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(R$ mil) 2003 2004 2005 2006 2007

Receita Líquida 212.670 255.372 234.337 211.148 268.704

Lucro Bruto 95.917 104.111 12.296 2.031 74.240

Margem Bruta 45,1% 40,8% 5,2% 1,0% 27,6%

Lucro Líquido (Prejuízo) do Período 55.579 45.222 (3.405) (20.005) 31.597

EBITDA Ajustado(1) 95.311 102.691 39.454 24.705 96.500

Margem EBITDA Ajustado(2) 44,8% 40,2% 16,8% 11,7% 35,9%

(1) O EBITDA Ajustado é o EBITDA adicionado o resultado líquido das operações de hedge e despesas extraordinárias.

(2) A Margem EBITDA Ajustado é o EBITDA Ajustado sobre a receita líquida.

Receita operacional bruta

(R$ mil) 2006 2007 %

Receita bruta 228.527 287.978 26,0%

Algodão em Pluma 106.439 116.024 9,0% comparação aos R$228.527 mil em 2006, sendo que as culturas de algodão e soja representaram 45%

e 34,1% do total das receitas, respectivamente.

Algodão Safra e 2ª Safra

A nossa receita bruta referente às nossas vendas de algodão aumentou 14%, passando para R$129.620 mil em 2007 em comparação aos R$113.702 mil em 2006. O nosso preço unitário médio do algodão em pluma sofreu uma redução de 10,7%, passando para R$2,44 por tonelada em 2007 em comparação com R$2,73 por tonelada em 2006, principalmente em função da apreciação do Real ocorrida no ano de 2007. Embora tenha sido constatado um aumento dos nossos preços em dólar, a apreciação do real de 14,3% ocorrida no segundo semestre de 2007 comparada ao mesmo período do ano anterior, momento em que ocorre a maior parte das receitas de algodão, causou redução do preço médio em reais. Já o preço unitário do caroço de algodão sofreu um aumento de 36,7%, passando para R$0,19 mil por tonelada em 2007 em comparação com R$0,14 mil por tonelada no exercício encerrado em 2006, decorrente principalmente do forte aumento da demanda deste produto no mercado interno. As vendas com destino ao mercado externo totalizaram 53,7% do total da receita bruta de algodão em 2007 em comparação aos 43,7%

em 2006.

Soja

A nossa receita bruta referente às nossas vendas de soja aumentou 33%, passando para R$98.154 mil em 2007 em comparação aos R$73.803 mil em 2006. O nosso preço unitário médio de soja sofreu um aumento de 9,3%, passando para R$0,44 mil por tonelada em 2007 em comparação com R$0,40 mil por tonelada em 2006, principalmente em função da melhora dos preços internacionais e amenizada pela apreciação do Real, ocorrida no ano de 2007. As vendas com destino ao mercado externo totalizaram 66,7% do total da receita bruta de soja no exercício em 2007 em comparação aos 79,9% em 2006.

Milho Safra e 2ª Safra

A nossa receita bruta referente às nossas vendas de milho aumentou 53,2%, passando para R$28.554 mil em 2007 em comparação aos R$18.640 mil em 2006. O nosso preço unitário médio de milho sofreu um aumento de 40,8%, passando para R$0,36 mil por tonelada em 2007 em comparação com R$0,25 mil por tonelada em 2006, principalmente em função da melhora dos preços internacionais, motivada pelo aumento da demanda do mercado externo, que pagou ágio pelo produto brasileiro, e pela nossa estratégia de comercialização da maior parte das vendas com frete incluso. As vendas com destino ao mercado externo totalizaram 63,6% do total da receita bruta de milho em 2007 em comparação aos 15,5% em 2006.

