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(1)

PONTI FÍ CIA UNI VERSIDADE CATÓL ICA DE GOI ÁS

Pró-Reitoria de Pós-graduação e Pesquisa Departamento de Ciências Econômicas

Mestrado em Desenvolvimento e Planejamento Territorial - MDPT

AVALIAÇÃO DA EXPANSÃO URBANA NO MUNICÍPIO

DE GOIÂNIA. PERÍODO 1990 - 2010

CÁRIT AS RO QUE RIBEI RO

GOI ÂNIA

(2)

CÁRITAS ROQUE RIEIRO

AVALIAÇÃO DA EXPANSÃO URBANA NO MUNICÍPIO

DE GOIÂNIA. PERÍODO 1990 - 2010

Diss ertação ap resen tad a ao Pro gram a de Pós -Grad uação em Desenvolv imento e Pl an ejam ento Territo rial d a Ponti fícia Uni versi dade Católi c a de Goi ás como requ isito p ara o bten ção do grau de M est re em Des en volvim en to e Planej am ento Territo rial.

Or i ent ador : Pr of . Dr . T ul e César Bar cel os M ai a

GOI ÂNIA

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R484a Ribeiro, Cáritas Roque.

Avaliação da expansão urbana no município de Goiânia: período 1990-2010 [manuscrito] / Cáritas Roque Ribeiro. – 2011.

65 f. : il. algumas colors.

Dissertação (mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Departamento de Ciências Econômicas, 2011.

“Orientador: Prof. Dr. Tule César Barcelos Maia”. Bibliografia: f. [62]-65

Inclui lista de tabelas e figuras.

1. Goiânia (GO) - expansão urbana – 1990-2010. 2. Planejamento urbano. 3. Geoprocessamento. 4. Plano Diretor – Goiânia. I. Título.

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CÁRITAS ROQUE RIBEIRO

Diss ertação d efen did a e ap rov ada em 18 d e m arço d e 201 1 p el a Ban ca Ex amin ado ra co nstit uíd a p elo s p ro fesso res.

______________________________________________ Pro f. Dr. T ul e Cesar Bar cel os Mai a

Presid ent e da Banca (Ori ent ad or)

______________________________________________ Pro f. Dr. Nilso n Cl ementi no Ferrei ra Univ ersid ad e Federal d e Goi ás - UFG

______________________________________________ Prof. Dr. Ycarim Melgaço Barbosa

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AGRADE CI ME NT OS

Aos m eu s famili ares , es peci alm ent e m eu s pai s Antoni no e Deuzin a, po r me ensi narem a nun ca d esist ir dos m eus so n hos.

A Paulo Au gu sto And rad e p elas pal av ras d e in cent ivo, cari nho e com panh eirismo .

A tod a equ ip e de p rofess ores do cu rso de M est rado em Desen volv imento e Plan ej am ento Territo rial, q ue t an to cont ri buíram para o m eu aprendiz ad o. Em esp eci al ao P ro f. Dr. Tule César pelas ori entaçõ es con stan tes e p el a ded icação.

A tod as as p esso as q ue d e al gum a form a con tri buí ram p ara a con cl us ão d est a diss ert ação.

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RESUMO

Ess a di ss ert ação t ev e com o o bj etivo mo s trar qu e, no p ro cesso de o cu pação d e Goi âni a, o geop ro ces sam ent o é ferrament a b as ilar p ara a el ab oração , ex ecu ção e v eri ficação do P lano Diret or. Tal dis s ert ação se ju stifi ca, um a v ez qu e é necess ári o s ab er se uma n ov a ex pan são urb an a é fund am ent al, pois a ú ltim a oco rreu em 2 007 e aind a há v ário s lot es vagos e gran des áreas não parcel adas den tro d o p erím etro urb an o.

A m etod olo gia ut ilizad a p ara a elab oração d a di ss ert ação foi o geo proces samento, q ue é co mpos to pel o Pro cess amento Di git al d e Im agem - PDI e pelo Si stem a d e In fo rm ação Geo gráfica – S IG. No P DI, fo ram utilizados o georreferen ci am ent o, a cl assifi cação d e image ns e t écni cas d e con vers ão de Si st ema d e Co ordenadas . No S IG, foram elab orad os m ap as tem áti cos , utiliz and o tant o a im agem classi fi cad a, q uanto o Map a Urbano Bási co Di git al de Goiânia – M UBDG, para comp arar a ev olu ção do uso e ocu pação do sol o n o muni cípi o.

Após d ens o est udo , co ncluiu -s e qu e a ex pan são u rb an a n ão é fund am ent al , pois, vi a geo processam en to, comp rov ou-se qu e h á, em Goi âni a, áreas dispo nív eis qu e pod em ser bem ap rov eit adas n a d in âmi ca d a cidade, d es de qu e o Plano Di reto r d e 2 007 sej a ex ecut ado e resp eit ad o.

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ABSTRACT

This t hesis aim ed t o sho w t hat , in th e Goi ani a o ccup ati on p ro cess, th e geo proces sin g is an imp ort an t to ol for t h e Directo r Pl an el ab orati on, ex ecutio n an d veri f yin g. This th esi s is jus tifi ed sin ce it is necessar y to kn ow i f a new ex p ans ion is fun dam ental, b ecau s e th e last o n e happ ened i n 200 7 an d there are yet m an y vacant pl ots o f land and bi g areas not shared int o th e urb an p erimet er.

The m eth odo lo g y u s ed to elabo rat e th e t hesi s was th e geop ro cessin g, which is com pou nd b y Im age Di git al Pro cess in g – IDP and Geo grap hic In fo rm atio n S ys tem – GIS . The geo graphi c referen cin g, th e i mage cl assifi catio n and Coordin at es S yst em con versi on t echni qu es were us ed i n IDP. In GIS , th em ati c maps , usin g both cl assifi ed im age and Go iani a Di git al Basi c Urb an M ap, were creat ed t o com pare t he ev oluti on of cou n t y so il u se and occu p atio n.

Aft er hard st ud y, it was co ncl ud ed th at urb an ex pansio n is not fu nd am ent al, becaus e, b y geo processi n g, it was p ro ved that th ere are availabl e areas i n Goi ani a t hat can b e well ut ilized o n the ci t y d yn ami cs , since som eb od y ex ecut es an d resp ect s th e 2 007 Di recto r Plan.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO. ... ... .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... ... ... . 11

CAPÍTUL O I 14

1 – PLANEJ AMENTO... ... ... ... ... ... ... ... . .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... ... ... .. 14 1.1 - P LANEJ AM ENTO UR BANO.. ... ... ... .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. ... 14 1.2 - P LANOS D IRETORES DE GO IÂN IA.. ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... 17

CAPÍTUL O II 34

2 - GEO PRO CESSAMENTO E O PL ANEJAMENTO ... ... ... .. .... ... ... . 34

2.1 – GEOPROC ESSAMENTO NO PROC ESSO DE

P LANEJ AMENTO URBANO.. ... ... ... ... ... . .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... 34 2.2 – AQUIS IÇ ÕES DE DADOS.. ... ... ... .. .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... 37 2.2. 1. – S ens ori am en to R emoto ... ... ... .. ... . .... ... ... ... ... ... ... ... .. 37 2.2. 2. – Sist em a de Info rm ação Geo gráfi ca – S IG. ... ... ... ... ... 43

CAPÍTUL O II I 47

3 - MET ODOLO GI A.. ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... ... ... .. 47

ANÁLISES E RES ULTADOS ... ... ... ... ... . .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... .. 51

CONSI DE RAÇÕES FINAIS. ... ... ... ... ... ... .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... . 60

RE FE RÊNCI A BIB LIO GRÁFI CA... ... .. .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... ... ... .. 62

(9)

ÍNDICE DAS FI GURAS

Figu ra 1 : Plano d e Lo t eam ento e Arru ament o Nú cl eo C ent ral 13 -1

2-1933 Arq . Urb . Attíli o Co rrêa Lima.. ... ... . .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... ... ... 18

Figu ra 2: Plant a Geral de Urb aniz ação Goiânia 19 47. ... ... ... ... .... ... ... . 19

Figu ra 3: Foto Aérea d e Goi ânia 19 64. ... .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... ... ... . 22

Figu ra 4 : M ap a d a área u rb an a e d e ex p ansão u rb an a do M uni cípi o d e

Goi âni a. ... ... ... ... ... ... .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... ... ... 24

Figu ra 5: Pri ncí pios do Pl an o Diret or d e Goi âni a. ... ... ... ... ... ... .... ... ... 25

Figu ra 6: M acrozo n eamento. ... ... ... ... ... .. .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... ... ... . 27

Figu ra 7: M ap a d os Vazio s Urbanos ... ... . .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... ... ... . 32

Figu ra 8: Repres ent ação d o pix el ... .. ... ... .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... ... ... . 37

Figu ra 9: Resolu ção es pect ral.. ... ... ... ... .. .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... ... ... . 38 Figu ra 10 : R esol ução radi om étrica. ... ... .. .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... ... ... . 39 Figu ra 11 : Có di go d e i dentificação d o p o li gon o b ai rro.. ... ... ... .... ... ... . 45 Figu ra 12 : Co nv ersão do Sist em a d e C oo rd en ad as. ... ... ... ... ... .. .... ... ... . 47

Figu ra 13 : Pro grama ARC GIS, geo rreferenci am ent o.. ... ... ... ... . .... ... ... 48

Figu ra 14 : Mo saico da imagem Lan ds at 5 TM d e 199 0.. ... ... ... .. .... ... ... 49

Figu ra 1 5: Amostra da im agem p ara cl as sifi cação

sup ervisio n ad a.. ... ... . .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... ... ... . 50

