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CAPÍTULO II Contexto Político e Disposições Legais do Ensino de Artes

3. Procedimentos Metodológicos

3.2 Análise dos Autores

Os quadros que seguem situam os principais autores com suas respectivas obras, referenciados na bibliografia básica dos planos de ensino dos professores das IES pesquisadas, de cada disciplina. O texto que segue as tabelas procura localizar o autor e sua obra, e trazer os principais conceitos utilizados por eles no que se refere à arte educação e formação de professores.

Metodologia do Ensino da Arte

Autor Obras

Barbosa, Ana Mae

BARBOSA, Ana Mae Tavares Bastos, Inquietações e

mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.

________. Arte/Educação Contemporânea:

Consonâncias Internacionais. (org.) São Paulo: Cortez,

2005.

BARBOSA, Ana M. (Org.). Arte-educação: leitura no subsolo. São Paulo: Cortez, 1997.

________. O ensino das Artes Plásticas nas

universidades. São Paulo: EDUSP, 1993.

________. Tópicos utópicos. Belo Horizonte: C/Arte, 1998. BARBOSA, Ana Mae. John Dewey e o ensino da arte no Brasil. 4.ed. rev. aum. São Paulo: Cortez, 2001. 198p.

Ensino da Arte

Autor Obras

Barbosa, Ana Mae

BARBOSA, Ana Mae Tavares Bastos. A imagem no ensino da

arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva,

1991. –

BARBOSA, Ana Mae. Arte Educação no Brasil: das origens ao modernismo. São Paulo: Perspectiva, 1995.

BARBOSA, Ana Mae Tavares Bastos, Inquietações e

mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.

_________________, Tópicos Utópicos. São Paulo: Cortez, 1996.

BARBOSA, Ana Mae (ORG.). Arte-educação: leitura no subsolo. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2002. 199p.

BARBOSA, Ana Mae. Tópicos utópicos. Belo Horizonte: C/Arte, 1998. 200 p.

BARBOSA, Ana Mae. John Dewey e o ensino da arte no Brasil. 3.ed.rev.aum. São Paulo: Cortez, 2001. 198 p. BARBOSA, Ana Mae (Org.) Arte/educação contemporânea:

consonâncias internacionais. São Paulo: Cortez, 2006.

J. GUINSBURG; BARBOSA, Ana M. O pós-modernismo. Trad. Ana Amália T.B. Barbosa; Jorge Padilha. São Paulo.

Perspectiva, 2005.

Estágio Supervisionado

Autor Obras

Barbosa, Ana Mae

BARBOSA, Ana Mae (org.). Inquietações e mudanças no

ensino da arte. São Paulo. Cortez, 2002.

Nascida no Rio de Janeiro, mas criada em Pernambuco, a principal autora da arte educação no Brasil foi também a primeira a ter o titulo de doutorado em arte educação pela Universidade de Boston, apesar de sua formação ser em Direito. Ana Mae Barbosa é a autora da Proposta Triangular no Brasil, ação educativa aplicada à arte educação. Em algumas de suas obras traz aspectos históricos da trajetória da arte na educação, além de reunir autores

internacionais que discutem as mudanças e pesquisas no universo educacional da arte e da arte educação.

