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Aplicação ativa de agente de união Silano, aguardando 60 segundos para volatilização.

CASO CLÍNICO

C) Aplicação ativa de agente de união Silano, aguardando 60 segundos para volatilização.

Fonte: Arquivo de imagens do Dr. Paulo Vinícius Soares.

O procedimento de aplicar ácido fosfórico a 37% (Ângelus) e friccionar por 60 segundos para remover cristais precipitados produz efeitos equivalentes à limpeza da peça em cuba ultrassônica por 3min).

O campo operatório foi isolado de maneira relativa, e foi realizada profilaxia dos den- tes preparados com soro e pedra pomes. O cimento resinoso de ativação física (foto- ativado) (RelyX Veneer, 3M-ESPE, A1) foi aplicado nas superfícies internas dos lamina-

aparelho LED (Radi-Call, SDI) com potência de 1200mW/cm² (Figura 28). Os contatos oclusais foram verificados em máxima intercuspidação e nos movimentos de latera- lidade e protrusão; foram realizados os ajustes necessários e posterior polimento da restauração com borrachas abrasivas de granulação fina e extrafina.

Figura 28 – Aspecto final do sorriso do paciente.

Fonte: Arquivo de imagens do Dr. Paulo Vinícius Soares.

CASO CLÍNICO 3

Paciente adulto jovem, gênero masculino, procurou atendimento por estar insatisfeito com o aspecto de uma restauração posterior. Após realização de exame clínico, foram identificadas restaurações em amálgama no dente 46. Ambas as restaurações esta- vam insatisfatórias por apresentarem margens deficientes, infiltrações e fraturas. Após exame radiográfico, verificou-se que este elemento apresentava-se com tratamento endodôntico satisfatório (Figura 29A).

Figura 29 – Aspecto inicial do dente 36: A) Restaurações em amálgama insatisfatórias. B) Remanes-

cente dentário após a remoção da restauração e de tecido cariado. Fonte: Arquivo de imagens do Dr. Paulo Vinícius Soares.

O material restaurador e o tecido cariado foram removidos, possibilitando a avaliação do remanescente dentário integro. Apesar da presença de cúspides linguais quase íntegras, a face vestibular exibia trincas no plano horizontal e longitudinal. A combi- nação das trincas com a cavidade em orifício, consequente da restauração vestibular, tornou a cúspide vestibular frágil (Figura 29B), indicando preparo para prótese fixa parcial posterior (onlay) e confecção de restauração indireta em cerâmica reforçada por dissilicato de lítio.

Após a confecção do núcleo de preenchimento em resina composta nano-híbrida (Fi- gura 30A), foi realizado preparo para restauração indireta tipo onlay, iniciando-se com a separação interproximal com ponta diamantada #2200 (KG Sorensen) (Figura 30B). Na sequência, com a ponta diamantada #3131, realizou-se a abertura da caixa oclusal e, posteriormente, a definição das caixas proximais, com aproximadamente 1mm de profundidade (Figura 30C). Devido à fragilidade do remanescente vestibular, as cús- pides desta face foram envolvidas pelo preparo com as pontas diamantadas #2135G. O término do preparo na vestibular foi estendido apicalmente devido às trincas nessa região.

A B

A redução oclusal foi realizada com a ponta #2135G, com desgaste de aproximada- mente 1,5mm, envolvendo a região em que previamente situava-se restauração em amálgama (Figura 30D). O refinamento do preparo foi realizado com pontas diaman- tadas de granulação fina (#2135F). Foi realizada moldagem com silicone por adição e, em seguida, seleção da cor e confecção de restauração provisória utilizando técnica da resina esculpida.

O molde foi enviado ao ceramista, e a restauração foi confeccionada em cerâmica vítrea reforçada por cristais de dissilicato de lítio cor A2 (IPS e.max Press, Ivoclar Vi- vadent). Para tratamento da superfície interna da cerâmica, foi utilizado condiciona- mento com ácido fluorídrico 10% (Condicionador de porcelanas, Ângelus) por 20 segundos, sendo a restauração posteriormente lavada e seca. Em seguida, a peça foi limpa em cuba ultrassônica por 3min e seca. O agente de união Silano foi aplicado com fricção ativa e se aguardou 60 segundos para a sua volatilização.

O campo operatório foi isolado de maneira absoluta e foi realizada profilaxia do pre- paro com soro e pedra pomes. Cimento resinoso autoadesivo de presa dupla (RelyX U200, 3M-ESPE) foi aplicado na superfície do preparo e na superfície interna da próte- se, que foi levada ao preparo (Figuras 31A-B).

Figura 31 – A) Inserção de cimento resinoso autoadesivo no preparo e interior da onlay cerâmica. B)

Adaptação da prótese ao preparo e estabilização por 5 minutos previamente à fotoativação. Fonte: Arquivo de imagens do Dr. Paulo Vinícius Soares.

