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3. O Problema

5.2. Estudo I – Avaliação decorrente da interação

5.2.8. Análise Estatística e Apresentação dos Resultados

Após reunião de todos os dados, foi criada uma base de dados que permitiu analisar e tratar a informação de forma mais concreta e conclusiva. Durante esta articulação de informação surgiu a necessidade de reclassificar a variável Segurança, uma vez que a sua escala se encontrava inversamente proporcional às restantes, o que poderia dificultar a interpretação de resultados.

Todo o processo de criação da base de dados, bem como da análise estatística foi conseguida com recurso ao programa SPSS 22.0 (Statistical Package for the Social

Sciences – 22.0).

No presente capítulo é apresentado o tratamento de dados referentes a este primeiro estudo. Inicialmente é realizada a análise descritiva dos dados, onde se focam valores de média e desvio-padrão, bem como os valores de mínimo, máximo e testes de normalidade, para a totalidade da amostra.

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Posteriormente, é realizada a verificação da existência de diferenças estatisticamente significativas entre as diferentes bicicletas e oscilações, isto é, as diferenças entre os valores médios atribuídos pelos participantes à bicicleta Normal e a cada oscilação na bicicleta ELIP, bem como às diferenças de valores médios atribuídos entre estas mesmas oscilações. Estes testes foram aplicados nas diversas variáveis avaliadas, nomeadamente, adaptação, esforço, controlo, equilíbrio, segurança e dificuldade de utilização, tendo em conta que todas estas, à exceção da adaptação, foram avaliadas em dois momentos.

Para compreender estas diferenças recorreu-se, quando confirmada a normalidade da distribuição dos dados e restantes pressupostos, a testes-t para amostras emparelhadas. Caso essa normalidade não fosse validada, procedia-se à realização de testes não paramétricos de Wilcoxon.

Também se apresentou como importante a verificação de diferenças significativas dos valores atribuídos pelos participantes nestas variáveis, tendo em conta o género dos mesmos. Uma vez que se tratam, assim, de amostras independentes, recorreu-se ao teste-t para este tipo de amostras, quando a normalidade de distribuição e restantes pressupostos se encontrava confirmada. Em situação contrária, utilizou-se o teste não paramétrico de Mann-Whitney.

De seguida, focaram-se também as variáveis referentes à ferramenta SAM. Quando confirmada a normalidade da distribuição dos dados e restantes pressupostos, as variáveis Valência Afetiva, Ativação e Domínio foram analisadas através de testes-t para amostras emparelhadas. Caso essa normalidade não fosse validada, procedia-se então também à realização de testes não paramétricos de Wilcoxon. Com os testes pretendeu-se compreender as diferenças entre a bicicleta Normal e a bicicleta ELIP nas suas diferentes oscilações.

Relativamente aos dados recolhidos com a ferramenta GEW, procedeu-se a uma cotação dos sentimentos mais evidenciados pelos participantes, evidenciando as cinco mais referenciadas. Posterior análise estatística não foi possível, uma vez que são referidas apenas palavras isoladas, sem contínuo de respostas.

Importa referir, que em todas as análises, se assumiu a normalidade da distribuição dos dados e a existência de diferenças significativas quando o valor de p-value se apresentou inferior a 0,050.

Adaptação

A variável Adaptação é avaliada através de uma escala tipo Likert de 4 pontos, que varia entre Muito Fácil (1) e Muito Difícil (4). Na Tabela 3 é possível observar os valores descritivos dos dados referentes à adaptação nas diferentes bicicletas. Verifica-se que existe um aumento progressivo do valor médio desde a bicicleta Normal à bicicleta ELIP Máxima, o que demonstra que a última representa um maior desafio à adaptação dos participantes.