Figu ra 16 : Cl assi fi cação M ax ver na im agem Lands at de 1 990 . .... ... ... . 52 Figu ra 17 : Cl assi fi cação M ax ver na im agem Lands at de 1 999 . .... ... ... . 54 Figu ra 18 : Cl assi fi cação M ax ver na im agem Lands at de 2 010 . .... ... ... . 56 Figu ra 19 : Ocu p ação do mun icí pio d e 1 9 90 a 2 010 ... ... ... ... ... . .... ... ... . 58

(10)

ÍNDICE DAS T ABE LAS

Tabel a 1: Tax a de cresci mento anu al da popul ação do Mu nicípio d e

Goi âni a - Go 200 0/2 009. ... ... ... ... ... ... ... ... .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... ... ... 28

Tabel a 2 : C res cimen to d a Urbanização no Brasil ... ... ... ... ... ... ... .... ... . 29

Tabel a 3: Núm ero d e mun icí pios , po pul ação resid ente, po r s ituação

do domi cíli o, t ax a d e cres cim ento e razão de d ep en dên cia, s egu ndo as Unid ad es d a Fed eração e cl ass es de tam anh o d a pop ul ação do s muni cípi os- Bras il – 2000 ... ... ... ... ... ... ... .. .... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .... ... ... 30

Tabel a 4: Ev olu ção da pop ulação d o muni cípi o de Goi ân ia 199

(11)

INTRODUÇÃO

A análi se do p ro ces so urb anísti co d e Goiânia pod e s er es tu dad a p or técni cos cap acit ados que util izam a cart o grafi a, o geop ro ces sam ent o, d ent re outras ciências e t ecno lo gi as , as qu ais permit em obs erv ar, av ali ar e ex trair info rm açõ es es senci ais p ara o p lanej am en to u rb an o res pon sáv el.

O geop ro cess am ent o é d e sum a imp ort ân ci a no p ro ces so macro est rut ural d a cid ad e. El e cont ribu i para o o rd en amento do município , pro po rci on an do um a dist rib ui ção m ais equit ativ a dos cid ad ãos, o qu e p ermit e maio r din amis mo n os flux os u rb ano s. Ele aux ili a no co mbat e cont ra o s pro cess os d e eros ão e al agam ent o, evit an do, assim, grav es p robl emas so ciai s com o d esm oron am en to d e resid ênci as , perd a d e colh eit as, n ão es co am en to de águ a, dentre o utros . Ad em ais, aux ili a no planejam ento e n a gestão d e san eam ento e in fraestrut ura b ási ca, a qu al p rop orcio nará a elev ação do IDH (Ín di ce d e Des env olv iment o Hum an o) d a regi ão .

Por mei o do geop ro cess am ent o e da ferrament a Sist em a de In form ação Geo gráfi ca (S IG), fo ram co nceb ido s map as imp ort antes p ara estu dos , anál is es e dis cu rso s, com a finali dad e de um a melhor el abo ração d o Plan o Diret or d e Goi âni a (P DG). Es ses m ap as l id am com in úm eras v ari áveis : s oci edade, econo mia, m eio -am b ient e, dem o grafi a, t rans po rte, zon eament o, d ent re out ras. Visto qu e há um a mirí ad e d e dados in terd ep end ent es , ao i ntercon ect á-l os, melh ora-s e a apli cabilid ad e d as pol íticas publi cas, ap esar de ai nd a h av er ocu pação d eso rd en ad a.

Ess e p ro cesso d e o cupação deso rd en ad a tem gerado qu esti o nam ent os ao muni cíp io, em rel ação aos:

• Vazio s u rb an os;

• Bai rro s d ist ant es do cent ro de Goiâni a;

• Bai rro s s em in fraest rutura e s an eam en to b ási co;

(12)

• Carên ci a de escol as, hospi tai s e l azer;

• Alto custo p ara i mpl ant ação d e saneam en to b ási co e in fraest ru tura;

Com o uso do geoproces sam ento, at rav és do p ro cess am ent o d e imagen s, é po ssív el monito rar o cres cim ent o urb ano do mu n icípi o. Po r m eio do S IG, p od e-se fazer, dentre o utras t arefas, m ap as d e b airros, qu ad ras e lotes; m ap as d e l ocal ização d e áreas qu e poss uem in fraest rut u ra e s an eam ento bási co e at é m esm o um a proj eção d e qu al a m elho r lo calização p ara o parcel am ent o d o s olo .

Assim , est a diss ert ação tem como ob jet ivo most rar qu e at rav és do geo proces samento é possí vel an ali sar o p ro cesso d a ex pans ão urb an a, o qu al tev e t rês et ap as . A primeira foi comp arar t rês i magens m ultit empo rais do sat élit e Land sat 5 TM de 1 990 , 199 9 e 2010 , obs erv and o a ev olu ção d a ocu pação d o muni cí pio. A s egund a foi anali sar os fat ores d e cres cim ent o da cid ad e. A t ercei ra fo i aferi r a precis ão da ex ecuto ri ed ad e d o P lan o Di reto r d e 2007 no asp ecto da ex pans ão urbana.

O p rim eiro capítu lo d est a di ss ert ação t rat a d a d efin ição d e planej am ent o e d e planej am ent o urban o, seus co n cei tos e suas realid ad es con tem po râneas , al ém de ap resentar uma sínt es e do s P lan os Di ret ores ap rov ad os no m uni cí pio d e Goi âni a d esd e o an o d e 193 0 at é a el ab oração d o Plano Di reto r de 20 0 7 e su as at u alizaçõ es .

O segun do rel at a os con ceitos de Geop rocess am ent o e d e Si stem a d e In fo rmação Geo gráfica – S IG, s u as ferram ent as e s eus m éto dos d e pro cess am ent o d e i m agem e m ap eam ent o, al ém da utiliz ação d ess a t ecno lo gi a no pl anej am ent o u rb ano .

Na m etod olo gia, t erceiro capít ulo, fo ram fei tos o georreferen ciam ento das im agen s e o seu ap rimo ram ento , deix an do -as com asp ectos m ais suavizados. Em s egu ida, foram d efini das cin co cat ego ri as d e interess e (águ a, veget ação, sol o ex posto , área urbana e agri cul tu ra) p ara realizar a cl assi fi cação sup ervisio nada, s en do q ue fo ram ut ilizado s três mét odo s cl assi fi catórios , av al ian do qu al p ro po rcio nou m ai or ex atid ão d os alvo s.

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No qu arto capítul o , fo ram ap res ent ad os os resu ltados acerca do cres cim ent o u rb ano e os fato res qu e o o casio naram. Ad em ais, foi an alis ad o se o p ro cesso d e ocup ação urbana t em ob ed ecido às d iret rizes d o Pl ano Di reto r de 20 07 , e s e o geop ro cess amento é cap az de propo rcion ar d ados p ara an ális e da ex p ans ão urb an a.

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CAPÍTUL O I

1 - PL ANE JAMENT O

Todo s pl an ej am su as vid as. No curto prazo, pl an ej am o qu e vão fazer no p erío do da m anh ã, t arde ou no ite. No lon go p razo, o q u e farão em ano s o u décad as. Isso t am bém o co rre em to das as áreas p ro fission ai s, como arquit etu ra, en genh aria, m ei o ambi ent e, den tre out ras. O Pl an ej amento estud a, bas eado em dados e in fo rm ações, o s fenô menos ou p ro cessos q u e po dem acont ecer, vis an do prev eni -lo s d e p ro bl em as e di fi cul dades. Ad em ais, pod e pro po rci on ar o melh or aprov eit am ent o d e op ort uni dad es p ara o des en vol vimento d e um p roj eto .

Segu ndo Lafer (1 97 3), o pl an ej amento dispõ e d e in st rum en tos qu e apo nt am caminh os p ara o s eu pl en o d es env olvim en to. Dent re ess es estão as táti cas, q ue lid am co m des afios d e curt o prazo, e os obj etiv os , qu e trat am d as questõ es d e lon go prazo. O pl an ej am ento pod e s er apli cado tan to n a área admi nist rativ a com o tamb ém n a área u rb anísti ca.

Na vi são adminis t rat iv a, o pl an ej ament o est rat égi co, segu ndo Cab anil las (200 5), é uma pos sív el ação de qu alqu er emp reend imento, p el a qual s e alm ej a o bter v an tagens co mpeti tiv as, b as eand o-s e num a b oa est ratégia. C ons oant e S erra (2 004 ), o pl an ej amento estrat égi co rep res ent a a defini ção d e metas e obj eti vos q ue p od em p rop orcio nar b o ns resul tados . A raiz etimol ó gi ca da palavra est rat égia con stata q ue o t erm o ori gi n a-s e do grego “s trat ego ”, u ma comb in ação d e stratos e ego, q u e resp ectiv am ent e si gni fi cam ex ercí cio e ego .

1.1 – P LANEJ AMENTO UR BANO

Na vis ão urbanísti ca, o pl an ej amento defi ne com o mu dar e/o u cri ar um melh or fut uro para a ci dad e, po rq uanto est ab el ece p roj eto s de lo n go p razo,

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identifica vantagens com peti tiv as, po ssib ilita um a vi são in teg ral d a reali dad e urb an a, o ri ent a as açõ es at rav és da p art icip ação p opu lar e dos t écni co s d a prefeit ura e bus ca a mod ern id ad e admi ni strativ a (S OUZA, 20 08). Além di sso, é a parti r d o pl an ejam ento qu e su rge um co nju nto d e ações , pl ano s ou pro gram as lid erados pelo gov erno com o obj etiv o de d es en volv er o país, o est ado ou o mu nicí pio, p ara al cançar det ermin ad os int eresses . Técni cos e coo rd en ad ores s ão resp ons áv eis p el a elaboração d ess es p roj etos e ass umem o con tro le d e s ua impl em ent ação e fis cal ização.

