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ANÁLISES E RES ULTADOS

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As im agen s Lan ds at fo ram comp arad as com as im agens cl as sifi cad as. O resul tado d e tal com paração p ro po rcionou t an to um a an ális e empí rica, quanto uma teóri ca. Na pri mei ra, p ercebeu -s e q ue o m étod o Max v er obt ev e melh or result ad o d o qu e os o utros, p ois, n el e, as im agens apres ent aram pou cas di feren ças em rel ação aos alv os. A an áli se com parati va foi o bs ervada ap en as visu alm ente.

J á na an áli se teóri ca, Fitz (20 08 ) su s tent a q u e o m éto do Max v er ap resent a m aio r v ant agem na cl as sificação do s alvo s, para o bter t al afi rm ação, ele real i zou o mét odo d e cl assi fi cação s up erv ision ad a e não sup ervisio n ad a em u ma regi ão urbanizad a.

Em rel ação à an áli se das im agen s classi fi cad as, pod e-s e o bs ervar q ue, em tod as el as, a Água, q u e est á id en tifi cad a com a cor azul na fi gu ra 16, foi con fu ndi da com o asfalto e com as áreas qu e pos su em so mbreamento , por caus a d as edifi caçõ es. Esse erro, entret anto, não alt era a an álise, vis to qu e o somb ream ent o n ão mud a o v alo r d a amostra da ocup ação e o obj etiv o prin ci pal d est e t rab al ho é o bs ervar o p ro cess o d e ocup ação d o solo.

Na cl ass e d a v egetação (cor v erd e), fo i p ossív el p erceb er qu e as áreas que pos su em m ata s ofreram um decréscimo entre o s anos 1990 e 2 010 . O mesm o aco nteceu co m as cl ass es d e s olo ex posto (co r amarel a) e agri cultu ra (cor ros a), p or cau sa do proces so de ex p ansão u rb an a.

Obs erv and o as im agens produzi das pelo geop ro cess am ent o fo i possí vel perceb er a ev olu ção da ocup ação d o mu ni cípi o ao l on go de 20 ano s, de 19 90 a 2010 . Na im agem d e 199 0, a área u rb an a, classi ficada n a co r verm elh a, ai nd a obedeci a à l inh a imagi nári a da zon a u rb an a, e com eçav am a su rgir loteam ent os na zon a de ex p ans ão urb an a, con fo rm e m ost ra a fi gura 16.

Segu ndo l ev ant am en to fei to em 20 00, p el a S ecret ari a Mun i cip al d e Plan ej am ento e Urb anis mo - S EP LAM, fo ram ap rov ad os, n a décad a de 8 0, ap en as 34 lot eam ent os n a ci d ad e. J á n a d écada d e 90, ess e nú mero sal tou p ara 111. No p erí odo d e 2000 a 20 02, fo ram con tabilizados aprox imad am ent e 92 loteam ent os ap ro vad os em Goi âni a.

Na fi gu ra 17 (im agem de 199 9), not a-se que a o cu pação u rb an a, em verm elho , cres ce no senti do s ul (em di reção a Ap areci da de Goi âni a), no sent ido o est e (rum o a Tri nd ad e) e no no roest e (em di reção a Goi ani ra). J á na fi gu ra 18 (im agem 2 010 ), é possí v el obs ervar qu e o s parcel ament os v ão em direção ao s ud est e (ind o p ara S enado r Can ed o) e ao sud oest e (s enti do a Aragoiâni a).

Comp aran do as im agen s de 19 90 e 1 9 99, p erceb e-se q ue houv e o pro cess o de ex p ans ão urb an a, o qu al foi prop orcio nado po r duas caus as . A prim ei ra foi o afas t am ento h abitaci on al na regi ão cent ral d a ci dade, d evid o aos el ev ados preços das mo radi as nas z onas m ais cent rais, com o Seto r Sul, Bu en o, Oest e, M ari sta, d ent re ou tro s. Muitos ci d ad ãos m udaram -se p ara terren os p eriféri cos , ond e o custo h abit acion al é m ais co nvid ativo. A segun da foi o mo vim ent o mi grató rio: cert as p es s oas d eix aram su a ci dad e natal ou a área ru ral em b us ca de mel ho res o po rtun i dad es n a capit al goi ana.

