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Análise das representações de «adolescência» no atual romance juvenil – uma abordagem transdisciplinar e transcultural no âmbito dos Estudos de Cultura

Como atrás foi referido, o presente trabalho tem como ponto central proceder à reflexão e análise de um fenómeno cultural, a «adolescência»57, tal como surge construído/representado no romance juvenil português e alemão, com o objetivo de tirar ilações quanto às semelhanças e/ou diferenças das construções identitárias apresentadas e das causas que lhes estão subjacentes. Para aceder a essas construções baseei-me em diversas representações de «adolescência», que selecionei nas obras que constituem o

corpus de análise, e que considerei serem, à partida,elementos constitutivos de uma ou de várias identidades adolescentes.

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Refiro-me à «adolescência» como sendo um fenómeno cultural, na medida em que ela é hoje entendida, por muitos autores e no âmbito de diversas ciências, não apenas como uma fase do desenvolvimento humano, mas como uma construção histórica, social e cultural. Esta questão será tratada mais aprofundadamente no segundo capítulo.

75 Porque o conceito de «adolescência» surge no cerne da minha reflexão e porque constitui hoje objeto de estudo de diversas disciplinas – medicina, antropologia, psicologia, pedagogia, sociologia, estudos de género, entre outras –, que o abordam sob diferentes perspetivas, torna-se necessário proceder à sua delimitação. Não é, no entanto, objetivo da presente tese apresentar um estudo exaustivo do referido conceito, antes abordá-lo nas suas dimensões psicológicas, sociais e culturais, pelo que recorri às áreas disciplinares que considero pertinentes para o efeito: Psicologia Analítica, Psicologia do Desenvolvimento, Sociologia Juvenil, Estudos de Identidade, sobretudo na sua vertente individual e psicológica, e Estudos de Género. Trata-se, pois, de disciplinas que, ainda que distintas, frequentemente se entrecruzam e interagem, permitindo-nos uma compreensão abrangente e plural de um fenómeno tão complexo e multifacetado como é a adolescência, nas suas dimensões físicas, psicológicas, sociais e culturais.

Além disso, porque esta tese incide sobre a construção de «adolescência» em romances juvenis portugueses e alemães, tornou-se igualmente necessária a mobilização de conceitos, saberes e instrumentos de análise provenientes de áreas disciplinares que se ocupam deste subgénero literário, com especial destaque para a Teoria da Literatura, os Estudos Literários Infanto-juvenis (Comparados) e os Estudos da Comunicação Literária Infanto-juvenil.

Referindo-se ao contributo que o estudo de textos literários juvenis poderá dar à pesquisa do “’fenómeno total’ adolescência”58 (tradução minha), (aspas simples dos autores), Carsten Gansel & Pawel Zimniak (2010c: 10) acentuam que esse estudo se poderá revelar gerador de um diálogo entre as ciências humanas e as naturais. Penso que o presente trabalho comprova que esse diálogo é possível e produtivo, não apenas a nível interdisciplinar, mas também intercultural, pois atravessa as fronteiras de dois mundos culturais distintos, o português e o alemão.59

58“’Gesamtphänomens’ Adoleszenz” (Gansel & Zimniak, 2010c: 10), (aspas simples dos autores).

59É de esclarecer que me refiro apenas à Alemanha e a Portugal, pois os ‘mundos culturais’ português e

alemão, na sua globalidade, incluem outras áreas geográficas, o que me obrigaria a repensar a própria organização do corpus de análise num universo literário extremamente mais vasto. Um estudo tão abrangente revelar-se-ia certamente muito produtivo mas correria o risco de se estender muito para lá dos objetivos e dos limites da presente tese.

76 A metodologia de base adotada assentou numa perspetiva semiótica da comunicação, partindo do pressuposto teórico de que o objeto de investigação da literatura infanto- juvenil deve ser encarado como um “interplay between literature and children and young people” (Göte Klingberg60

, 1973, apud Ewers, 2009: 3). Esta definição é apresentada e defendida por Hans-Heino Ewers, que propõe dar-lhe um sentido atual, ao esclarecer que o entende por “interplay, not of all literature, but only of the literature that is aimed at the child or youth readers, that is addressed to them.” (ibid.).