Tabela 3 - Estatística descritiva para a variável Adaptação, para as diferentes bicicletas Variável:

Adaptação N Média DP Min-Max K-S

Normal 30 1,17 0,379 1 – 2 <0,001

ELIP Nula 30 1,57 0,504 1 – 2 <0,001

ELIP Média 30 1,97 0,669 1 – 3 <0,001

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Relativamente ao desvio-padrão, constata-se que os seus valores são inferiores aos valores da média, o que sugere a dispersão dos resultados em torno da mesma. Ao nível dos limites máximo e mínimo pode afirmar-se que não existem respostas fora da escala avaliativa e, através do teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnof, confirmou-se a normalidade de distribuição de todos os dados, uma vez que p ≤ 0,001. Para verificar se a diferença entre o valor de adaptação a cada bicicleta é significativa recorreu-se, uma vez confirmada a normalidade de distribuição e os restantes pressupostos, a testes-t para amostras emparelhadas (Tabela 4).

Tabela 4 - Teste-t para amostras emparelhadas, para a variável Adaptação

Após a análise de resultados obtidos, pode afirmar-se a existência de diferenças significativas em todas as situações analisadas, nomeadamente, entre o valor de adaptação à bicicleta Normal e as três oscilações da bicicleta ELIP – Nula (t = -4,397; p < 0,001), Média (t = -6,595; p < 0,001) e Máxima (t = -9,424; p < 0,001) e também entre as diferentes oscilações da ELIP. Isto é, entre o valor de adaptação da bicicleta ELIP Nula e ELIP Média (t = -3,525; p = 0,001), o valor de adaptação entre a ELIP Nula e a ELIP Máxima (t = -7,374; p < 0,001) e o valor de adaptação entre a ELIP Média e a ELIP Máxima (t = -5,288; p < 0,001). Conclui-se que a bicicleta Normal é a bicicleta cuja adaptação foi maior, tornando-se esta significativamente mais difícil à medida que se utiliza a bicicleta ELIP e se aumenta a sua oscilação.

No sentido de melhor explorar os dados recolhidos realizou-se uma análise discriminatória com base no género dos participantes, recorrendo a testes-t para amostras independentes (

Tabela 5), uma vez confirmada a verificação de normalidade distribuição de todos os dados.

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Tabela 5 - Estatística descritiva com base no género, para a variável Adaptação

Masc Fem Masc Fem Masc Fem Masc Fem Variável: Adaptação N Média DP K-S Normal 15 15 1,20 1,13 0,414 0,352 <0,001 <0,001 ELIP Nula 15 15 1,60 1,53 0,507 0,516 <0,001 <0,001 ELIP Média 15 15 2,07 1,87 0,704 0,640 0,004 <0,001 ELIP Máxima 15 15 2,60 2,53 0,910 0,640 0,003 <0,001

Tabela 6 - Teste-t para amostras independentes, para a variável Adaptação

Como é possível verificar nas tabelas acima (

Tabela 5 e Tabela 6), embora exista um decréscimo das médias masculinas para as médias femininas, isto é, os primeiros sentiram a adaptação às bicicletas como mais difícil do que os segundos, a diferença entre estas não é significativa – Normal (t = 0,475; p = 0,638), ELIP Nula (t = 0,357; p = 0,724), ELIP Média (t = 0,814; p = 0,422) e ELIP Máxima (t = 0,232; p = 0,818).

Esforço 1

A variável Esforço era cotada através de uma escala contínua, numa reta com 10 centímetros, onde o participante assinalava com uma cruz, o esforço percecionado realizado. Quanto maior o valor atribuído na escala, maior o esforço identificado pelos participantes. É de notar que a variável Esforço 2, referida posteriormente, também foi cotada de igual forma.

Na Tabela 7 é possível observar os valores descritivos dos dados referentes ao esforço nas diferentes bicicletas, no primeiro momento em que este foi avaliado. Verifica-se que existe um aumento progressivo do valor médio desde a bicicleta Normal à bicicleta ELIP Máxima, o que demonstra que a última exige um maior esforço

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por parte dos participantes. Relativamente ao desvio-padrão, constata-se que os seus valores são inferiores aos valores da média, o que sugere a dispersão dos resultados em torno da mesma, à exceção do referente à bicicleta Normal. Os valores dos limites máximo e mínimo confirmam que não existem respostas fora da escala avaliativa e, através do teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnof, é possível afirmar a normalidade de distribuição apenas dos dados das bicicletas Normal e ELIP Nula, contrariamente à dos dados das bicicletas ELIP Média e ELIP Máxima.

