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Quando avaliámos se a Satisfação com o Suporte Social (Emocional) percepcionado pelos utilizadores de cadeira de rodas modera o efeito o Hábitos de Vida dos nossos inquiridos na percepção de Qualidade de Vida (Índice) dos mesmos, obtiveram-se os seguintes resultados (ver Quadro 45).

Quadro 45: Resumo da Análise de Regressão Linear Múltipla com Efeito de Moderação do Suporte Social Tangível na relação entre os Hábitos de Vida e a Qualidade de Vida (N=146)

Variável Principal: Qualidade de Vida

Variáveis Secundárias B DP B β

1.º Passo Hábitos de Vida 1,01 0,15 0,48**

Suporte Social Tangível 0,20 0,08 0,18*

2.º Passo Hábitos de Vida* Suporte Social Tangível 0,01 0,04 0,17

Nota: r2adj.=0,21 para o 1.º Passo, ∆r2=0,000 para o 2.º Passo, **p<0,01 *p≤0,05.

Como constatamos no primeiro passo, onde se analisam os efeitos principais isoladamente (Hábitos de Vida e Suporte Social Tangível), podemos verificar que estes apresentam um efeito significativo na qualidade de vida dos participantes em 21% (r2

adj. =0,21). Quando observamos o 2.º passo, “efeito de interacção”, verificamos que não

se regista um incremento significativo (∆r2=0,00), o que nos leva a concluir que a relação

entre os Hábitos de Vida e o Índice de Qualidade de Vida não é moderada pela Satisfação com o Suporte Social. No entanto, existe relação entre os Hábitos de Vida (Efeito Principal) e o Índice de Qualidade de Vida [F(2, 143)=20,97, p<0,01].

Esta relação é positiva (β=0,48, p<0,01), isto é, a maiores níveis de Hábitos de Vida estão associados valores do Índice de Qualidade de Vida mais elevados, sendo que este indicador influencia positivamente a qualidade de vida dos participantes em 48%. O

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efeito principal Satisfação com o Suporte Social também influencia positivamente o Índice de Qualidade de Vida, sendo o seu poder explicativo nestes inquiridos é de 18% (β=0,18, p≤0,05).

No Quadro 46, analisam-se, no primeiro passo, os efeitos principais dos Hábitos de Vida e da Idade, isoladamente. Estes apresentam um efeito significativo na qualidade de vida dos participantes em 19% (r2

adj. =0,19). Quando observamos o 2.º passo, “efeito

de interacção”, não se regista um incremento significativo (∆r2=0,00), i.e., concluímos que

a relação entre os Hábitos de Vida e o Índice de Qualidade de Vida não é moderada pelo factor Idade.

Quadro 46: Resumo da Análise de Regressão Linear Múltipla com Efeito de Moderação da Idade na relação entre os Hábitos de Vida e a Qualidade de Vida (N=146)

Variável Principal: Qualidade de Vida

Variáveis Secundárias B DP B β

1.º Passo Hábitos de Vida 0,92 0,15 0,44**

Idade -0,03 0,02 -0,10

2.º Passo Hábitos de Vida*Idade 0,00 0,01 0,00

Nota: r2adj.=0,19 para o 1.º Passo, ∆r2=0,000 para o 2.º Passo, **p<0,01.

No entanto, a relação (β=0,44, p<0,01) entre os Hábitos de Vida (Efeito Principal) e o Índice de Qualidade de Vida [F(2,143) =18,56, p<0,01] é directamente proporcional, isto

é, a maiores níveis de Hábitos de Vida estão associados valores do Índice de Qualidade de Vida mais elevados, sendo que este indicador influencia positivamente a qualidade de vida dos participantes em 44%. O efeito principal Idade não se correlaciona com o Índice de Qualidade de Vida.

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Através da análise do Quadro 47, constatamos no primeiro passo, onde se analisam os efeitos principais isoladamente (Hábitos de Vida e), que estes apresentam um efeito significativo na qualidade de vida dos participantes em 20% (r2

adj. =0,20).

Quadro 47: Resumo da Análise de Regressão Linear Múltipla com Efeito de Moderação da Educação Formal na relação entre os Hábitos de Vida e a Qualidade de Vida (N=146)

Variável Principal: Qualidade de Vida

Variáveis Secundárias B DP B β

1.º Passo Hábitos de Vida 0,84 0,15 0,40**

Educação Formal 0,13 0,06 0,15*

2.º Passo Hábitos de Vida*Educação Formal 0,01 0,03 0,02

Nota r2adj.=0,20 para o 1.º Passo, ∆r2=0,00 para o 2.º Passo, **p<0,01 *p≤0,05.

