considerados sinais de alerta. Isso pode acontecer por alteração da
coagulação do sangue ou baixa de plaquetas. Nessa situação, o pronto
atendimento deve ser procurado para controlar o sangramento e evitar
sangramentos mais graves.
• É comum as plaquetas oscilarem e até ficarem bem baixas em algumas fases
do tratamento; nestas fases a criança, se possível, não deve cair ou se
machucar. Ofereça brincadeiras mais calmas como jogos de mesa, quebra-
cabeças, livros, desenhos, assistir um DVD, brincar no computador...
• Agora que estou no início do meu tratamento
devo evitar ir à escola, mas posso fazer
minhas tarefas com minha família, meus
amigos e professores.
Passo 15
• A criança com câncer não precisa ficar ―trancada― em casa e todos devem contribuir para que ela tenha um ambiente o mais agradável possível, respeitando algumas restrições que são impostas pelo tratamento. As restrições dependem da fase do tratamento e da imunidade da criança. É necessário evitar contato com doenças infecciosas e que a criança se machuque, pelo risco de sangramentos graves.
• Evitar excesso de visitas.
• Evitar locais com elevado número de pessoas. • Evitar contato com animais e plantas.
• Evitar contato com pessoas que estejam com doenças contagiosas. • Não tomar banho em piscina, açudes, lagoas e praias.
• Atividades esportivas em grupo estão contraindicadas.
• A escola deve ser evitada nas fases iniciais do tratamento e naquelas em que a imunidade está comprometida, mas isso não impede que a criança faça as atividades escolares em casa com a ajuda dos pais, amigos ou professores designados pela escola, um direito da criança.
• Assim que possível, ela deve ser estimulada a retornar à escola. É importante lembrar à criança que estas restrições são apenas durante o tratamento e que ela poderá voltar à sua rotina, quando ele terminar.
• Então amiguinhos, o meu tratamento acabou e consegui
me curar. Essas são algumas coisas que eu aprendi durante
o tratamento. Espero que possa ter ajudado vocês em
algumas dúvidas.
• Não esqueçam de que juntos vamos vencer esta doença!
Passo 16
• Atualmente, a criança com câncer pode ser curada na maioria dos casos, dependendo do tipo de câncer e do tratamento. Mas isso não significa que será fácil. É preciso ter muita dedicação por parte da equipe médica, da família e da criança. O seguimento rigoroso do tratamento é muito importante para que sejam obtidos bons resultados. Para cuidar da criança com câncer é importante compreender bem a doença e o tratamento.
• O maior desafio para enfrentar a doença durante esse período da vida, no entanto, é conseguir diagnosticá-la precocemente. Como os casos de câncer em crianças e adolescentes de até 12 anos de idade não são tão comuns — cerca de 1% do total de casos —, a maioria dos pais e médicos não pensa que seus filhos ou pacientes podem estar com a doença. Além disso, os principais sintomas de câncer infanto-juvenil são similares a outros problemas frequentes nessa fase da vida, como febre persistente, manchas rochas pelo corpo, gânglios e dores nos ossos ou no abdômen.
• Diferentemente do que ocorre com a maior parte dos casos de câncer em adultos, o
crescimento anormal das células em crianças e adolescentes se dá por mutações espontâneas e não decorrentes de ações ambientais. Por serem geralmente tumores embrionários, os cânceres infantis respondem melhor ao tratamento.
• O diagnóstico precoce depende do médico, mas também dos pais que devem estar alertas para o fato de que a criança não inventa sintomas e que ao sinal de alguma anormalidade, devem levar seus filhos ao pediatra para avaliação. É igualmente relevante saber que, na maioria das vezes, esses sintomas estão relacionados a doenças comuns na infância. Mas isto não deve ser motivo para que a visita ao médico seja descartada.
Referências
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