP6, PP9, PP10, PP11 e PP12), os quais manifestaram explicitamente que sua “visão” acerca dos conteúdos de NdC abordados durante a oficina foi “abalada”.

Limitou em parte a análise da auto avaliação (bem como a comparação com o pré-teste) o fato de que somente o participante PP5 manifestou sua visão atual acerca de todos os seis aspectos. O indivíduo PP9 manifestou-se apenas acerca da inexistência do “método científico” e PP6, acerca da “provisoriedade” e dos “fatores extra-científicos”. No entanto, um dado positivo e bastante interessante foi que o indivíduo PP12 explicitou uma reflexão aprofundada, contrapondo a influência de sua formação acadêmica durante o curso de graduação e a influência das discussões durante a oficina para “sua construção” acerca de como a ciência funciona. Esse indivíduo explicitou: “durante toda a vida acadêmica fomos induzidos a pensar de uma forma completamente diferente do que foi abordado na oficina, como se a ciência fosse uma coisa perfeita e imutável, agora vejo de um ângulo diferente sobre esse aspectos podendo abranger mais sobre o tema e não aceitar as coisas como se fossem verdades absolutas”.

Pode-se notar acerca do item 1, um resultado satisfatório referente ao “abalo” causado pela oficina ao possibilitar o contato dos professores e futuros professores com visões coetâneas acerca da NdC. Considerou-se significativo que para 66,7% dos participantes as discussões realizadas na oficina tenham influenciado em suas visões sobre a NdC (abalaram, abalaram em parte, fundamentaram melhor). Ademais, os 27,7% que negaram esse tipo de impacto da oficina, justificaram que já estavam familiarizados com esse tipo de discussões. Vale destacar, ainda, que nenhum indivíduo manifestou-se contrário à perspectiva de que a oficina poderia ter esse impacto.

Agregou-se a esse bloco o item 2 do presente instrumento. Os participantes tiveram de refletir acerca da seguinte pergunta: “Você abordaria esse tipo de conteúdo em suas aulas? Explique”. Como resultado da análise tem-se a tabela abaixo:

Tabela 10: Bloco “Natureza da Ciência” - 2

BLOCO QUESTÃO CATEGORIA PERCENTAGEM (%) PARTICIPANTE

Natureza da Ciência Q2 Abordaria a temática NdC nas aulas 72,2 PP3, PP4, PP5, PP6, PP7, PP9, PP10, PP12, PP13, PP14, PP15, PP17, PP18 Talvez abordasse a

temática NdC nas aulas 5,6 PP11

Já aborda a temática

NdC nas aulas 5,6 PP1

Gostaria de abordar a temática NdC nas aulas, mas reconhece

que teria dificuldades

11,2 PP2, PP16

Não respondeu 5,6 PP8

Nesse item, objetivou-se avaliar a sensibilização desses indivíduos, pós- oficina, para a abordagem da NdC em suas aulas.52 As respostas foram analisadas com base nas categorias “Abordaria a temática NdC nas aulas”, “Talvez abordasse a temática NdC nas aulas”, “Já aborda a temática NdC nas aulas”, “Gostaria de abordar a temática NdC nas aulas, mas reconhece que teria dificuldades” e “Não respondeu”.

A maioria dos indivíduos (PP3, PP4, PP5, PP6, PP7, PP9, PP10, PP12, P13, PP14, PP15, PP17 e PP18) teve sua resposta classificada na primeira categoria. Indicaram explicitamente que estavam sensíveis quanto à abordagem de discussões acerca da natureza da atividade científica em suas aulas. Alguns indivíduos expressaram a finalidade com que abordariam as discussões sobre NdC em suas aulas: preparar o educando para a sociedade (PP9), “fugir” do tradicionalismo (PP13 e PP15), evitar estereótipos deformados acerca da ciência (PP18). Outros ressaltaram em que momento a utilizariam: em todos os conteúdos ministrados (PP3), sempre que for possível relacionar a NdC com o conteúdo ministrado (PP5), sempre que o conteúdo permitir (PP7). Outros, ainda, justificaram o porquê da abordagem de NdC a partir das possíveis contribuições para o Ensino: estimularia a criticidade dos alunos (PP12), romperia com a ideia de que a ciência se desenvolve linearmente (PP17), mostraria a História (PP4), auxiliaria na compreensão dos conteúdos de Física (PP6 e PP10).

