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DIAGNÓSTICO SOCIAL. do concelho de Vila Nova de Famalicão

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IAGNÓSTICO SOCIAL

Vila Nova de Famalicão

Entidade promotoras:

Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão Conselho Local de Acção Social

Entidades financiadoras do programa

União Europeia

Governo da República Portuguesa Ministério da Segurança Social e do Trabalho

do concelho de Vila Nova de

Famalicão

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INDICE

I. QUADRO DE BORDO...5

II. DESCRIÇÃO DO CONTEXTO DE INTERVENÇÃO ...6

1. CONTEXTO SÓCIO-ECONÓMICO E CULTURAL...6

2. ACTORES ENVOLVIDOS...12

3. CONTEXTO INSTITUCIONAL...13

4. BREVE HISTÓRIA DE INTERVENÇÕES E PROJECTOS...13

III. LEVANTAMENTO DOS PROBLEMAS E SELECÇÃO DAS PRIORIDADES……….15

1. DIAGNÓSTICOS DAS COMISSÕES SOCIAIS INTER-FREGUESIAS...15

1.1. CSIF de Bairro, Carreira, Delães, Novais e Ruivães ...16

1.2. CSIF de Abade de Vermoim, Avidos, Bente, Lagoa, Landim, Seide (S. Miguel), Seide (S. Paio)...17

1.3. CSIF de Jesufrei, Lemenhe, Mouquim, Nine, Arnoso (Stª Eulália), Arnoso (Stª Maria) e Sezures .18 1.4. CSIF de Cruz, Portela, Requião, Vale (S. Cosme), Vale (S. Martinho) e Telhado...19

1.5. CSIF de Antas e Calendário ...20

1.6. CSIF de Brufe, Gavião e Vila Nova de Famalicão...21

1.7. CSIF de Cavalões, Gondifelos, Louro e Outiz ...22

1.8. CSIF de Cabeçudos, Esmeriz e Lousado ...23

1.9. CSIF de Castelões, Oliveira (Stª Maria), Oliveira (S. Mateus), Pedome e Riba de Ave ...24

1.10. CSIF de Joane, Mogege, Pousada de Saramagos e Vermoim ...25

1.11. CSIF de Fradelos, Ribeirão e Vilarinho das Cambas ...26

2. ÁREAS-PROBLEMA... 27

2.1. Toxicodependência e alcoolismo ...28

2.2. Escolaridade e Tempo Livre ...31

2.3. Pobreza e Inserção Social ...34

2.4. Acesso a equipamentos e serviços sociais ...38

2.5. Desemprego e formação profissional ...44

2.6. Desenvolvimento Organizacional...49

IV. ANEXOS...51

1. METODOLOGIA...51

2. GLOSSÁRIO...53

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DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO

Entidades financiadoras do programa: União Europeia

Governo da República Portuguesa – Ministério da Segurança Social e do Trabalho

Entidade promotoras:

Conselho Local de Acção Social

Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão

Data do diagnóstico: Novembro de 2003.

Contacto:

Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão

Praça Álvaro Marques – 4760-505 VILA NOVA DE FAMALICÃO Telef. 252 320 900

Email: accaosocial@cm-vnfamalicao.pt

Vila Nova de Famalicão 2003

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I. Quadro de Bordo

- População (2001) : 127 567

- População residente entre os 0 e os 14 anos (2001) : 24 003

- População residente com idade igual ou superior a 65 anos (2001) : 13 641 - Variação da população residente (1991/2001): 11,6

- Índice de dependência dos jovens (2001) : 26,7 - Índice de dependência dos idosos (2001) : 15,1 - Índice de dependência total (2001) : 41,8 - Índice de envelhecimento (2001) : 67,3

- Índice poder de compra per-capita (2002) : 75,81 - Taxa de abandono escolar (2001): 2,0

- Taxa de saída antecipada (2001): 32,3

- Taxa de retenção no Ensino Básico (1999/2000): 11,6 - Taxa de saída precoce (2001): 53,1

- Taxa de analfabetismo (2001): 6,7

- Número de desempregados inscritos no Centro de Emprego no mês de Junho (2003) : 6 951 - Taxa de desemprego (Jun-2003): 5,4

- Taxa de actividade (2001): 53,0

- Taxa de população activa e empregada no sector primário (2001) : 1,4 - Taxa de população activa e empregada no sector secundário (2001) : 63,3 - Taxa de população activa e empregada no sector terciário (2001) : 35,2

- Número de famílias em alojamentos não clássicos (barracas, casas rudimentares de madeira, móveis, improvisados, outros) (2001): 222

- Pensionistas por invalidez, velhice e sobrevivência (2002) : 26 940 - Beneficiários do Rendimento Mínimo Garantido (2002) : 2 177 - Taxa de natalidade (2001): 12,5%

- Taxa de mortalidade (2001): 6,5% - Taxa de crescimento natural (2001): 6,0%

- Número de médicos por 100 habitantes (2002): 1,2 - Taxa de cobertura do serviço de creche (2003): 24,7% - Taxa de cobertura do serviço de pré-escolar (2003): 83,8%

- Taxa de cobertura dos Centros de Ocupação dos Tempos Livres (2003): 36,7% - Taxa de cobertura dos serviços a idosos (2003) : 7,9%

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II. Descrição do contexto de intervenção

1. Contexto sócio-económico e cultural

Vila Nova de Famalicão faz parte da Região-Plano do Norte de Portugal - país periférico e o segundo menos desenvolvido no contexto da U.E. Geograficamente insere-se na Região Metropolitana do Porto, mais especificamente na sua Conurbação Industrial Difusa – coroa de povoamento dispersos, de alta densidade e forte industrialização.

A alta densidade do concelho comprova-se comparando com os valores detidos na NUT III do Ave, na Região-Plano Norte, em Portugal e na EU15. No seu interior registam-se diferenças significativas de densidade, num intervalo que vai entre os 139 habitantes por km2 na freguesia de Vilarinho de Antas até aos 3491 habitantes por km2 , verificado na freguesia de Vila Nova de Famalicão. 1

O fenómeno de urbanização encontra-se expresso, segundo a Classificação de Áreas Urbanas, na percentagem de 64 do total de freguesias designadas por Áreas Predominantemente Urbanas (APU), enquanto restantes 36% são classificadas de Áreas Mediamente Urbanas (AMU). Na verdade, concelho enquadrado na área turística de Verde Minho, já não integra freguesias designadas por Áreas

Predominantemente Rurais.

O processo de urbanização acelerado, em que definitivamente o concelho encarreirou, transporta duas dimensões distintas: uma face de qualificação social, de crescimento económico, de mais e novas oportunidades de acesso, de satisfação de necessidades e desenvolvimento de oportunidades; uma face “oculta”, com processos de segmentação, de exclusão, de diminuição dos níveis de coesão social. Esta dinâmica talvez deva ser encarada como uma oportunidade para potenciar os factores positivos e providenciar e precaver os factores negativos, na tentativa de construir um perfil equilibrado e com identidade própria, de território urbano.

Os níveis de crescimento da população, após acentuadas quebras entre 1970 e 1991, dá mostras de ter estabilizado. Veja-se por exemplo, a manutenção actual das taxas de natalidade. À imagem do distrito e da NUT III do Ave, o concelho regista taxas de natalidade superiores à média nacional. Para o período após 1991, o ritmo de crescimento anual deverá ter-se mantido próximo do nível de crescimento obtido entre 81 e 91. A dinâmica populacional, depois de ter dado mostras de alguma quebra, mantêm-se a um nível por certo diferente do anteriormente, mas de igual modo com sinas positivos de crescimento por comparação com outros territórios.

A estrutura da população ainda assim, e de um modo mais tardio, perfilhou no movimento demográfico do Portugal moderno: envelhecimento da base e envelhecimento do topo. O grupo etário dos 0 aos 14 anos,

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em 1997, regista ainda um valor superior em relação ao do Continente, mas vem decrescendo desde 1981. Por seu lado, os grupos etários dos 15 aos 64 anos, e dos maiores de 65 anos, vem desde 1981, a

aumentar o seu volume. Em 1997, o grupo etário dos com idade igual ou superior a 65 anos regista contudo valores (10.1) ainda muito inferiores relativamente à taxa de Portugal (14.7) ou da EU15 (15.6%). Esta discrepância tenderá rapidamente a atenuar-se uma vez que o grupo daqueles com idade entre os 15 e 16 anos se encontra mais inflacionado do que em Portugal e no resto da Europa. Assim, nos próximos anos ganhará maior visibilidade e representatividade o grupo da designada “terceira idade”. Esta realidade acarreta inevitáveis consequências para a política social local.