Tabela 7 - Estatística descritiva para a variável Esforço 1, para as diferentes bicicletas Variável: Esforço1 N Média DP Min-Max K-S

Normal 29 1,15 1,521 0 – 6* <0,001

ELIP Nula 29 2,37 1,743 0 – 6* 0,030

ELIP Média 29 3,25 1,842 0 – 7* 0,200

ELIP Máxima 29 5,29 1,787 2 – 10* 0,200

*Valores arredondados

Para verificar se a diferença entre o valor de esforço em cada bicicleta é significativa recorreu-se a testes-t para amostras emparelhadas e testes de Wilcoxon, quando não confirmada a distribuição normal dos dados utilizados.

Após a análise de resultados obtidos, pode afirmar-se a existência de diferenças significativas em todas as situações analisadas, nomeadamente, entre o valor de esforço, num primeiro momento, na bicicleta Normal e nas três oscilações da bicicleta ELIP – Nula (t = -3,843; p = 0,001), Média (Z = -4,359; p < 0,001) e Máxima (Z = - 4,704; p < 0,001) e também entre as diferentes oscilações da ELIP. Isto é, entre o valor de esforço da bicicleta ELIP Nula e ELIP Média (Z = -2,497; p = 0,013), o valor de esforço entre a ELIP Nula e a ELIP Máxima (Z = -4,706; p < 0,001) e o valor de esforço entre a ELIP Média e a ELIP Máxima (Z = -4,305; p < 0,001). Importa realçar que a bicicleta Normal é a que exige menos esforço, componente que aumenta significativamente na bicicleta ELIP e também com o aumento da sua oscilação. No sentido de melhor explorar os dados recolhidos realizou-se uma análise discriminatória com base no género dos participantes, recorrendo a testes de Mann-

Whitney, dado não se constatar a normalidade na distribuição de todos os dados.

Tabela 8 - Estatística descritiva com base no género para a variável Esforço 1

Masc Fem Masc Fem Masc Fem Masc Fem Variável: Esforço1 N Média DP K-S Normal 14 15 1,04 1,25 1,187 1,832 0,172 <0,001 ELIP Nula 14 15 2,19 2,56 1,538 1,926 0,200 0,021 ELIP Média 14 15 3,41 3,08 2,108 1,587 0,200 0,200 ELIP Máxima 14 15 5,30 5,28 1,996 1,640 0,200 0,200 Como é possível verificar na tabela acima (Tabela 8), embora exista um aumento nas médias de esforço da bicicleta Normal e ELIP Nula e um decréscimo das médias nas bicicletas ELIP Média e ELIP Máxima, do género masculino para o género feminino, a diferença entre estas não é significativa em nenhuma bicicleta – Normal (Z = -0,313;

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p = 0,755), ELIP Nula (Z = -0,395; p = 0,693), ELIP Média (Z = -0,374; p = 0,709) e ELIP Máxima (Z = -0,415; p = 0,678).

Esforço 2

Na Tabela 9 é possível observar os valores descritivos dos dados referentes ao esforço nas diferentes bicicletas, no segundo momento em que este foi avaliado. Verifica-se que existe um aumento progressivo do valor médio desde a bicicleta Normal à bicicleta ELIP Máxima, o que demonstra que a última continua a exigir maior esforço por parte dos participantes. Relativamente ao desvio-padrão, constata-se que os seus valores são inferiores aos valores da média, o que sugere a dispersão dos resultados em torno da mesma, à exceção do referente à bicicleta Normal. Os limites máximo e mínimo confirmam que não existem respostas fora da escala avaliativa e é possível afirmar a normalidade de distribuição apenas dos dados da bicicleta Normal, contrariamente à dos dados das bicicletas ELIP Nula, ELIP Média e ELIP Máxima.