Historiadora do percurso desenvolvido pela arte educação no Brasil, Ana Mae Barbosa no livro “Educação no Brasil: das origens ao modernismo” procura buscar os conceitos históricos que contribuíram par ao preconceito contra a arte educação. Traz as influencias metodológicas desde a chegada da Missão Francesa no século XIX, em 1816 ate a Semana de Arte Moderna, em 1922. No livro A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos tempos, Ana Mae Barbosa propõe a abordagem da Metodologia da Proposta Triangular. Para afirmar sua proposta apresenta um estudo de caso: a arte educação no Museu de Arte Contemporânea da USP. Outro texto presente no livro “Tópicos Utópicos” vai se referir a essa abordagem de ensino. A Proposta Triangular ainda está presente na escola e na universidade, sendo a base do projeto pedagógico associado a uma prática artística. Segundo Pillar (1992), essa abordagem de ensino da arte, nos anos 60, foi concebida na Inglaterra e nos Estados Unidos e tem como precursores professores de artes como Manuel Barkan, Elliot Eisner ambos americanos e Richard Hamilton, na Inglaterra. A proposta se fortalece em 1982, com o surgimento do Getty Center for Education in the Arts, onde os pesquisadores Brent Wilson, Ralph Smith e Marjorie Wilson juntamente como Elliot Eisner, adotam essa concepção de ensinar e aprender arte. Preocupados com a posição marginal que ocupava a arte no currículo, defendiam a disciplina como dotada de um corpo de conhecimentos que deveria ser acessível a todos. Neste contexto criam um “conjunto de recursos” de ensino conhecido como DBAE (Discipline-Based Art Education), tratando de forma integrada a produção, a crítica, a estética e a história da arte. Defendiam o corpo teórico como fundamental para a aprendizagem em arte, o que exige do professor estar sempre conectado com o universo da arte. Neste momento a auto-expressão, a emoção como forma de aprender arte não mais eram suficiente. Era preciso um reforço intelectual. Para o contexto brasileiro a proposta de ensinar e aprender arte é denominada Proposta Triangular e passa por adaptação quando assume três vertentes: o fazer artístico, a leitura de imagem (neste item soma-se a estética e a crítica) e

a história da arte. A base da Proposta Triangular: o ver, o fazer e o contextualizar se solidifica em uma pesquisa feita pela autora, utilizando imagens em 1983, no festival de Inverno em Campos do Jordão, onde estavam reunidos professores da rede pública do estado de São Paulo. Essa pesquisa se estende no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e na Secretaria Municipal de Educação sob o comando de Paulo Freire e Mario Cortela. Desde então tornou-se a espinha dorsal da arte educação na escola e na formação de professores de artes na universidade. O ponto principal da proposta triangular é a inserção da imagem da obra de arte na sala de aula, aproximando o ver do fazer, prática ate então criticada pela visão modernista de ensino. A livre expressão e a expressão pessoal do aluno marcaram a arte educação conceituada como modernista. Essa concepção de ensino e aprendizagem em arte entendia o contato com a obra de arte, ou mesmo com a reprodução da obra como negativo, pois incentivaria a cópia. Esse ponto de vista de ensino na área de artes é à base do Movimento da Escola Nova, introduzida no Brasil por Anísio Teixeira nos anos 30, aluno no Teachers College da Columbia University de John Dewey reconhecido como um dos fundadores da escola filosófica do Pragmatismo. A arte é entendida como experiência final.

A Proposta Triangular propõe um novo enfoque de construção de conhecimento: saber consciente e o comprometimento em se estudar a cultura e a história da arte na educação. Neste sentido, a arte educação almeja contribuir para o desenvolvimento intelectual e crítico do aluno. A autora lembra que por estar atenta as condições estéticas e culturais do pos modernismo, onde a arte erudita e a popular são objetos de estudo em igualdade de importância; onde o contexto em que a obra foi produzida é investigado, a proposta triangular é denominada pós-moderna.

Critical Studies é a manifestação pós-moderna inglesa no

Ensino da Arte, como o DBAE é a manifestação americana e a Proposta Triangular a manifestação pós-moderna brasileira, respondendo às nossas necessidades, especialmente a de ler o mundo criticamente (BARBOSA,

Assim a Proposta Triangular adaptada para o Brasil por Barbosa visa contribuir para a aprendizagem em arte conectada ao pos modernismo, buscando o desenvolvimento da consciência critica. A autora Ana Mae Barbosa defende a aprendizagem da arte e o ensino da arte como experiência cognitiva defendendo a importância do ver com o fazer, que neste sentido busca o significado também para a vida, no trabalho nas emoções. A coluna central da aprendizagem em arte, um possível caminho que levaria o aluno a aprender arte conectada com seu cotidiano, para a autora, é a proposta triangular. É ela que vai nortear a ação docente e a formação docente em artes. Neste sentido Barbosa propõe-se a contribuir com a aprendizagem, com a arte educação e com a formação dos professores de arte, juntamente com as questões contemporâneas trazida pelos autores estrangeiros reunidos em alguns livros organizados por ela.