No perío do d e 1 990 a 199 9, Goi âni a p art iu d e 922 .22 2 habit antes p ara 1.05 6.3 30, rep resent ado um cres cim ent o de m ais de 130 m il pesso as qu e nas ceram em Go iâni a o u mi graram p ara el a em b usca de m el hores condi çõ es de vid a. A p arti r d e 1 999 , a o cup ação urb ana co meço u recru descer, e o pro cess o de p arcel ament o do sol o torn ou-se m ais int en so, como po d e ser obs ervado na fi gu ra 1 7: a área urban a, rep resent ad a p el a co r v erm elh a, ex trapol a o lim ite u rban o.

Em 2 005 , os t écnicos d a S ecret aria M uni cip al d e P lanej ament o e Urbanismo – SEP LAM ini ciaram estu dos para um n ov o traçado d a ex pan são urb an a d e Goiân ia. Os es tud os realiz ado s com ferram ent as do geo proces samento fo ram d e fu nd am ent al impo rtância p ara ex amin ar a cid ade nos as pecto s s ocial , cu ltu ral , ambi en tal , d e m obili dade e acessib ilid ad e e, prin ci pal mente, d e zoneam ent o u rb an o e ru ral .

Ao an alis ar a class ifi cação de 20 10, figura 18, p erceb e-s e q ue o pro cess o d e p arcelament o d o s olo conti nuou cres cend o, dev ido à press ão d o mercad o imo bili ário. Com is so, a t end ên cia é q ue as áreas ru rais fiq uem cada vez m ais en cl aus uradas . Segun do M o ys es (20 05 ), a p art e rural d e Goi âni a repres ent ava 46, 5% do territó rio . De aco rdo com Pl an o Di ret or d e 2 007 , es sa porcent agem fo i redu zida para 3 8,8 9%.

O cres cim ento urb an o tem provo cad o a conu rb ação com os m uni cípio s de Ap arecid a de Goi âni a (qu e est á ao sul ), Aragoi âni a (ao su d oest e), Tri nd ad e (ao n oroest e), e S en ado r C anedo (ao sud est e), o q ue s e p ercebe n a fi gu ra 1 8 . Se, po r um l ado , a o cu pação no s en tido das t rês p rim eiras cid ad es é direcion ad a para p es soas com m eno r p od er aq uisit ivo . Po r ou tro, a ocup ação no s enti do d e S en ad or C an edo é com po sta p or cl as ses mai s ab ast ad as , qu e viv em em co ndomí ni os h orizo nt ais fechados.

Comp aran do a ex p an são urbana da Lei 06 0/97 com a d a Lei 1 71/20 07, é p ossí vel p erceb er o cres cim ento urb an o. Na l ei 060 /97 , a área d e ex pans ão urb an a com preendi a 37 7,6 644 24km ², result an do 51 ,95 % d a ci dad e. Atu alm ent e, ess es d ado s, s egund o a l ei 171/2 007 , s ão d e 464,456545km², que repres ent am 63,93% d a área urbana, do tot al d e 7 26, 8850 00km ², iss o repres ent a um a d iferen ça d e qu as e 1 2% a mai s d e área ocup ad a.

Conform e p rev ê a Lei Com pl ement ar 171/2 007 , no arti go 255, a atu aliz ação do Pl an o Diret or d e Goi âni a d ev e o co rrer - caso necess ário - a cad a do is ano s. No ano d e 2 010 , a p refeitura i niciou os est u dos para o nov o traçad o das macrozo nas , e a tend ên ci a é que a área ru ral s eja diminuí da ain da mais . O id eal s eria não ab ri r no vas áreas, mas sim o cu par o s vazio s u rb ano s que po ssu em i nfraes trut ura ad eq uada ao s nov os m orad ores . Ess a d icotomi a refl et e o emb at e ent re o m ercad o imobi liário, q ue p ressi on a pela ex pan são urb an a, e os gesto res , qu e alm ej am a ocup ação do s v azios u rb anos. Para est es, a apli cação do Imp osto P ro gressi vo no Tem po esti mul aria a uti lização d o s terren os n ão o cu pado s ou su butiliz ado s.

A fi gu ra 1 9 mos tra, det alh ad am ent e, o process o d e uso e ocu pação d o solo urb ano, no q ual al guns p arcelament os o co rreram sem qu e foss e resp eit ado o pl an ej ament o pú bli co, p rev alecendo a vo nt ad e d e al gu ns us u ári os em detrim ento do ansei o co let ivo . No map a, a ev olu ção d a ocup ação est á dest acad a nas co res: o verm elh o rep resenta o ano 19 90, o amarel o most ra o cres cim ent o d a o cup ação em 19 99 e o ro x o interp reta o acrés cimo no an o d e 2010 .