Tabela 9 - Estatística descritiva para a variável Esforço 2, para as diferentes bicicletas

Variável: Esforço2 N Média DP Min-

Max K-S Normal 27 1,07 1,617 0 – 6* <0,001 ELIP Nula 30 2,11 1,581 0 – 6* 0,200 ELIP Média 30 3,02 2,157 0 – 8* 0,193 ELIP Máxima 29 5,26 2,136 1 – 10* 0,200 *Valores arredondados

Para verificar se a diferença entre o valor de esforço em cada bicicleta é significativa recorreu-se a testes de Wilcoxon, quando não confirmada a distribuição normal dos dados utilizados. Pode afirmar-se a existência de diferenças significativas em todas as situações analisadas, nomeadamente, entre o valor de esforço, num segundo momento, na bicicleta Normal e nas três oscilações da bicicleta ELIP – Nula (Z = - 3,136; p = 0,002), Média (Z = -3,811; p < 0,001) e Máxima (Z = -4,458; p < 0,001) e também entre as diferentes oscilações da ELIP. Isto é, entre o valor de esforço da bicicleta ELIP Nula e ELIP Média (Z = -3,248; p = 0,001), o valor de esforço entre a ELIP Nula e a ELIP Máxima (Z = -4,672; p < 0,001) e o valor de esforço entre a ELIP Média e a ELIP Máxima (Z = -4,217; p < 0,001).

No sentido de melhor explorar os dados recolhidos realizou-se uma análise discriminatória com base no género dos participantes, recorrendo a testes de Mann-

Whitney, dado não se constatar a normalidade da distribuição de todos os dados.

Tabela 10 - Estatística descritiva com base no género para a variável Esforço 2

Masc Fem Masc Fem Masc Fem Masc Fem Variável: Esforço2 N Média DP K-S Normal 13 14 1,07 1,08 1,344 1,887 0,166 <0,001 ELIP Nula 15 15 2,03 2,20 1,642 1,570 0,200 0,200 ELIP Média 15 15 3,39 2,66 2,479 1,792 0,200 0,200 ELIP Máxima 14 15 5,10 5,41 2,032 2,290 0,118 0,200 Embora exista um aumento nas médias de esforço da bicicleta Normal, ELIP Nula e ELIP Máxima e um decréscimo da média da bicicleta ELIP Média, do género masculino para o género feminino (Tabela 10), a diferença entre estas não é

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significativa em nenhuma bicicleta – Normal (Z = -0,634; p = 0,526), ELIP Nula (Z = - 0,291; p = 0,771), ELIP Média (Z = -0,892; p = 0,372) e ELIP Máxima (Z = -0,546; p = 0,585).

Esforço 1 e Esforço 2

Tabela 11 - Estatística descritiva referente à variável Esforço 1 e variável Esforço 2

Variável: Esforço1 N Média DP K-S

Normal 29 1,15 1,521 <0,001

ELIP Nula 29 2,37 1,743 0,030

ELIP Média 29 3,25 1,842 0,200

ELIP Máxima 29 5,29 1,787 0,200

Variável: Esforço2 N Média DP K-S

Normal 27 1,07 1,617 <0,001

ELIP Nula 30 2,11 1,581 0,200

ELIP Média 30 3,02 2,157 0,193

ELIP Máxima 29 5,26 2,136 0,200

Comparando o esforço identificado em cada momento de avaliação (Tabela 11), constatou-se que o mesmo diminui do primeiro para o segundo momento, para todas as bicicletas. Para verificar se este decréscimo foi significativo, recorreu-se ao teste-t para amostras emparelhadas, na bicicleta Normal (Tabela 12), e a testes de Wilcoxon, para as restantes (Tabela 13 - Teste não paramétrico de Wilcoxon para a variável Esforço no primeiro e segundo momento, para as diferentes oscilações da ELIPTabela 13).

