• Nenhum resultado encontrado

ANAES DE ENFERMGEM INFORMATIZAÇÃO DAS PUBLICAÇÕES (1932-1954).

No documento Universidade e lugares de memória (páginas 197-200)

Acervo do AMORJ FUNDOS

ANAES DE ENFERMGEM INFORMATIZAÇÃO DAS PUBLICAÇÕES (1932-1954).

Atualmente, o projeto SALTOS EVOLUTIVOS DA ENFERMAGEM está sendo concluído pelas Professoras Vilma de Carvalho e Jussara Sauthier dando conta da organização de mais um catalogo analítico cujo recorte temporal abrange 1951-1975.

Os catálogos são descritivos e visam facilitar a localização de um documento no CDOC. Os dados que integram cada série do- cumental desses catálogos estão dispostos de acordo com o seu tipo, acompanhados de um breve resumo de seu conteúdo, autoria, data, local onde foi produzido e número de páginas.

A localização do documento é ainda facilitada pela indicação do módulo, caixa e número do documento na série documental a qual pertence.

O acervo oral

Com a criação do Curso de Doutorado em Enfermagem, em 1989, iniciou-se a organização de um acervo de História Oral com a doação de fitas, gravadas e transcritas, de depoimentos provenien- tes das teses de doutorado das professoras Ieda de Alencar Barreira, Suely de Souza Baptista, Isabel Cristina dos Santos Oliveira e Cristina Maria Loyola de Miranda.

Além disso, foi doada pela Associação Brasileira de Enferma- gem uma série de fitas cassetes com depoimentos de lideranças da

enfermagem realizadas no âmbito do projeto “Nexos da Escola de Enfermagem Anna Nery /ABEn: criação de um fundo de arquivo”. É um acervo aberto que recebe doações de depoimentos cedidos por pesquisadores da área da História da Enfermagem. Conta também com várias outras gravações referentes aos eventos realizados na Escola.

Com o apoio financeiro da FAPERJ foi possível realizar o traba- lho de digitalização de 280 fitas cassetes perfazendo um total de 500 CDs com originais e cópias que hoje compõem o acervo.

Os documentos fotográficos

O acervo fotográfico é constituído de cerca de dois mil docu- mentos, em sua maioria cópias fotográficas em papel; 36 álbuns e aproximadamente 100 slides. Estas fotografias remontam à década de 20 do século passado e testemunharam os fatos oficiais e sociais da Escola.

Este acervo foi restaurado pela FUNARTE em 2006 através do projeto “Preservando e Difusão do acervo Documental da Escola de Enfermagem Anna Nery” financiado pelo CNPq.

Por que um centro de documentação e não um arquivo?

Na tarefa de reunir todo o acervo da EEAN foram descobertos documentos impressos, textuais, audiovisuais, cartográficos, além de indumentárias e objetos específicos da área de saúde. Isso fez com que se pensasse em um espaço que pudesse contemplar tudo que havia sido encontrado. Então o argumento usado foi o de coli- gir, armazenar, classificar e disseminar a INFORMAÇÃO ao invés do DOCUMENTO.

Integram ao acervo do Centro de Documentação/EEAN/UFRJ: 135 metros lineares de documentos textuais, 3.426 fotografias, 26 fitas VHS, 6 Dvds, 398 títulos (livros, revista e anais) e 280 fitas casse- tes perfazendo um total de 500 CDs original e cópia referentes a 283 entrevistas e eventos realizados na Escola.

Da esquerda para a direita, de cima para baixo: o espaço linear dos documentos textuais, espaço de trabalho de classificação de documentos, espaço de trabalho administrativo e o acervo de fotografias.

No Brasil, o Arquivo Permanente ou “Arquivo Morto” da Institui- ção Pública tinha função de depósito. Nele estavam guardados os documentos que já não tinham mais função administrativa. Assim, montanhas de documentos eram acumuladas em lugares sujos, úmidos, com pouca luminosidade. Acreditava-se que o mobiliário, livros e jornais de épocas passadas, deviam fazer parte desse espa- ço. É possível, ainda hoje, afirmar que essa postura continua perme- ando alguns Órgãos da Administração Pública.

A mudança de atitude começa a desabrochar, em alguns segmentos públicos, a partir do momento em que a solicitação dos pesquisadores torna-se mais intensa.

O caminho para desvendar a informação está nesses depósi- tos, mas o que fazer? Quando os próprios pesquisadores partem para um trabalho de garimpagem do espaço, que as preciosidades vão surgindo, sendo separadas e levadas para um ambiente, que embora não seja o ideal, apresenta condições muito melhores.

“Resgatar” passa a ser o termo utilizado na busca de recursos em prol da recuperação, restauração, preservação dos documentos ou informação, porquanto o importante é que possam ter um tra- tamento que os tornem acessíveis à consulta. Pois que até então ficavam enclausurados nos porões sem que ninguém pudesse vê- los e nem tocá-los. Muitos lugares serviam de abrigo para as gatas parirem.

A Academia toma consciência da emergência da situação; daí o aparecimento de Projetos, Programas e Centros voltados para o resgate da Memória e da História das Instituições Públicas. Isso significa que se inicia uma jornada para interlocução com os Dirigentes e as Agencias de Fomento. E eis a surpresa! Ainda não existe por parte das autoridades públicas uma vontade plena de ver seus documentos ou informações restituídas à função de suporte para pesquisa. E é por causa disso que trabalhamos em condições muito aquém das possibilidades do ideal e o discurso permanece o mesmo de 1970.

Considerações finais

E importante pontuar, de acordo com as palavras de Profª Vil- ma de Carvalho, que a organização deste acervo foi feito de forma artesanal, além de ter buscado como objetivo garantir as condições de preservação e acesso a este rico patrimônio da história da enfer- magem brasileira.

Destacamos a participação dos alunos do Curso de Graduação em Enfermagem na organização do Centro de Documentação, atra- vés da disciplina Fontes para História da Enfermagem Brasileira.

Ressaltamos que durante as várias fases de organização do acervo contamos com a colaboração de arquivistas, prestadores de serviços, que de alguma forma vieram orientar o trabalho. Entretan- to, só recentemente, em 2004, foi que nosso Centro de Documen- tação pôde contar com uma arquivista do quadro permanente da UFRJ que vem dando ênfase aos aspectos técnico-arquivísticos.

No documento Universidade e lugares de memória (páginas 197-200)