Café

A receita operacional bruta referente às nossas vendas de café aumentou 94,7%, passando para R$10.686 mil em 2007 em comparação com R$5.488 mil no 2006. O volume faturado em 2007 foi superior à 2006 em função da venda de parte da produção do ano anterior. O nosso preço unitário médio do café sofreu uma redução de 4,6%, passando para R$4,06 mil por tonelada no exercício encerrado em 2007 em comparação com R$4,26 mil por tonelada em 2006, principalmente pela apreciação do Real ocorrida no ano de 2007, entretanto amenizada pelo aumento nos preços internacionais. As vendas com destino ao mercado externo totalizaram 89% do total da receita bruta de café em 2007 em comparação aos 86,8% em 2006.

Demais receitas

A receita operacional bruta referente às nossas demais receitas aumentou 24,1%, passando para R$20.964 mil em 2007 em comparação com R$16.894 mil em 2006, em razão do aumento da receita com prêmio equalizador pago ao produtor pela CONAB, passando para R$14.214 em 2007 em comparação com R$2.665 mil em 2006. Em 2006 incorremos em uma receita com a venda de terrenos urbanos, cujo valor foi de R$9.269 mil, sendo que em 2007 não houve receita desta natureza. As vendas com destino ao mercado externo totalizaram 31,9% do total das demais receitas em 2007 em comparação aos 4,5% em 2006.

Custo dos produtos vendidos

Em 2007 o custo dos produtos vendidos reduziu 7%, passando para R$194.465 mil em comparação aos R$209.117 mil em 2006. Os custos de algodão tiveram uma redução em 2007 em relação a 2006, principalmente em função do aumento da produtividade neste período de 12 meses, enquanto a soja e o milho apresentaram um pequeno aumento no custo do período. Em 2007, as culturas algodão, soja e milho representaram 45,3%, 42,9% e 5% do total do custo dos produtos vendidos, respectivamente.

De modo geral, os custos unitários dos produtos em 2007 estão inferiores aos custos unitários em 2006, em função principalmente da redução do preço de aquisição dos principais insumos de produção (23,2%

defensivos e 20,4% fertilizantes) e da melhor produtividade obtida neste ano.

Despesas com vendas

As despesas com vendas aumentaram 21,5%, passando para R$22.086 mil em 2007 em comparação com R$18.172 mil em 2006 devido, principalmente, ao aumento significativo nos volumes transportados de algodão em pluma e milho em 2007 em relação a 2006. Por alterações na forma de comercialização do milho em relação ao ano anterior, a maior parte das vendas foram destinadas ao mercado externo e tiveram o frete interno sob nossa responsabilidade. O total das despesas de vendas com algodão e milho foi de R$ 7,9 milhões e R$ 13,0 milhões, respectivamente. Como percentual da receita líquida, nossas despesas com vendas reduziram para 8,2% em 2007, em relação aos 8,6% em 2006.

Despesas gerais e administrativas

As despesas gerais e administrativas aumentaram 83%, passando para R$17.244 mil em 2007 em comparação aos R$9.423 mil em 2006, causado principalmente pelo incremento R$5.504 mil com gastos com pessoal, sendo R$1.051 mil relativo a aumento real de salários e início de operação de uma nova unidade produtiva na Bahia e R$4.453 mil referente ao programa de participação nos resultados distribuído aos funcionários relativo ao ano de 2007. Como percentual da receita líquida, nossas despesas gerais e administrativas aumentaram para 6,4% em 2007, em relação aos 4,5%

em 2006.

Despesas extraordinárias

As despesas extraordinárias, no valor de R$ 21.766 mil, referem-se exclusivamente às despesas com nossa Oferta Pública de ações em 15 de junho de 2007.

Política de Hedge Cambial e de Commodities Agrícolas

Os preços de nossos produtos são cotados em bolsas internacionais (CBOT e NYBOT) e, conseqüentemente, estão atrelados ao dólar americano. As nossas vendas no mercado interno são usualmente realizadas na moeda norte-americana. Para reduzir a volatilidade de nossas receitas e oscilações do nosso resultado em função da variação do câmbio utilizamos operações de NDFs (Non-Deliverable Forward), Swaps e Opções negociados em ambiente de balcão, com o exclusivo objetivo de travar nossas receitas futuras em Reais.