Essa ação educativa proposta por Barbosa perpassa a arte educação recomendada pelos documentos oficias: Parâmetros Curriculares Nacionais e Proposta Curricular de Santa Catarina, e por isso se constitui o cerne do ensino de arte nas IES Comunitárias de Santa Catarina. Os demais autores presentes nos currículos pesquisados, trabalham também com a imagem, com diferenças de ênfase teórica como a Semiótica, a Psicologia da Gestalt e a Estética. Neste sentido, a Proposta Triangular permite diferentes enfoques teóricos, buscando a aprendizagem através da experiência e da subjetividade.

Não adotamos um critério de história da arte objetivo e cientifizante que seja apenas prescritivo, eliminando a subjetividade [...] Cada geração tem direito de olhar e interpretar a história de uma maneira própria, dando um significado à história que não tem significação em si mesma (BARBOSA, 1991, p. 38).

Nesta proposta pos moderna para a arte educação, a autonomia do aluno é respeitada, o cenário contemporâneo considerado importante por ser o mundo real do estudante. As abordagens para a arte educação, perpassadas pela Proposta Triangular caminham na busca de experiências significativas que promovam o desenvolvimento crítico do aluno.

Assim Barbosa recupera a filosofia de John Dewey em “Jonh Dewey e o

ensino da arte no Brasil” fruto de sua tese de doutorado na qual a autora refere ser uma estudiosa dos escritos de Dewey acreditando nas contribuições do filósofo para uma concepção de arte libertadora, redimindo sua posição anterior em “Recorte e colagem: influência de John Dewey no

ensino da arte no Brasil”. No livro traz um texto do próprio Dewey sobre a cultura e a indústria na educação, analisa a educação brasileira na voz de Anísio Teixeira e Nereu Sampaio. Discute a organização do ensino público no Estado de Minas Gerais, e a prática da Escola Nova em Pernambuco.

No livro “Tópicos Utópicos”, a autora discute a variedade dos códigos culturais e a diversidade de interpretações e leituras da arte. Debate a multiculturalidade e os entrelaçamento entre educação e meio ambiente. A Proposta Triangular aparece em um dos tópicos do primeiro capítulo.

A qualidade da arte educação na universidade é o tema do livro “O ensino

das Artes Plásticas nas universidades”, fruto das reflexões realizadas por

docentes da área de arte no I Congresso sobre o Ensino das Artes nas Universidades discutindo a técnica, as tecnologias, a fotografia e a pesquisa histórica em artes. O livro está organizado por Barbosa juntamente com Lucrecia D Alécio Ferrara e Elvira Vernaschi.

Em “Arte-educação: leitura no subsolo” apresenta sua pesquisa que registrou as influencias estrangeiras presentes nas dissertações e teses de doutorado e mestrado defendidas entre 1981 e 1993, nas universidades brasileiras. Estas influências estrangeiras marcam a mudança no ensino da arte modernista para o ensino pos moderno. Nesta obra reúne artigos de outros autores como: a entrevista com Ernest Gombrich; textos de Vicente Lanier; Brente Wilson e Marjorie Wilson; Elliot Eisner; Ralf Smith; Robert William Ott; David Thistlewood e May Stokrocki.

Alguns programas do Arte na Escola, apresentados pela TV Escola são discutidos e socializados no livro “Inquietações e mudanças no ensino da

arte”. Reúne autores brasileiros que tratam de temas como multiculturalidade,

interdisciplinaridade, tecnologias contemporâneas e formação de professores.

No livro “O pós-modernismo” organizado junto com Guinsburg; inúmeros autores vão discutir a pos modernidade, o pos modernismo nos eixos da filosofia, ciência, psicologia, política, literatura, e artes em geral.