Estes movimentos demográficos têm também consequências directas nos níveis de dependência. Em relação a Portugal e à EU15, Vila Nova de Famalicão detém um índice de dependência dos jovens superior e um índice de dependência dos idosos inferior. Ou seja, ainda detemos uma estrutura de dependência de carácter jovem e um nível de dependência total inferior comparativamente ao de Portugal ou da EU15. Esta estrutura da população bastante jovem é também visível no índice de envelhecimento: por cada 100 crianças e jovens com idades entre os 0 e 14 anos existem proporcionalmente 67,3 idosos. Este rácio encontra-se francamente distante do de 94 idosos por cada 100 crianças, registado na EU15.

Num índice composto de “Esperança de vida à nascença + nível educacional + conforto e saneamento” tendo por base as médias nacionais, Vila Nova de Famalicão posiciona-se à frente do valor do Continente e da NUTIII do Ave.

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Quadro 1 – Quadro geral: população V.N. Famalicão Ave Nut III Região Norte Portugal EU15 (1996) 1997 Estrutura da população (nº - %) 0-14 15-64 >65 23720-19.8% 84938-70.9% 11141-9.3% 20.2 69.7 10.1 18.7 68.7 12.6 17.6 68 14.7 17 68 15.6 2001 Estrutura da população (nº - %) 0-14 15-64 >65 24003-18.8% 89923-70.4% 13641-10.6% 19.2 70.7 9.9 17.5 68.4 14 16 67.5 16.4

Densidade populacional (Hab/Km2) 573 384 167 108 117

Taxa de natalidade (‰) 13.2 13.3 12.3 11.4 10.8 Taxa de mortalidade (‰) 6.8 8.9 10.5

População total (nº) 119800 480480 3561000 9957000 374566000 Taxa de população residente 1991/1997 (%) 4.8 4.5 2.6

Índice de dependência dos jovens 28.0 29.1 27.2 24.43 25.3 Índice de dependência dos idosos 13.1 14.5 18.4 22.63 23.8

Índice de dependência total 41.1 43.6 45.6 47.06 49.2 1997

Índice de envelhecimento (ou vitalidade) 46.4 50.0 67.8 88.2 94.1 Densidade populacional (Hab/Km2) 632,7

Taxa de natalidade (‰) 12,5 Taxa de mortalidade (‰) 6,5

População total (nº) 127567 501542 3687212 1035582 4 Taxa de população residente 1991/2001 (%)

Índice de dependência dos jovens 26,7 Índice de dependência dos idosos 15,1 Índice de dependência total 41,8 2001

Índice de envelhecimento (ou vitalidade) 67,3 1981 Taxa de crescimento médio anual 70-81 1.9 1991 Taxa de crescimento médio anual 81-91 0.7

2001 Taxa de crescimento médio anual 91-01 10.9

1997 Taxa de Natalidade 13.3 11.3

2001 Taxa de Natalidade 12,5 11.3

1997 Nados-vivos 1584

1998 Índice de Desenvolvimento Social (Esperança de vida à nascença+nível educacional+conforto e saneamento) Portaria nº995/98, de 25 de Novembro

101.2 100.1 100.1

1998 Áreas pelo nº de freguesias 2

Áreas Predominantemente Urbanas – APU % 64 45 Áreas Mediamente Urbanas – AMU % 36 42 Áreas Predominantemente Rurais – APR % 0 11

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Classificação de Áreas Urbanas AMU (18)

APU (31)

Quadro 2 – Densidades populacionais (número de habitantes por Km2 )

Freguesias 1991 2001 Freguesias 1991 2001

Abade de Vermoim 930 1063 Mouquim 337 340

Antas 1119 1236 Nine 653 691

Avidos 590 613 Novais 735 795

Bairro 986 1027 Outiz 312 318

Bente 620 740 Pedome 850 840

Brufe 954 901 Portela 232 253

Cabecudos 386 458 Pousada de Saramagos 1257 1309

Calendario 1279 1521 Requiao 347 370

Carreira 757 889 Riba de Ave 1053 1200

Castelões 439 484 Ribeirao 657 761

Cavalões 286 337 Ruivaes 887 778

Cruz 415 427 Arnoso (Santa Eulalia) 418 419

Delaes 1526 1637 Arnoso (Santa Maria) 478 540

Esmeriz 426 514 Oliveira (Santa Maria) 613 666

Fradelos 177 196 Vale (Sao Cosme) 473 484

Gaviao 786 845 Vale (Sao Martinho) 417 480

Gondifelos 171 256 Oliveira (Sao Mateus) 1128 1079

Jesufrei 218 233 Seide (Sao Miguel) 1374 1585

Joane 861 1020 Seide (Sao Paio) 326 284

Lagoa 305 308 Sezures 272 274

Landim 604 627 Telhado 362 368

Lemenhe 510 534 Vermoim 554 595

Louro 444 476 Vila Nova de Famalicao 2259 3491

Lousado 618 664 Vilarinho das Cambas 124 139

Mogege 561 650

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Inserido na região portuguesa de economia mais aberta ao exterior, Vila Nova de Famalicão partilha com outros concelhos a forte vocação exportadora da sua estrutura industrial, tendo assimilado e experimentado ao longo dos anos as próprias dificuldades inerentes à participação em espaços económicos mais

alargados. Da área designada por Conurbação Industrial Difusa, o concelho partilha ainda outras características:

- as fragilidades decorrentes de uma monoespecialização sectorial, em actividades relativamente tradicionais;

- carências de serviços especializados às empresas;

- grande dinâmica industrial;

- e boa acessibilidade às rotas internacionais.

Deste quadro geral, o sector primário emprega uma diminuta parte da população. Ao longo dos tempos, numa propriedade fortemente fragmentada, foi-se sedimentando uma população envelhecida e sem formação específica. Para além disso, a actividade agrícola surge em vários casos num quadro de pluriactividade, onde o campo exerce funções de segurança e suporte face às oscilações do mercado de trabalho.

A grande concentração espacial da industria têxtil, vestuário e calçado criou um regime de

monoespecialização visível quer no peso do mercado de emprego (75%), quer no peso detido no seio das industrias transformadoras instaladas (64%).

Estrutura industrial, de vasta rede de PME’s, com pendor para a exportação, fez assentar os factores de competividade externa na mão-de-obra barata, com baixos índices de escolaridade e qualificação profissional.

Com uma industrialização difusa, maioritariamente constituída por PME’s, e com elevados níveis de especialização produtiva - em particular nos sectores têxtil, vestuário, calçado, metalúrgica de base e actividades e processos produtivos que aproveitam a disponibilidade de mão-de-obra que caracteriza a região. 28 – vive sob a ameaça da liberalização do comércio com a abertura do mercado europeu a uma forte concorrência das economias em desenvolvimento.

A prazo, a manutenção do actual modelo empresarial de funcionamento do sector industrial – baseado na utilização intensiva de mão-de-obra pouco qualificada e na baixa intensidade tecnológica – converter-se-á em factor de estrangulamento do desenvolvimento económico e social.

(11)

O fácil acesso a rotas internacionais, a tradição industrial e a organização espacial têm actualmente constituído factores de atractividade do investimento externo. Esta capacidade de atracção é bem visível quando Vila Nova de Famalicão encaixa a maior parcela de investimento externo ao nível da NUT III do Ave.

Ao nível do terciário, enquanto que na Região Norte ao valores de população activa empregue neste sector já rondam os 40%, no concelho só representa 23% do total dos activos. A pouca expressão deste sector dever-se-á em parte à forma de funcionamento do sector secundário.

Quadro 3 – Núcleos Industriais ‰ Núcleo de Lousado/Ribeirão ‰ Núcleo de Jesufrei/Arnoso Stª Maria ‰ Núcleo do Nó de Cabeçudos

‰ Núcleo Vermoim/Pousada/Joane/Mogege

‰ Núcleo de Riba de Ave/Oliveira Stª Maria/Oliveira S.Mateus/Pedome/Bairro ‰ Núcleo de Vale de S.Cosme

‰ Núcleo da Cidade/Gavião/Antas/Calendário/Brufe

Quadro 4 – Quadro geral: economia

V.N. Famalicão Vale do Ave Região Norte Portugal EU15 1997 Mercado de Trabalho

Taxa de empregados no sector primário 2* 10.6* 13.3 5.0

Taxa de empregados no sector secundário 75 44 29.4 31.0

Taxa de empregados no sector terciário 23 40 65.6 55.7

1989 Superfície agrícola utilizada/Explorações Agrícolas (ha) 3.1 3.0 4.1

1996 Estabelecimentos industriais 38.0 39.4 26.8

1997 PIB/Hab 103 Esc. 1577 1797

1995 Rendimento disponível das famílias per capita 1017 1137

1995 Taxa de pobreza 3 19.6 22.7

1997 Indicador do poder de compra per capita (índice INE Portugal 100) 65.2 62 2002 Indicador do poder de compra per capita (índice INE Portugal 100) 75,81

3 Percentagem de população abaixo do limiar de pobreza (população com rendimento inferior a 50% do rendimento

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2. Actores envolvidos

Mobilizar o conjunto dos intervenientes consta como um os quatro objectivos da Estratégia Europeia para a Inclusão Social.

