• Nenhum resultado encontrado

Como forma de demonstrar a aplicabilidade da prática de Inspeções de Rota como ferramenta para buscar a redução de custos de Manutenção, destinou-se este tipo de trabalho a ser aplicado aos equipamentos da empresa, buscando melhorar a condição de funcionamento e disponibilidade destes. Este estudo fixará seus objetivos apenas a avaliar o desempenho de um determinado equipamento da fábrica.

Este trabalho irá avaliar dois períodos bastante distintos de funcionamento deste tipo de equipamento. Primeiramente serão avaliados os custos de manutenção e o volume de atividades de manutenção geradas em um determinado equipamento, sem a aplicação das chamadas Rotas de Inspeção e num segundo momento iremos avaliar estes mesmos custos num período posterior, de cinco meses após o início da prática das inspeções, e como os mesmos indicadores se comportam.

Vale salientar que para entendermos o comportamento funcional de um equipamento, em termos de disponibilidade é importante saber que este equipamento necessita operar de forma que as solicitações de manutenção do tipo emergenciais ou manutenções corretivas não

planejadas, sejam as menores em incidência, o que significa dizer que seu tempo efetivo de operação seja o maior possível, conforma gráfico da figura 1, página 15.

É importante ainda frisar que no sistema informatizado utilizado neste estudo, existem alguns detalhes a saber com relação as solicitações de manutenção que surgem em sua rotina, as chamadas Ordens de Manutenção. Estas solicitações, ou podemos dizer as necessidades de serviços de manutenção que as áreas produtivas requerem são geradas de duas formas: a primeira são solicitações feitas diretamente pelos responsáveis da Produção; estas necessidades, as ordens, são ditas do tipo PM01 – Ordens de Manutenção Geral e podem ser classificadas como de Emergência, com código de identificação EM, ou como de Corretivas Não Planejadas, com código de identificação NP, ou ainda de Corretivas Programadas, com código de identificação CP; as ordens deste último caso são originadas partir dos Check List de Manutenção Autônoma. A segunda forma de serem geradas é pela lógica de programação do sistema; estas então são ditas do tipo PM03 – Ordens Preventivas e são classificadas com o mesmo nome, Preventiva, com código de identificação PR.

As ordens do tipo EM, necessariamente ocorre mediante a quebra do equipamento e com consequente parada do mesmo. As ordens do tipo NP e CP, são anomalias verificadas no equipamento, geralmente pelos Operadores, mas que não comprometem imediatamente a produção, a qualidade e a sanitariedade do produto, mas sugere-se que sejam corrigidas ao final do turno de trabalho ou ao final da produção.

As ordens do tipo PR, são necessidades programadas pelo sistema, de acordo com dados nele inseridos e distintos de um equipamento para outro, da mesma forma que podem a qualquer momento serem modificados, conforme a necessidade e o comportamento de cada um na linha de produção. Este tipo de ordem tem sua execução geralmente programada entre a Manutenção e Produção da fábrica, o que sugere que seja um evento previsível e controlável do ponto de vista de tempo e de custos para a empresa.

Neste sentido vale salientar que é interessante para a empresa que o volume de solicitações geradas na unidade fabril sejam o mínimo possível de ordens do tipo EM e NP, pois estas são sinais claros de paralização da produção, ou mesmo de depreciação dos equipamentos, gerando custos imprevistos e indesejáveis, dificultando o controle dos mesmos. Assim podemos então dizer, dentro de um cenário aceitável, que são desejáveis um volume

maior de ordens do tipo CP e PR, pois estas estariam dentro da programação da empresa, sendo assim um custo previsível e de fácil controle.

Com base nas informações acima podemos verificar a representação de custos alocados no referido equipamento, num período de quatro meses, ao final de 2014, quando o sistema de Rotas de Inspeção não era aplicado ao equipamento.

Tabela 7 – Custos de manutenção com ordens do tipo EM e NP sem rota de inspeção.