O resultado das operações de hedge cambial em 2007 foi 57,5% superior ao resultado obtido em 2006, decorrente do aumento em 46,80% do montante das operações realizadas neste ano em comparação ao ano anterior. A valorização do Real frente ao Dólar norte-americano em 2007 foi de 17,3%.

A maior parte da proteção contra a variação dos preços internacionais das commodities é feita através de vendas antecipadas (forward contracts), dessa forma, a receita bruta em dólares é definida. Parte da proteção do preço das commodities é também realizada através de operações de Futuros e Opções realizadas em bolsas internacionais.

Abaixo segue nossa posição de hedge de commodities e câmbio em 31 de dezembro de 2007:

Algodão Soja Taxa de Câmbio

% Preço(1) % Preço(2) % Preço(3)

2007 90% 60,5 100% 7,44 - -

2008 49% 64,9 44% 8,46 51% 2,14

2009 28% 67,3 - - 3% 2,25

(1) US¢ / libra (Preço equivalente SLC / NYBOT). Considerar posição em ano-safra (2006/07, 2007/08, 2008/09).

(2) US$ / bushel (Preço equivalente SLC / CBOT)

(3) US$ / R$

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

AOS ACIONISTAS

A Administração tem a satisfação de submeter à apreciação de V.Sas. o Relatório da Administração e Demonstrações Financeiras da SLC Agrícola S.A. (“SLC AGRÍCOLA” ou

“Companhia”) relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2007, acompanhado do parecer dos auditores independentes.

A SLC AGRÍCOLA, fundada em 1977, é uma Companhia produtora de commodities agrícolas, focada na produção de algodão, soja, milho e café em 9 unidades de produção estrategicamente localizadas em 5 estados brasileiros. O nosso modelo de negócios é baseado em um sistema de produção moderno, com alta escala, tecnologia de ponta, controle rigoroso dos custos e responsabilidade sócio ambiental.

Somos um dos maiores proprietários de terras do Brasil e ao longo de nossa história desenvolvemos uma sólida expertise na prospecção e aquisição de propriedades em novas fronteiras agrícolas. Nosso objetivo é, através da aquisição e arrendamentos de áreas rurais, aliada ao modelo de negócios baseado em unidades de produção padronizadas, obter um crescimento constante da área plantada, da produção e dos resultados operacionais. Além disso, o processo de aquisições de terras também visa capturar o potencial de valorização que as terras agricultáveis no Brasil proporcionam em função das vantagens comparativas em relação aos principais produtores agrícolas do mundo, tais como Estados Unidos, China, Índia e Argentina.

A SLC AGRÍCOLA faz parte do Grupo SLC que, controlado pela Família Logemann, foi pioneiro na implementação da agricultura mecanizada no Brasil através da fundação da primeira indústria de colheitadeiras automotrizes em 1945, que anos depois resultou em uma joint venture com a americana John Deere CO até 1999.

A SLC AGRÍCOLA e o Grupo SLC fazem parte da história do desenvolvimento da agricultura no Brasil. Hoje o papel da SLC AGRÍCOLA é ajudar na consolidação do Brasil como potência agrícola no cenário global.

O ano de 2007 foi um marco na história da Companhia. Em 15 de junho, a base de acionistas foi ampliada ao realizar uma oferta pública inicial de ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A oferta totalizou R$ 490 milhões referente à venda de 39,1% do capital social de 89.500.000 ações ordinárias.

A Companhia optou pelo Novo Mercado, o nível mais alto de Governança Corporativa da Bovespa, com o intuito de desenvolver um relacionamento sólido e transparente com seus acionistas, investidores e demais públicos estratégicos no mercado de capitais doméstico e internacional.