Este processo de diagnóstico incluiu a participação de diversos actores, mobilizados em torno de três processos: a implementação das Comissões Sociais Inter-Freguesias; o Conselho Local de Acção Social; e a dinâmica decorrente do Núcleo Executivo

a) A instalação das comissões sociais inter-freguesias permitiu até à altura envolver: - 19 agentes provindos de 16 Conferências Vicentinas;

- 52 actores da totalidade das Juntas de Freguesia;

- 54 actores de 27 Instituições Particulares de Solidariedade Social; - 4 actores de 4 associações de solidariedade;

- 10 enfermeiros e médicos de 8 centros ou extensões de saúde;

- 19 educadores de infância ou professores de 11 Agrupamentos de Escolas e escolas profissionais; - 2 párocos;

- 2 membros de associações juvenis, desportivas ou culturais; - 2 membros de Núcleos da Cruz Vermelha.

- um total de 162 actores de 124 organismos.

b) Por sua vez, o Conselho Local de Acção Social envolve, para além dos representantes das Comissões Sociais Inter-Freguesias:

- a presidência da Câmara Municipal

- a direcção do Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social - a direcção do Centro de Emprego

- a coordenação do Centro da Área Educativa de Braga

- a direcção do Hospital S. João de Deus, : - as direcções do Centro de Saúde I e II

- a coordenação da Equipa dos Círculos Judiciais de Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão do Instituto de Reinserção Social

- a Delegação Regional de Braga do Instituto Português da Juventude - a coordenação da Coordenação Concelhia de Ensino Recorrente

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- os comandos da Polícia de Segurança Pública e da Guarda Nacional Republicana - a coordenação do Projecto Homem do Centro de Solidariedade de Braga

- a coordenação do CLA do RMG

- e a presidência da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens.

c) O Núcleo Executivo envolve 11 técnicos e dirigentes provindos do Serviço Local da Segurança Social, do Centro de Emprego, do Centro de Saúde I e II, do Hospital, da Câmara Municipal e da Comissão de

Protecção de Crianças e Jovens.

No apoio às Comissões Sociais, têm sido destacados dos serviços cerca de 15 técnicos da área das Ciências Sociais.

3. Contexto institucional

A realidade institucional do concelho já apresenta alguma complexidade, neste que é um dos concelhos mais populosos do norte do país.

As autarquias locais representam a Câmara Municipal e 49 Juntas de Freguesia. Por sua vez a Câmara Municipal, no âmbito do desenvolvimento social, envolve uma série de departamentos e divisões.

Ao nível da administração pública desconcentrada as escolas, os centros de saúde, o hospital, o centro de emprego, o ensino recorrente, a segurança social, a polícia, a guarda nacional republicana, têm sede a nível do concelho. Existem ainda um conjunto de serviços, como o Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social, o Centro da Área Educativa de Braga, o Serviço Sub-Regional de Braga da

Administração Regional de Saúde, a Delegação Regional de Braga do Instituto Português da Juventude, que estão sedeados na sede do distrito.

O sector das entidades privadas não lucrativas envolve uma diversidade de muito pequenas organizações, a maioria limitadas ao território da freguesia.

4. Breve história de intervenções e projectos

Gradualmente, o concelho de Vila Nova de Famalicão tem vindo a demonstrar capacidade de captação de recursos, corporizando projectos de combate contra a pobreza, de promoção de grupos desfavorecidos e desenvolvimento comunitário. Deve-se em grande parte a estes projectos a introdução de diversas inovações, desde a contratação de novos perfis técnico-profissionais, até novas metodologias de intervenção e a sedimentação da intervenção integrada, com base em novos desenhos organizacionais, como a parceria.

(14)

Quadro 5 - Medidas e Programas

1989 1995 1996 1997 1999 2000

Projecto de Luta Contra a Pobreza Salus 89-95 Novos Rumos 95-99 Teia 00-05

Programa Ser Criança Ser Criança Sem

Barreiras 96-98

V.O.A. 97-00

6 candidaturas

Programa Integrar - Medida 1 Novos Horizontes

97-99

Passo a Passo 99-00

Programa Integrar – Medida 5 Centro

Comunitário

Fonte: SSRB-CRSSN, 2000.

O Projecto de Luta Contra a Pobreza Salus, iniciado em 1989, introduz o objectivo de estabelecer uma intervenção inter-institucional face à multidimensionalidade da pobreza, tendo promovido as primeiras parcerias inter-sectoriais. A mesma estratégia vem a ser prosseguida pelo Projecto de Luta Contra a Pobreza Novos Rumos.

Em 1996, dá-se um facto marcante com a integração do concelho na experiência-piloto de implementação do Rendimento Mínimo Garantido. Será talvez a partir daqui que se consolida a intervenção social

articulada com entrada em funcionamento do Núcleo Executivo.

Em 1999, o concelho de Vila Nova de Famalicão integra o Programa-Piloto de Implementação da Rede Social, consolidado em Dezembro de 2002, com a aprovação de um novo Regulamento Interno do CLAS, que estabelece um novo modelo de articulação e cooperação parcerias, acolhendo representantes das Comissões Sociais Inter-Freguesias que cobrem todo o concelho.

Pelo meio, decorreu a consolidação de diversos Centros Sociais, com o alargamento de um vasto conjunto de valências, o assumir de novas funções em prol do desenvolvimento local (como a formação profissional e o emprego), e a constituição de novos quadros técnicos.

(15)

III. Levantamento dos problemas e selecção das

prioridades

1. Diagnósticos das Comissões Sociais Inter-Freguesias

Uma das bases constituintes da maioria das Comissões Sociais Inter-Freguesias foi a elaboração

participada por todos os intervenientes, a dado momento, de um diagnóstico qualitativo sobre os principais problemas que afectavam os territórios locais.

Diversos elementos deste diagnóstico, foram posteriormente aprofundados pelas comissões no processo de implementação das acções então delineadas.

Posteriormente, este processo foi retomado com os parceiros das Comissões Sociais a terem de eleger a problemática prioritária a partir de um conjunto de problemas que mais se fizeram sentir durante o ano.

Quadro 6 – Problemáticas Prioritárias das Comissões Sociais Inter-Freguesias

Populações-alvo Problemáticas-prioritárias Comissões Sociais

Infância e Juventude Crianças em risco

Prevenção da toxicodependência e alcoolismo e comportamentos de risco.

Bairro, Carreira, Delães, Novais e Ruivães

Infância e Juventude Prevenção da toxicodependência em meios educativos

Castelões, Oliveira (Stª Maria), Oliveira (S. Mateus), Pedome e Riba de Ave

Crianças em risco Crianças em risco Abade de Vermoim, Avidos,

Bente, Lagoa, Landim, Seide S. Paio, Seide S. Miguel

Crianças em risco Infância e Juventude

Negligência Parental e crianças e jovens sem apoio

Cavalões, Gondifelos, Louro e Outiz

Infância e Juventude Crianças e jovens sem apoio Infância e Juventude Crianças e jovens sem apoio e

formação para a saúde

Cruz, Portela, Requião, Vale (S. Cosme), Vale (S.Martinho) e Telhado

Crianças e Idosos Crianças e idosos sem apoio Fradelos, Ribeirão e Vilarinho das Cambas

Idosos Idosos dependentes Brufe, Gavião e Vila Nova de

Famalicão Famílias vulneráveis Famílias em situação de pobreza

e exclusão social

Jesufrei, Lemenhe, Mouquim, Nine, Arnoso (Stª Eulália), Arnoso (Stª Maria), Sezures

Famílias vulneráveis Famílias em bairros sociais Antas e Calendário

Joane, Mogege, Pousada de

Saramagos e Vermoim

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1.1. CSIF de Bairro, Carreira, Delães, Novais e Ruivães

a) Diagnóstico Inicial

Nos dias 11 e 12 de Abril de 2002, na presença de vários parceiros desta comissão social levantaram-se os seguintes problemas:

Infra estruturas/ Habitação: falta de cantinas; falta de A.T.L. para adolescentes; falta de espaço para

ocupação da juventude.; habitações sem condições; necessidade de existência ludotecas.