Tipo de Ordem Tipo Ativ. Local de Instalação Mês Ano Ordens Regist. Ordens Planej. Ordens Não Planej. Custo Total (R$) PM01 EM 0732-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA VEMAG H09.2014 2014 1 0 1 5,92 PM01 NP 0732-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA VEMAG H10.2014 2014 1 0 1 142,29 PM01 NP 0732-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA VEMAG H09.2014 2014 3 0 3 103,55 PM01 EM 0734-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA - 01 RI09.2014 2014 1 0 1 0,00 PM01 NP 0734-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA - 01 RI09.2014 2014 5 0 5 1.707,67 PM01 NP 0734-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA - 01 RI11.2014 2014 5 0 5 0,00 PM01 NP 0734-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA - 01 RI10.2014 2014 7 0 7 152,31 PM01 NP 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0211.2014 2014 3 0 3 5,70 PM01 NP 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0212.2014 2014 4 0 4 26,55 PM01 EM 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0209.2014 2014 7 0 7 25,46 PM01 NP 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0209.2014 2014 8 0 8 1.997,04 PM01 EM 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN11.2014 2014 1 0 1 12,10 PM01 EM 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN09.2014 2014 1 0 1 2,96 PM01 NP 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN11.2014 2014 1 0 1 22,81 PM01 EM 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN10.2014 2014 3 0 3 33,08 PM01 NP 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN09.2014 2014 5 0 5 2.917,32 PM01 NP 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN10.2014 2014 5 0 5 247,68 PM01 NP 0740-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RISCO 011.2014 2014 2 0 2 4,27 PM01 NP 0740-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RISCO 010.2014 2014 5 0 5 23,11

Total 68 0 68 7.429,82

Levantamento de Custos de Manutenção - Equipamento Sem Aplicação de Rotas de Inspeção

Fonte: Arquivos da Empresa “X”.

Percebe-se nesta situação que há um grande número de ordens dos tipos EM e NP para este equipamento, sendo que apenas no mês de Setembro de 2014 foram geradas 31 ordens destes tipos. Comparando-se os custos, dos R$ 7.429,82 gastos no período de Setembro a Dezembro de 2014, R$ 6.759,92 foram gastos no referido mês.

Da mesma forma iremos avaliar o levantamento de custos deste mesmo equipamento, porém após a aplicação da prática das Rotas de Inspeção. O período avaliado são os meses de Junho a Setembro de 2015, quando já se passavam cinco meses de aplicação desta prática. Os dados desta situação podem ser verificados na tabela abaixo:

Tabela 8 – Custos de manutenção com ordens do tipo EM e NP com rota de inspeção.

Tipo de Ordem Tipo Ativ. Local de Instalação Mês Ano Ordens Regist. Ordens Planej. Ordens Não Planej. Custo Total (R$) PM01 EM 0732-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA VEMAG H06.2015 2015 1 0 1 0,39 PM01 NP 0732-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA VEMAG H06.2015 2015 1 0 1 4,96 PM01 NP 0732-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA VEMAG H09.2015 2015 1 0 1 2,09 PM01 EM 0732-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA VEMAG H07.2015 2015 2 0 2 5,96 PM01 EM 0732-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA VEMAG H09.2015 2015 1 0 1 0,52 PM01 EM 0734-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA - 01 RI06.2015 2015 1 0 1 0,00 PM01 NP 0734-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA - 01 RI06.2015 2015 2 0 2 6,22 PM01 EM 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0208.2015 2015 1 0 1 199,58 PM01 EM 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0207.2015 2015 2 0 2 3,79 PM01 EM 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0209.2015 2015 3 0 3 123,66 PM01 NP 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0209.2015 2015 1 0 1 1.383,68 PM01 NP 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0206.2015 2015 3 0 3 20,41 PM01 NP 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0207.2015 2015 3 0 3 330,73 PM01 NP 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0208.2015 2015 6 0 6 69,08 PM01 EM 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN08.2015 2015 1 0 1 1,74 PM01 NP 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN06.2015 2015 1 0 1 29,86 PM01 NP 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN07.2015 2015 1 0 1 17,59 PM01 EM 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN07.2015 2015 2 0 2 6,53 PM01 EM 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN09.2015 2015 2 0 2 6,14 PM01 NP 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN08.2015 2015 3 0 3 26,77 PM01 NP 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN09.2015 2015 4 0 4 22,72 PM01 NP 0740-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RISCO 006.2015 2015 1 0 1 30,17

Total 43 0 43 2.292,59

Levantamento de Custos de Manutenção - Equipamento Com Aplicação de Rotas de Inspeção

Fonte: Arquivos da Empresa “X”.