O pl an ej am ento u rb ano su rgiu com o p ro pósit o d e t ent ar reo rgan izar e des en vol ver um a regi ão, t ent an do s olu cion ar probl em as urb an ísti cos deco rridos d e inúm eras font es. S egund o Souza (20 08 ), o pl an ej amento urbano é vi sto com o um a p revis ão p ara a gest ão futu ra, com o p ro pós ito d e evit ar ou minimizar os probl emas qu e a cid ad e po de ter.

A cid ad e é fo rmada pel a pop ul ação , qu e a int egra e com ela interage, trans fo rm and o-a para ad apt á-l a às su as neces sid ad es, faz en do com q ue ela sej a di nâm ica e, co m isso, a cada di a, ven ha so fren do mo d ifi caçõ es em s ua organiz ação es paci al . Por iss o, os gest ores têm qu e est ar aco mpanh and o ess e movim ent o, a fim de garanti r condi çõ es satis fató ri as p ara o des en vol vimento sust ent áv el e para a redu ção d a desi gu al dad e so cial, n ão d ei x ando de apli car diret rizes do Es tat ut o d a Ci dade e do Pl ano Diret or.

Em s eu tex to , o Mini stério d as Ci dades afirm a (20 04, p. 15 ):

O O b j e t i v o f u n d a me n t a l d o P l a n o D i r e t o r é e s t a b e l e c e r c o mo a p r o p r i e d a d e c u mp r i r á s u a f u n ç ã o s o c i a l , d e fo r ma a g a r a n t i r o a c e s s o a t e r r a u r b a n i z a d a e r e g u l a r i z a d a , r e c o n h e c e r a t o d o s o s c i d a d ã o s o d i r e i t o à mo r a d i a e a o s s e r v i ç o s u r b a n o s .

Os p rin cí pios no rt eadores do Pl an o Diret or est ão no Est atut o da Ci dade, o qu al fu n cion a co mo uma caix a d e ferram ent as con tendo um co njun to d e prin cí pios e in strum ent os p ara o pl an ej ament o e a gestão d e um a cid ad e. O Est atuto - Lei 1 0.25 7, de 10 .07 .2 001, ex i gi da cons titucion alm ent e-, regul am ent a os in strumentos d e pol íti ca urb an a a s erem apl icado s pela Uni ão, pel os Es tados e p elos Muni cí pios . Ad emais, ex i ge a el abo ração e a

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implant ação d e Plan os Diret ores em Mu nicí pios com po pul ação acim a de 2 0 mil h abit an tes .

Conso ant e ao Estatut o d a Ci dade (200 1, p .42 ):

O P l a n o D i r e t o r p o d e s e r d e fi n i d o c o mo u m c o n j u n t o d e p r i n c í p i o s e r e g r a s o r i e n t a d a s d a a ç ã o d o s a g e n t e s q u e c o n s t r o e m e u t i l i z a m o e s p a ç o u r b a n o . O P l a n o D i r e t o r p a r t e d e u ma l e i t u r a d a c i d a d e r e a l , e n v o l v e n d o t e ma s e q u e s t õ e s r e l a t i v o s a o s a s p e c t o s u r b a n o s , s o c i a i s , e c o n ô mi c o s e a mb i e n t a i s , q u e e mb a s a a fo r mu l a ç ã o d e h i p ó t e s e s r e a l i s t a s s o b r e a s o p ç õ e s d e d e s e n v o l v i me n t o e mo d e l o s d e t e r r i t o r i z a ç ã o .

Vill aça (199 5), em s eu tex to “A cris e do pl an ej amento u rb an o”, rel at a que o p lanej am ent o das cid ad es é rep resentado p elo Plano Direto r e t em com o obj etivo s er um p ro cesso co ntín uo, qu e env olv e o cont rol e, a revis ão e a atu aliz ação peri ódi ca. O Pl ano Di ret or d ev e s er fu nd am ent ad o em diagnó sti co e pro gn ósti co d a reali dade u rb an a, abo rd an do d e fo rm a i ntegrada os pro blemas fí si co -t errit ori ais , so ci ais , ambi en tai s e econô micos. O planej am ent o urbano dev e p art ir d os p rob lem as d a pop ul ação , con tendo m et as de cu rt o, m éd io e l on go p razo p ara su as m elh ori as .

O mu ni cípio d e Goi ânia já n as ceu p lanej ado p el o arquit eto e u rb anis ta Attílio Co rrêa Li ma, em 193 0, e, ao lon go d e s ua his tória, surgiram vári os Plano s Direto res co m o p rop ósit o d e p lan ej ar, o rganiz ar e des envol ver a cid ad e. E n ess e plan ej amento é p revist a a d eli mit ação d a ex p ans ão u rb an a no muni cípi o. No p róx i mo capítu lo serão apres ent ad os os Plan os Di ret ores d e Goi âni a e açõ es referent es à ex p ans ão u rb an a d a ci dade.

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1.2 – OS P LANOS DIR ETOR ES DE GO IÂN IA

Segu ndo Rib eiro (20 04), em 19 30, Pedro Lud ovi co ass umiu o pod er e trab alho u p ara a co nstrução d a n ov a capital d e Goi ás. No fim d e 193 2, o gov ernado r crio u um a co miss ão p ara a es col ha d a futu ra cid ade, b as ean do -se nos s eguint es crit érios: abu nd ân ci a d e água, clim a agrad áv el, top o grafi a ad equ ada e facilid ad e d e acesso e mo bili dad e.

Dentre as v ári as cid ad es p ré-s el ecion ad as, Cam pin as foi a escol hid a, apó s aprov ação do urb ani st a Arm and o de God ói. P ed ro Lu dovi co Teix eira assi nou o decreto d elimit an do a regi ão perto d ess e mu nicí pio, atu alm ent e bai rro d e Goi ânia, e con trato u o arq uit eto e urb anist a Attí lio Co rrêa Lim a para a ex ecução do p roj eto (R IBE IR O, 20 04).

Em Goi âni a, muit o antes d a C onsti tui ção Fed eral d e 1 988 e do Est atut o da Cid ad e de 2 001 , já ex isti am Pl an os Direto res. Ao lo n go d a histó ri a dess a cid ad e, foram impl ant ad os ci nco des ses, todos b us cando intervi r em s eu cres cim ent o e desen volvim en to. Al ém di sso, junt o ao s Pl ano s Di reto res, lei s de p arcel amento , d e uso e o cup ação do s olo urbano e d e zo n eamento d a área ru ral foram el ab orad as.

O p rim ei ro Pl an o Direto r, con cluí do em 1 938 , foi do arquit eto e urb ani st a Attílio C orrêa Lim a e de Arm an do Au gust o de Go dói, s en do apli cado até os anos 50. O s egu ndo , de 1959 a 1 962 , q ue n ão fo i ap rov ad o dev ido ao m omento polít ico, era d o arqui tet o Luis Saia. O arq uiteto e urb ani st a J orge Wi lheim elabo rou o tercei ro, d e 1 967 a 1 969 , s en do san cio n ado em 1 9 71. O qu arto foi con cebido p el a empres a En gev ix En genh ari a S.A., d e 1989 -19 92, e ap ro vad o em 199 4 (R IB EIR O, 20 04 ). O quint o foi real izad o p ela Secretari a Muni cip al de Plan ejam ento , s ob a con sult ori a d o arq u iteto e u rb an ist a Luiz Fern and o Cruvi nel Teix eira, e ap rov ad o em 200 7.

De aco rdo com Rib eiro (20 04), o prim eiro Pl ano Di retor foi efi caz, pois a adm inist ração públi ca co ns egui a control ar o u so e a o cupação d a t erra, con tendo a esp ecul ação im obil iári a. Ent ret anto , o Pl ano Diretor o ri gin al n ão

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previ a m orad ia p ara os o perári os qu e t rabal havam n a co nst ru ção d e Go iânia. Os b ai rros Vil a Nov a, Botafo go e Nov a Vil a, ao redo r d a área pl an ej ad a e n ão con tro lados pelo p od er, foram o cup ad os p elos op erário s, depoi s regu larizados ent re 47 e 54 . A fi gura ab aix o most ra o Plano d e Lot eament o e Arru am ent o Nú cleo C ent ral de 19 33 d es en hado p elo Arq. Urb ani sta At tílio Corrêa Lim a.

F i g u r a 1 : P l a n o d e Lo t e a me n t o e A r r u a me n t o N ú c l e o C e n t r a l 1 3 -1 2 - 1 9 3 3 Ar q . U r b . A t t í l i o C o r r ê a L i ma .

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Ap es ar d e su a ori g em p lanej ad a, Goi ânia não con segui u mant er o proj et o o ri gi nal , po r caus a do s con flito s soci ai s, econôm icos e po líti cos . Em 1947 , aprov ou-se u ma Lei Muni ci pal de C ódi go d e Edifi cações (na qu al con stav am a Lei d e Zon eamento e a Lei de Lo t eam ento ) qu e pas sava para a inici ati va p ri vada a obri gação d a in fraest rut ura e s an eam ento b ási co do s loteam ent os. Con tud o, com a p ress ão do s do nos d e terras e emp reend edo res imobili ários , o p od er pú blico ced eu e rev o gou as ob ri gaçõ es, ex i gind o ap en as a l ocação e ab ertu ra das ruas (R IBE IR O, 2004 ).