Dependências: droga; alcoolismo / tabagismo; falta apoio a toxicodependentes; desemprego/drogas Violência: violência sexual de menores; maus tratos de crianças e mulheres; deficiente relacionamento

interpessoal na família; violência doméstica; marginalidade/roubos.

Pobreza: solidão ; falta de apoio da família; pobreza / incapacidade.

Terceira Idade: abandono na 3ª Idade; falta de apoio a idosos; Falta de Centros de dia. Saúde: falta melhor assistência na saúde; falta estruturas de apoio à saúde.

Deficiência: falta apoio à deficiência; insuficientes estruturas de apoio para jovens com deficiência. Infância e Juventude: ausência de respostas a jovens que abandonam precocemente a escola; ausência

de ocupação de tempos livres.

b) Prioridades Propostas

Prioridades propostas a 11 de Setembro de 2003:

- Inexistência de programas de prevenção de alcoolismo/ toxicodependência - Más condições habitacionais

- Gravidez na adolescência/ prevenção de doenças

- Insuficiência de respostas de emprego/ formação para pessoas desempregadas com baixa escolaridade e com mais de 40 anos

c) Problemática Prioritária

Prioridade Seleccionada para o período 2003-2005:

(17)

1.2. CSIF de Abade de Vermoim, Avidos, Bente, Lagoa, Landim, Seide

(S. Miguel), Seide (S. Paio)

a) Diagnóstico inicial

Os parceiros desta Comissão Social, reunidos nos dias 29 e 30 de Abril de 2002, diagnosticaram as seguintes necessidades:

Saúde: desadequação do horário de funcionamento das Extensões de Saúde; falta de saneamento básico;

falta de rede de abastecimento de água; educação para a Saúde; más condições de algumas Unidades de Saúde.

Escola: falta de apoio às refeições para as crianças; falta de aquecimento; falta de WC; falta de transporte;

falta de cantina.

Estruturas: falta de uma biblioteca; falta de espaços para os jovens; falta de estruturas para o desporto;

ausência de creches; ausência de ATL; ausência de ocupação dos tempos livres; falta de atendimento social local; falta de estruturas de apoio aos problemas do alcoolismo; falta de estruturas de apoio aos problemas da droga; número elevado de toxicodependentes; ausência de lares; isolamento dos idosos; falta de centro de dia; falta de apoio aos idosos; insuficiência de escolas pré-primárias.

Família: desemprego; famílias de risco; dependência de subsídios; crianças com necessidades especiais;

famílias muito dispersas.

Articulação Institucional: falta de apoio institucional.

b) Prioridades Propostas

Prioridades propostas a 11 de Setembro de 2003: - menores em risco;

- crianças dos 4 meses aos 3 anos sem apoio institucional; - adultos sem retaguarda e com problemáticas graves associadas; - falta de oportunidades de emprego para beneficiários do RMG;

c) Problemática prioritária

Prioridade Seleccionada para o período 2003-2005: - crianças em risco.

(18)

1.3. CSIF de Jesufrei, Lemenhe, Mouquim, Nine, Arnoso (Stª Eulália),

Arnoso (Stª Maria) e Sezures

a) Diagnóstico inicial

A Comissão Social Inter-Freguesias em sessão de trabalho, nos dias 14 e 15 de Maio, procedeu à identificação participada dos seguintes conjuntos de problemas:

Valores / Educação: ausência de hábitos de higiene; insucesso escolar; desajustamento das expectativas

em relação ao emprego; baixo nível cultural (baixo nível de escolaridade); analfabetismo; baixos níveis de escolaridade da população activa feminina; falta de apoio à Terceira Idade ; falta de comunicação entre os diversos níveis de ensino; falta de valores; má utilização dos serviços de saúde; violência doméstica.

Famílias Problemáticas: falta de higiene e condições habitacionais; família problemáticas; falta de

inserção social de grupos específicos: alcoólicos e toxicodependentes; carência económica; abandono escolar; exclusão social; pobreza.

Equipamentos: falta de equipamentos de apoio à terceira idade (Lar); falta de equipamentos escolares;

falta de acessibilidades; falta de espaços para actividades extra-escolares; falta de transportes públicos; falta de recursos para ensino recorrente; falta de ocupação dos tempos livres.

Habitação: falta de habitação ; precariedade habitacional; problemas habitacionais; falta de casas para

alugar a baixos custos; falta de habitação social.

Saúde Pública e Ambiente: problema da sucata em Jesufrei; consumo de droga; consumo de álcool;

ausência de hábitos de higiene e de saúde; falta de saneamento; falta de recolha do lixo; insuficiência de recursos humanos e materiais na saúde; falta de abastecimento de água pública.

b) Prioridades propostas

Prioridades propostas a 11 de Setembro de 2003: - desempregados;

- crianças sem serviços de apoio; - dependentes sem retaguarda familiar.

c) Problemática prioritária

Prioridade Seleccionada para o período 2003-2005: - famílias em situação de pobreza e exclusão social.

(19)

1.4. CSIF de Cruz, Portela, Requião, Vale (S. Cosme), Vale (S. Martinho)

e Telhado

a) Diagnóstico Inicial

A 14 e 15 de Maio de 2002, ocorreu em sessão de trabalho, os parceiros indicaram os principais problemas do território:

Infraestruturas/Habitação: necessidade de rede de saneamento e de abastecimento de água;

necessidade de habitação social; necessidade de habitação a custos controlados; necessidade de conservação/reparação de habitação degradada.

Formação Social, Pessoal e Profissional/Família: pobreza material; ausência de competências pessoais

e sociais; desempregados; falta de formação cívica.

Saúde: falta de estruturas de apoio à toxicodependência ( apoio médico, acompanhamento pessoal e

inserção sócio-profissional); falta de médico de família; problemas de alcoolismo/apoio ao alcoolismo.

Equipamentos Sociais/Respostas Sociais/Acessibilidades: necessidade de jardim de infância;

necessidade de creche; necessidade de centro de dia; necessidade de ATL; necessidade de cantinas escolares; necessidade de lar de terceira idade; necessidade de criação de espaços para ocupação dos tempos livres de crianças e jovens; falta de apoio domiciliário integrado; necessidade de Centro Social; falta de transportes urbanos nas encostas dos vales; necessidade de meios de difusão de conhecimentos; necessidade de manter o atendimento local; abandono familiar.

b) Prioridades propostas

Prioridades propostas a 11 de Setembro de 2003:

- criação de creche, jardim de infância e um centro de actividades de tempos livres; - promoção da saúde junto dos jovens e família;

- rede de saneamento.

c) Problemática prioritária

Prioridade Seleccionada para o período 2003-2005:

(20)

1.5. CSIF de Antas e Calendário

a) Diagnóstico Inicial

As principais fraquezas das freguesias foram assinaladas nos dias 16 e 17 de Maio de 2002:

Educação: falta de formação da população em geral; falta de formação das pessoas que estão à frente

das Instituições; mediação deficiente entre a escola e os indivíduos; falta de cumprimento de regras na escola: assiduidade; analfabetismo; lidar com a protecção ambiental: lixos e falta de limpeza.

Multiculturalidade: exclusão social da etnia cigana; conflitos inter-étnicos.

Segurança: falta de segurança/roubos; violência e ausência de segurança; prostituição; falta de segurança

das pessoas e bens.

Instituições: falta de apoio às mães trabalhadoras; falta de uma intervenção mais localizada; inexistência

de relações entre todos os actores das instituições; falta de autonomia e participação na comunidade ; falta de uma articulação mais eficaz entre as instituições; falta de respostas para os reformados precocemente; pouca participação dos professores; falta de infra-estruturas de apoio à criança no final do dia lectivo ; falta de instalações adequadas.

Alcoolismo: falta de apoio a doentes alcoólicos.

Droga: existência do fenómeno da droga e toxicodependência.

Família/Idosos: crianças abandonadas no final do dia lectivo; delinquência juvenil; mães solteiras

adolescentes; falta de apoio a crianças e adultos com deficiência; negligência parental; falta de assistência aos idosos; falta de apoio à 3.ª idade; mulheres maltratadas.

Pobreza: situações de pobreza extrema; pobreza envergonhada; falta de condições de habitação. Trabalho/Imigração: trabalho precário sem direitos e descontos para a segurança social; medo de ficar

sem emprego.

b) Prioridades propostas

Prioridades propostas a 11 de Setembro de 2003: - toxicodependência e alcoolismo;

- ausência de respostas para a infância; - bairros sociais;

- desemprego;

- ausência de respostas para a terceira idade.

c) Problemática prioritária

Prioridade Seleccionada para o período 2003-2005: - bairros sociais.