Nesta situação percebe-se uma notável redução destes tipos de ordens, para um mesmo período de tempo. Embora o volume de ordens tenha reduzido do período anterior, de 68 para 43, totalizando uma redução de cerca de 36%, os valores gastos reduziram de forma ainda mais significativa: dos R$ 7.429,82 para R$ 2.292,59, totalizando uma redução de cerca de 70% do valor investido anteriormente.

Para este mesmo equipamento necessitamos avaliar os custos de ordens de manutenção cujo planejamento prevê a realização de Manutenções Preventivas e Corretivas Planejadas, sem comprometer o planejamento da Produção, para uma situação onde não há a aplicação de rotas de inspeção.

Tabela 9 – Custos de manutenção com ordens do tipo PR e CP sem rota de inspeção.

Tipo de Ordem Tipo Ativ. Local de Instalação Mês Ano Ordens Regist. Ordens Planej. Ordens Não Planej. Custo Total (R$) PM01 CP 0734-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA - 01 RI09.2014 2014 3 0 3 31,82 PM03 PR 0734-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA - 01 RI11.2014 2014 2 2 0 0,00 PM03 PR 0734-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA - 01 RI12.2014 2014 2 2 0 0,00 PM01 CP 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0210.2014 2014 1 0 1 26,90 PM01 CP 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0211.2014 2014 1 0 1 5,01 PM01 CP 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0209.2014 2014 1 0 1 77,74 PM03 PR 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0211.2014 2014 2 2 0 295,56 PM03 PR 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0212.2014 2014 1 1 0 383,14 PM03 PR 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0209.2014 2014 2 2 0 226,35 PM03 PR 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0210.2014 2014 1 1 0 42,53 PM01 CP 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN12.2014 2014 2 0 2 15,76 PM01 CP 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN11.2014 2014 4 0 4 34,17 PM01 CP 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN09.2014 2014 7 0 7 44,83 PM01 CP 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN10.2014 2014 8 0 8 33,47 PM03 PR 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN10.2014 2014 6 6 0 2.337,18 PM03 PR 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN09.2014 2014 4 4 0 197,23 PM03 PR 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN12.2014 2014 6 6 0 734,94 PM03 PR 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN11.2014 2014 6 6 0 23,51 PM01 CP 0740-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RISCO 009.2014 2014 1 0 1 3.012,00 PM01 CP 0740-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RISCO 011.2014 2014 1 0 1 11,40 PM03 PR 0740-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RISCO 009.2014 2014 1 1 0 0,00 PM03 PR 0740-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RISCO 010.2014 2014 1 1 0 0,00 PM03 PR 0740-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RISCO 011.2014 2014 4 4 0 0,00

Total 67 38 29 7.533,54

Levantamento de Custos de Manutenção - Equipamento Sem Aplicação de Rotas de Inspeção

Fonte: Arquivos da Empresa “X”.

Nesta situação podemos observar que dos R$ 7.533,54 gastos no período, R$ 3.589,97 incidiram sobre o mês de Setembro, totalizando 48% do valor investido, sendo ainda um valor muito próximo das ordens do tipo EM e NP. Da mesma forma iremos avaliar o levantamento

de custos de ordens de manutenção cujo planejamento prevê a realização de Manutenções Preventivas e Corretivas Planejadas para uma situação onde há a aplicação de rotas de inspeção.

Tabela 10 – Custos de manutenção com ordens do tipo PR e CP com rota de inspeção.