Após a remoção do excesso do cimento extravasado, aguardou-se 5 minutos, e cada face foi então fotoativada por 60s com aparelho LED (Radi-Call, SDI) com potência de 1200mW/cm² (Figuras 32A-B). Os contatos oclusais foram verificados em máxima intercuspidação e nos movimentos de lateralidade e protusão, sendo realizados os ajustes necessários e posterior polimento da restauração com borrachas abrasivas de granulação fina e extrafina.

Figura 32 – A e B) Aspecto final de onlay confeccionada em cerâmica reforçada por dissilicato de lítio.

Arquivo de imagens do Dr. Paulo Vinícius Soares. Fonte: Arquivo de imagens do Dr. Paulo Vinícius Soares.

Paciente adulto, gênero masculino, procurou atendimento odontológico queixando- -se que uma prótese fixa metalocerâmica de três elementos, presente nos dentes 44 a 46 – pôntico do 45, tinha se soltado do pilar 44. Após realização de exame clínico, identificou-se prótese deslocada do dente 44 e, como aparentemente não havia infil- tração (lesão de cárie), várias tentativas de se remover o retentor do 46 foram feitas, sem sucesso. Considerando a necessidade de remoção não conservadora da prótese, o paciente manifestou interesse em colocar implante na região do 45 e individualizar os três dentes. Após exame tomográfico, observou-se grande perda óssea vertical e horizontal, provavelmente decorrente de exodontia. Como alternativa, restou a cons- trução de nova prótese fixa convencional.

Com o intuito de se solucionar rapidamente o caso, decidiu-se realizar o tratamento empregando equipamentos de consultório, no caso o sistema CEREC da Sirona. Op- tou-se pela opção multicamadas (multi layer) do software 4.0 do referido sistema, em que a infraestrutura e a cerâmica de cobertura da prótese são usinadas separadamente para posteriormente serem unidas com material cerâmico em alta temperatura. Dessa forma, a prótese anterior foi cuidadosamente removida com a criação de uma canaleta cérvico-oclusal com broca carbide, de maneira a desgastar a cerâmica e o metal em toda a extensão descrita, nos dois retentores.

Em seguida, com uma espátula, as metades foram forçadas para rompimento da linha de cimentação, favorecendo a remoção da peça. Ambos os retentores possuíam trata- mento endodôntico satisfatório e apesentavam retentores metálicos para reconstrução da porção coronária. Os dentes pilares foram então repreparados, apenas melhorando- -se a inclinação das paredes axiais e definindo-se a terminação cervical em ombro reto com ombro axiogengival arredondado com ponta diamantada #3097 (KG Sorensen). Em seguida, utilizando spray de dióxido de titânio (Cerec Optispray, Sirona), foi feita a opacificação das estruturas para permitir a digitalização dos pilares e das estruturas adjacentes com o scanner do sistema (BlueCam, Sirona). Após a digitalização das es- truturas (moldagem digital) da área de trabalho (pilares e tecidos adjacentes), dentes antagonistas e registro intermaxilar (Figura 33A-D), restauração provisória confeccio- nada em resina acrílica autopolimerizável foi cimentada temporariamente, até que a prótese definitiva fosse finalizada no dia seguinte.

Figura 33 – A) Tela do software CAD (in lab 4.0, Sirona) em que se seleciona o tipo de trabalho que

será executado, neste caso a opção multicamadas. B) Digitalizações do arco de trabalho, antagonista e registro intermaxilar, diretamente da boca. C e D) Montagem em articulador, recorte de troquéis, delimitação de término cervical e obtenção virtual da prótese.

Fonte: Prado & Neves Odontologia.

Para a construção da prótese, inicialmente na parte CAD (Computer Aided Design) do sistema, escolheu-se a opção multicamadas e, na sequência, escolheu-se o material cerâmico da infraestrutura (Zircônia) e de recobrimento, (Dissilicato de Lítio). Os reten- tores e o pôntico foram marcados e, após a montagem em articulador virtual, recorte dos troquéis e delimitação dos términos cervicais, as duas partes foram projetadas, uma sobre a outra.

A parte superior passou por pequenos ajustes de modo que as marcas de contatos proximais e oclusais em vermelho fossem eliminadas, sendo, então, enviadas para usinagem na unidade CAM (Computer Aided Manufacturing) do sistema, que usinou a cerâmica de cobertura (Figuras 34A-D) ou camada superficial, que é a cobertura es- tética e, em seguida a camada interna, que é a infraestrutura de zircônia (Figuras 35A-

A B

Figura 34 – A) Características do projeto da camada de cobertura. B) Posicionamento da camada de

cobertura bloco virtual com a disposição em que esta parte da prótese será fresada no bloco cerâmico.