52 A comparação entre o pré e o pós-teste pode contribuir no sentido de que se possa dizer se

Na categoria “Já aborda a temática NdC nas aulas” foi classificada a resposta do indivíduo PP1. Esse participante afirmou que já realizava discussões sobre NdC em suas aulas. Nesse caso particular, ressalta-se que esse indivíduo manifestou visões coetâneas em vários itens do pré-teste (tanto sobre NdC quanto sobre HFC no Ensino), reforçando a formação de um esquema conceitual relativamente integrado que demonstram um padrão de coerência “adequado” em suas respostas, o qual, de acordo com a afirmação do próprio participante, se reflete no planejamento de suas aulas.

Na categoria “Talvez abordasse a temática NdC nas aulas” foi classificada apenas a resposta do indivíduo PP11. Esse participante reconheceu a relevância desse tipo de reflexão, explicitando oposição a uma imagem ingênua de ciência que se desenvolveria linearmente, mas demonstrou insegurança para conduzi-la.

Essa categoria tangencia a quarta categoria estabelecida na análise: “Gostaria de abordar a temática NdC nas aulas, mas reconhece que teria dificuldades”. PP2 e PP16, classificados nessa categoria, manifestaram o interesse em abordar discussões sobre NdC em suas aulas, mas afirmaram que a falta de preparo para lidar com os obstáculos acerca da transposição da HFC para o contexto educacional discutidos durante a oficina (FORATO, 2009) traria dificuldades. Atribuíram esse despreparo à lacuna na formação acadêmica.

Nota-se, portanto, que todos os 17 participantes que responderam ao pós- teste (PP8 não respondeu a nenhuma questão) mostraram-se sensibilizados quanto à relevância da abordagem de conteúdos de NdC em sala de aula. Entre esses, no entanto, 3 mostraram-se inseguros quanto a fazê-lo, o que demonstra a necessidade de outras intervenções com objetivos semelhantes aos contemplados pela oficina no contexto de formação dos professores.

6.2.2 BLOCO “HISTÓRIA E FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENSINO”

O bloco “História e Filosofia da Ciência no Ensino” foi composto pelas questões 3 e 4 do instrumento de pesquisa. Essas questões trataram, respectivamente, da visão dos participantes da oficina acerca da HFC como uma possibilidade para abordagem de NdC, da avaliação desses indivíduos no que se refere à disponibilidade de materiais históricos semelhantes aos utilizados na oficina, aos conhecimentos de outros aspectos de NdC e à competência para elaboração de

propostas didáticas em si. No decorrer da presente seção discutem-se as questões que compõe o bloco “História e Filosofia da Ciência no Ensino”, as categorias de análise propostas e a classificação das respostas dos participantes para cada item.

Na primeira questão os participantes foram solicitados a comentar a seguinte afirmação: “A História da Ciência é uma possibilidade de ensinar de forma contextualizada os conteúdos de Natureza da Ciência”. As respostas foram classificadas em 7 categorias: “A HC é uma ferramenta para ensinar sobre NdC de forma contextualizada” (61,1%), “A HC é necessária para discutir ciência” (5,6%), “A HC possibilita ensinar Física sem cálculos matemáticos” (5,6%), “A HC possibilita aproximar o aluno das grandes descobertas científicas” (5,6%), “A HC possibilita maior envolvimento e maior aprendizado do aluno” (5,6%), “A HC possibilita compreender o comportamento da natureza ao longo da história” (5,6%), “Não compreendeu / Não respondeu” (11,2%). Abaixo segue a tabela que resume a referida classificação:

Tabela 11: Bloco “História da Ciência no Ensino” - 1

BLOCO QUESTÃO CATEGORIA PERCENTAGEM (%) PARTICIPANTE

História da

Ciência no Ensino Q3

A HC é uma ferramenta para ensinar sobre NdC

de forma contextualizada 61,1 PP1, PP2, PP5, PP7, PP9, PP10, PP11, PP15, PP16, PP17, PP18 A HC é necessária para discutir ciência 5,6 PP14 A HC possibilita ensinar física sem cálculos

matemáticos

5,6 PP4

A HC possibilita aproximar o aluno das

grandes descobertas científicas 5,6 PP13 A HC possibilita maior envolvimento e maior aprendizado do aluno 5,6 PP12 A HC possibilita compreender o comportamento da natureza ao longo da história 5,6 PP6 Não respondeu 11,2 PP3, PP8