(21)

1.6. CSIF de Brufe, Gavião e Vila Nova de Famalicão

a) Diagnóstico Inicial

Esta Comissão Social, nos dias 16 e 17 de Maio de 2003, produziu o seguinte diagnóstico participado:

Cultura: problemas familiares; desrespeito pelo outro e pelo que o outro constrói ;falta de solidariedade;

falta de participação das pessoas; desagregação da família e da comunidade; inserção de etnias /nova imigração; o futuro da terceira idade; intervenção social; endividamento das famílias.

Dependências: toxicodependência; jovens na toxicodependência e sem-abrigo; tráfico de drogas;

alcoolismo; dependência dos sistemas de apoio social.

Famílias: falta de ocupação dos jovens; falta de interesse de alguns pais; desinserção social dos jovens;

abandono de crianças; falta de apoio à terceira idade; maus tratos/abandono de crianças e idosos; falta de apoio à família e aos jovens.

Cooperação Social: falta de articulação entre a família, a escola e o Estado; falta de apoio domiciliário aos

idosos e doentes; ocupação de tempos livres para idosos; apoio à pobreza; meios e políticas de reinserção social; dificuldade em colocar utentes em instituições; assistência a idosos; falta de equipamentos para a infância; falta de ATL.

Qualidade de Vida: falta espaços verdes; falta de habitação social; pobreza; recursos de habitação; falta

de distribuição de uma refeição; furtos; ambiente; falta de habitação social; ruídos; segurança;

b) Prioridades Propostas

Prioridades propostas a 11 de Setembro de 2003: - desemprego;

- falta de respostas para a infância;

- população idosa em situação de dependência.

c) Problemática prioritária

Prioridade Seleccionada para o período 2003-2005: - população idosa em situação de dependência.

(22)

1.7. CSIF de Cavalões, Gondifelos, Louro e Outiz

a) Diagnóstico Inicial

Esta Comissão, nos dias 21 e 22 de Maio de 2003, produziu de um modo participado, a seguinte imagem dos problemas sociais do território:

Saúde: problemas de alcoolismo; problemas de toxicodependência; falta de educação para a saúde. Educação/Valores/Família: falta de educação para o consumo; falta de articulação entre os pais e a

escola; ausência de hábitos de cultura; baixas expectativas escolares e de vida.

Estruturas de Apoio: falta de habitação; falta de um infantário dos 0-3 anos; falta de condições para a

utilização dos equipamentos para os jovens; falta de habitação social; falta de creches; insuficiência de apoios especializados; falta de parques; inexistência de apoio domiciliário; falta de jardins de infância; falta de segurança nas escolas; falta de jardins públicos; falta de estruturas de apoio à família; edifício escolar sem condições; carência de apoio aos idosos; dificuldades de aprendizagem; falta de transporte para a escola para o desenvolvimento de actividades; carência de unidades residenciais para deficientes; falta de saneamento básico.

Emprego: inadequação entre a oferta e a procura; desemprego; rendimentos insuficientes; falta de

formação profissional.

b) Prioridades Propostas

Prioridades propostas a 11 de Setembro de 2003: - falta de respostas para a infância;

- população idosa em situação de dependência; - negligência parental;

- precariedade habitacional.

c) Problemática Prioritária

Prioridade Seleccionada para o período 2003-2005:

(23)

1.8. CSIF de Cabeçudos, Esmeriz e Lousado

a) Diagnóstico Inicial

A 21 e 22 de Maio, foram diagnosticados pelos parceiros da comissão os seguintes problemas:

Escola/Educação: pouca atenção dos pais; abandono escolar – a partir dos 12 anos; escolas como “asilos

de crianças” – pais ausentes; falta de obras urgentes na escola do Souto – Cabeçudos; abandono total das escolas – falta de apoio aos edifícios e consequente degradação e falta de equipamentos; insucesso escolar no 1º ciclo (ou dificuldades de aprendizagem).

Família: pouco apoio às famílias – desarticulação/inexistência; falta/insuficiência e equipamentos sociais –

falta de uma nova filosofia de apoio à família; exclusão social das famílias mais problemáticas; falta de valores de solidariedade; insuficiência de “apoio domiciliário”; desestruturação familiar; necessidade de terminar a pré-primária de Cabeçudos; falta de formação dos pais.

Saúde: pouco apoio aos idosos e doentes – demissão de muitas famílias; todos os serviços de saúde – nº

de técnicos insuficientes – mau funcionamento e atendimento; falta de cuidado com o ambiente – falta de educação cívica; alcoolismo da população adulta; falta de educação alimentar; droga – consumo e tráfico.

b) Prioridades Propostas

Prioridades propostas a 11 de Setembro de 2003: - mau ambiente familiar;

- insucesso escolar;

- acesso a cuidados de saúde.

c) Problemática Prioritária

Prioridade Seleccionada para o período 2003-2005: - famílias e situação de pobreza e exclusão social.

(24)

1.9. CSIF de Castelões, Oliveira (Stª Maria), Oliveira (S. Mateus),

Pedome e Riba de Ave

a) Diagnóstico Inicial

De forma participada, a 27 e 28 de Maio de 2003, os parceiros identificaram como necessidades locais:

Articulação: falta de articulação institucional; falta de articulação entre instituições públicas e particulares;

falta de articulação / comunicação entre parceiros; demasiada burocracia; falta de informação; pouca ligação escola – sociedade; dificuldades na ligação escola – família; horários de trabalho incompatíveis com os horários escolares.

Recursos: falta de segurança na escola; falta de equipamentos para idosos e deficientes; falta de apoio a

nível de ajudas técnicas; insuficiência de respostas para inserir desempregados; necessidade de melhor aproveitamento dos recursos existentes; desemprego; falta de verbas para a acção social; falta de formação profissional; fracos recursos da maioria das famílias; falta de condições de habitabilidade; baixo índice escolar e cultural da comunidade; falta de acesso à habitação; falta de técnicos; falta de recursos; insuficiência de estruturas para apoiar deficientes; falta de apoios para os carenciados; falta de

aproveitamento escolar.

Toxicodependência: toxicodependência: dificuldades de inserção e discriminação; jovens em risco: falta

de ocupação e dificuldades no primeiro emprego.

Equipamentos Sociais: apoios para portadores de deficiência; falta de equipamentos para idosos e

deficientes; insuficiência de equipamentos para a infância; insuficiência de estruturas para apoiar deficientes; falta de organizações para jovens.

b) Prioridades Propostas

Prioridades propostas a 11 de Setembro de 2003:

- prevenção da toxicodependência: pela dinamização da ocupação dos tempos livres; pela articulação institucional; pelo combate ao desemprego; pelo intervenção na família; em meio escolar e entidades educativas.

c) Problemática Prioritária

Prioridade Seleccionada para o período 2003-2005:

(25)

1.10. CSIF de Joane, Mogege, Pousada de Saramagos e Vermoim

a) Diagnóstico Inicial

A 27 de Maio de 2002, os parceiros da comissão, construíram o seu primeiro diagnóstico partilhado:

Recursos: falta de ajudas técnicas; falta de programas de ocupação de tempos livres; habitação sem

dignidade; falta de apoio ás crianças (creche/jardim); falta de habitação social; falta de um lar de idosos; falta de cantinas sociais; falta de equipamentos para crianças; falta de um centro de dia; falta de apoio aos deficientes; problemas de habitabilidade; insuficiente cobertura da rede de transportes; falta de apoio aos deficientes.

Articulação/Comunicação: falta de uma rede de informação entre instituições;

pouca articulação entre instituições e comunidade; falta de articulação escola / família; falta de apoio à criança com dificuldades de aprendizagem; má gestão dos recursos existentes por falta de orientação; falta de diálogo entre as Instituições oficiais e as ipss’s; falta de qualidade nos centros de dia; falta de espaços para jovens; falta de fiscalização; falta de articulação entre os parceiros; recursos dispersos; falta de qualidade; falta de qualidade relativamente as estruturas de ocupação de tempos livres; falta de apoio à pobreza envergonhada.

Saúde: falta de respostas para a população idosa; falta de apoio aos dependentes.

Formação: toxicodependência; baixo índice cultural; baixa escolaridade; falta de formação Profissional;

falta de respostas para a inserção de desempregados de longa duração; abandono escolar.

Família: desemprego; baixos rendimentos; incapacidade de algumas pessoas de inserção; desagregação

familiar.

b) Prioridades Propostas

Prioridades propostas a 11 de Setembro de 2003: - desemprego e formação profissional;

- educação;

- exclusão social e inclusão social.

c) Problemática Prioritária

Prioridade Seleccionada para o período 2003-2005: - desemprego e formação profissional.