Tabela 12 - Teste-t para amostras emparelhadas, para a variável Esforço, no primeiro e segundo momento, na bicicleta Normal

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Tabela 13 - Teste não paramétrico de Wilcoxon para a variável Esforço no primeiro e segundo momento, para as diferentes oscilações da ELIP

Verificou-se, através dos testes realizados, que não existem diferenças significativas de um momento para o outro, para todas as bicicletas – Normal (t = 0,894; p = 0,380) (Tabela 12), ELIP Nula (Z = -1,120; p = 0,263), ELIP Média (Z = -0,607; p = 0,544) e ELIP Máxima (Z = -0,318; p = 0,751) (Tabela 13).

Controlo 1

A variável Controlo (1 e 2) foi avaliada por meio de escala tipo Likert de 4 pontos, variável entre Muito Fácil (1) e Muito Difícil (4).

Tabela 14 - Estatística descritiva para a variável Controlo 1, para as diferentes bicicletas Variável: Controlo1 N Média DP Min-

Max K-S

Normal 30 1,20 0,407 1 – 2 <0,001

ELIP Nula 30 2,03 0,669 1 – 3 <0,001

ELIP Média 30 2,27 0,521 2 – 4 <0,001

ELIP Máxima 30 2,80 0,664 2 – 4 <0,001

Na Tabela 14 é possível observar os valores descritivos dos dados referentes ao controlo nas diferentes bicicletas, no primeiro momento em que este foi avaliado. Verifica-se que existe um aumento progressivo do valor médio desde a bicicleta Normal à bicicleta ELIP Máxima, o que demonstra que a última remete para maiores dificuldades de controlo por parte dos participantes. Relativamente ao desvio-padrão, constata-se que os seus valores são inferiores aos valores da média, o que sugere a dispersão dos resultados em torno da mesma. Os limites máximo e mínimo indicam que não existem respostas fora da escala avaliativa e, por sua vez, com os testes de

Kolmogorov-Smirnof é possível afirmar a normalidade de distribuição de todos os

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Para verificar se a diferença entre o valor de controlo de cada bicicleta é significativa recorreu-se a testes-t para amostras emparelhadas, uma vez confirmada a normalidade de distribuição. Após a análise de resultados obtidos, pode afirmar-se a existência de diferenças significativas em todas as situações analisadas, nomeadamente, entre o valor de controlo, num primeiro momento, na bicicleta Normal e nas três oscilações da bicicleta ELIP – Nula (t = -7,047; p < 0,001), Média (t = - 10,016; p < 0,001) e Máxima (t = -14,102; p < 0,001) e também entre as diferentes oscilações da ELIP. Isto é, entre o valor de controlo entre a ELIP Nula e a ELIP Máxima (t = -5,769; p < 0,001) e o valor de controlo entre a ELIP Média e a ELIP Máxima (t = -4,000; p < 0,001), à exceção do valor de controlo da bicicleta ELIP Nula e ELIP Média (t = -1,756; p = 0,090), que não presenta diferenças significativas.

No sentido de melhor explorar os dados recolhidos realizou-se uma análise discriminatória com base no género dos participantes (Tabela 15), recorrendo a testes-t para amostras independentes, dada a normalidade de distribuição de todos os dados.

Tabela 15 - Estatística descritiva com base no género para a variável Controlo 1

Masc Fem Masc Fem Masc Fem Masc Fem Variável: Controlo1 N Média DP K-S Normal 15 15 1,27 1,13 0,458 0,352 <0,001 <0,001 ELIP Nula 15 15 1,87 2,20 0,640 0,676 <0,001 0,002 ELIP Média 15 15 2,33 2,20 0,617 0,414 <0,001 <0,001 ELIP Máxima 15 15 2,73 2,87 0,704 0,640 0,012 <0,001 Embora exista um aumento nas médias de controlo das bicicletas ELIP Nula e ELIP Máxima e um decréscimo das médias nas bicicletas Normal e ELIP Média, do género masculino para o género feminino, a diferença entre estas não é significativa – Normal (t = 0,894; p = 0,379), ELIP Nula (t = -1,378; p = 0,176), ELIP Média (t = 0,695; p = 0,493) e ELIP Máxima (t = -0,543; p = 0,591).

