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Análise dos Instrumentos de Comunicação e dos Relacionamentos Dentro das Igrejas

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Capítulo V – A FIDELIZAÇÃO DOS MEMBROS NAS IGREJAS EVANGÉLICAS HISTÓRICAS

2. Análise dos Resultados

2.2. Análise dos Instrumentos de Comunicação e dos Relacionamentos Dentro das Igrejas

A pesquisa mostrou que os relacionamentos dentro das igrejas, tanto entre os membros, quanto entre estes e seus líderes, é um fator importante e que influencia na fidelização. Entre todos os entrevistados, 45,86% conversam com os líderes e pastores de suas igrejas fora dos horários de cultos padrões. A pesquisa revela que essa comunicação acontece em sua maior parte pessoalmente, seguida pelo telefone. A internet foi o instrumento menos citado. Este resultado prova que mesmo com toda a evolução tecnológica e com a invasão dos instrumentos digitais nas igrejas, a internet ainda não ganhou a preferência dos membros e freqüentadores na hora de se comunicar. O fato de os membros se comunicarem mais pessoa lmente com seus líderes do que através de outros instrumentos de comunicação pode representar fidelidade, pois prova que estes se encontram pessoalmente com os líderes durante a semana, provavelmente porque participam ativamente das atividades da igreja e não apenas dos cultos de Domingo.

Gráfico 4 - Formas de comunicação entre membros e líderes fora dos horários padrões de culto nas igrejas

Já em relação à interatividade com outros membros da igreja em dias que não há culto, a porcentagem dos que responderam que conversam com outros membros semanalmente aumenta para 77,49%. Apenas 11,96% não possuem este costume e 10,54% fazem isso às vezes.

Para comprovar que os relacionamentos influenciam na fidelidade dos membros, estes resultados foram cruzados com o resultado da segunda parte, que coloca o entrevistado em uma das três categorias criadas. Percebe-se através deste cruzamento, que entre aqueles que foram classificados na categoria “alta fidelidade”, mais da metade (54,42%) conversam com pastores e líderes em dias que não tem culto. Já entre os que se enquadram na categoria “baixa fidelidade”, a maioria (59,52%) não possui este costume.

Gráfico 5 - Membros que conversam com os pastores ou líderes das igrejas em dias que não há cul to em relação à fidelidade.

Em relação à interação entre os membros, a porcentagem dos que se relacionam em dias que não há cultos na igreja é alta nas três categorias, mas entre os de “alta fidelidade” o número é maior: 86,28% contra 68,67% entre os que se enquadram na categoria de “média fidelidade” e 47,62% entre os de “baixa fidelidade”. Este resultado comprova que o ambiente social e a

88,11% 17,62% 23,77% Pessoalmente internet telefone 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00%

Sim Não às vezes

Alta Fidelidade Média Fidelidade Baixa Fidelidade

interação são importantes para a fidelização. Prova também que mesmo os que não se comunicam com os líderes e pastores das igrejas, por diversos motivos17, se relacionam com outros membros, mantendo uma vida social ativa dentro da igreja.

Gráfico 6 - Interação social entre membros em dias que não há cultos em relação à fidelidade

As visitas não são muito comuns em igrejas numerosas devido às responsabilidades dos pastores em outras atividades da igreja, mas independente das dificuldades, este instrumento ainda é usado e entra na lista dos instrumentos que, juntos, influenciam no grau de fidelidade dos membros e freqüentadores das igrejas evangélicas históricas. Entre todos os entrevistados, 55,27% já receberam visitas, embora não muitas; 31,62% nunca receberam e apenas 13,10% responderam que recebem com freqüência. Mais uma vez, entre os que já receberam visitas e os que recebem com freqüência, a maioria se enquadra nas categorias “alta" e "média fidelidade”, 62,39% e 53%, contra 21,43% entre os da categoria “baixa fidelidade”. Entre os que nunca receberam visitas, a maior parte se encaixa na categoria de “baixa fidelidade”: 69,5%. O fato de nunca terem recebido visita de algum líder da igreja pode influenciar na baixa fidelidade, já que os que recebem visitas com freqüência, ou já receberam, são em sua maioria de “alta fidelidade”. Talvez, por nunca terem recebido uma visita, estes membros possam se sentir desestimulados em relação às atividades da igreja, não se sentindo parte efetivamente da comunidade e permanecendo assim na categoria de “baixa fidelidade”.