Tipo de Ordem Tipo Ativ. Local de Instalação Mês Ano Ordens Regist. Ordens Planej. Ordens Não Planej. Custo Total (R$) PM01 CP 0732-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA VEMAG H06.2015 2015 2 0 2 18,67 PM01 CP 0732-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA VEMAG H07.2015 2015 1 0 1 22,55 PM03 PR 0732-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA VEMAG H07.2015 2015 4 4 0 15,10 PM03 PR 0732-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA VEMAG H08.2015 2015 4 4 0 1,78 PM03 PR 0732-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA VEMAG H09.2015 2015 4 4 0 161,88 PM03 PR 0732-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA VEMAG H06.2015 2015 1 1 0 0,61 PM03 PR 0734-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA - 01 RI06.2015 2015 1 1 0 0,00 PM03 PR 0734-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA - 01 RI09.2015 2015 1 1 0 0,00 PM01 CP 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0209.2015 2015 1 0 1 8,44 PM01 CP 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0207.2015 2015 3 0 3 8,84 PM01 CP 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0208.2015 2015 4 0 4 48,97 PM03 PR 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0206.2015 2015 2 2 0 20,46 PM03 PR 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0207.2015 2015 2 2 0 31,12 PM03 PR 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0208.2015 2015 5 5 0 17,76 PM03 PR 0736-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RT7 0209.2015 2015 1 1 0 280,15 PM01 CP 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN06.2015 2015 1 0 1 1,26 PM01 CP 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN07.2015 2015 2 0 2 5,27 PM01 CP 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN09.2015 2015 3 0 3 15,80 PM01 CP 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN08.2015 2015 2 0 2 270,57 PM03 PR 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN06.2015 2015 7 7 0 149,61 PM03 PR 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN07.2015 2015 8 8 0 5.062,97 PM03 PR 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN08.2015 2015 6 6 0 1.044,47 PM03 PR 0738-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA TOWNSEN09.2015 2015 6 6 0 3.561,68 PM01 CP 0740-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RISCO 007.2015 2015 1 0 1 5,05 PM03 PR 0740-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RISCO 006.2015 2015 4 4 0 151,31 PM03 PR 0740-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RISCO 007.2015 2015 5 5 0 34,61 PM03 PR 0740-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RISCO 008.2015 2015 2 2 0 7,18 PM03 PR 0740-I04-01-EMTIM-EBT01 EMBUTIDEIRA RISCO 009.2015 2015 4 4 0 316,63

Total 87 67 20 11.262,74

Levantamento de Custos de Manutenção - Equipamento Com Aplicação de Rotas de Inspeção

Fonte: Arquivos da Empresa “X”.

Neste período observa-se que houve um aumento significativo de ordens do tipo PR e CP em relação ao período sem aplicação de rotas de inspeção, onde os maiores investimentos recaem sobre os meses de Julho e Setembro.

Para melhor comparar os momentos analisados nas tabelas e para que não haja nenhuma possibilidade de confundir os períodos, chamaremos o período sem aplicação de rotas de inspeção de Período 1 (compreendendo as Tabelas 7 e 9); e o período com aplicação de rotas de inspeção de Período 2 (compreendendo as Tabelas 8 e 10).

Diante do que foi verificado nas tabelas acima podemos fazer algumas considerações: No Período 1 verifica-se um valor maior investido em ordens do tipo EM e NP, em relação

ao Período 2, o que nos leva a concluir que a situação mais favorável seria a do Período 2, para este tipo de ordens;

No Período 2 verifica-se um valor maior em ordens do tipo PR e CP, investido, do que no Período 1, o que nos leva a concluir que a situação mais favorável seria a do Período 2, para este tipo de ordens;

No Período 1 as ordens do tipo EM e NP possuem um valor bastante próximo das ordens do tipo PR e CP, o que determina uma situação desfavorável quando se almeja ter um valor investido muito maior em ordens planejadas.

As considerações acima podem ser melhor esclarecidas quando comparamos os valores das tabelas somados para as situações com e sem aplicação das Rotas de Inspeção.

Tabela 11 – Comparativo custos de manutenção x rotas de inspeção.

Período Sem Aplicação de Rotas Ordens EM e NP (R$) 7.429,82 Ordens PR e CP (R$) 7.533,54 14.963,36

Período Com Aplicação de Rotas Ordens EM e NP (R$) 2.292,59 Ordens PR e CP (R$) 11.262,74 13.555,33

1.408,03

Custos de Manutenção - Períodos Com e Sem Aplicação de Rotas de Inspeção

Diferenção entre os Períodos (R$)

Fonte: Arquivos da Empresa “X”.

