1. Metodologia
O diagnóstico procurou enquadrar-se no seio de uma concepção alargada de desenvolvimento social e de política social. Seria assim pertinente a consideração de domínios como a provisão de serviços tendentes a assegurar a equidade, a coesão social e a qualidade de vida dos cidadãos (educação, saúde,
protecção/segurança social, habitação, justiça, etc). Tal tarefa implicaria a interligação com diversos
aspectos como os rendimentos, a protecção de riscos, a promoção de condições de vida, o investimento no capital humano, a concretização de direitos sociais e de cidadania, o apoio à integração social, económica e cultural de grupos mais vulneráveis. Esta perspectiva mais integradora e articuladora das diferentes componentes do desenvolvimento social não ignora a concepção comummente aceite de política social. Não ignora também as diversas lógicas, mesmo do planeamento, que remetem para um plano paliativo e de menoridade as questões de coesão social e da pobreza.
Este diagnóstico da situação económica e social pretende funcionar:
- como um instrumento de animação da participação;
- como elemento de enquadramento nas estratégias nacionais e regionais;
- e como constante base de trabalho para aprofundamento e actualização.
CSIF CSIF
CSIF CSIF CSIF CSIF CSIF CSIF CSIF CSIF CSIF Pré-Diagnóstico
Selecção de
Áreas-Problema Diagnósticos Participados de Áreas-problema
Diagnóstico Social
Diagnóstico Participado das CSIF Prioridades de Intervenção
Concebendo o diagnóstico como estrutura permanente e aberta e como um processo constante de actualização por forma a servir de instrumento de apoio aos mais diversos agentes, procedeu-se a um trabalho simultâneo de sinalização das fontes de informação. Será no aperfeiçoamento deste sistema que advirá uma maior qualidade na apreensão das realidades locais, com inevitáveis efeitos práticos aos mais diversos níveis.
2. Glossário
Abandono escolar (%) : total de indivíduos, no momento censitário, com 10-15 anos que não concluíram o
3º ciclo e não se encontram a frequentar a escola, por cada 100 indivíduos do mesmo grupo etário.
Saída antecipada (%) : Total de indivíduos, no momento censitário, com 18-24 anos que não concluíram o
3º ciclo e não se encontram a frequentar a escola, por cada 100 indivíduos do mesmo grupo etário.
Retenção: Percentagem dos efectivos escolares que permanecem, por razões de insucesso ou de
tentativa voluntária de melhoria de qualificações, no ensino básico (1º, 2º e 3º ciclo), em relação à totalidade de alunos que iniciaram esse mesmo ensino.
Saída precoce (%) : Total de indivíduos, no momento censitário, com 18-24 anos que não concluíram o
ensino secundário e não se encontram a frequentar a escola, por cada 100 indivíduos do mesmo grupo etário.
Aproveitamento no ensino secundário: Este indicador incide sobre os alunos que no 10º e 11º anos
obtêm classificação igual ou superior a 10 valores em todas as disciplinas correspondentes ao curso frequentado ou em todas menos duas e os que concluem o 12º ano.
Índice de Educação: Este índice é baseado na taxa de escolaridade da população com 15 e mais anos de
idade em ambos os sexos.
Conselho Local de Acção Social – “é composto pelo presidente da câmara municipal, que preside, e por
representantes das entidades particulares sem fins lucrativos interessadas e de organismos da administração pública central implantados na mesma área.” (Artigo 11º da RCM 197/97)
Conselho Local de Acção Social (Incumbências) – “Incumbe às entidades - públicas e privadas reunidas
em conselho local de acção social:
a) A dinamização e articulação das comissões sociais de freguesia, sobretudo nas zonas afectadas por problemas sociais de maior gravidade;
b) A apreciação dos problemas e propostas que sejam apresentados pelas comissões sociais de freguesia, ou por outras entidades, e a procura das soluções necessárias mediante a participação de entidades representadas, ou não, no conselho, designadamente os serviços autárquicos de acção social;
c) O encaminhamento, para os centros regionais de segurança social, dos problemas que precisem da respectiva intervenção, juntando as propostas que tiverem por adequadas;
d) A emissão de parecer sobre a cobertura equitativa e adequada do concelho por serviços e equipamentos sociais;
e) A análise e esforços tendentes à eliminação de sobreposições e lacunas de actuação;
f) O conhecimento de protocolos e acordos celebrados entre o Estado, autarquias, instituições de solidariedade social e outras entidades que actuam no domínio social;
encaminhamento;
h) A promoção de colóquios e iniciativas afins, visando a melhor consciência, pessoal e colectiva, dos problemas sociais, o empenhamento na respectiva solução e a partilha de responsabilidades;
i) O fomento da articulação entre os organismos públicos e entidades privadas que actuam no domínio social na área do concelho, visando, em especial:
ii) A actuação concertada na prevenção e solução de problemas sociais; iii) A adopção de prioridades. (Artigo 12º da RCM 197/97)
Comissão Social Inter-Freguesias – Na interpretação do espírito de rede de cooperação, do Artigo 9º da
RCM 197/97, e com consentimento do Instituto para o Desenvolvimento Social, no concelho de Vila Nova de Famalicão, formaram-se a Comissão Social Inter-Freguesias que agrega as principais organizações de duas ou mais freguesias, incluindo a Junta de Freguesia, instituições particulares de solidariedade social, agrupamento de escolas e de organismos da administração central implementados na mesma área.
Comissão Social Inter-Freguesias (Incumbências) - Incumbe às entidades - públicas e privadas reunidas
em comissão social de freguesia, nomeadamente:
a) A dinamização e articulação das entidades referidas no número anterior;
b) A apreciação dos problemas e propostas de solução que lhe sejam apresentados, por aquelas mesmas ou por outras entidades, e a procura das soluções necessárias mediante a participação de entidades representadas, ou não, na comissão;
c) O encaminhamento para o conselho local de acção social, a que se referem os nos 11 e 12, dos problemas que precisem da respectiva intervenção, juntando as propostas que tiverem por adequadas; d) A elaboração e difusão de estatísticas dos problemas que lhes sejam apresentados e do respectivo
encaminhamento;
e) A promoção de colóquios e iniciativas afins, visando a melhor consciência, pessoal e colectiva, dos problemas sociais, o empenhamento na respectiva solução e a partilha de responsabilidades. (Artigo
10º da RCM 197/97)
Plano de Desenvolvimento Social – É o quadro estratégico para o concelho promovido pelo Conselho
Local de Acção Social, de prioridades, objectivos e actividades, orientador, articulador e integrador dos diversos Projectos Integrados de Intervenção das Comissões Sociais Inter-Freguesias e de outros planos de acção sectoriais.
Projecto Integrado de Intervenção – É o plano de acção de uma Comissão Social Inter-Freguesias
organizado em torno de uma prioridade colectivamente seleccionada, com a duração máxima de dois anos, e que se enquadra como especificidade territorial no seio do Plano de Desenvolvimento Social concelhio promovido pelo Conselho Local de Acção Social.
autarquia ou instituição particular de solidariedade social, que funciona em articulação com a Comissão Social Inter-Freguesias da mesma área.
Desenvolvimento Organizacional – Conjunto de actividades conducentes quer à adopção de
procedimentos organizacionais de qualidade quer ao desenvolvimento da própria capacidade para a organização de auto-desenvolver.