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Um destes motivos pode ser a dificuldade de conseguir horário para conversar com os pastores em igrejas muito grandes. Pastores de igrejas muito numerosas possuem grande quantidade de trabalho para mantê-las em crescimento. Há também muitas pessoas procurando estes líderes diariamente em busca de aconselhamentos, respostas de dúvidas, etc.

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00%

Baixa fidelidade Média fidelidade Alta fidelidade

Sim Não Às vezes

Gráfico 7 - Freqüência de visitas de pastores e líderes da igreja em relação à fidelização.

Em caso de dificuldades, a maioria (68,37%,) dos entrevistados se sente à vontade em pedir ajuda ou conselhos aos pastores e líderes da igreja. Em relação à fidelidade, a porcentagem dos que se sentem à vontade em procurar os pastores ou líderes, em busca de ajuda, também é alta nas três categorias, sendo maior entre os que se encaixam na categoria “alta fidelidade”.

Gráfico 8 - Membros e freqüentadores que se sentem à vontade em procur ar o pastor ou líder da igreja em caso de dificuldades.

Quanto a pedir oração na igreja, o resultado é quase o mesmo que o da pergunta anterior, mas a porcentagem dos que se sentem à vontade em pedir oração na igreja aumenta para 76%. Entre os de “alta fidelidade”, esta porcentagem é de 80%.

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% Baixa Fidelidade Alta Fidelidade Já recebeu mas não muitas Nunca recebeu Recebe com frequencia 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%

Sim Não Ás vezes

Baixa Fidelidade Média Fidelidade Alta fidelidade

Gráfico 9 - Membros e freqüentadores que se sentem à vontade em pedir oração na igreja.

Em relação aos instrumentos de comunicação dirigida pesquisados, os resultados mostraram que o boletim semanal é o instrumento mais eficaz para o líder na hora de se comunicar com a igreja: 64% dos entrevistados disseram que lêem sempre todas as informações contidas no boletim; 32,2% lêem algumas partes e apenas 3,7% não lêem nada e ficam sabendo das programações da igre ja apenas por meio dos avisos orais. A porcentagem dos que lêem todas as informações contidas no boletim também é alta nas três categorias: 50% entre os que se encaixam na categoria de “baixa fidelidade”; 61,45% entre os de “média fidelização” e 67,70% ent re os de “alta fidelidade”.

Gráfico 10 - Leitura do boletim semanal em relação à fidelização 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00%

Sim Não Às vezes

Baixa Fidelidade Média Fidelidade Alta idelidade 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% Baixa fidelidade Média fidelidade Alta fidelidade Lê todas as informações não lê nehuma informação Lê apenas algumas partes

O quadro de avisos também se mostrou um instrumento eficaz, mas não tanto quanto o boletim: 45,2% dos entrevistados lêem as informações contidas nos quadros de avisos ou cartazes espalhados pela igreja; 10,25% não lêem; 17,66% lêem somente quando alguma coisa lhes chama muita atenção e 26,78% lêem apenas quando passam em frente. 50% dos que responderam que lêem com freqüência as informações dos quadros de aviso e cartazes, se enquadram na categoria de “alta fidelidade”.

Gráfico 11 - Leitura das informações contidas nos quadros e avisos e cartazes espalhados pela igreja em relação à fidelização.