O valor investido nas ordens do tipo EM e NP, somadas ao valor das ordens do tipo PR e CP quando não há aplicação das rotas de inspeção somam R$ 14.963,36. Já o valor investido nas ordens do tipo EM e NP, somadas ao valor das ordens do tipo PR e CP quando há a aplicação das rotas de inspeção somam R$ 13.555,33. Comparando-se as situações com e sem aplicação de rotas de inspeção, podemos afirmar que onde há aplicação das rotas observa-se um valor total investido em manutenção ligeiramente menor.

No entanto o valor de R$ 1.408,03 não pode ser analisado apenas pelo seu valor unicamente, como sendo o montante economizado. Precisamos ter em mente que este valor é resultado de um único equipamento num período de quatro meses. Se levarmos em consideração que este pode ainda ser um valor médio para o exercício do ano fiscal e ainda multiplicarmos este pelo volume total de equipamentos aos quais deve-se aplicar a prática das Rotas de Inspeção, que no caso da empresa estudada acumulava cento e cinquenta equipamentos de Criticidade “A”, então percebe-se assim um valor bastante significativo.

A situação analisada acima contribui de fato para a redução de custo de manutenção em equipamentos, cenário perfeitamente desejável e por isso mesmo justifica-se a implementação de um projeto de TPM em uma empresa deste ramo, pois contribui de forma significativa para a saúde financeira desta, permitindo não somente reduzir custo, mas contar com previsibilidade de investimentos, favorável ao planejamento da organização.

O autor também observa que somente a aplicação da prática das Rotas de Inspeção, por si só não é suficiente para garantir o sucesso do projeto. Um fator fundamental é a escolha de quem, qual profissional irá ser responsável pela execução das inspeções. A troca de experiência com outras fábricas, leva a entender que o ideal é que sejam escolhidos os melhores Técnicos de Manutenção disponíveis na unidade, pois desta forma assegura-se que os equipamentos serão tratados por profissionais que conhecem e entendem destes e estão acostumados a trabalhar com estes mecanismos, já os tendo observado em diferentes situações de falhas e anomalias.

Se por um lado se perde um profissional na linha de frente de combate as falhas de equipamentos, cuja qualificação garantiria o conserto, ajuste ou a realização de uma manutenção preventiva mais qualificada, ganha-se em experiência e capacidade de antecipar e prever situações anômalas que certamente culminarão com a quebra do equipamento e paralização da produção. Na verdade, deve-se ter o entendimento que o trabalho de inspeção

dos equipamentos é na verdade a nova linha de frente da Manutenção na batalha pelo atingimento de suas metas e a história nos mostra que na linha de frente devemos ter nossos melhores combatentes, os mais qualificados profissionais.

Deve-se ainda promover a disseminação do conhecimento do Inspetor, para mais de um profissional, de forma a não interromper o trabalho de inspeção na falta de um destes profissionais, isso é possível mediante treinamentos periódicos para qualificação destes profissionais. É interessante criar na Manutenção, entre todos os profissionais, e não somente aqueles que serão elevados a condição de Inspetores, um ambiente multifuncional e heterogêneo; ou seja, um mesmo técnico deve ser capaz de buscar a solução para vários tipos de situações onde sejam requeridos diferentes tipos de capacitação e habilidades. Os Técnicos de Manutenção não podem ser limitados a um único campo de conhecimento em específico.

Este tipo de situação pode e deve ser buscado pela empresa em conjunto com os profissionais, mediante a qualificação e valorização do funcionário como forma de incentivar os mesmos se aperfeiçoarem na realização de suas tarefas, criando assim um ambiente propício ao trabalho e ao atingimento de suas metas.

CONCLUSÃO

No atual ambiente de competitividade exigido pelo processo em curso de globalização da economia, o TPM apresenta-se como mais uma ferramenta indispensável para a sobrevivência das empresas. A metodologia do TPM proposta apresentou resultados comprovados no país de origem, o Japão. Necessariamente, a metodologia original deve ser adaptada à realidade onde pretende-se aplicá-la, em especial a uma indústria do setor alimentício. Neste trabalho, a adaptação da metodologia do TPM, com a inserção da técnica proposta por esta pesquisa, permitiu que algumas etapas da implantação pudessem ser desenvolvidas de uma forma alternativa e com maior objetividade.