No âmbito da Teoria da Literatura Infanto-juvenil recorreu-se, pois, a uma metodologia de base semiótica e comunicativa, apoiada nas propostas de autores como Hans-Heino Ewers (2008a, 2009, 2011) para quem a teoria literária em geral e, muito concretamente, a teoria literária infanto-juvenil não deve ser reduzida a uma teoria textual, mas também compreendida como uma teoria da comunicação. Segundo Ewers, “children’s literature research is devoted to the investigation and definition of what is called children’s literary communication.” (ibid.).

Na mesma linha de pensamento, Emer O’Sullivan (2009) considera que o que carateriza esta área da literatura é, sobretudo, a comunicação assimétrica que se estabelece entre os interlocutores envolvidos, comunicação essa que está na base das principais diferenças entre a literatura para crianças e jovens e a literatura para adultos. No entanto, O’Sullivan é de opinião que esta assimetria, que não tem que ser necessariamente negativa, não apenas determina o status deste tipo de literatura no polissistema literário em geral, mas reflete-se em todos os aspetos relacionados com a sua transferência através das fronteiras linguísticas, literárias e culturais.

É ainda de acrescentar que este estudo se caracteriza por ser uma abordagem comparada, com incidência principalmente nos conteúdos temáticos subjacentes às representações de «adolescência», embora a análise de determinados aspetos formais se tenha revelado, por vezes, necessária, dada a estreita ligação entre estas duas vertentes da obra literária. Acresce dizer que proponho uma abordagem comparada, tal como a entende O’ Sullivan, visto que incide sobre representações de «adolescência» presentes em textos narrativos

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Autor sueco, considerado um dos pioneiros na investigação da Literatura Infantil e Juvenil. Ewers menciona uma sua obra, traduzida para alemão, em 1973, com o título Kinder- und Jugendliteraturforschung.

Eine Einführung, como um dos fatores que mais contribuiu para a investigação que ele próprio tem vindo a

77 provenientes de duas literaturas distintas, a portuguesa e a alemã, com o objetivo de refletir criticamente sobre o seu contributo para a construção ficcional de identidades adolescentes, inseridas nos respetivos contextos linguísticos, literários, sociais e culturais, e de as analisar numa perspetiva contrastiva.

Numa época em que as fronteiras entre diversos campos do saber se diluem e/ou reconfiguram, ao mesmo tempo que novas áreas disciplinares emergem e outras se afirmam como ciências autónomas – de destacar, aqui, os Estudos Literários Juvenis (Comparados), os Estudos de Tradução da Literatura Infanto-Juvenil, os Estudos de Identidade, os Estudos de Género, entre outros – este trabalho, inserido no quadro programático dos Estudos de Cultura61, assume-se como um projeto de reflexão e análise transdisciplinar e transculturalmente perspetivado:

a) transdisciplinarmente, porque mobiliza, como já foi dito, conceitos e saberes

provenientes de várias áreas disciplinares, com especial destaque para os Estudos Literários Infanto-juvenis (Comparados), a Teoria da Literatura, a Narratologia, os Estudos de Comunicação, a Psicologia Analítica, a Psicologia do Desenvolvimento na Adolescência, a Sociologia Juvenil, os Estudos de Identidade, sobretudo na sua vertente individual e psicológica, e os Estudos de Género, em cujos pressupostos teóricos assenta e onde recolhe os conceitos fundamentais e os principais instrumentos de análise;

b) transculturalmente, porque, ao pretender pôr em confronto representações de

adolescência presentes em obras literárias provenientes de duas literaturas/culturas juvenis distintas, a portuguesa e a alemã, se torna necessária a definição de um campo de análise em que seja possível refletir sobre as mesmas para lá das fronteiras linguísticas, literárias e culturais que as separam.