O principal motivo citado para a permanência dos membros em determinada igreja18, mesmo existindo tantas outras da mesma denominação na cidade de Curitiba, foi o fato de ter alguém da família freqüentando a igreja: 22%, seguido pelo fato da igreja ficar perto da casa dos entrevistados: 21,42%. Em seguida estão aqueles que freqüentam a igreja desde o nascimento e aqueles que freqüentam porque possuem amigos dentro dela, ambos com 15,42%. A identificação com a doutrina teve 3,22% das respostas; 3,49% dos entrevistados responderam freqüentar a igreja por orientação de Deus e 3,22% freqüentam a igreja porque se sentem bem dentro dela.

Outros motivos citados em menor quantidade19 foram: oportunidade de servir; forma de culto e atividades; a igreja possui vínculo com a instituição de ensino em que o entrevistado estuda; o fato do entrevistado não conhecer outra igreja; o entrevistado encontrou um ministério na igreja; a igreja é de fácil acesso; por conselho dos pais; por causa da comunhão que existe

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A igreja, neste contexto significa o templo local onde os entre vistados freqüentam. 19 Porcentagens menores do que 1,5%.

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% Baixa Fidelidade Média Fidelidade Alta Fidelidade Sim Não Apenas quando passo em frente Apenas quando me chama muito a atenção

dentro da igreja; pelo fato da igreja ser a central ou ser a maio r; por causa do avivamento da igreja; porque os pais se batizaram na igreja; melhor adaptação; porque foi a primeira igreja encontrada pelo entrevistado; porque o entrevistado teve um encontro com Deus ou se converteu naquela igreja; recebeu um convite para trabalhar na igreja; porque a capela era pequena a aconchegante no começo da igreja; uma pessoa respondeu que freqüenta a igreja por causa da atenção dada a ela e à sua família por parte do pastor da igreja quando ela estava doente no hospital; transferência de outra igreja; ajudou a fundar a igreja; gosta do ambiente; porque a igreja é equilibrada; por causa do espaço; a igreja possui um ambiente acolhedor; por causa do namorado (a) ou esposa (o); por decisão pessoal; porque trabalha na igreja; porque se acostumou a freqüentar a igreja; pela qualidade do culto; por causa do culto em inglês; porque gosta do pastor; por causa do ensino; por causa dos trabalhos com surdos e mudos; porque é uma igreja eficiente e porque é a primeira igreja daquela denominação surgida na cidade.

Comprovando o poder da propaganda boca a boca 46,43% dos entrevistados foram levados até a igreja pela primeira vez através da indicação de amigos; 20,8% foram levados até a igreja por familiares e apenas 8% dos entrevistados procuraram a igreja sozinhos. 4,3% dos membros e freqüentadores das igrejas passaram na frente, viram a placa e resolveram entrar na igreja; 2,9% chegaram até a igreja por intermédio de algum pastor ou líder da igreja e 2,27% começaram a freqüentar a igreja por causa do namorado ou namorada.

Outras respostas20 fornecidas para a pergunta em relação a como o entrevistado chegou até a igreja pela primeira vez foram as seguintes: transferência de outra igreja em outra cidade; através de instituição de ensino vinculada com a igreja ou lar social da denominação; nasceu e já começou a freqüentar a igreja com os pais; por intermédio de uma atividade de coral de outra cidade; por causa do ensino confirmatório ou 1ª comunhão (Igreja Luterana e Presbiteriana); morava perto; trabalhava perto; estudava perto; procurou pela igreja através do site; a igreja é uma separação de outra igreja; por meio de um intercâmbio entre igrejas; ouvir falar da igreja; ouviu falar da igreja no rádio; através da agência de empregos que a igreja mantêm; através de um culto de falecimento; através de uma reunião de cura interior; devido a um acidente de trabalho; através do convite da igreja para trabalhar; porque estava procurando igreja para se casar; através do ministério de células; por orientação de Deus; através de eventos especiais da igreja; procurou a igreja por causa da fama que a igreja tem, por ser uma igreja conhecida;

procurou a igreja por ser a primeira da denominação na cidade; e alguns não lembram como chegaram à igreja pela primeira vez.

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