(26)

1.11. CSIF de Fradelos, Ribeirão e Vilarinho das Cambas

a) Diagnóstico Inicial

Nos dias 3 e 4 de Junho de 2003, foi produzido o seguinte quadro de necessidades locais:

Educação: ausência de locais para ocupação de tempos livres dos jovens; violência manifestada pelas

crianças; currículos não adaptados às necessidades dos alunos.

Envolvimento da Comunidade: fraca participação da população; falta de acompanhamento de casos

sociais; fraco envolvimento de idosos em trabalho comunitário; excesso de consumo alcoólico por parte dos jovens; drogas.

Equipamentos sociais: poucos equipamentos sociais; ausência de locais para ocupação de tempos

Livres; falta de creches; falta de instalações.

Família: necessidades económicas devido a má gestão; irresponsabilidade dos pais na educação;

alheamento dos pais como educadores; pouca participação dos pais em relação à educação dos filhos; habitação sem condições; problemas motivados pelo alcoolismo; famílias com necessidades económicas; violência exercida sobre as crianças; falta de responsabilização das famílias.

b) Prioridades Propostas

Prioridades propostas a 11 de Setembro de 2003: - problemas habitacionais;

- falta de apoio social para crianças e idosos; - toxicodependência;

- desemprego.

c) Problemática Prioritária

Prioridade Seleccionada para o período 2003-2005: - falta de apoio social para crianças e idosos.

(27)

2. Áreas-problema

Com base nos resultados dos diagnósticos participados elaborados pelas Comissões Sociais Inter-Freguesias formularam-se as seguintes áreas-problema:

- toxicodependência e alcoolismo; - acesso a equipamentos sociais; - escolaridade e tempo livre;

- desemprego e formação profissional; - desenvolvimento das organizações; - pobreza e inserção social.

Em torno destas áreas-problema pretende-se focar o conjunto de problemas integrado com o conjunto de actores e recursos.

Ao basear-se num conjunto de problemas e necessidades apresentadas pelos actores locais, todo o trabalho posterior foi desenvolvido sob uma lógica mais transversal.

Quadro 7 – Constituição das áreas-problema

Problemas mais frequentes assinalados pelas CSIF Áreas-problema

- falta de estruturas e serviços de apoio aos idosos: serviço de apoio domiciliário, centros de dia;

- falta de equipamentos de apoio à infância: creches, ATL’s; - falta de estruturas e apoio às pessoas portadoras de deficiência; - falta completar a rede do pré-escolar;

- falta de equipamentos de apoio à comunidade e à família;

Acesso a equipamentos e serviços sociais

- existência de situações de desemprego; - falta de formação profissional;

Desemprego e formação profissional - a toxicodependência enferma todo o concelho;

- existência de um grave problema de alcoolismo;

- falta de estruturas de prevenção e apoio à toxicodependência; - falta de educação para a saúde;

Toxicodependência e alcoolismo

- as organizações sentem ainda pouca articulação entre si e estas e a comunidade;

- necessidade de difusão de informação

- falta de recursos – humanos, técnicos, financeiros, informação e comunicação

Desenvolvimento das organizações

- falta de espaços, estruturas, actividades e organizações para a ocupação dos tempos livres da comunidade, dos jovens, das crianças e dos idosos;

- manutenção de um cenário de abandono escolar, de fraca assiduidade e insucesso escolar;

- baixo nível de escolaridade da população;

Escolaridade e tempo livre

- insuficiente apoio às acções de luta contra a pobreza;

- situações de pobreza e exclusão social estendem-se por todo o concelho;

- fracas condições de habitabilidade e necessidade de novas oportunidades de acesso à habitação;

- existência de maus tratos infantis;

- falta de apoio a crianças com necessidades especiais - famílias desestruturadas e com baixos recursos económicos;

(28)

2.1. Toxicodependência e alcoolismo

a) Fraquezas

- a toxicodependência esta presente em todo o concelho; - existência de um grave problema de alcoolismo;

- falta de estruturas de prevenção e apoio à toxicodependência; - falta de educação para a saúde;

- existência de áreas do concelho com maior incidência de casos de toxicodependência, como sejam as freguesias de Pedome, Calendário, Mouquim, Gavião, Lousado e Ribeirão;

- falta de estruturas ao nível da prevenção secundária e terciária; - ainda se sente a ausência de uma estratégia concelhia global; - falta assegurar a sustentabilidade de iniciativas existentes; - falta articular projectos existentes, por exemplo o “Auto-Estima”; - cresce o número de toxicodependentes com SIDA.

- falta de uma linha estratégica - envolvimento das diversas entidades; falta de uma dinâmica de projecto em torno da população-alvo comum de diversas intervenções;

- falta de um plano consistente de intervenção – por exemplo, é necessário uma linguagem comum entre todos os intervenientes;

- é necessário qualificar tecnicamente esta área de intervenção – por exemplo, organizar espaços para propiciar momentos de distância sobre a realidade;

- falta envolver a população-alvo que dispõe de experiência/ideias sobre o problema; - problema central: CONSUMO DE DROGAS PRECOCE.

c) Forças

- experiência do Plano Municipal de Prevenção:

- existência de alguns produtos do Observatório Local (por exemplo, o estudo do meio escolar); - existência de actividades de animação em meio escolar;

- experiências locais positivas;

(29)

- os Centros de Saúde vêm prosseguindo diversos projectos, como o tema mensal ou o projecto “saúde oral”, com 6 dentistas;

d) Oportunidades

- oportunidade de encaminhar jovens em risco para a consulta do CAT; - existência do “Plano Nacional de Saúde”;

- oportunidade do projecto da OMS “Cidades Saudáveis”.

- potencial de articulação concelhia de iniciativas promotoras de saúde: troca de informação, estabelecimento de canais de comunicação., intercâmbio de planos e projectos;

- associações desportivas, culturais e recreativas podem ter um papel ao nível da promoção da saúde; - oportunidade de organização de um grande evento anual e envolvimento dos meios de comunicação social.

e) Ameaças

- passagem de um tipo de alcoolismo de consumo crónico (diário) para um tipo de consumo agudo (fins-de-semana, ex.);

(30)

Árvore de Problemas:

QUAIS SÃO OS PROBLEMAS ASSOCIADOS ÀS DEPENDÊNCIAS (COM UM ENFOQUE NA PREVENÇÃO)?

CONSUMO DE DROGAS PRECOCE

Elaboração de Sub-Culturas de Grupo Baixas expectativas em relação ao futuro • As famílias têm problemas a lidar com o problema Comportamentos de Risco

EFEITOS

Ausência de uma estratégia

global Falta de formação/Informação dos Técnicos desenvolvimento de competências Falta de planos de sociais/pessoai

Contextos

sócio-económicos vulneráveis risco e vulnerabilidade Abandono Escolar: relação/diálogo Falta de nas famílias

•••••• •••••••••••••

s ••••••••• ••••

•••• Falta de “feed-back” sobre as

estratégias informativas de prevenção •••••••••

Falta assegurar uma sustentabilidade das iniciativas existentes ••••

Falta articular projectos existentes existentes •••••

Falta aumentar intervenção em meio escolar •• Ausência de intervenções articuladas ••• Falta de ligações: investigação/instituições/acções •••

Falta de uma prática de observação Pouco trabalho em conjunto Áreas do concelho com maior

incidência Falta aplicar metodologias já

testadas Desconhecimento da real dimensão do fenómeno de alcoolismo e toxicodependência • Dificuldade em abordar estes

assuntos pelos professores/educadores••••

Falta de metodologias de envolvimento da

população-alvo Falta de uma linguagem

comum entre todos os interventores A autoridade pais/escola não

sabe como falar do tema •

Pouca informação sobre prevenção••

Alvo errado

Não são apontados

comportamentos alternativos Sub-aproveitamento escolar/iliteracia Carência nas

competências parentai •••• •••••••• s ••••• Falta de formação em competências sociais/pessoais de

prevenção Falta de ”tempo” – ocupações dos pais

exagerada •••

Falta de informação nos

adolescentes e jovens •• Falta de informação

para as famílias Falta de consciência dos efeitos do

uso da droga ••

Baixa auto-estima

- falta de informação sobre doenças sexualmente transmissíveis; - parece crescer o número de toxicodependentes com SIDA; - famílias dos dependentes com apoios sociais;

- dificuldades no acesso aos CAT; - SIDA sem acompanhamento terapêutico

CAUSAS

(31)

2.2. Escolaridade e Tempo Livre

a) Fraquezas

- falta de espaços, estruturas, actividades e organizações para a ocupação dos tempos livres da comunidade, dos jovens, das crianças e dos idosos;

- falta de ocupação dos tempos livres dos jovens;

- manutenção de um cenário de abandono escolar, de fraca assiduidade e insucesso escolar;

- continuam a sair do sistema de ensino jovens sem qualificações profissionais, não havendo instrumentos de qualificação profissional à entrada no mercado de emprego; 24 residindo aqui o principal entrave ao desenvolvimento social do Norte de Portugal; 24

- baixo nível de escolaridade da população;

- mantêm-se défices no nível ainda baixo da taxa de cobertura do Ensino Secundário. A taxa de cobertura do ensino secundário (no Ave), relativamente ao escalão etário dos 15 aos 25 anos era de 19.4% contra 21.7% do Norte e 27.3% no Continente. A taxa de cobertura do ensino técnico-profissional (no Ave), relativamente ao mesmo escalão etário, era de 7.4% contra 6.7% no Norte e 7.9 no Continente. Estes valores correlaciona-se com um meio empregador não exigente de mais e novas qualificações.