Há, no entanto, uma questão que se coloca: como estruturar um pensamento abrangente e organizador que permita a definição e delimitação de uma área em que seja possível analisar e refletir sobre questões tão diversas, numa perspetiva transdisciplinar e transcultural?

61Área transdisciplinar do conhecimento que se impõe no dealbar do século XXI, assente “na tradição quer

dos Cultural Studies de base anglo-saxónica, quer das Kulturwissenschaften de matriz hermenêutica e alemã.” (Capeloa Gil, 2008: 137).

78 Verifica-se, antes de mais, que a reflexão proposta assenta fundamentalmente em dois domínios do conhecimento, ambos de emergência recente – os Estudos Literários Infanto- juvenis e os Estudos de Adolescência – no âmbito dos quais, há a destacar dois conceitos que se instituem, à partida, como nucleares: «literatura infanto-juvenil» e «adolescência», respetivamente.

O abordar a questão da identidade adolescente levou-me ainda a recorrer, como atrás foi dito, aos Estudos de Identidade e aos Estudos de Género. No âmbito dos Estudos de Identidade, são sobretudo os aspetos individuais e psicológicos dessas identidades em construção e/ou desenvolvimento que importa analisar, porque este trabalho incide sobre a(s) identidade(s) das personagens adolescentes dos romances selecionados. Quanto ao recurso aos Estudos de Género, justificou-se, antes de mais, pelo facto de as obras que constituem o corpus de análise terem, como personagens centrais, indivíduos adolescentes do sexo masculino e feminino, o que aponta para «identidades adolescentes» de ambos os géneros, com as eventuais diferenças daí advenientes. Também se escolheram obras de autores masculinos e femininos, admitindo que este facto possa, de algum modo, refletir-se na construção identitária dos/das protagonistas. Considerei, neste caso, a opinião de Isabel Allegro Magalhães, ao defender que há elementos clara ou veladamente sexuados nos textos, o que leva a que estes expressem “a diferentes níveis essa inegável diferença – antropológica, histórica e cultural – que existe entre uma maneira de estar no mundo própria dos homens e outra própria das mulheres.” (Allegro Magalhães, 1995: 9).

Conclui-se, assim, que a perspetiva transdisciplinar pretendida se constrói, sobretudo, com base em disciplinas provenientes das ciências humanas e sociais, mas também dos estudos culturais, entre as quais é possível estabelecer pontes que possibilitam o entendimento dos fenómenos em estudo.

No entanto, perguntar-se-á como poderá ser resolvida a questão da transculturalidade, uma questão de difícil solução, dada a complexidade do próprio conceito de «cultura» e os múltiplos sentidos que lhe são atribuídos. Contudo, como afirma Müller-Funk, “Em vez da tentativa absurda (porque igualmente inútil) de estipular e/ou impor uma definição de

79 cultura, o importante é tornar claro que níveis de cultura estão a ser referidos, quando se fala de cultura.”62

(Müller-Funk, 2006: 7-8), (tradução minha).

Relativamente à presente tese, pode dizer-se que a dimensão cultural se manifesta a vários níveis:

‒ num sentido plural, para designar as duas «culturas» em jogo: a alemã e a portuguesa. Ao significado do uso plural da palavra cultura se refere Robert Bocock, afirmando, relativamente ao mesmo, que ele designa “the distinctive ways of life, the shared values and meanings, common to different groups – nations, classes, sub-groups (…) and historical periods.” (Bocock, 2008: 232). Também Mª. Laura Bettencourt Pires alude ao significado pluralista de cultura, ao afirmar que

o conceito pode ser compreendido de modo pluralista e usado para invocar apreciações holísticas dos modos de vida de uma comunidade, com as suas crenças, rituais e costumes. A genealogia do pluralismo do significado tem a ver com o fim do imperialismo europeu, a emergência do multiculturalismo, o aumento de mobilidade geográfica e social e a diversidade de papéis sociais nas sociedades ocidentais. (Bettencourt Pires, 2006: 45).