Quando observamos o 2.º passo, “efeito de interacção”, verificamos que não se regista um incremento significativo (∆r2=0,00). Pelo que podemos observar, a relação

entre os Hábitos de Vida e o Índice de Qualidade de Vida não é moderada pela Educação Formal. No entanto, existe relação entre os Hábitos de Vida (Efeito Principal) e o Índice de Qualidade de Vida [F(2,143) =20,04, p<0,01].

Esta relação (β=0,40, p<0,01) é positiva, i.e., a maiores níveis de Hábitos de Vida estão associados valores do Índice de Qualidade de Vida mais elevados, sendo que este indicador influencia positivamente a qualidade de vida dos participantes em 40%. O efeito principal Educação Formal correlaciona-se positivamente com o Índice de Qualidade de Vida, embora o seu poder explicativo face à qualidade de vida dos inquiridos seja apenas de 15% (β=0,15, p≤0,05).

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No Quadro 48, analisam-se os efeitos principais dos Hábitos de Vida e do Modelo da Cadeira de Rodas, isoladamente (1.º passo).

Quadro 48: Resumo da Análise de Regressão Linear Múltipla com Efeito de Moderação da Ocupação Actual na relação entre os Hábitos de Vida e a Qualidade de Vida (N=146)

Variável Principal: Qualidade de Vida

Variáveis Secundárias B DP B β

1.º Passo Hábitos de Vida 0,82 0,15 0,39**

Ocupação Actual(a)

1,54 0,62 0,18*

2.º Passo Hábitos de Vida* Ocupação Actual 0,51 0,33 0,11

Nota: r2adj.=0,21 para o 1.º Passo, ∆r2=0,01 para o 2.º Passo, **p<0,01 *p≤0,05), (a)= Dummy (0)

Desempregado ou reformado.

Como podemos verificar, estes apresentam um efeito significativo na qualidade de vida dos participantes em 21% (r2

adj. =0,21) mas, quando observamos o 2.º passo,

“efeito de interacção”, verificamos que não se regista um incremento significativo (∆r2=0,01). Como podemos observar, o r2 change não foi significativo (p>0,05), o que

nos leva a concluir que a relação entre os Hábitos de Vida e o Índice de Qualidade de Vida não é moderada pela Ocupação Actual. No entanto, existe relação entre os Hábitos de Vida (Efeito Principal) e o Índice de Qualidade de Vida [F(2,143) =21,20,

p<0,01].

Esta relação (β=0,39, p<0,01) é positiva, o que faz com que a maiores níveis de Hábitos de Vida estão associados valores do Índice de Qualidade de Vida mais elevados, sendo que este indicador influencia positivamente a qualidade de vida dos participantes em 39%. O efeito principal Modelo da Cadeira de Rodas correlaciona-se positivamente com o Índice de Qualidade de Vida, contudo o seu poder explicativo face à qualidade de vida dos inquiridos é apenas de 18% (β=0,18, p≤0,05).

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O Quadro 49 apresenta os efeitos principais (Hábitos de Vida e Situação Sociofamiliar), isoladamente. No primeiro passo, podemos verificar que o seu efeito é significativo na qualidade de vida dos participantes em 18% (r2

adj. =0,18).

Quadro 49: Resumo da Análise de Regressão Linear Múltipla com Efeito de Moderação da Situação Sociofamiliar na relação entre os Hábitos de Vida e a Qualidade de Vida (N=146)

Variável Principal: Qualidade de Vida

Variáveis Secundárias B DP B β

1.º Passo Hábitos de Vida 0,88 0,17 0,42**

Situação Sociofamiliar -0,38 0,78 -0,04

2.º Passo Hábitos de Vida*Situação Sociofamiliar -0,57 0,73 -0,09

Nota: r2adj.=0,18 para o 1.º Passo, ∆r2=0,003 para o 2.º Passo, **p<0,01, (a)= Dummy (0) Vive

sozinho.

Quando observamos o 2.º passo, “efeito de interacção”, verificamos que não se regista um incremento significativo (∆r2=0,003). Assim, a relação entre os Hábitos de

Vida e o Índice de Qualidade de Vida não é moderada pela Situação Sociofamiliar. Assim, a relação (β=0,42, p<0,01) entre os Hábitos de Vida (Efeito Principal) e o Índice de Qualidade de Vida [F(2,143) =17,58, p<0,01] é directamente proporcional, isto é, a

maiores níveis de Hábitos de Vida estão associados valores do Índice de Qualidade de Vida mais elevados, sendo que este indicador influencia positivamente a qualidade de vida dos participantes em 42%. O efeito principal Situação Sociofamiliar não se correlaciona com o Índice de Qualidade de Vida.

Concluímos, assim, que não existe efeito de interacção de nenhum dos factores estudados na relação entre os Hábitos de Vida e o QLI.

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Análise dos Preditores que explicam a variação da Qualidade de Vida: o