Após a abertura de capital, um novo ciclo de crescimento foi inaugurado, baseado na mudança estrutural no mercado mundial de commodities agrícolas. A crescente demanda por biocombustíveis baseado em grãos e o forte crescimento dos países asiáticos com reflexo na renda e nos padrões de consumo, constituem forças de demanda que suportam os preços internacionais em níveis acima das médias históricas.

O ano de 2007, resultado da safra 2006/07, foi muito positivo para a Companhia. Os preços internacionais das principais commodities que produzimos, soja, algodão e milho, tiveram um aumento de preços de 45,8%, 9,6%, 43,5%, respectivamente. A redução da área de soja e algodão nos Estados Unidos, causada pela expansão da área de milho, contribuíram para a redução dos estoques americanos.

Diante deste cenário, e aliado a bons níveis de produtividade obtidos, apresentamos em 2007 uma performance sólida com margens relevantes. Em relação a 2006, nossa receita bruta em 2007 cresceu 26,0%. A receita líquida atingiu R$ 268,7 milhões. O EBITDA ajustado pelas receitas de hedge e despesas extraordinárias atingiu R$ 96,5 milhões, 290,6% acima do valor obtido em 2006, com margem EBITDA de 35,9%.

Após a nossa Oferta Pública de Ações (OPA) em junho, conseguimos iniciar a implementação do nosso plano de crescimento através da aquisição de 38.698 hectares, sendo que 25.000 hectares constituíram a nossa 9ª unidade de produção, a Fazenda Piratini, a nossa segunda fazenda no Estado da Bahia. Em setembro iniciamos o plantio de 168.152 hectares, o que representou um crescimento de 43,5% em nossa área plantada. As aquisições de terras e o incremento da área plantada estão de acordo com a estratégia de expansão divulgada em nosso Prospecto Definitivo de Oferta Pública em junho de 2007.

PANORAMA DE MERCADO

jan-06 abr-06 jul-06 out-06 jan-07 abr-07 jul-07 out-07 jan-08

Trigo - CBOT

Variação dos Preços nos Últimos 24 meses (1

o

vencimento)

100 = 03/01/06 / dados até 31/12/07 Fonte: CMA

1T06 2T06 3T06 4T06

Algodão

Os preços futuros do algodão negociados na ICE/NYBOT (ICE Futures U.S) apresentaram cotação média de US¢ 57,16/lb em 2007 com valorização de 9,6% em relação a 2006 quando o preço médio foi de US¢ 52,16/lb. O aumento de preços no mercado internacional foi impulsionado principalmente pela demanda aquecida, pela produção mundial menor que o consumo e a conjuntura favorável em outras commodities agrícolas como soja, o milho e o trigo, que concorrem diretamente com o algodão por áreas de cultivo.

De acordo com o USDA (United States Department of Agriculture) o consumo de algodão cresceu em média 5,6% nos últimos 5 anos. Para ano-safra 2007/08 o USDA projeta um crescimento de 3,6% no consumo mundial de algodão, passando para 128,0 milhões de fardos. Por outro lado, enquanto o consumo mundial de algodão aumenta, a produção mundial deverá recuar em 3,1% em 2007/08 passando para 118,3 milhões de fardos em comparação com os 122,1 milhões de fardos produzidos em 2006/07.

O avanço significativo do consumo sobre a produção resulta na queda nos estoques mundiais. A redução está projetada em 9,9% pelo USDA, passando de 60,8 milhões de fardos em 2006/07 para 54,8 milhões em 2007/08.

A queda dos estoques mundiais é resultado principalmente da redução de área de produção nos Estados Unidos, maior exportador mundial de algodão. Segundo o USDA a área plantada nos Estados Unidos teve uma redução de 29% em 2007/08 em relação à 2006/07. Com essa redução de área a produção norte-americana caiu de 21,6 milhões de fardos no ano-safra 2006/07 para 19,0 milhões de fardos em 2007/08.