As respostas enquadradas na primeira categoria (PP1, PP2, PP5, PP9, PP10, PP11, PP15, PP16, PP17 e PP18) manifestam concordância com o argumento sustentado pela oficina: a HFC para a abordagem de mensagens sobre a NdC possibilitaria uma compreensão mais “adequada” acerca de como a ciência

funciona. Considera-se um impacto positivo da oficina tendo em vista que os indivíduos PP5, PP9, PP10, PP11, PP15 e PP16 havia se manifestado inadequadamente acerca dessa temática no pré-teste.

Já os indivíduos cujas respostas foram classificadas nas cinco categorias seguintes (28%) manifestaram-se de maneira confusa acerca da compreensão da HFC como uma possibilidade para discutir contextualizadamente sobre NdC, divergindo da perspectiva que se procurou enfatizar durante a oficina. Esse resultado aponta para a necessidade de outras intervenções com objetivos semelhantes.

O indivíduo PP14, por exemplo, explicitou que a HFC seria condição necessária para discutir ciência; PP4 referiu-se a HFC como uma possibilidade para “ensinar física sem cálculos”; PP13 manifestou uma visão empírico-indutivista relacionada à ideia de descoberta científica; PP12 afirmou que a HFC possibilitaria maior envolvimento e aprendizado por parte dos alunos; e o indivíduo PP6 relacionou a HFC com o comportamento da natureza ao longo da História. Esse último manifestou uma interpretação particular e bastante curiosa acerca da HFC e da NdC, afirmando, por exemplo, que a HFC possibilita compreender como “[...] a natureza se comportou durante a história [...]” e “[...] através destas informações, expor, de uma maneira mais didática, aos alunos que a natureza é mutável e que essas mudanças são fundamentais para o desenvolvimento do conhecimento”. Observa-se que esses indivíduos manifestaram uma visão ingênua e distorcida acerca do papel da HFC no Ensino.

Agregou-se a esse bloco o item 4 do presente instrumento. Os participantes tiveram de refletir acerca da seguinte pergunta: “Pensando na ‘reprodução’ do mesmo tipo de abordagem explícita e contextualizada realizada na oficina para

outros conteúdos de Natureza da Ciência por meio de outras temáticas históricas (História da Mecânica, História da Óptica, etc.) ... Explicite como você se sente acerca dos seguintes tópicos: Disponibilidade de materiais históricos (semelhantes aos disponibilizados na oficina) para consulta e subsídio ao professor; Conhecimento de outros conteúdos de Natureza da Ciência; Competência para a elaboração da proposta didática em si”.

A tabela a seguir expõe os três tópicos discutidos acerca desse item, bem como as categorias específicas para cada tópico:

Tabela 12: Bloco “História da Ciência no Ensino” - 2

BLOCO QUESTÃO TÓPICO CATEGORIA PERCENTAGEM (%) PARTICIP

História da Ciência Q4 Disponibilidade de materiais históricos para subsídio ao professor Existe uma carência desse tipo de material 61,1 PP1, PP2, PP4, PP9, PP10, PP11, PP12, PP13, PP14, PP15, PP17 Não sabe onde

pesquisar esse tipo de material

5,6 PP16

Não possui esse

tipo de material 11,2 PP7, PP18 Citou materiais, mas não se posicionou acerca deles 5,6 PP6 Não compreendeu / Não respondeu 16,6 PP3, PP5, PP8 Conhecimento de outros conteúdos de Natureza da Ciência Tem pouco conhecimento acerca desses conteúdos 50 PP2, PP5, PP7, PP9, PP10, PP11, PP12, PP14, PP18 Possui conhecimento acerca desses conteúdos 11,2 PP15, PP16 Não se posicionou acerca de outros conhecimento sobre NdC 11,2 PP1 Outros 16,6 PP4, PP6, PP13 Não respondeu / Não sabe 11,2 PP8, PP17 Competência para elaboração de proposta didática em si Não se sente competente para elaborar a proposta didática 44,4 PP5, PP7, PP9, PP10, PP12, PP14, PP16, PP17, É possível elaborar esse tipo de proposta 22,2 PP2, PP6, PP11, PP18 É difícil elaborar esse tipo de proposta 22,2 PP1, PP4, PP13, PP15 Não respondeu 5,6 PP8