- Relacionado com a persistência do fenómeno do abandono escolar precoce, a Região do Norte mantém os índices mais baixos de escolarização a par de representar a maior concentração de população jovem.

Quadro 8 - População residente segundo o nível de ensino e o sexo e taxa de analfabetismo (1991 e 2001) – Portugal e Vila Nova de Famalicão

Nível de ensino atingido

1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Médio Superior Taxa de Analfabetismo

91 01

Portugal 35,1 12,5 10,8 15,6 0,7 10,7 11,0 9,0

Vila Nova de Famalicão 36,3 18,2 11,6 13,2 0,4 6,8 8,2 6,7

- A taxa de população analfabeta, 6,7%, sendo inferior relativamente ao território nacional, ainda é bastante expressiva, não se tendo conseguindo reduzir substancialmente, entre 1991 e 2001, o número de

analfabetos.

- Comparativamente ao continente, o concelho dispõe de qualificações escolares mais baixas, com 54,5% da população com escolaridade igual ou inferior ao 6º ano de escolaridade e 6,8% com escolaridade do

(32)

ensino superior, enquanto a Portugal regista 47,6% de população com o 1º e 2º ciclo e 10,7 com o ensino superior;

c) Forças

O crescimento da escolarização tem aproximado mais o concelho dos valores referentes ao cumprimento da escolaridade básica universal.

Melhoria generalizada dos valores médios dos indicadores de educação e valorização crescente da qualificação escolar e profissional da população activa. 23 Progressiva melhoria dos níveis de escolarização dos mais novos; 4

e) Oportunidades

- Oportunidades de desenvolvimento de actividades de animação e ocupação dos tempos livres, mobilizando os recursos materiais, a base associativa existente e promovendo o voluntariado. - Cursos de Alfabetização/1º ciclo e de 2º ciclo em cada uma das comissões sociais Inter-Freguesias; - Formação sócio-educativa e sócio-profissional nas freguesias, mediante inscrição prévia a ser feita até 30 de Setembro.

- A Coordenação Concelhia do Ensino Recorrente garante formação aos dirigentes e animadores

associativos através do cursos de Associativismo, Animadores Sócio-Culturais, Animadores de Prevenção Local e Massagens.

- Sinalização das crianças em Abandono Escolar junto das comissões sociais de freguesias. Em função dos números, talvez fosse conveniente discutir esta problemática com as Associações de Pais, com a Associação de Famílias (eventual formação na área da Escola de Pais) e com os Coordenadores de Directores de Turma das escolas das respectivas comissões sociais.

(33)

Quadro 9 – Quadro geral: educação Vila Nova de Famalicão Vale do Ave Região Norte Portugal 00/01 Estabelecimentos de ensino 1º Ciclo 88 418 3800 9254 2º Ciclo 16 64 616 1585 3º Ciclo 14 56 462 1352 Secundário 9 33 285 840 Superior 2 5 94 300

95/96 Alunos no Ensino - público+ privado

1º Ciclo 7729 31931 215295 2º Ciclo 4449 17376 121997 3º Ciclo + Secundário 10359 39674 299775 Escola Profissional 418 1596 9619 Superior 1385 2043 96723 00/01 Alunos matriculados 1º Ciclo 7571 30057 200627 494105 2º Ciclo 3776 15440 106310 256547 3º Ciclo 5460 22644 155920 387779 Secundário 4536 17051 132447 350227 Superior 1600 2900 117645 381078

96/97 Taxa líquida de escolarização do E. Básico 80.0 82.1

1991 Taxa de Analfabetismo da População com >= 15 Anos 9,2 10,5 12,9

2001 Taxa de Analfabetismo da População com >= 15 anos 6,7

1991 Taxas Específicas de Escolarização (%)

12-14 anos 84,2 79,7 81,7

15-17 anos 45,8 40,9 48,8

18-23 anos 19,0 17,3 31,2

Taxa de Cumprimento da Escolaridade (%)

(6 anos) 25-29 anos 56,9 47,2 52,9

(9 anos) 15-19 anos 22,0 20,8 26,3

97/98 Taxa de Cobertura do E. Secundário na população 15-25 (%) 19.4 21.7 27.3

(34)

2.3. Pobreza e Inserção Social

a) Fraquezas

- Os diversos problemas são referentes a uma multiplicidade de temáticas: menores; imigração; etnias; violência doméstica; bolsas de pobreza; e precariedade habitacional.

- A população reformada correspondia no Ave a 59% da população inactiva ; no Norte os reformados representam 57% da população inactiva5. Mas em termos de pensionistas, o concelho não se distingue muito dos restantes espaços nacionais.

- As ajudas financeiras da Acção Social da Segurança Social têm sido essencialmente destinadas à área da Toxicodependência e à área da Precariedade;

- Os serviços judiciais de reinserção social acompanham diversos menores, por motivos de se encontrarem em risco ou por práticas desviantes; no caso dos adultos em acompanhamento, o tráfico e a

toxicodependência estão presentes.

- A maioria das famílias acompanhadas pelos serviços judiciais de reinserção social são caracterizadas por condições de pobreza e exclusão social, e em cerca de metade delas a problemática do alcoolismo está presente.

- Persistem no concelho diversas situações atípicas de habitação.

- Como nos demonstra o resultado de um levantamento efectuado em 1998, a toxicodependência usufrui de momento de grande visibilidade como o maior problema social no concelho.

- Foram sinalizadas 11 territórios críticos em termos de integração social e coesão comunitária (bairros, aglomerados habitacionais degradados). Cada uma delas tem características próprias, e algumas delas comungam de algumas características comuns. Umas foram e ainda continuam a ser objecto de atenções especiais por parte, nomeadamente, de programas e projectos específicos.

- Mantém-se uma elevada taxa de abandono da escolaridade obrigatória por parte da comunidade cigana, sendo os membros do sexo feminino particularmente afectados. A inexistência na maioria das situações de acompanhamento e integração em estruturas sócio-educativas das crianças ciganas, tem contribuído para a reprodução do ciclo de pobreza e exclusão.

- As actividades essencialmente relacionadas com a economia informal tem colocado a etnia cigana numa zona próxima do contacto com o consumo e tráfico de tóxicos.

- O alcoolismo tem vindo a demonstrar estar bem presente nas práticas, representações, atitudes e valorações locais. A sua extensão é tão problemática como a sua contínua invisibilidade. Diga-se a este respeito, que acções como o Projecto de Luta Contra a Pobreza contribuíram em muito para a visibilidade e a perspectivação do alcoolismo como um grave problema social e de saúde.

(35)

- Como nos demonstram situações de menores em risco, de famílias desestruturadas e de mulheres vítimas de violência, o alcoolismo marca a sua presença, já quase não fazendo sentido se ele é causa ou efeito da situação.

- A pluralidade de situações de pobreza e exclusão multiplica diversas situações de crianças de risco e/ou maus tratos. A par disto para diversos meios mantém-se um contexto que não reconhece a criança como cidadão com direitos, que ainda é carente de estruturas sociais de apoio (creches, pré-escolar) e que se conforma com o abandono escolar.

- Vítimas de violência doméstica, prostituição, carência económica, “mães-solteiras” – diversas situações indiciam uma realidade provavelmente mais abrangente onde a mulher se encontra numa posição desfavorável.

- As pensões abaixo da “linha de pobreza”, a decadência do sector primário, a paralisação do mercado de arrendamento, uma não prevenção da terceira idade em termos de saúde e estabilidade económica, continuaram a colocar muitos idosos em situações de carência.