Controlo 2

Tabela 16 - Estatística descritiva para a variável Controlo 2, para as diferentes bicicletas Variável: Controlo2 N Média DP Min-

Max K-S

Normal 30 1,13 0,346 1 – 2 <0,001

ELIP Nula 30 1,93 0,640 1 – 3 <0,001

ELIP Média 30 2,03 0,669 1 – 4 <0,001

ELIP Máxima 29 2,86 0,581 2 – 4 <0,001

Na Tabela 16 é possível observar os valores descritivos dos dados referentes ao controlo nas diferentes bicicletas, no segundo momento em que este foi avaliado. Verifica-se que, também, existe um aumento progressivo do valor médio desde a bicicleta Normal à bicicleta ELIP Máxima, o que demonstra que a última continua a apresentar maiores dificuldades no controlo por parte dos participantes. Relativamente ao desvio-padrão, constata-se que os seus valores são inferiores aos valores da média, o que sugere a dispersão dos resultados em torno da mesma e os limites máximo e mínimo confirmam que não existem respostas fora da escala avaliativa. Através do teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnof é possível afirmar a normalidade de distribuição de todos os dados.

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Para verificar se a diferença entre o valor de controlo de cada bicicleta é significativa recorreu-se a testes-t para amostras emparelhadas. Pode afirmar-se a existência de diferenças significativas na maioria das situações analisadas, nomeadamente, entre o valor de controlo, num segundo momento, na bicicleta Normal e nas três oscilações da bicicleta ELIP – Nula (t = -7,954; p < 0,001), Média (t = -7,449; p < 0,001) e Máxima (t = -17,599; p < 0,001), e também entre duas diferentes oscilações da ELIP. Isto é, entre o valor de controlo da bicicleta ELIP Nula e a ELIP Máxima (t = -6,661; p < 0,001),) e o valor de controlo entre a ELIP Média e a ELIP Máxima (t = -5,255; p < 0,001). Por sua vez, na média de controlo, da bicicleta ELIP Nula para a da bicicleta ELIP Média já não se verificam diferenças significativas (t = 0,769; p = 0,448). No sentido de melhor explorar os dados recolhidos realizou-se uma análise discriminatória com base no género dos participantes, recorrendo a testes-t para amostras independentes, dada a normalidade de distribuição de todos os dados.

Tabela 17 - Estatística descritiva com base no género para a variável Controlo 2 Masc Fem Masc Fem Masc Fem Masc Fem Variável: Controlo2 N Média DP K-S Normal 15 15 1,13 1,13 0,352 0,352 <0,001 <0,001 ELIP Nula 15 15 1,87 2,00 0,640 0,655 <0,001 0,002 ELIP Média 15 15 2,13 1,93 0,834 0,458 <0,001 <0,001 ELIP Máxima 15 15 2,71 3,00 0,611 0,535 0,012 <0,001 Embora exista um aumento nas médias de controlo da bicicleta ELIP Nula e ELIP Máxima e um decréscimo da média da bicicleta ELIP Média, do género masculino para o género feminino (Tabela 17), a diferença entre estas não é significativa em nenhuma bicicleta – ELIP Nula (t = -0,564; p = 0,577), ELIP Média (t = -0,814; p = 0,422) e ELIP Máxima (t = -1,342; p = 0,191). Uma vez que a média de controlo se mantém igual entre géneros, na bicicleta Normal, não se justifica esta avaliação.