Em al gumas áreas q ue p ert en cem à m acrozon a const ruí d a oco rreu o parcel am ent o, m as elas ai nd a n ão fo ram ocup ad as ou ap res entam um baix o índi ce d e o cup ação. Na fi gu ra 1 9, ess as áreas n ão estão i den tifi cad as no map a, p ois a fi gura co mp ara apen as as áreas já o cu pad as. É o caso d o Resid enci al J ardi m do C errado e do R esidencial Mu ndo No vo (qu e est ão n a saíd a para Tri nd ad e), do l oteam ent o Goiânia Golf Club e (sent ido S en ado r Can edo ), do Resid enci al Orlando Mo raes (ao n orte do m u nicí pio ), al ém do Condo mínio P riv ê das Oliv ei ras (s aíd a p ara Aragoiania). q ue é um con domí nio d e ch ácaras e ap resent a um b aix o ín dice d e o cu pação.

Para minimiz ar o s efeito s n egati vo s d ess a ocup ação urbana des ordenada, a Lei d os Vazios Urbanos (Lei C ompl. n. 1 81/2 008 ) d efi ne qu e as áreas v azias ou sub utilizad as, pro vid as d e i nfraest ru tura (transpo rt e col etiv o, águ a, es go t o, col et a d e lix o, es cola mu nicip al, s aúd e, dent re out ras), pas sarão a ser o cup ad as e receberão o Proj eto Di feren ci ad o de Urb an ização (Lei C ompl . n . 876 7/ 2009 ). Com o m edi da compul só ria, o p ro p rietário d o s olo urb an o qu e n ão p rom over s eu devid o apro veit am ent o s erá n oti ficado e p as sará a p agar o Im post o Pro gressi vo no Tem po, uma m edid a a s er apli cada p el o pod er pú bli co.

A lei d os Vazio s Urb ano s, no qu e se refere ao en qu ad ramento do v azio urb an o, est á sendo apli cad a, p orém ain da em pequ en a escala. A l ei v ai ao en con tro de al gu ns interess es da i niciativ a p riv ad a, um a vez qu e, ao caracteriz ar um t erreno co mo v azio urban o, permit e s eu enq uadram ento n a Lei do P roj eto Di feren ci ado d e Urbanização – PDU.

F i g u r a 1 9 : O c u p a ç ã o d o mu n i c í p i o d e 1 9 9 0 e 2 0 1 0 . Jardim do Cerrado Golf Clube Cond. Privê das Oliveiras Res. Orlando Moraes Bairro Val das Pombas Res. Real conquista

Conform e o PDU, o terreno p ass a a ter o m esmo co efi cient e d e ap rov eit am ent o de u ma área adens áv el, permiti ndo a su a d ensifi cação. Se a área, no ent anto , esti ver em um a Área de Uso Sust ent ável , n el a prev al ecerá o co efici en te d e ap ro v eit am ento p revist o n a l ei do Plano Di ret or. Al ém do qu e, as Áreas d e Pro teção Ambi ental s erão d estin adas a p reserv ação dos man an ci ais do muni cípio.

Devido ao s incenti vos do s pod eres m uni cip al e fed eral, al gum as con struto ras e im ob iliári as t êm resp eit ado o p erí met ro u rb ano d efinid o n o Plano Di reto r. No âmbito m uni cip al, certas l eis (Vazio s Urban os, P ro jet os Diferenciados d e Urb aniz ação e Áreas Especi ais d e In t eress e So ci al) t êm col ab orad o p ara o cup ação do s olo urbano. No âm bito fed eral, os fin an ci am ento s e in centiv os p ara a cas a p ró pri a aux ili am na ex ecu ção d o obj etivo mu nicip al.

Vário s fato res, conj unt ament e, propi ci am o cres cim ento u rban o. O pro gram a Mi nh a Casa, Minh a Vid a, d o Gov erno Fed eral , o ferece s ubsí dio s para famíli as qu e ganham ate d ez salário s mínim os, o q ue facilita a co mpra da casa p róp ri a. A elevação d o Produ to Interno Bruto – P IB pro po rcion a o aum ent o d o con sumo imobil iário em to das as class es s oci ai s, infl uenci ando a din âmica u rb an a d as ci dades. A redu ção da t ax a d e j uros brasil ei ra faz com que os co nsum ido res , ao in vés d e fo caram ap en as n a apli cação es pecul ati va, pas sem a an alis ar p ositiv am ent e o in v es timen to em habit ação, vi sto qu e el e ago ra p ro po rcion a rendim ento s s atis fató ri os.

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