-É crescente uma nova estrutura doméstica, a dos isolados, resultante da quebra de laços familiares e bastante fragilizadora do estado de autonomia.

- Os portadores de deficiência inserem-se ainda num quadro social com diversos constrangimentos: as barreiras arquitectónicas mantém visível um não reconhecimento de direitos; baixa integração no mercado de emprego; institucionalização do deficiente; e frágil sistema de estímulos ao seu desenvolvimento e integração na sociedade.

- Em todo o norte de Portugal, diversos dados indicam a persistência de uma “pobreza integrada” derivada em parte de ciclos geracionais de pobreza persistentes e de meios sociais locais não totalmente

penalizadores dessa situação.

- Fenómenos como o envelhecimento populacional, a generalização do desemprego de longa duração e do emprego precário, a concentração espacial de situações de pobreza e desigualdades na distribuição dos rendimentos vêm colocar diversos e novos desafios.

- O conjunto da população vulnerável, pobre ou excluída socialmente deverá incluir entre outros os seguintes grupos:

- desempregados de longa duração;

- mulheres vítimas de violência e discriminação;

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- alcoólicos;

- portadores de deficiência;

- membros de minorias étnicas (ciganos; palop’s; imigrantes);

- toxicodependentes;

- idosos, pensionistas e isolados;

- famílias numerosas;

- e famílias monoparentais.

Estas diversas situações exprimem-se e interligam-se com diversos domínios de exclusão e

vulnerabilidade: a educação e a escola; o trabalho; o campo económico; a habitação; o campo social; o campo cultural.

b) Forças

- Foram implementados em cada uma das comissões sociais um Serviço de Atendimento Local,

envolvendo em 2003, 4 técnicas da Segurança Social, 5 técnicos da Câmara Municipal e 3 técnicos de 3 instituições particulares de solidariedade social, numa relação de 12700 habitantes por técnico, quando em 1999 a relação era de 30 000 por técnico.

- Diversas entidades da administração pública – tal como a Segurança Social, a Câmara Municipal, o Hospital e o Centro de Saúde - dispõem de serviços de acção social, envolvendo diversos técnicos. Por outro lado, várias entidades privadas não lucrativas têm recrutado pessoal da área do serviço social.

- Ultimamente algumas escolas já tentaram concretizar uma aproximação às especificidades culturais das crianças de etnia cigana.

- A experiência local demonstrou que actuações concertadas tomando a família como um todo, com a participação da comunidade local e com rápida integração ocupacional do doente apresentam maiores probabilidades de serem bem sucedidas na manutenção da abstinência de quem, segundo alguns, será sempre um alcoólico

- A existência de um conjunto vasto de Instituições de Solidariedade Social e o crescente envolvimento das autarquias locais nas questões da vulnerabilidade e serviços sociais podem contribuir para a

implementação de programas de combate à exclusão social; 6

- As organizações locais, principalmente as ligadas a sectores sociais, demonstram grande apetência para o desempenho de algumas funções também ao nível da educação, formação e saúde.

(37)

c) Oportunidades

- A implementação de novos projectos, a implementação das comissões sociais pode ser aproveitado para concertar territorialmente instituições e serviços em torno da atenção à população destes espaços

socialmente desfavorecidos e desvalorizados.

d) Ameaças

- Com o crescimento do processo de urbanização crescem as concentrações espaciais de situações de vulnerabilidade.

Quadro nº 11 – Possíveis indicadores de pobreza infantil

Bem-estar material Pobreza infantil (rendimentos e privação) Desemprego na família

Famílias dependentes da acção social (ex.: RSI, outros7)

Participação das crianças na força de trabalho (exploração de trabalho infantil)

Necessidades de habitação das famílias8

Saúde Taxa de mortalidade infantil para crianças (abaixo de 5 anos) Taxa de natalidade para adolescentes

Saúde infantil

Segurança infantil (rodoviária, doméstica, ...)

Consumo de drogas e álcool nas populações infanto-juvenis Listas de espera de crianças nos serviços de saúde (hospitais, centros...)

Prestação de cuidados de saúde pelas famílias Crianças com necessidades de saúde especiais Educação Frequência da educação pré-escolar

Literacia infantil

Escolaridade das populações infanto-juvenis Absentismo escolar

Abandono escolar9

Crianças com dificuldades10 de enquadramento e atendimento adequado nas escolas

Participação e Qualidade de Vida

Acesso a locais e equipamentos recreativos

Envolvimento em actividades extra-escolares (clubes) Capacidade para influenciar decisões (empowerment infantil)

Oportunidades de participação na tomada de decisão (escola, IPSS, etc.) Frequência de equipamentos de apoio social (creche, infantários e CATL)

Maus tratos a crianças e jovens11 Crianças com problemas com a justiça Crianças sem lar (....)

Crianças a viver fora da casa familiar

7 Apoios informais via Conferências Vicentinas, Programa Alimentar, ...

8 Está a ser realizado um levantamento camarário sobre habitação precária (ver – ref. Setembro

de 2003)

9 CAE Braga – abandono – Eng. Faria – director adjunto tb. faz parte do CLAS 10 disabilities

11 tipologias de maus tratos; ver Pedro Strecht – Crescer Vazio – repercussões psiquicas em

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2.4. Acesso a equipamentos e serviços sociais

a) Fraquezas

- No ano de 2000 existiam 21 Creches, com capacidade para 1034 crianças, contando-se actualmente 26 Creches com uma capacidade para 1188 crianças representando uma taxa de cobertura na ordem dos 24,7%, acima da média nacional, que em 2000, para amas e creches, representava 17%;

- Abaixo da média nacional encontram-se a CSIF de Cruz, Portela, Requião, Telhado, Vale S. Cosme e Vale S.Martinho (0%); a CSIF de Abade Vermoim, Avidos, Bente, Lagoa, Landim, Seide S.Miguel e Seide S.Paio (5,3%); e a CSIF de Cavalões, Gondifelos, Louro e Outiz (16,3%); abaixo da média concelhia encontramos a CSIF de Fradelos, Ribeirão e Vilarinho das Cambas (17,2%), a CSIF de Arnoso Stª Eulália, Arnoso Stª Maria, Jesufrei, Lemenhe, Mouquim, Nine e Sezures (19,4%) e a CSIF de Antas e Calendário (23%).

- Em 2003 registam-se 83 estabelecimentos de educação pré-escolar (rede pública e privada), com uma capacidade para 3783 crianças, representando uma cobertura de 83,8%12;

- Abaixo da média concelhia de cobertura encontram-se as CSIF de Cruz, Portela, Requião, Telhado, Vale S. Cosme e Vale S.Martinho (55,8%), Antas e Calendário (59,7%), Joane, Mogege, Pedome e Vermoim (62,5%) e Fradelos, Ribeirão e Vilarinho das Cambas (75%);

- Segundo o artigo 23º do Decreto-Lei nº 147/97, na eleição das prioridades para a instalação de

equipamentos de educação pré-escolar, consideram-se zonas muito prioritárias, aquelas que tenham uma oferta inferior a 25%, encontrando-se nesta situação as freguesias de Portela (0%), Sezures (0%), Requião (21,7%), e Mogege (24%). Consideram-se zonas carenciadas aquelas com uma oferta entre os 25% e os 50% - encontrando-se aqui as freguesias de Esmeriz (38,4%), Carreira (43,1%), Vermoim (45,4%), Gavião (46,2%), Seide (S.Miguel) (47,1%), Vale (S.Cosme) (47,1%) e Cruz (48%).

- Em 2003 registavam-se 30 ATL/Ludotecas, com uma capacidade para 2495 crianças e jovens dos 6 aos 14 anos, representando uma cobertura de cerca de 17,6%;

- Abaixo da média concelhia encontram-se a CSIF de Cruz, Portela, Requião, Telhado, Vale S. Cosme e Vale S.Martinho (4,9%), a CSIF de Cavalões, Gondifelos, Louro e Outiz (7,5%), a CSIF de Arnoso Stª Eulália, Arnoso Stª Maria, Jesufrei, Lemenhe, Mouquim, Nine e Sezures (14,5%), a CSIF de Fradelos, Ribeirão e Vilarinho das Cambas (14,8%), e a CSIF de Bairro, Carreira, Delães, Novais e Ruivães (15,4%); - Em 2003 registam-se 2 Lares de Crianças e Jovens, com capacidade para 24 utentes e 3 Centros de Acolhimento Temporário com capacidade para 24 utentes.

- Do serviço de Intervenção Precoce em 2003 a capacidade situa-se para 19 utentes;

- Não se regista no concelho o serviço de Lar de Apoio para Crianças e Jovens portadores de deficiência;

Referências

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