Quanto às duas culturas em causa, a portuguesa e alemã, importa apenas referir que, apesar das diferenças que as distinguem, partilham de alguns aspetos comuns, sendo de realçar o hibridismo cultural que as carateriza hoje, resultante não apenas dos fluxos de imigração recentes, mas também do envolvimento dos seus cidadãos “in a complex web of social, cultural and economic relationships that span the globe.” (Anthony Elliott, 2012: 2). Segundo este autor, os desenvolvimentos dos meios de comunicação de massa têm contribuído, não apenas para “a much more interconnected world, but also redefine aspects of the constitution of the self with reference to other societies and other cultures.”. (Elliott, 20012: 2, 3). Este contacto com outras culturas, quer direto quer mediado, acaba por ter reflexos inevitáveis na construção das identidades individuais, mas também das coletivas e, consequentemente, nas culturas dos povos e das nações, de que são exemplo as culturas portuguesa e alemã.

62“Anstatt des unsinnigen, (weil auch) vergeblichen Versuchs, eine Definition von Kultur fest- bzw.

vorzuschreiben, kommt es darauf an, sich klar zu machen, welche Ebene von Kultur gemeint ist, wenn von Kultur die Rede ist.” (Funk, 2006: 7-8).

80 ‒ ao nível das questões teóricas abordadas. É de salientar que os dois conceitos que estão no cerne de toda a reflexão – «literatura infanto-juvenil» e «adolescência» –, no sentido que lhes é hoje imputado, emergiram e têm evoluído nos paradigmas da modernidade e pós-modernidade, como uma ‘prática cultural’ (signifying practice, no sentido de Stuart Hall, 2007) e uma ‘construção (social) e culturalmente determinada’, respetivamente.

Quanto ao conceito de «adolescência», tal como o entendemos atualmente, tem vindo a desenvolver-se, desde a sua emergência em meados do século XIX até aos nossos dias, de acordo com as condições económicas, políticas e sociais das sociedades em que se insere, condições essas que se vão refletir nas mentalidades e nas visões do mundo dos seus membros e, consequentemente, nas suas conceções de «infância» e «adolescência».

Por sua vez, o surgimento e os desenvolvimentos da «literatura infanto-juvenil» (específica) têm acompanhado as diferentes conceções de «criança» e de «adolescente», desde que estas emergiram com o seu sentido atual. Como já atrás foi referido, trata-se de uma prática cultural, cujas funções são, não apenas de entretenimento e didáticas, mas também formativas e socializadoras, com o objetivo de inculcar nos mais novos, os padrões de comportamento, normas e valores prevalentes na sociedade. No caso dos dois subgéneros literários que são objeto de reflexão neste trabalho – o «romance adolescente» moderno e a «literatura juvenil focada em problemas» –, verifica-se, com efeito, que eles não apenas representam os universos dos jovens e as suas mundividências (ou o que os seus autores reais intuem ser esses universos e mundividências), como procuram intervir na sua construção. A este respeito, Kimberley Reynolds afirma que, se olharmos para “what is being produced for the current generation of adolescent readers reveals a great deal about changes in the way they are being constructed in social terms.” (Reynolds, 2007: 68, 69). Neste sentido, acrescenta este estudioso, a ficção juvenil contemporânea está a participar “in shaping thinking about what adolescents are and do and the roles that are being constructed for them in society.” (Reynolds, 2007: 69).