F i g u r a 2 : P l a n t a G e r a l d e U r b a n i z a ç ã o G o i â n i a 1 9 4 7 . F o n t e : S E P L A M

O Pl an o Geral de Urb aniz ação d a C id ad e de Goi âni a regul ament ou o Decret o- Lei n .° 90 -A, d e 30 de jul ho de 1938 , q ue d et ermi no u a área u rb an a e subu rb an a d a no v a capit al. Na área u rb an a estavam os S eto res : Cent ral, Norte, Sul, Oest e, Cid ad e S at élit e Camp in as, além do Aero po rto, P arque d os Bu ritis ,

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Parqu e do C ap im Pu ba, do Band ei rant es, Zool ó gi co e Hi pód romo. J á a área subu rb an a co nto rn av a o s S eto res cit ado s.

O Cód i go de Edi fi caçõ es de Goi ân ia - Decreto -Lei n.° 574 , de 12 d e maio de 194 7- ap rovou t am bém o zo neam ento do mu ni cípio d a s egu int e fo rma:

• Zon a Urbana (ZU) com post a pelos S eto res: C ent ral, No rte, Sul e Campi nas, to dos co nfo rm e o Decreto -Lei n .° 9 0-A/1 938 , mais os S eto res: Oeste e Lest e, ambos ap ro vados p elo Go v erno do Est ad o d e Goiás .

• Zon a Subu rb an a (ZS ), con fo rme o Decreto- Lei n .° 90 -A/19 3 8, são os novo s arru am ent os e lot eamentos em um a área de 5 quil ômet ros em to rn o d a periferi a, ond e serão cri ad as habit ações p rol et ári as .

• Zon a Ru ral é tod a a ex tens ão territo ri al d o Muni cí pio não cob ert a pel as dem ais zon as.

Ness e p eríod o, 194 7 a 1 951 , o En genh ei ro J erônim o Coi mbra Bu en o j á gov ernava Goi ás e era d ono da m ai ori a das t erras em Goi ânia. Ali ad o aos pro pri et ários d e t erras uso u o s eu pod er para favo recer a su a cl ass e e, com isso, o pri mei ro lot eam ento p articul ar fo i ap ro vado (R IBE IRO, 20 04 ).

A cid ad e estava s eguindo o s des í gni os d a es pecul ação imob il iária. De acordo com Ribeiro (2004 ), a décad a d e 50 é d efi nid a co mo o p eríod o d e parcel am ent o ex tens ivo. Em 194 0, n a área u rb an a, v ivi am 18.8 89 p ess oas, sen do qu e 4 8.1 66 h abit av am o m uni cípi o. J á em 19 50, a p opul ação urbana subiu para 40 .33 3 pes so as, enq u anto o total d o mun icí pio era d e 53 .38 9 hab itant es.

Em Goi ân ia - ci d ad e pl an ej ad a po r At tí lio Corrêa Lim a p ara 50 mil hab itant es -, n a década de 50 a 6 0, su rgi ram mais d e 150 no vos l oteam ent os ap rov ad os ao red or d os b ai rros plan ejados (R IBE IRO, 2 004 ).

Goi âni a assumi u o perfi l de cid ad e fro ntei ra, um a v ez qu e recebi a vários b rasil ei ros em busca d e opo rt un idade. Vári os fato res torn av am , cad a vez mai s, a cid ad e atrati va: a const ru ção de Brasíl ia - de 1 954 a 1 960 -, a inst alação das uni versid ad es Fed eral e C atóli ca, a p avi mentação d a BR1 53 -

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em 195 9, qu e li ga a cid ad e a S ão Pau lo-, d ent re out ros . Goi âni a, em um períod o d e qu at ro an os - 19 60 a 196 4 -, s alto u d e 150 mil hab itant es p ara 260 mil.

Conform e Rib eiro (2 004, p. 40 ):

P a r a i n t e n s i fi c a r e mu d a r e s s e p r o c e s s o d e c r e s c i me n t o , a l g u ma s me d i d a s fo r a m t o ma d a s n o â mb i t o e s t a d u a l , e m p a r c e r i a c o mo g o v e r n o f e d e r a l . E n t r e e l a s : a c h e g a d a d a fe r r o v i a e m 1 9 5 1 ; a p o l í t i c a d e i n t e r i o r i z a ç ã o d o P r e s i d e n t e G e t ú l i o V a r g a s , d e 1 9 5 1 a 1 9 5 4 ; a i n a u g u r a ç ã o d a r e p r e s a d o R o c h e d o , q u e fo r n e c e u e n e r g i a d e fo r ma c o n t í n u a p a r a G o i â n i a , e m 1 9 5 5 , e l o g o a p ó s , 1 9 5 9 , d a p r i me i r a e t a p a d e C a c h o e i r a D o u r a d a ; a e x p e c t a t i v a e p o s t e r i o r a c o n s t r u ç ã o d e B r a s í l i a , d e 1 9 5 4 a 1 9 6 0 ; a p a v i me n t a ç ã o d a B R -1 5 3 , r o d o v i a q u e l i g a G o i â n i a a S ã o P a u l o , e m 1 9 5 9 ; a c r i a ç ã o d e d u a s u n i v e r s i d a d e s , a F e d e r a l e a C a t ó l i c a , n o fi n a l d a d é c a d a d e 5 0 ; e fi n a l me n t e , a i n s t a l a ç ã o d a T e l e g o i á s e a e x p a n s ã o d a s r e d e s d e t e l e fo n e , e m 1 9 6 2 .

Com o incremento da es pecul ação i mobili ária, as di retrizes do prim ei ro Pl an o Diret or fo ram rel egadas ao s egu ndo pl ano , co nsequ ent em ent e, surgiram mu itos v azios urbanos e a u rb aniz ação d es cont rolada. O po der públi co , di ant e do s acon tecim ent os, t ev e de s e reorganizar, as sim, ent re 195 9 e 19 62, o arq uiteto Lu is S ai a el ab orou o nov o Plano Direto r, o s egund o n a histó ri a d e Goi ânia. Ess e, po rém, n ão foi ap ro vado e impl ement ad o, d evi do aos p ro blemas políti cos q ue a cid ade e o país est av am p ass an do, era o perío d o preced ente d a R evo lução Mil itar (R IB EIR O,2 004 ). A fi gura 3 most ra o cres cim ent o d es ordenad o d a cid ad e, co m surgim ent os d e n ovos bairros n ão planej ad os em 19 64.

Como o P lano Diret or d e Luis Sai a não foi ex ecut ad o, a d eso rd em urb an a persi stia. Ass im, entre 196 7 e 19 6 8, o t ercei ro Pl an o Direto r In tegrado de Goi âni a foi el ab o rado por J orge Wilh eim e Arquit eto s As soci ad os. Sendo ess e ent regu e em 19 69, ap rov ad o em 1 9 70 e t rans fo rm ado em lei 19 71. A lei não p ro ibi a no vos loteam ent os, m as o s invi abiliz av a com uma s éri e d e ex i gênci as , como a in fraes tru tu ra u rban a. Devi do a essas rest ri çõ es , com eçaram a su rgi r loteam ent os irregu rales e cl and esti nos , contribui ndo p ara a d es ordem u rb an a.

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F i g u r a 3 : F o t o A é r e a d e G o i â n i a 1 9 6 4 . F o n t e : S E P L A M .

O ap arecim ent o de l oteam ent os na di vis a do muni cí pio recrudesceu a des ordem e pro po rci onou a con urbação com a cid ad e Aparecid a d e Goi âni a. Segu ndo Vill aça (19 97), o proces so d e conu rb ação o corre qu and o um a cid ad e pas sa a abso rv er n úcleos u rb ano s l ocaliz ados em su a v olt a.

Vill aça afi rma qu e (1997 , p .16 ):

U ma c i d a d e a b s o r v e o u t r a q u a n d o p a s s a a d e s e n v o l v e r c o m e l a u ma “i n t e n s a v i n c u l a ç ã o s o c i o e c o n ô mi c a ” . E s s e p r o c e s s o e n v o l v e u ma s é r i e d e t r a n s fo r ma ç õ e s t a n t o n o n ú c l e o u r b a n o a b s o r v i d o , c o mo n o q u e a b s o r v e .

In úm eras l eis foram el abo rad as para con t er ess e cres cim ent o, mas não obtiv eram êx itos n a sua ex ecu ção. Em 1980 , a lei con cebi da po r Lu domi r Fisi nski , po r ex empl o, impô s rest ri çõ es para o uso do so lo com a fin alid ad e de i nibi r a o cu p ação d as áreas verd es e recup erá-las. El a, co ntud o, não atin gind o s eu o bjeti vo, pois os lot eam ent os não resp eit av am ess as áreas, dev ido a n ão ex ist ên ci a d e fis calização (R IBE IRO, 2 004 ).

Res. Guanabara Bro Ipiranga Jd. Novo Mundo S. Pedro Ludovico S. Central Vl. Maria

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O qu art o Plano Di retor - t ercei ro o fi cial - foi el abo rado p el a empres a En gevix . A P refeit ura d e Goiâni a ap rov o u-o em 1 992 e p ubli cou -o em 1 994 . Ele d efi niu a lei d e zoneam ento do mun i cípi o - Lei C ompl em ent ar n° .03 1 d e 1994 (R IBE IR O, 200 4).

O Plano d e 92 ap resent ou abo rd agen s em vári as áreas, t ais como a soci al , a eco nômi ca, a am bient al e a t errit ori al – as q uais tiv eram int erven ção da din âmi ca urb an a. Al ém dis so, levant ou hi pót es es s ob re as t en dências d e evo lu ção do mu nicí pio e av alio u o d es emp en ho d as red es de in fraest rut ura, equ ip amentos u rb an o s, s an eam ento b ási co e pres erv ação ambi ental .