Controlo 1 e Controlo 2

Tabela 18 - Estatística descritiva referente à variável Controlo 1 e variável Controlo 2 Variável: Controlo1 N Média DP K-S

Normal 30 1,20 0,407 <0,001

ELIP Nula 30 2,03 0,669 <0,001

ELIP Média 30 2,27 0,521 <0,001

ELIP Máxima 30 2,80 0,664 <0,001

Variável: Controlo2 N Média DP K-S

Normal 30 1,13 0,346 <0,001

ELIP Nula 30 1,93 0,640 <0,001

ELIP Média 30 2,03 0,669 <0,001

ELIP Máxima 29 2,86 0,581 <0,001

Comparando o controlo identificado em cada momento de avaliação (Tabela 18), constata-se que a média do mesmo diminui do primeiro para o segundo momento, para todas as bicicletas, à exceção da bicicleta ELIP Máxima, onde aumentou. Para verificar se estas diferenças foram significativas, recorreu-se ao teste-t para amostras emparelhadas. Verifica-se que não existem diferenças significativas de um momento para o outro, para as bicicletas – Normal (t = 1,439; p = 0,161), ELIP Nula (t = 1,361;

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p = 0,184) e ELIP Máxima (t = -0,441; p = 0,663). Na ELIP Média (t = 2,971; p = 0,006) é considerado um decréscimo significativo no valor da média.

Importa referir que, relativamente à ELIP Máxima, embora não significativamente, os participantes sentiram uma maior falta de controlo sobre a bicicleta, mesmo depois de utilizada durante mais tempo.

Equilíbrio 1

Também a variável Equilíbrio, 1 e 2, se apresentou sob uma escala tipo Likert de 4 pontos, avaliada entre Nada Exigente (1) e Muito Exigente (4).

Tabela 19 - Estatística descritiva para a variável Equilíbrio 1, para as diferentes bicicletas Variável:

Equilíbrio1 N Média DP Min-Max K-S

Normal 30 1,33 0,479 1 – 2 <0,001

ELIP Nula 30 1,97 0,615 1 – 3 <0,001

ELIP Média 30 2,27 0,583 1 – 3 <0,001

ELIP Máxima 30 2,93 0,583 2 – 4 <0,001

Na Tabela 19 é possível observar os valores descritivos dos dados referentes ao equilíbrio nas diferentes bicicletas, no primeiro momento em que este foi avaliado. Verifica-se que existe um aumento progressivo do valor médio desde a bicicleta Normal à bicicleta ELIP Máxima, o que demonstra que a última remete para maiores dificuldades no equilíbrio por parte dos participantes. Relativamente ao desvio-padrão, constata-se que os seus valores são inferiores aos valores da média, o que sugere a dispersão dos resultados em torno da mesma. Ao nível dos limites máximo e mínimo pode afirmar-se que não existem respostas fora da escala avaliativa e, através dos testes de normalidade, é possível afirmá-la em todas as distribuições de dados.

Para verificar se a diferença entre o valor de equilíbrio a cada bicicleta é significativa recorreu-se a testes-t para amostras emparelhadas, uma vez confirmada a normalidade de distribuição. Após a análise de resultados obtidos, pode afirmar-se a existência de diferenças significativas em todas as situações analisadas, nomeadamente, entre o valor de esforço, num primeiro momento, na bicicleta Normal e nas três oscilações da bicicleta ELIP – Nula (t = -6,238; p < 0,001), Média (t = -9,815; p < 0,001) e Máxima (t = -12,990; p < 0,001) e também entre as diferentes oscilações da ELIP. Isto é, entre o valor de equilíbrio da bicicleta ELIP Nula e ELIP Média (t = - 2,757; p = 0,010), o valor de equilíbrio entre a ELIP Nula e a ELIP Máxima (t = -7,370; p < 0,001) e o valor de equilíbrio entre a ELIP Média e a ELIP Máxima (t = -6,021; p < 0,001).

No sentido de melhor explorar os dados recolhidos realizou-se uma análise discriminatória com base no género dos participantes (Tabela 20), recorrendo a testes-t para amostras independentes, dada a normalidade de distribuição de todos os dados.

Tabela 20 - Estatística descritiva com base no género para a variável Equilíbrio 1

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