Pode-se perceber também, que pela aplicação da metodologia das Rotas de Inspeção, houve redução de custos nas atividades desenvolvidas pela Manutenção. Não é aceitável apenas que sejam realizadas manutenções preventivas levando-se em conta unicamente o tempo de operação dos equipamentos, é preciso que se observe atentamente o comportamento da máquina e de forma periódica, compatível com o seu ritmo de operação.

A elaboração de um planejamento, a utilização de indicadores, a quantificação dos resultados e a aplicação de treinamentos específicos, são variáveis importantes para o sucesso da implantação do TPM. O registro e o controle de dados, ao longo do processo, permitem a verificação da evolução e o redirecionamento pertinente. O investimento em capacitação e treinamento continuado é fundamental para a utilização desta ferramenta. A metodologia do TPM exige um alto grau de empenho, qualificação e de dedicação dos envolvidos, na sua concretização.

Recomenda-se ainda o desenvolvimento e aplicação de um sistema de recompensa específico para as áreas de Manutenção e Operação de máquinas como forma de incentivar a melhoria contínua da disponibilidade e operação destes recursos produtivos, pois este tipo de programa é comprovadamente eficiente e vem ao encontro dos objetivos da organização.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

OLIVEIRA, Sidney Teylor de. Ferramentas para o Aprimoramento da Qualidade. São Paulo: ed. Pioneira, 1995, não paginado.

SCHERKENBACH, William W. O Caminho de Deming para a Qualidade e

Produtividade. Rio de Janeiro: ed. Qualitymark, 119 p.

JURAN, J. A Qualidade desde o Projeto. Novos Passos para o Planejamento da

Qualidade de Produtos e Serviços. São Paulo: ed. Pioneira, 1992.

TAVARES, Lourival Augusto. Excelência na Manutenção - Estratégias, Otimização e

Gerenciamento. Salvador: ed. Casa da Qualidade Editora Ltda., 1996.

MOUBRAY, John. Manutenção Centrada em Confiabilidade. Traduzido por Kleber Siqueira. SPES Engenharia de Sistemas Ltda. São Paulo: ed. Brasileira, 2000.

JÚNIOR, José Wagner Braidotti. A Falha não é uma Opção. Artigo Publicado no 26º Congresso Brasileiro de Manutenção, 20 p. Disponível em:

<http://www.abraman.org.br/sidebar/bibliotecas-e-publicacoes/apostilas-artigos-boletins- e-trabalhos-tecnicos>. Acesso em: 04.09.2014.

FILHO, G. Dicionário de Termos de Manutenção, Confiabilidade e Qualidade. Rio de Janeiro: ed. Ciência Moderna Ltda, 2004.

TAKAHASHI, Y. TPM/MPT: Manutenção Produtiva Total. São Paulo: ed. IMAM, 1993.

CAMPOS, Vicente Falconi. O Verdadeiro Poder. Belo Horizonte: ed. INDG, 1999. MOREIRA, Evandro Luís de Mello. Análise da Implementação da Manutenção

Produtiva Total na Área de Estamparia em uma Empresa do Setor Automobilístico.

Monografia apresentada para obtenção do Certificado de Especialização pelo Curso de MBA Gerência de Produção do Departamento de Economia, Contabilidade,

Administração e Secretariado, 54 p. Universidade de Taubaté, 2003. Disponível em: http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos14/22726468.pdf. Acesso em: 05.11.2015. SILVA, Macáliston Gonçalves da; SANTOS, André Ramos dos. Conceitos e Práticas da

Autonomação em uma Empresa Eletrônica Brasileira: um estudo de caso. Artigo

publicado no 30º Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 2010, 12 p. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2010_TN_STO_113_745_14872.pdf. Acesso em: 05.11.2015.

GHINATO, P. Sistema Toyota de Produção: mais do que simplesmente just-in-time. Caxias do Sul: EDUCS, 1996. Disponível em:

CHIAVENATO, I. Administração de Empresas: uma abordagem contingencial. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1994. 742 p.

______. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio

Documentos relacionados