A Lei Compl em ent ar n °. 01 5 d e 30/1 2/92, qu e ap ro vou o Plan o Direto r, inst ituiu o macrozon eamento, o qu al di vidi u o m u nicí pio em zo na urb an a, zon a d e ex pan são u rb an a e zo na ru ral. Ap ós ess a Lei , a zon a de ex pan são u rb an a s ofreu do is acrés cimo s, at ravés d a Lei C om plem ent ar n ° 05 2 de 15/ 07/9 6 e d a Lei Compl em ent ar n° 06 0 d e 3 0/1 2/97 .

Os arti go s 1 1, 1 2, 1 3 e 14 d a Lei C omp lem ent ar n° 06 0/97 defini ram os term os: zon a u rb an a, zo na de ex pan são urbana e zo na rural – as q u ais pod em s er v ist as no map a abaix o. Zon a urb an a é a área co m maio r grau d e con soli dação, di reci onada a otimiz ar os equip am ent os pú bli cos . A zona d e ex pan são urban a são as áreas v olt ad as às futu ras o cup açõ es. J á a zona ru ral con sist e em áreas d estin ad as ao uso agro pecu ário e à inst al ação d e ind úst rias incomp atív eis com o mei o u rb an o, ob ed ecendo a l egis lação ambiental.

Nos ano s anterio res a 200 5, to dos o s p ro cesso s de m ap eam ent os do muni cípi o eram feit os man ual ment e ou em pro gramas , co m o AutoC ad , qu e ap en as traçav am a cid ad e. A p arti r de então, no ent ant o, fo ram u tilizados soft wares m ais so fis ticado s, como a ferram ent a S IG, qu e facilitam o d es enh o urb an o e a criação d e b an cos d e d ados al fanum érico.

(24)

F i g u r a 4 : M a p a d a á r e a u r b a n a e d e e x p a n s ã o u r b a n a d o M u n i c í p i o d e G o i â n i a . F o n t e : S E P L A M , 2 0 0 6 .

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Em 200 5, in ici aram -s e os estu dos para o quint o Plano Di ret or - o quarto ofici al , pub l icado em 2 007 -, o qual defi niu to do ord en am ent o d a cid ad e n os asp ecto s ambi ent ai s, econô mi cos , so ci ais , cultu rai s, mob ilid ad e e aces sibili d ad e. O P lan o Di ret or de Go iâni a - P DG n ort ei a-se p or qu atro prin cí pios: i gu al dad e, opo rtu nid ad e, transform ação e q uali dad e. Igu ald ad e si gni fi ca q u e todo s os cid ad ão s d ev em ser trat ado s da mesm a m an eira. Cons equ en tem en te, as opo rtu nid ad es serão m ai s ju stas, o q u e p ro po rci on ará trans fo rm ação qu alit ativ a, m elho rand o a qualid ad e d e vid a do s goi an iens es.

F i g u r a 5 : P r i n c í p i o s d o P l a n o D i r e t o r d e G o i â n i a F o n t e : P l a n o D i r e t o r 2 0 0 7 .

O PDG t em como o bjeti vo geral p rom o ver a su stent abili dade só ci o– ambi ent al e econ ômi ca d a ci d ad e, bus can do o des envol vim ent o urb an o com a parti cip ação d a p op ulação. E t em com o obj eti vo esp ecí fico const rui r u ma cid ad e com p act a e d e u so m isto , atrav és de muit as ati vid ad es:

• Im pl ant ar co rred ores ex cl usiv os e preferenci ais d e t ransp orte col etiv o;

• Promo ver polít ica habitacio n al d e baix a rend a;

• In centiv ar p ro gram as es peci ais p ara revit aliz ar, reurban izar e requ ali ficar a cid ad e;

• In centiv ar o s p roj et o s em áreas de int eres se so cial;

• Ocup ar os v azios urb ano s;

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Na p rim eira et ap a do P DG, at ravés das an alis es feit as com o geo proces samento, delim itaram -se as áreas j á p arcel ad as e as áreas qu e poss uíam asp ectos rurais. O muni cí pio foi divi dido em oit o M acrozo nas: a con struíd a e as s ete ru rais, as qu ai s lev am os nom es das s ub -b aci as hidro gráfi cas: Barrei ro, Lajead o, J oão Leit e, C api vara, S ão Domin gos , Al to do Ani cun s e Dou rad os, com o m ost ra a fi gura 6.

Conso ant e o Est atut o da Cid ade (20 01 ), o macroz on eam en to defin e a zona urb an a e a ru ral , a parti r da co mpati bilid ade do so lo, est ud and o as con di çõ es do meio físico, am bi ent al, geomo rfoló gi co, h idro ló gi co ent re outros as pect os.

Em s eu tex to , o Est at uto d a Cid ad e afirm a qu e (20 01, p. 43 ):

A p a r t i r d a d e fi n i ç ã o d o p e r í me t r o u r b a n o , o ma c r o z o n e a me n t o d e f i n e , a i n d a e m g r a n d e s á r e a s d e i n t e r e s s e d e u s o , a s z o n a s o n d e s e p r e t e n d e i n c e n t i v a r , c o i b i r o u q u a l i f i c a r a o c u p a ç ã o .

No PDG, a M acrozona Co nst ruí da foi div idid a em unid ad es territ ori ai s, l ev an do em con sid eração a comp atibili d ad e do so lo, o bs ervando a cap aci dade d a in fraestrut ura e d o sist em a viári o, analis and o a cons erv ação d o pat rimô nio his tórico , as caract erí sti cas do us o e ocup ação do s olo e a fragi lid ad e das áreas ambi ent ais . Ad em ais, na M acrozon a Const ruíd a, fo ram est ab el ecidos eix os est ratégicos, os qu ai s trab al ham com to dos os as pecto s que envo lv em o esp aço urbano.

Conform e o PDG (2 007 ), o eix o d e su st ent abil id ad e s óci o ambiental é respo ns áv el p el a p ro teção d as áreas am b ient alm ent e m ai s frágeis . O eix o de ord en am ent o t errito rial t em o papel de z onear o u so e o cup ação d o sol o, al ém de d ividi r o t erritó ri o urbano e rural em Macrozon as. O eix o da mo bili dade, aces sibili d ad e e transpo rt e, p or su a v ez, p ro gram a a red e vi ária b ási ca, ado tando os corredo res d e tran spo rt e col etiv o com o el emento es trutu rado r d o mod elo de o cup ação do t errit óri o.

(27)

F i g u r a 6 : M a c r o z o n e a me n t o .

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O eix o s ó cio cult ural t em a fun ção d e trazer cultu ra e lazer aos cid ad ão s e propo rcio nar-l h es acesso i gual aos b ens e aos s erviços ofereci do s pel o muni cí pio. O eix o do d es en vol vi ment o eco nômi co promov e d e forma equ ilib rad a div ersas ativi dad es u rb an as. O eix o d e gest ão u rban a con sist e n a revis ão o u na el abo ração das legisl ações compl em ent ares ao Plano Di ret or e na impl em ent ação e i nstrum ent alização legal d as açõ es adm ini strativ as .

O eix o de o rd en am en to territ orial estu d a a urb aniz ação d e Goiânia qu e é m arcad a p or um rápido proces so d e crescim ent o, caract eriz ado p el a s aíd a da popul ação d o cen tro para a p eri feri a. C o nsequ ent em ent e, surgem nov os su b-cent ros, p rop orci on ando nov as form as d e est rut uração d o esp aço urbano.

A cid ad e, ent re 2 00 0 e 200 9, t ev e a t ax a méd ia d e cres ci ment o d e 1,79 %, cálculo fei to pelo Depart am ent o de Pesqui sa, Est atí stica e Estu dos Socio eco nômi co d a Secret ari a Muni ci pal de Plan ejam ento. No p erío do de 2003/ 200 4, ob serv a-se um a el ev ad a t ax a de cres cim ent o de 3 , 08%, a qu al n ão pod e ser ex pli cad a nem p el a Secret aria Est adu al d e Plan ej ament o, n em pel a Secret ari a M uni cip al de Pl an ej amento . Segu e ab aix o a t ab el a do cres cim ento anu al d a p opul ação d e Goi âni a.

À m edid a q u e Goiânia cresci a, el a se t orn av a cad a v ez m ai s urbana, fenôm en o q ue o co rreu em di vers as ci d ad es bras ilei ras. S egund o d ados do Alm an aqu e Ab ril 20 09, a p artir d a décad a de 70 , o Brasil p as sou a s er um p aís urb an o, 5 7% d a p opu lação vivi a n as cid ad es. Em 20 07, ess e n ú mero aum ento u para 83 %, to do ess e cres cim ent o s e d eu d e fo rm a d es ord enada.

T a b e l a 1 : T a x a d e c r e s c i me n t o a n u a l d a p o p u l a ç ã o d o M u n i c í p i o d e Go i â n i a - Go 2 0 0 0 / 2 0 0 9 A n o 2 0 0 0 / 2 0 0 1 2 0 0 1 / 2 0 0 2 2 0 0 2 / 2 0 0 3 2 0 0 3 / 2 0 0 4 2 0 0 4 / 2 0 0 5 2 0 0 5 / 2 0 0 6 2 0 0 6 / 2 0 0 7 2 0 0 7 / 2 0 0 8 2 0 0 8 / 2 0 0 9 T a x a 1 , 7 0 1 , 5 9 1 , 4 9 3 , 0 8 1 , 6 6 1 , 6 2 1 , 9 9 1 , 6 7 1 , 3 1 F o n t e : I B G E i n w w w. i b g e . g o v . b r E l a b o r a ç ã o : P r e fe i t u r a d e G o i â n i a / S E P L A M / D P S E / D V P E / D V S E A n u á r i o E s t a t í s t i c o d e G o i â n i a – 2 0 1 0 . S i t e : w w w. g o i a n i a . g o . g o v . b r

(29)

De aco rd o com C en so 20 00, d e cad a d ez h abit ant es do Brasil , oit o viv em em áreas u rb anas . Ad emais, es tim a-se qu e, em 2 030 , essa po rcent agem ch egu e a 91 %. C om o cresci mento u rb an o, h av erá m aio r d em and a h ab itaci on al em t od as as class es so ci ais , o qu e i mplicará m aio r pressão n os es paço s urb an os. O Gov erno Fed eral , cons ci en te des sas in fo rm açõ es, tem com o um a das di retriz es do Pro gram a d e Aceleração do Cres cim ent o – P AC o Pro gram a Minh a Cas a, Mi nh a Vid a, o qu al dis pon ibiliza crédi to a lo n go prazo p ara a com pra da cas a próp ria.