Mantendo o diálogo com os autores internacionais, Barbosa organiza o livro “Arte/Educação Contemporânea: Consonâncias Internacionais” em seu artigo debate a mediação cultural e as tecnologias contemporâneas. A primeira parte do livro traz a história da arte e seus processos de ensino com autores partindo da história da arte, da crítica, da sociologia, da linguística e da semiótica na leitura de Edward Lucie-Smith e Donald Soucy. Já Annie Smith explora o conceito da história da arte e Jacqueline Chanda traz à discussão as narrativas plurais na interpretação das obras de arte. A segunda parte do livro discute as leituras da obra e do campo de sentido da arte, com Brent

Wilson; David Thistlewood; Kerry Freedman e a autora Barbosa. A terceira

parte do livro é dedicada à interculturalidade; a quarta parte deste livro incide sobre Interdisciplinaridade na arte educação e o livro termina discutindo a avaliação da aprendizagem nas artes visuais. O livro reúne inúmeros autores, pensadores que problematizam questões contemporâneas que perpassam a arte educação.

Também aparecem de forma representativa, na bibliografia básicas das IES pesquisadas as autoras Maria Heloisa C. de T. Ferraz e Maria F. de Rezende e Fusari. A primeira autora Ferraz, é natural de São Paulo, tem sua formação em Desenho e artes plásticas, com mestrado e doutorado na área de artes, atuando como professora de artes. A segunda autora Fusari, é mineira, tem sua formação em pedagogia e em artes plásticas, com especialização em

meios audiovisuais. Também atuou como professora nas escolas para crianças e ensino superior.

As autoras têm duas obras referenciadas na bibliografia básica das disciplinas investigadas, conforme quadro abaixo:

Autor Obras

FERRAZ, Mª. H; FUSARI, Mª. F Metodologia do ensino da arte. Arte na Educação Escolar.

No livro “Metodologia do ensino da Arte” as autoras visam contribuir com a

disciplina de metodologia do ensino de arte, com embasamento prático-teórico, com destaque para a experiência em arte. Todo o livro traz sugestões de atividades e referências de leituras complementares com temas que se propõe pensar o sentido da arte na educação; a trajetória educativa da arte; as tendências pedagógicas. A criança e seu contexto cotidiano finalizam o livro discutindo as metodologias para a arte educação na educação escolar, com foco na importância da avaliação e na experiência estética. Situa a importância das atividades artísticas envolvendo o jogo e a brincadeira tão apreciados pelas crianças. Ressaltam a importância em preparar os alunos para o domínio do vocabulário visual.

A segunda obra indicada “Arte na Educação Escolar”, assim como no primeiro livro, em cada capítulo traz sugestões de atividades e bibliografia complementar de estudo. Nesta obra, as autoras apresentam a sugestão de um programa em arte com perguntas de “o que estudar em arte” e “como estudar arte”. Destacam a importância da estética na educação e de processos articulados com o “fazer, trabalhar, construir”; o “representar” e o “sentir, expressar”. Discutem também as posições epistemológicas e teóricas que permeiam a nomenclatura da arte, diferenciando a Educação Artística, a Educação através da Arte e a Arte Educação.

Um segundo enfoque para a arte educação, que difere da abordagem da Proposta Triangular, mas que apresenta pontos em comum, é a do autor Fernando Hernández, que traz para o currículo os Projetos de Trabalho, e para a arte educação a abordagem da Cultura Visual. Dialogando com os PCNs e a Proposta Triangular desenvolvida por Ana Mae Barbosa, propõe-se a contribuir com a educação brasileira. Segue abaixo quadros por disciplinas e as obras que são referenciadas na bibliografia básica dos planos de ensino das IES pesquisadas

Metodologia do Ensino da Arte

Autor Obras

HERNÁNDEZ, Fernando.

HERNÁNDEZ, Fernando. A organização do currículo por projetos de trabalho. O conhecimento é um

caleidoscópio. 5.ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. 199 p.