O tópico “Disponibilidade de materiais históricos para subsidiar professores” foi analisado com base em 5 categorias: “Existe uma carência desse tipo de material” (61,1%), “Não sabe onde encontrar material desse tipo” (5,6%), “Não

possui esse tipo de material”(16,6%), “Citou materiais, mas não se posicionou acerca deles” (5,2%%) e “Não compreendeu / Não respondeu”(16,6%).

Na primeira categoria foi classificada a maioria das respostas dos participantes (PP1, PP2, PP4, PP9, PP10, PP11, PP12, PP13, PP14, PP15 e PP17). Os indivíduos que tiveram suas respostas enquadradas nessa categoria manifestaram alguma referência explícita a “pouca disponibilidade de material”, “carência de material” ou “são raros os materiais”, por exemplo. Esse resultado reforçou um dos pressupostos para o presente trabalho: a existência de uma lacuna no que se refere á disponibilidade de materiais didáticos para subsidiar interessados no uso da HFC no Ensino tendo em vista discutir mensagens de NdC.

Já o indivíduo PP16 teve sua resposta classificada na categoria “Não sabe onde pesquisar materiais desse tipo”. Esse participante foi categórico quando respondeu a esse item: “Quanto a materiais históricos não sei onde encontrá-lo, na verdade nunca tive essa preocupação antes da oficina [...]”. Diante de parte da resposta percebeu-se um resultado positivo acerca da oficina: possibilitar aos professores o contato com discussões sobre HFC e NdC, bem como sensibilizá-los para a importância de reflexões desse tipo.

Na categoria “Não possui esse tipo de material” foram classificadas 11,2% das respostas (PP7 e PP18). Ao se manifestarem acerca do primeiro tópico, esses indivíduos expressaram não dispor desse tipo de material para consulta.

Já o indivíduo PP6 apenas citou tipo de materiais que eventualmente poderiam subsidiar iniciativas semelhantes as da oficina, mas não se posicionou quanto a como se sente em relação a esse tópico. Sua resposta foi classificada na categoria “Citou materiais, mas não se posicionou acerca deles” (5,6%).

Sintetizando os resultados obtidos acerca do item “Disponibilidade de materiais históricos para subsídio ao professor”, pôde-se perceber que todos os indivíduos (unanimidade entre os participantes) manifestaram suas respostas na direção da pouca disponibilidade desse tipo de material de apoio.

No que se refere ao segundo tópico do item 4 (“Conhecimento de outros conteúdos de Natureza da Ciência”), as respostas foram classificadas nas categorias “Tem pouco conhecimento acerca desses conteúdos” (50%), “Possui conhecimento acerca desses conteúdos” (11,2%), “Não se posicionou acerca de outros conhecimento sobre NdC” (11,2%), “Outros”(16,6%) e “Não respondeu / Não sabe” (11,2%).

Os indivíduos que tiveram suas respostas enquadradas na primeira categoria “Tem pouco conhecimento acerca desses conteúdos” (PP2, PP5, PP7, PP9, PP10, PP11, PP12, PP14, PP18), explicitaram um déficit quanto a conhecimentos desses conteúdos. Tal resultado reforça a necessidade de outras intervenções na formação de professores com o objetivo de discutir sobre NdC.

Outros indivíduos (PP15, PP16) revelaram possuir conhecimento acerca dos conteúdos de NdC (segunda categoria). Fato que reforça a preocupação acerca desses indivíduos e a necessidade de outras intervenções na formação de professores, tendo em vista que haviam se manifestado ingenuamente acerca da “metodologia científica” e da relação de dependência entre observação e pressupostos teóricos, por exemplo.

Por fim, os participantes tiveram de se manifestar acerca de como se sentem sobre a competência para elaboração de proposta didática em si, no item 4. As

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