T a b e l a 2 : C r e s c i me n t o d a U r b a n i z a ç ã o n o B r a s i l E m p o r c e n t a g e m d a p o p u l a ç ã o t o t a l d o B r a s i l A N O % A N O % 1 9 5 5 4 0 % 1 9 9 5 7 8 % 1 9 6 0 4 5 % 2 0 0 0 8 1 % 1 9 6 5 5 0 % 2 0 0 5 8 3 % 1 9 7 0 5 6 % 2 0 1 0 8 7 % 1 9 7 5 5 6 % 2 0 1 5 * 8 8 % 1 9 8 0 6 1 % 2 0 2 0 * 9 0 % 1 9 8 5 7 1 % 2 0 2 5 * 9 1 % 1 9 9 0 7 5 % 2 0 3 0 * 9 1 % * P r e v i s ã o F o n t e : I B G E

Vill aça (1 997 ) relat a q ue, n o Brasil, o proces so d e d elimi tação d a cid ad e o co rre at rav és da l ei de zo neam en to. Tal l ei, no ent ant o, di fi cilm ent e é plenam en te resp eit ada, poi s, à m ed id a q ue a ci dade cres ce, a zon a urbana é ampli ad a, p ro po rci on ado o crescimento co ntinu o e d es co ntin uo .

O primeiro se caract eriz a p elo afastamen to de um nú cl eo h ab itacion al de um a célul a so ci al - conj unt o de resi dên ci as com in fraes trut ura b ási ca e equ ip amentos u rb an os -, geran do vazio s urb an os ent re os d ois conj unto s, o que di fi cult a o t rab alho da p refeitu ra para oferecer ao nú cl eo h abit acion al os servi ços so ci ais b ási cos . O s egund o s e caract eriz a pel o en cl aus uram ent o d e um nú cl eo p opu laci onal cercad o p el a área ru ral, o qu e n ão dev eri a o co rrer, visto qu e t al nú cl eo t em dem an das d istint as da zon a qu e o cerca.

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Goi âni a s e enq uadra nes se perfil di cotô mico de cres cimento : co ntinu o e d es co ntinu o. No prim ei ro, as h abit ações são d elimit adas pel o p erímetro urb an o. No segun do , o Dist rito d e Vil a Rica e o Bairro P arqu e dos Cisn es est ão encl au su rados pel a M acrozon a R ural ao n ort e do m uni cí pio.

Em Goi âni a, de acord o com o C ens o 200 0, 1.0 85. 806 h abit ant es vivi am na M acrozon a Const ruí da, a qu al era com post a 99 ,3 % da po pul ação. Concomit ant em ent e, ap en as 0, 7%, ou sej a, 7. 201 h ab itantes vivi am n as Macrozon as R urais . Conform e a tabela abaix o.

T a b e l a 3 : N ú me r o d e mu n i c í p i o s , p o p u l a ç ã o r e s i d e n t e , p o r s i t u a ç ã o d o d o mi c í l i o , t a x a d e c r e s c i me n t o e r a z ã o d e d e p e n d ê n c i a , s e g u n d o a s U n i d a d e s d a F e d e r a ç ã o e c l a s s e s d e t a ma n h o d a p o p u l a ç ã o d o s mu n i c í p i o s - B r a s i l - 2 0 0 0 U n i d a d e s d a F e d e r a ç ã o e c l a s s e s d e t a ma n h o d a p o p u l a ç ã o d o s mu n i c í p i o s ( h a b i t a n t e s ) N ú me r o d e mu n i c í p i o s P o p u l a ç ã o r e s i d e n t e T a x a d e c r e s c i me n t o T o t a l U r b a n a R u r a l 1 9 9 1 / 2 0 0 0 h Go i á s 2 4 6 5 0 0 3 2 2 8 4 3 9 6 6 4 5 6 0 6 5 8 3 2 , 5 A t é 5 0 0 0 1 0 8 3 5 4 0 4 6 2 2 5 3 3 4 1 2 8 7 1 2 0 , 5 D e 5 0 0 1 a t é 1 0 0 0 0 5 5 3 8 9 9 7 3 2 6 8 8 4 2 1 2 1 1 3 1 0 , 3 D e 1 0 0 0 1 a t é 2 0 0 0 0 3 8 5 3 6 5 7 9 4 1 5 0 4 2 1 2 1 5 3 7 1 , 3 D e 2 0 0 0 1 a t é 5 0 0 0 0 2 9 9 1 7 1 6 4 7 5 9 1 5 7 1 5 8 0 0 7 1 , 3 D e 5 0 0 0 1 a t é 1 0 0 0 0 0 1 0 7 2 9 2 9 2 6 8 7 8 8 3 4 1 4 0 9 4 , 3 D e 1 0 0 0 0 1 a t é 5 0 0 0 0 0 5 9 8 3 1 6 7 9 5 4 5 8 1 2 8 5 8 6 6 M a i s d e 5 0 0 0 0 0 1 1 0 9 3 0 0 7 1 0 8 5 8 0 6 7 2 0 1 1 , 9 F o n t e : C e n s o d e mo g r á f i c o 1 9 9 1 : r e s u l t a d o s d o u n i v e r s o mi c r o d a d o s . I B G E , 2 0 0 2 . I B G E , C e n s o D e mo g r á fi c o 2 0 0 0 .

An alis an do a ev olu ção da po pul ação d e Goi âni a, p erceb e-se que, em quase du as d écadas, o núm ero d e h abit an tes s alt ou d e 92 2.2 2 2 habit ant es, em 1991 , p ara 1. 281 .97 5 , em 2 009 . Co nform e most ra a t ab el a 0 4.

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T a b e l a 4 : E v o l u ç ã o d a p o p u l a ç ã o d o mu n i c í p i o d e Go i â n i a 1 9 9 1 - 2 0 0 9 A n o s P o p u l a ç ã o ( H a b . ) 1 9 9 1 9 2 2 . 2 2 2 1 9 9 2 9 4 0 . 7 5 7 1 9 9 3 9 5 7 . 5 6 4 1 9 9 4 9 7 3 . 6 2 6 1 9 9 5 9 8 9 . 2 8 5 1 9 9 6 1 . 0 0 1 . 7 5 8 1 9 9 7 1 . 0 2 2 . 7 5 9 1 9 9 8 1 . 0 3 9 . 2 3 0 1 9 9 9 1 . 0 5 6 . 3 3 0 2 0 0 0 1 . 0 9 3 . 0 0 7 2 0 0 1 1 . 1 1 1 . 6 2 2 2 0 0 2 1 . 1 2 9 . 2 7 4 2 0 0 3 1 . 1 4 6 . 1 0 6 2 0 0 4 1 . 1 8 1 . 4 3 8 2 0 0 5 1 . 2 0 1 . 0 0 6 2 0 0 6 1 . 2 2 0 . 4 1 2 2 0 0 7 1 . 2 4 4 . 6 4 5 2 0 0 8 1 . 2 6 5 . 3 9 4 2 0 0 9 1 . 2 8 1 . 9 7 5 F o n t e : I B G E , d i s p o n í v e l e m: w w w. i b g e . g o v . b r E l a b o r a ç ã o : P r e fe i t u r a d e G o i â n i a / S E P L A M / D P E S E / D V E S E / D V P E E * 1 9 9 1 e 2 0 0 0 - C e n s o s D e mo g r á fi c o s ; 1 9 9 6 - C o n t a g e m P o p u l a c i o n a l ; d e ma i s a n o s – e s t i ma t i v a s O b s . A s e s t i ma t i v a s s ã o d e r e s i d e n t e s e m 0 1 / 0 7 d e c a d a a n o , i n c l u s i v e o a n o d e 2 0 0 9 . A n u á r i o E s t a t í s t i c o d e G o i â n i a – 2 0 1 0 . S i t e : w w w. g o i a n i a . g o . g o v . b r

Ten tando mi nimizar o cres cim en to d eso rden ad o no mu ni cípi o, com o obj etivo d e ocup ar o s v azio s u rb anos co m in fraes trutura b ási ca, o Depart am ento do Pl ano Di reto r cont rato u um est udo feito p elo In stitut o d e Desenvol vim ento do Cent ro -Oest e – ITCO em p arceri a co m a Prefeit ura d e Goi âni a sob re os v azios urbanos . O mapeam ento , co nform e m ostra a fi gu ra 7 , foi feito at rav és d a ferrament a S IG, s end o ut ilizado o M ap a Urbano d e Goi âni a j unt am ent e com os dados do cad ast ro imobi liári o e a o rt ofo to de 2006 .