Ensino da Arte

Autor Obras

HERNÀNDEZ, Fernando.

HERNÀNDEZ, Fernando. Cultura Visual: Mudança Educativa e Projeto de Trabalho. Porto Alegre, Artmed. 2000.

Estágio Supervisionado

Autor Obras

HERNÁNDEZ, Fernando.

HERNANDEZ, Fernando. Cultura Visual, Mudança Educativa

e Projeto de Trabalho. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

Hernández é doutor em Psicologia e professor de História da Educação Artística e Psicologia da Arte na Universidade de Barcelona. Para a arte educação, o autor Fernando Hernández sugere a abordagem da Cultura Visual, com ênfase na experiência cotidiana do visual, onde os acontecimentos que geram informação ao consumidor são investigados. Unindo a teoria com a prática da vida na sociedade, enraizado nas idéias do filósofo norte americano Jonh Dewey, usa o termo compreensão crítica, no sentido de avaliar e fazer juízo do objeto estudado. Opta por usar o termo artefatos visuais e representações no lugar de imagens. Segundo Sardelich (2006) para o estudo da cultura visual, propõe o uso de estruturas da semiótica, da hermenêutica e do discurso pós-estruturalista. A cultura para o autor está ligada à experiência do cotidiano, independente da ordem cronológica. Esta forma de estudo é entendida como transdisciplinar com múltiplos referentes, estando conectado às questões contemporâneas. O estudo da psicologia, psicanálise, história, antropologia, arquitetura, história da arte entre outros, com seus entrelaçamentos, são abordagens significativas para a Cultura Visual.

A cultura visual é uma trama teórico-metodológica derivada do pós-estruturalismo, os estudos culturais, a nova historia da arte, os estudos feministas, entre outras fontes, que enfatiza não tanto a leitura de imagens como as posições subjetivas que produzem as representações mediadas pelas imagens. Isto significa considerar que as representações visuais são portadoras e mediadoras de posições discursivas que

que fixam a realidade de como olhar e ser olhado. (HERNÀNDEZ, 1998, p. 37-38)

Com base no Construtivismo, o autor sugere para a educação que o currículo parta de uma ação conjunta que ele denomina “Projetos de Trabalho” ação pedagógica como princípio de pesquisa, com o objetivo de educar para compreensão da Cultura Visual. O ponto de partida poderá ser através de uma pergunta, um conflito ou um problema ou uma posição a respeito de algo importante, uma visão de mundo. O trabalho em grupo e a autonomia dos alunos é ponto importante dos Projetos de Trabalho.

Os projetos levam em conta o que acontece fora dos limites da escola, em termos de transformações sociais e saberes socialmente construídos, a grande produção de informação que caracteriza a sociedade atual e, também, o aprender a dialogar de forma crítica com todos esses fenômenos (HERNÀNDEZ, 1998, p. 61).

Propõe esta forma de educação como sendo uma reflexão sobre o tema, e que oportunizaria ao aluno buscar respostas para as suas dúvidas, compreender sua função social de forma crítica e avançar sobre o estudo propondo mudanças. Essa postura investigativa propiciaria o desenvolvimento do pensamento crítico, tão ausente no momento no meio educacional. Neste estudo abrangente, a interdisciplinaridade é importante, pois recebe a ajuda de diferentes áreas na investigação do mesmo objeto, apontando os entendimentos necessários para as mudanças desejadas. O ensino da arte para o autor deve perguntar “O que se pode aprender com as imagens?” A aprendizagem é fonte de um pensamento de ordem superior, referenciando Vygotsky e os projetos de trabalho baseados na ação interacionista de Piaget. As imagens nos projetos de trabalho são partes importantes dos estudos, mas não é a única fonte. Elas fazem parte do projeto de trabalho, que tem a prática escolar como pontos de partida, e nesse conjunto estão os educandos e sua realidade cotidiana, os professores e suas opções teóricas e práticas. Neste sentido, trabalhar através de projetos inclui adotar uma proposta transdisciplinar.

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