Acresce, no entanto, dizer que os jovens não são hoje apenas recetores passivos de cultura, eles são também e cada vez mais criadores de cultura, e, por conseguinte, agentes ativos de mudança cultural. Sobressai, assim, a ideia de que a cultura se preserva e, principalmente, se transforma porque é partilhada pelos indivíduos que a

81 comungam em sociedade, e que essa partilha desempenha um papel importante na sua transmissão intergeracional. Esta ideia vem ao encontro da posição assumida por Peter Hanenberg, quando defende que a cultura “is shared and social by definition” (Hanenberg, 2011: 38), pressupondo esta sua noção de partilha “the individuality of the other and […] the other’s intention” (ibid.), ou seja, ela baseia-se no entendimento do(s) outro(s) como sendo “intentional agents like the self.” (Tomasello, 1999 apud Hanenberg, 2011: 38). Conclui-se, assim, que, para que a partilha da cultura se dê, tem que haver uma intenção subjacente por parte dos atores envolvidos, uma “shared intention” (Hanenberg, 2011), que é indissociável de qualquer prática cultural, mas que adquire especial relevo no caso das práticas que visam as camadas mais jovens da sociedade.

Relativamente ao texto literário em geral, Vítor Aguiar e Silva (2009), como foi anteriormente referido, atribui-lhe uma ‘intencionalidade pragmática’, que está presente na comunicação que se estabelece entre o emissor/autor e os recetores/leitores, e que muito se aproxima do conceito de ‘shared intention’ a que se refere Hanenberg (2011: 39). No caso da «literatura infanto-juvenil» específica em geral, e do «romance adolescente» moderno e da «literatura juvenil focada em problemas» em particular, pode dizer-se que esta ‘intenção partilhada’ se prende com as funções que lhe são imputadas e se revela, do seguinte modo, na comunicação – segundo Hanenberg, o ‘primeiro momento’ de partilha cultural – que se estabelece entre o autor real e o público destinatário jovem:

 intenção do autor, de transmitir conhecimentos, padrões de comportamento, normas e valores aos jovens leitores, intenção essa que se manifesta no texto, implícita ou explicitamente;

 intenção por parte dos jovens leitores, de assimilar (ou não) o que lhe foi transmitido; quando esta assimilação se concretiza efetivamente, dá-se a

aprendizagem – ‘segundo momento’ de partilha cultural –, a qual, por sua vez,

transforma o indivíduo em agente de cultura – ‘terceiro momento’ da partilha –, capacitado para a preservar e/ou transformar. De facto, como acentua Hanenberg, a aprendizagem é “the fundamental process of cultural sustainability and development.” (Hanenberg, 2011: 39).

82 Acresce dizer que nem sempre a assimilação/aprendizagem por parte do jovem leitor significa que há aceitação da sua parte relativamente ao que lhe é transmitido. No entanto, quer assuma uma posição de aceitação quer de rejeição, o jovem está sempre a intervir na cultura, pois, se os atos de aceitação são um garante de preservação da cultura, os de rejeição são os que, mais frequentemente, se revelam como fortes potenciadores de transformação cultural.

‒ ao nível dos temas das obras que constituem o corpus de análise. De facto, nos romances selecionados são abordadas questões candentes como o racismo, a intolerância religiosa, a inseminação artificial humana, a memória histórica, a deficiência, o que requereria a convocação de outras disciplinas que se enquadram no âmbito dos Estudos Culturais, para além dos Estudos de Identidade e dos Estudos de Género já atrás referidos, como seria o caso dos Estudos Pós-coloniais e dos Estudos de Memória. Estas questões não deixam, no entanto, de ser afloradas na reflexão que me proponho fazer, tendo em conta que um estudo aprofundado das mesmas se estenderia muito para lá do que é viável no âmbito da presente tese.

Justifica-se, assim, o enquadramento do presente trabalho no quadro teórico dos Estudos de Cultura, pela perspetiva transdisciplinar e transcultural que constrói com base num aparato teórico e metodológico proveniente de diferentes áreas do saber, no âmbito das ciências humanas e sociais, bem como dos cultural studies, ao mesmo tempo que privilegia a leitura reflexiva e crítica e a interpretação de elementos colhidos nas obras selecionadas para análise, na linha dos Kulturwissenschaften, com o objetivo de tirar ilações quanto às questões que coloca e a tese que formula relativamente ao objeto em estudo: a construção da «adolescência» no romance juvenil alemão e português.

83 CAPÍTULO 2 – «ADOLESCÊNCIA»