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F i g u r a 7 : M a p a d o s V a z i o s U r b a n o s

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Pel a ort ofoto, foto grafi as ti rad as po r avi ão, fo ram q u alificad os com o vazios urbanos t odo s os lot es , gl eb as e terreno s v azios, sendo con fi rm ados pel o cadastro imo bi liário. O resul tado foi a pres en ça d e i núm ero s v azios urb an os, até lot eam ent os i nt eiros en co ntram -s e s em o cup ação. Em 200 8, ex istiam m ais de 10 0 mil v azio s u rb an os em t od a M acrozon a Const ruí da.

Ao lon go d e t rês an os, d esd e a ap ro v ação do Plano Direto r, em 20 07, fo ram d efinid as l eis para o mel ho r d es en volvim en to da cid ad e, dent re ess as s e en con tram a Lei d e Vazio s Urbanos ( Lei Compl em ent ar n.1 8 1/200 8) e a Lei do Proj eto Diferenci ad o d e Urb an ização - P DU ( Lei Compl em ent ar n.87 67/2 009 ), q ue buscam mini mizar o núm ero de vazios u rb an os, incenti v and o a o cu pação d e áreas q ue já t êm i nfraestrutu ra.

A lei d os Vazios Urban os d efiniu di ret ri zes para qu e as áreas vazi as poss am s er parcel ad as e esti pul a p raz os para apli cação do Impost o sob re a Prop ri ed ad e P redial e Terri to rial Urb ana P ro gressi vo no Tem po. As áreas vazi as, sendo cl ass ificad as com o v azio u rban o, s ão enqu ad rad as n o PDU, co m isso, elas p as sam a s er ad en sáveis, o q ue p ermite o aden sam ento com hab itaçõ es col etiv as verticai s ou h orizon tai s (con dom ínios fech ad os horizo nt ais ), d esd e que s ejam resp eitad os os p arâm et ros urb anísti cos defini dos em l ei.

Na m ai ori a d as vez es, co ntu do, as o cu paçõ es d as áreas urban as e ru rai s o co rreram sem planej am ent o, o que gera p arcel amen tos irregu lares e cl and esti nos . A ocup ação des ordenad a int ensi fi ca as aglom eraçõ es e fortal ece a esp ecul ação im obi liária, agrav and o o s efeit os negativo s d a ocup ação. P ara obt er um pl an ej ament o eficaz, to rn am-se n ecess ários a an ális e e o ent en dim ento d a o cupação fís ica não s ó u rb an a com o t am bém ru ral, o qu e pod e ser di agn osti cado pel o geop ro cess ament o po r meio d e map eand o dess es loteam ent os.

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CAPÍTUL O II

2 - GEO PRO CESSAMENTO E O PL ANEJAMENTO

Ten tando minimiz ar os p rob lem as nas cidades , o Est atut o d a Cid ad e est ab el eceu di ret riz es gerais p ara a polít i ca pú blica com obj et ivo d e ass egurar à so ci ed ad e um a cid ad e com míni mas co ndi çõ es h abit acio nai s de q ualid ad e. Ent re os in strum ento s previ stos no Est atu to d est aca-s e o Pl an o Diret or, o q ual defin e d iret rizes p ara a uti lização, co ns erv ação e p rot eção do solo urbano . O Plano Direto r é fu n dam ent al p ara o co nhecim en to e o d es env olvim en to da área u rb ana e rural.

É at rav és d o m ap eament o qu e é facil itado o zo neam ent o u rban o d o muni cípi o, a i denti ficação do s eq uip ament os u rb ano s e dos probl em as deco rren tes d a di nâmica d a cid ad e, co mo po ntos d e alag am ento , eros ão, den tre out ros .

2.1 – GEOPR OCESSAMENTO NO PROCESSO DE P LANEJ AMENT O UR BANO

Goi âni a t em cres cid o muito n os últ imos ano s, e o mercado i mobili ário tem in centiv ad o con strut oras e in corpo rado ras d e o utros es t ado s a virem a inv esti r n a cid ad e, gerando cres cim ento des co nt rol ado . Con seq uent ement e, pro blemas v êm su rgindo em to dos os s etores, tai s como s an eamento b ás ico, infraes trutu ra, edu cação, laz er, m oradi a, den tre out ros .

Um dos pri ncípio s bási co s do Pl ano Direto r, n o ent an to, é o des en vol vimento de uma cid ad e com pact a e s ust ent áv el , o que co ntrari a a vont ad e d e muit os especul ado res. Goiâni a d ev e ser comp act a na efi caz ofert a de i nfraestrutu ra, n o uso efi cient e d a terra, na geração de receit as, n a

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vital id ad e u rb an a, na facilid ad e de acess o aos cons umido res e n a mai or aces sibili d ad e.

Ad emais, a ci dade dev e s er sust ent ável em v ári os asp ect os, p ara melh orar a qu alid ad e d e vi d a d e s eus h abi tant es . Lo gi sti cam en te, a elabo ração de um sist em a d e transp ort e di nâmi co gera m en os v eí cul os n as vi as , diminui nd o a p olui ção e o tem po d e desl ocam en to d e u m lu gar a out ro . Ambi ent alm ent e, a p reserv ação de áreas verd es propo rcio na u m ar m ais pu ro e a perm eabili dade d o solo. Economi cament e, o flui do escoam ent o de águ a evit a enx u rrad as – d est rui ndo resid ênci as - e transito caót ico – des p erdíci o d e temp o. S ocialm ente, a apli cação de m ultas aos in frat ores das l eis lo cais possi bilit a m aio r res peit o às diret rizes d o PDG.

A p rim eira et ap a p ara el ab oração d o Pl ano Di reto r foi a l eitura d a cid ad e, o u seja, iden tifi car e ent end er a situ ação do muni cípi o, s eus pro blemas, con flito s e pot en ci alid ad es. Iss o inclui a i nfraest ru tura, o cad ast ram en to d as áreas co nst ruí das e d as ru rai s, as redes d e transpo rt e, de águ a e d e es goto , os s ervi ços p úbli co s, o s p ont os t urísti cos , o u so e a ocu pação do sol o, as áreas de p reserv ação , dentre o utras v ari áv eis impo rtant es na gest ão d a P refeitu ra. Al ém diss o, a admini stração mu ni cip al dev e cont empl ar as alt ern ativ as po ssív eis d e so lu çõ es para o s p ro bl emas det ectados . Tod as es sas i nformaçõ es tant o es tão ins erid as em um esp aço qu e é delim itado pela div is a d o m uni cípi o, qu an to d ev em ser m apead as.

De aco rd o com Mini stério d as Ci dades (2 004, p. 23 .):

O s ma p a s s ã o i mp o r t a n t e s r e c u r s o s p a r a fa c i l i t a r a l e i t u r a d a r e a l i d a d e l o c a l , p o r q u e a j u d a m a v i s u a l i z a r a s i n f o r ma ç õ e s r e u n i d a s n a s l e i t u r a s t é c n i c a s e c o mu n i t á r i a , e a l o c a l i z á - l a s n o t e r r i t ó r i o .

O S IG é u m sis tema d e sup ort e ao planej am ent o q ue i ntegra u m con junt o d e técn icas e ferram ent as p ara an alis ar p ro bl emas enfrent ados p elo meio u rb an o e p elo meio rural. Ele p ode repres en tar, an alis ar e o rient ar previs ões, dent ro das p ersp ect iv as dos técni cos , para o futu ro da cid ad e. Co m o S IG há a p ossi bili dad e d e s e fazer sim ulaçõ es d e p ro v áv eis fenô menos qu e oco rrerão n o esp aço urbano, co mo po r ex emplo , a m ud ança do solo , o

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pro cess o de v erti cal ização h ab itaci on al, a dren agem u rb an a, a ocorrên ci a de en ch ent es , o trafego de p ed est res e v eí cul os, o m onito ram ento d e áreas d e prot eção ambi ent al, o pro cess o d e ex p ans ão u rb an a, o qu e faci lita a tom ad a d e decis ão dos pl an ej ad ores.

O uso d e mapas co m ban co d e d ado s e imagens d e s atélit es ajud a a resolv er q uestõ es práti cas n o pl anej am ento u rb ano. At rav és das ferram entas do S IG é possí vel orient ar o pod er p úbli co n a el abo ração do Plano Direto r, o qual vis a mel ho rar a cond ição d e vi da d a popul ação. At ualmente, a p art ir d as info rm açõ es ins erid as no S IG, pod e-s e id enti fi car e an alis ar d e fo rm a rápi da e efi caz o s p ro blemas det ectados no mu nicí pio.

O map eam ento , po r permiti r a esp acialização, a an alis e, o di agn osti co e a previ são d e po ss ívei s probl em as d ecorrent es d a o cup ação deso rd en ad a, é fun dam ental p ara a i mplem en tação do P lano Diret or,

A in trodu ção do S IG p as sou a s er a melh or form a d e es paci alizar ponto s d e i nteress e, calcular áreas e p erí met ros , so brep or div ersas cam ad as d e info rm ação de u ma cid ad e ou regi ão , torn an do m ais ráp id a e di nâm ica a obt en ção d e i nformaçõ es. Con so ant e Holl er (201 0, p.4 2), con firm a q ue:

C o mp r e e n d e r a s d i n â mi c a s t e r r i t o r i a i s e a s a l t e r a ç õ e s s o c i o e c o n ô mi c a s d e c o r r e n t e s d a a ç ã o h u ma n a n o e s p a ç o ; a n a l i s a r a r e a l i d a d e d a r e g i ã o a p a r t i r d e u m p o n t o d e v i s t a e c o n ô mi c o e g e o g r á f i c o , a t r a v é s d e i n s t r u me n t o s d e e s t a t í s t i c a e r e p r e s e n t a ç ã o e s p a c i a l , p o d e m s e r e mp r e g a d a s n a o t i mi z a ç ã o d e i n v e s t i me n t o s e m i n f r a -e s t r u t u r a ( -e q u i p a m-e n t o s u r b a n o s -e v i a s p ú b l i c a s , p o r e x e mp l o ) a t r a v é s d o e s t u d o d a l o c a l i z a ç ã o i d e a l d e s s e s l u g a r e s e m f u n ç ã o d a d i s t r i b u i ç ã o g e o g r á f i c a d a p o p u l a ç ã o s e g u n d o c r i t é r i o s o c i o e c o n ô mi c o [ . . . ] .