Para o ano-safra 2008/09, a concorrência por áreas de cultivo entre cereais e oleaginosas continuará acirrada. O forte aumento nos preços dessas commodities nos últimos 12 meses, provavelmente reduzirá a área de cultivo do algodão nos Estados Unidos.

No Brasil, segundo a CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), o aumento da área de algodão deverá ser de 4,8%. A área deverá passar de 1.097 mil hectares em 2006/07 para 1.149 mil hectares em 2007/08. A produção estimada é de 1.597 mil toneladas para o ano-safra 2007/08 contra 1.524 mil de toneladas em 2006/07. Ainda segundo a CONAB as exportações brasileiras de algodão deverão alcançar 520 mil toneladas em 2008, com aumento de 24% em relação às 419 mil toneladas exportadas em 2007.

Soja

A alta dos preços da soja verificada no último ano foi motivada principalmente pelos seguintes fatores: (i) a forte demanda liderada pela China; (ii) a redução da área de soja em favor do milho, devido ao aumento da produção de etanol nos Estados Unidos; e, (iii) redução dos estoques mundiais. Os contratos futuros da soja negociados na CBOT (Chicago Board of Trade) apresentaram cotação média de US$ 8,63/bu em 2007, uma valorização de 45,8% em relação a 2006 quando o preço médio foi de US$ 5,92/bu.

A expansão do consumo de soja se dá, principalmente, pelo aumento no uso de óleos vegetais para a produção de bioenergia e também pelo aumento do uso da oleaginosa destinado à ração animal. Segundo o USDA o consumo mundial de soja cresceu em média 5,4% ao ano nos últimos 10 anos. Para 2007/08 é projetado consumo de 235,3 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 4,7% em relação ao ano anterior.

O USDA também projeta que a China deverá importar 34 milhões de toneladas de soja em grão e 2,8 milhões de toneladas de óleo de soja no ano agrícola de 2007/08. O incremento de renda e a demanda por alimentos fizeram a participação no comércio mundial de soja da China aumentar de um valor irrelevante no início da década de 90 para mais de 40% nos últimos anos.

Enquanto o consumo mundial de soja aumenta, a produção mundial deverá ter um recuo de 6,5%

em 2007/08 passando para 220,3 milhões de toneladas em comparação com a produção de 235,6 milhões de toneladas em 2006/07. A redução da produção mundial deveu-se principalmente pela redução da área plantada nos Estados Unidos.

Com a colheita da safra 2007/08 encerrada nos EUA, o mercado foca suas atenções para a produção de soja da América do Sul, que precisa confirmar uma safra normal para garantir o abastecimento do mercado.

Na Argentina, segundo o USDA, o aumento de área plantada em 2007/08 foi de 5,7% passando para 16,8 milhões de hectares contra 15,9 milhões de hectares em 2006/07. Porém a produção está estimada em 47 milhões de toneladas com redução de 0,4% em relação à 2006/07, quando foram colhidos 47,2 milhões de toneladas.

No Brasil, segundo a CONAB, a estimativa é de um aumento de 1,2% na área de soja, passando para 20,9 milhões de hectares em comparação com 20,7 milhões de hectares no ano-safra 2006/07. A produção está estimada em 58,2 milhões de toneladas, uma redução de 0,4% em relação ao ano-safra 2006/07, quando foram colhidos 58,4 milhões de toneladas.

Milho

Os contratos futuros do milho negociados na CBOT apresentaram uma valorização de 43,5% em 2007 em relação a 2006. O preço médio em 2007 ficou em US$ 3,73/bu em comparação com US$

2,60/bu em 2006. No mercado interno os preços medidos pelo Índice Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) apresentaram uma valorização de 49,4% passando de US$ 3,48/bu para US$ 5,20/bu no mesmo período.

Os problemas climáticos enfrentados pela Europa em 2007 e seus efeitos sobre a produção de milho e trigo, além das dificuldades dos Estados Unidos e Argentina em abastecer o mercado, levaram os países importadores a buscar alternativas de suprimento em outras regiões. O Brasil foi uma alternativa para suprimento do cereal, inclusive conseguindo ágio sobre o preço do milho norte-americano durante o 3T07 e 4T07.