A b as e d e d ad os veto rial d e Go iânia cont ém in fo rmações como bairros , quadra, l ot es, ru as, planta de val ores , v azios urbanos , d ent re outras . As sim, a parti r d ess as in fo rm açõ es, fo ram gerado s mapas com diret ri zes p ara o u so e ocu pação do sol o d e Goi âni a.

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2.2 – AQUIS IÇ ÕES DE DADOS 2.2. 1. - S en so riamen to R emoto

O Sens oriam en to remoto é um a ci ênci a qu e utiliz a sen so res qu e capt am energi a refl etid a ou emiti d a d a sup erfíci e t errest re (alv os ). Es sa en ergi a é regi strad a na fo rm a d e d ad os di git ais (im agen s, gráfi cos, dados , núm ero s, etc.) (FITZ, 2 008 ). A det ermin ação dos alv os é bas ead a em diferentes materi ais, como o asfalt o, a água, a vegetação, d entre ou tros, q u e são rep res ent ad os po r d istin tas refl et ân ci as. A refl etân cia é a rel ação ent re o flux o lumi noso refl etido p el a sup erfí ci e e aqu ele q u e incid e sob re el a; fato r de reflex ão (CRÓS TA, 199 2).

Os s ens ores p od em ser ati vos ou p ass iv os. Os ati vos , como o Rad ar, são aq uel es qu e p ossu em font e d e energi a p róp ri a, el es emit em um a quantid ad e d e en ergi a s ufici en te para capt ar i nformaçõ es de al vos . Os sen so res passiv os, como o s ens or TM d o sat élit e Land sat, n ão poss uem fo nt e pró pri a d e en ergi a, por i sso necessit am de fon te de en ergi a, o Sol , p ara refl eti rem n os alv os e o bt er in fo rmações .

As i nform açõ es cap tad as do s alv os são tran sform ad as em imagen s di git ais, as qu ais são sub divi did as em p eq uen os pedaços deno minados Pi ctu re el ement s ou pix els . Cad a pix el é rep res ent ad o po r um nív el de bril ho - q ue poss ui um v alo r nu mérico esp ecífico - e repres en ta um a área n a s up erfí ci e terrest re (fi gu ra 8 ).

F i g u r a 8 : R e p r e s e n t a ç ã o d o p i x e l . F o n t e : C C R S 2 0 0 0

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O termo “resol ução ”, no s ens oriam en to remot o, é o d es dob rament o d e quatro di ferent es termos ind ep en d ent es: reso lu ção esp aci al, es pect ral, radiom ét ri ca e t empo ral (C RÓSTA, 199 2).

A res olu ção esp aci al se refere à cap acidade qu e o senso r tem de discrimi nar o o bjeto na sup erfíci e t erres tre, on de q uanto m enor fo r a fei ção possí vel d e ser obs erv ad a, mel ho r s erá a s ua res olu ção es p acial (C RÓSTA, 1992 ). Fitz (200 8) afi rm a qu e a res ol ução es paci al é ent end id a como a cap aci dade ó pti ca do s en so r em fu n ção do seu campo de vi sada, o In st an taneous Fi eld of Vi ew ( Ifov ), o qu al v ari a em fu nção da fin alid ad e n a utilização das im agens.

J á a reso lu ção es p ectral descrev e a cap acid ad e do s en so r d e d efi ni r interv alo s do co mp ri ment o de on da (fi gu ra 9 ), s end o qu e qu anto mai or for a resolu ção esp ectral , m aio r s erá a facili dad e em definir os alvos , prin ci pal mente n as áreas qu e p oss uem p equenas v ariaçõ es (C RÓSTA, 1 992 ). Fitz (2 008 ) defi ne a resol ução esp ectral com o a cap acid ade d e abs orção (núm ero d e canai s ) do s en so r utiliz ado em fun ção d o interv al o do com prim en to de on d a.

F i g u r a 9 : R e s o l u ç ã o e s p e c t r a l . F o n t e : C C R S 2 0 0 0

Fitz (20 08) e C rós ta (19 92 ) d es crev em q u e a resol ução radi om étrica, por su a v ez, é d efini da pelo n úmero de nív eis di git ais , ou s ej a, pela quantid ad e d e nív eis de cinz a qu e o sen s or po de d efini r em u ma determin ada imagem, sendo qu e, quanto m aio r o nív el di git al, m ai or s erá a rep res ent ação de nív el de cinza d e uma imagem.

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Comp aran do a im agem de 2 bits com 4 ní veis d e cinz a e a im agem de 8 bits com 2 56 ní veis d e ci nza, pod e-se p erceb er a di feren ça en tre os det alh es , con fo rm e mostra a fi gu ra 10 .

F i g u r a 1 0 : R e s o l u ç ã o r a d i o mé t r i c a . F o n t e : C C R S 2 0 0 0

A resolu ção tem po ral, p or su a vez, é d efi nid a p elo int erv alo d e t emp o ent re a aq uisi ção d e imagem de certa área no perío do X e o utra , da m es ma regi ão, no perío do X+1 (CR ÓSTA, 199 2). P or iss o, a res ol ução t em po ral é impo rtant e p ara id en tifi car o proces so d e mud an ças qu e o co rrem di ari ament e na sup erfí ci e, n a atm osfera, d ent re out ros lu gares .

A im agem do s ens or Land sat 5 TM , p or ex empl o, é um s ens o r p as sivo que v arre um a área de 185 X18 5 km em cad a cen a. A área q ue cob re o muni cípi o de Goi ân ia está co ntid a n as orbi tas pont o 22 2/7 1 e 22 2/72 , su a resolu ção t empo ral é de 1 6 dias, a res olu ção es paci al é rep resent ad a pel a dimens ão do terreno d e 3 0 m et ros , a res olu ção radiom ent ri ca é de 8 bit s e a resolu ção esp ect ral é de s et e b an das.

Nesta dis sert ação, as reso lu çõ es esp ect rai s (b and as esp ect rais ) d as imagen s es colhid as foram 2 e 3 do visív el e 4 do in frav erm elho p róx imo. A es colh a d as band as foi emb as ad a em fu nção d e um a m elho r disti nção dos alv os, co mo o sol o, a águ a e a veget ação. Al ém d iss o, a resolu ção radiom ét ri ca é d e 8 b its= 25 6 to ns de cinz a.

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A int erpret ação d a i magem e a cl assi fi cação di git al s e con st ituem na melh or t radu ção d a imagem adqu iri da. Para in terp retar a imagem, é necess ári o o uso d e ferrament as sofisti cad as q ue aux iliam n a id enti fi cação e na o bt en ção de informaçõ es so bre os fenôm en os e obj etos n el as conti dos.

Segu ndo Fitz (200 8), a int erpret ação vis ual d e im agens d e s at élit es bas ei a-se na percep ção do i nterp ret e, o qual d everá realizar um estud o d as característ icas geo g ráfi cas d a regi ão estud ad a. O con heci ment o prévi o da veget ação, d o sol o, do rel ev o, d ent re ou tros as pect os p erceb idos n a área d e estu do po de evit ar p robl em as futu ros . Po rém , an tes de ini ci ar a interp retação e a cl assi fi cação di gi tal, a im agem deve estar geo rreferenci ad a.

A Co rreção Geom ét rica t em com o i ntuit o referenciar geo grafi camente a imagem, ou sej a, obt er p onto s d e co nt rol e a p arti r d e um map a con fi áv el, vin cul and o as co ord en ad as da im agem com as coo rd en ad as do s ist em a d e referên ci a geo gráfi co. Os pon tos d e co n trol e s ão feições po ssív eis d e s erem identificad as n o terreno e n a imagem (CRÓSTA, 19 92 ). Para t rans fo rm ar a imagem, primeiro s e dev e av ali ar os p o ntos d e co ntrole, v erifican do o erro médi o qu ad ráti co (RMS). O RMS é u ma m edid a d o d es vio do s v alo res calculados em rel ação aos v alo res origin ais. O pro gram a co mput acio nal ex ecut a o p ro cess am ent o di git al d e i mag em realiz an do o repo sici on amento d a imagem com o s p arâmet ros do mapa d e referên cia.

J á o p ro cess o d e cl assifi cação di git al é a i denti ficação de el em ento s con tido s em um a im agem ass ociados a d et ermi n ados pix el s, defini ndo , com isso, uma cl ass e. O res ult ado da cl assi ficação é a el abo ração d e um m ap a tem áti co. O métod o de cl ass ifi cação p od e s er s up ervisio n ado ou n ão .

Fitz afirm a qu e a cl assifi cação s up ervisio nad a (2 008 , p .13 2):

A c l a s s i f i c a ç ã o s u p e r v i s i o n a d a d i z r e s p e i t o a o mé t o d o q u e f a z u s o d a c a p a c i d a d e i n t e r p r e t a t i v a d o t é c n i c o . A s s i m, u ma i ma g e m s e r á c l a s s i fi c a d a c o m b a s e e m d e t e r mi n a d o s p a r â me t r o s d e f i n i d o s p e l o p r o f i s s i o n a l [ . . . ] .

A classi ficação s up ervisi on ad a é a d elimitação de polí go nos d e det ermin ad as cl ass es, sendo qu e es ses servi rão com o bas e p ara a

Referências

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