O preço mais atrativo no mercado externo aumentou significativamente o volume de exportações do Brasil no ano passado. Segundo o SECEX (Secretaria de Comércio Exterior), em 2007 o Brasil exportou 10,9 milhões toneladas de milho, em comparação com 2,8 milhões de toneladas exportadas em 2006. Os preços mais altos praticados no porto influenciaram o mercado interno brasileiro. O Índice Esalq, que tem por referência a região de Campinas/SP, superou US$ 8/bu no final de 2007.

A produção de etanol a partir de milho nos Estados Unidos vem aumentando a demanda por este cereal e está influenciando a oferta e demanda global de muitas commodities agrícolas. Segundo o USDA o consumo de milho para produção de etanol nos Estados Unidos deverá crescer 51,2%, passando para 81,3 milhões de toneladas em 2007/08, em comparação com 53,8 milhões de toneladas em 2006/07.

O uso de milho para produção de etanol nos Estados Unidos ganhou um estímulo adicional com a aprovação da nova lei norte-americana para bioenergia o “Energy Independence and Security Act of 2007”, votada em dezembro de 2007, que tornará mandatório o aumento progressivo da produção de biocombustiveis até atingir 36 bilhões de galões em 2022. A produção de etanol a partir de milho, que na lei anterior estava prevista em 7,5 bilhões de galões em 2012, foi revisada para 9 bilhões de galões já em 2008, além de aumentar progressivamente até chegar em 15 bilhões de galões em 2015. Um aumento tão expressivo demandará maior produção e necessidade de mais área para milho em relação às outras culturas nos Estados Unidos.

Café

Em 2007 o preço médio do café na ICE/NYBOT apresentou uma valorização de 8,7% em relação 2006. A cotação média em 2007 foi de US¢ 117,04/lb em 2007 contra US¢ 107,70/lb em 2006. Os preços mais altos em 2007 refletiram a redução dos estoques brasileiros e mundiais de café e incertezas quanto à produção de café no Brasil devido às condições climáticas adversas no início do ciclo.

A CONAB em seu primeiro levantamento da safra 2008, está estimando a safra brasileira de café em 42,7 milhões de sacas com um aumento de 26,6% em relação à safra de 2007, estimada em 33,7 milhões de sacas.

Embora seja uma safra maior, a safra de 42,7 milhões de sacas está estimada abaixo do potencial de produção de café no Brasil. Segundo a CONAB o potencial produtivo das lavouras de café nas principais regiões produtoras foi consideravelmente afetado pelas condições climáticas adversas. A estiagem prolongada provocou danos aos cafezais e prejudicou as floradas, que ocorreram de forma irregular e com intensidade variável. Porém, o levantamento da CONAB ressalta que o desempenho produtivo das lavouras ainda não está definido e que uma previsão mais precisa só poderá ser apresentada após a formação definitiva dos frutos.

Esse quadro climático desfavorável e a incerteza quanto ao tamanho da safra brasileira de café vêm gerando dúvidas quanto ao tamanho da próxima safra e refletem em parte a recente volatilidade de preços do café no mercado internacional.

DESEMPENHO OPERACIONAL – ÁREA E PRODUTIVIDADE

No ano fiscal 2007, resultado do ano-safra 2006/07, aumentamos 12,1% a nossa área plantada total e 67,5% a nossa área plantada com segunda-safra. Na tabela abaixo constam as áreas plantadas com cada cultura em 3 anos-safra:

Mix de culturas (ha) 2005/06 2006/07 2007/08(1)

Soja 63.699 68.537 81.806

Área Total Plantada 104.544 117.212 168.152

(1) Área plantada projetada para 2007/08, fatores climáticos poderão afetar a área plantada de 2ª safra.

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