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de Modelagem Operacional

4.2.4 Aplica¸c˜ ao do M´ etodo

4.2.4.1 Exemplos Num´ericos

Nesta se¸c˜ao aplicamos o m´etodo das matrizes operacionais complexas de Fourier a uma equa¸c˜ao de terceira ordem n˜ao-homogˆenea do tipo

d3y dx3 + ν (x) d2y dx2 + µ (x) dy dx + λ (x) y = φ (x)

onde µ (x) , ν (x) e λ (x) s˜ao fun¸c˜oes polinomiais escolhidas e φ (x) ´e uma senoide de amplitude gaussiana:

φ (x) = cos (7x) e−x2

A fim de exemplificar o uso do m´etodo, dois casos ser˜ao mostrados. O primeiro, apenas como uma ilustra¸c˜ao did´atica do processo, tomando ℓ = 2, e semiper´ıodo π/7, o

que corresponde a uma fun¸c˜ao aproximada com apenas 5 termos. Em seguida, um outro exemplo ´e desenvolvido para a mesma equa¸c˜ao, para semiper´ıodo π, com ℓ = 12, isto ´e, uma aproxima¸c˜ao com 25 termos. O objetivo deste segundo exemplo ´e mostrar a precis˜ao do m´etodo.

Exemplo did´atico Como primeiro exemplo, o m´etodo descrito, com extens˜ao ℓ = 2 e rodando em um PC Dual-core com 2GB RAM e usando Mathematica 6 ´e aplicado `a equa¸c˜ao acima com as seguintes fun¸c˜oes coeficientes:

ν (x) = x + 9, µ (x) =−x − 1, λ (x) = x2

Conforme foi abordado na se¸c˜ao anterior, podemos reescrever a equa¸c˜ao sinteticamente como D3

eq(x) f2(x) = φ (x), onde Deq3 ≡ D3 + (x + 9)D2 − (x + 1)D + x2 e D ≡ dxd. A

equa¸c˜ao resultante ser´a resolvida pelo m´etodo proposto, gerando como solu¸c˜ao uma fun¸c˜ao aproximada f2(x). A precis˜ao da solu¸c˜ao obtida ser´a avaliada atrav´es da compara¸c˜ao

entre os dois membros da equa¸c˜ao anterior, isto ´e, entre D3

eq(x) f2(x) e φ (x) .

O resto local, definido por

R2(x) :=ℜ  D3 eq(x) f2(x)− φ (x) , fornece ent˜ao uma estimativa da precis˜ao da solu¸c˜ao obtida.

Al´em disso, definindo-se o resto quadr´atico como R2ℓ(x) := |Rℓ(x)|2,

obtemos um crit´erio apropriado para estimar a precis˜ao. Apresentamos, em seguida, ambos os gr´aficos, do resto e do resto quadr´atico.

Tomamos, para esse primeiro exemplo, um semiper´ıodo L = π/7 com condi¸c˜oes de contorno yc(−π/7) = yc(π/7) = 0, apenas para ilustrar o funcionamento do m´etodo,

conforme esclarecido anteriormente. Assim, o c´alculo ´e efetuado com uma fun¸c˜ao apro- ximada de apenas 5 termos e uma condi¸c˜ao livre, j´a que a equa¸c˜ao ´e de 3a ordem nas

derivadas. Os valores intermedi´arios, determinados por espa¸camento constante, ser˜ao x1 =−14π, x2 = 0, x3 = +14π.

Nestas circunstˆancias, o covetor das condi¸c˜oes hYC|0n :=

h

yc(x0) φ (x1) φ (x2) φ (x3) yc(x4)

assume a forma hYC| = h 0 0 1 0 0 i , enquanto a matriz M ser´a

Os coeficientes do covetorh C | na fun¸c˜ao-s´erie aproximada f2(x) = h C | B i assumem

os valores: C1 =− (1.6109 + 2.51978i) × 10−6; C4 = (−6.88813 + 5.46831i) × 10−4; C2 =− (6.88668 + 5.46711i) × 10−4; C5 = 0 C3 = (−1.37587 × 10−3+ 2.63941× 10−6i) ; fornecendo a solu¸c˜ao: f2(x) = −1.37587 × 10−3+ 2.63941× 10−6i  + − (6.88668 + 5.46711i) × 10−4exp (−7ix) +

− (6.88813 − 5.46831i) × 10−4exp (7ix) − (1.6109 + 2.51978i) × 10−6exp (−14ix) ,

cujo gr´afico ´e apresentado na figura (18). Logo em seguida, na figura (19) mostra- se o gr´afico da superposi¸c˜ao entre a fun¸c˜ao φ(x) e o lado esquerdo da EDO: ed(x) = D3

eq(x)f2(x). O erro quadr´atico total Eℓ2 no per´ıodo, definido por

E2 2 = Z L −L φ (x) − D3 eq(x)f2(x) 2 dx, assume o valor num´erico E2

2 ∼= 3.32346× 10−3.

Pode-se constatar que, mesmo neste exemplo t˜ao simples, de car´ater essencialmente did´atico, o resultado obtido pelo m´etodo descrito ´e bastante satisfat´orio, como demonstra o gr´afico da figura (20), que representa a fun¸c˜ao resto quadr´atico para a solu¸c˜ao f2(x)

Figura 18: Gr´afico da fun¸c˜ao solu¸c˜ao f2(x)

Figura 19: Gr´afico da superposi¸c˜ao entre D3

Figura 20: Gr´afico do resto quadr´atico de D3 eqf2(x)

Exemplo mais significativo Agora, num segundo exemplo, c´alculos mais apurados, com maior n´umero de termos, s˜ao efetuados com a finalidade espec´ıfica de estimar o poder de precis˜ao do m´etodo. Neste caso, tomamos L = π e range ℓ = 12 na mesma equa¸c˜ao anterior, obtendo uma s´erie com 25 termos. Consideramos as mesmas condi¸c˜oes de contorno anteriores, i.e., y (−π) = y (π) = 0.

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E importante salientar que, curiosamente, para certos tipos de equa¸c˜oes diferenciais, a melhor solu¸c˜ao depende do n´umero de termos da fun¸c˜ao-candidata de uma maneira n˜ao linear. Em outras palavras, para este tipo de equa¸c˜oes, existe um valor m´aximo do n´umero de termos para o qual a solu¸c˜ao fica otimizada, quer dizer, qualquer n´umero al´em desse valor espec´ıfico ir´a inevitavelmente piorar a precis˜ao da solu¸c˜ao obtida.

A determina¸c˜ao do range de otimiza¸c˜ao parece n˜ao ser tarefa muito f´acil no momento. Entretanto, algumas rela¸c˜oes mais claras parecem emergir entre esse valor e o tipo de equa¸c˜ao a ser solucionada.

Por exemplo, se o termo independente for altamente n˜ao-linear ou apresentar uma forma inapropriada na base de Fourier, isto ´e, n˜ao se ajustar bem `a descri¸c˜ao matem´atica nessa base, aparece ent˜ao a necessidade de determinar esse fator de otimiza¸c˜ao. Caso contr´ario, ou seja, se a fun¸c˜ao se adapta bem `a descri¸c˜ao na base de Fourier ou ´e linear, certamente a precis˜ao da solu¸c˜ao crescer´a diretamente com o n´umero de termos da fun¸c˜ao candidata, conforme seria esperado. Al´em disso, h´a o fator de escolha das condi¸c˜oes inici- ais ou de contorno. ´E evidente que condi¸c˜oes de contorno inapropriadas podem modificar o formato da solu¸c˜ao obtida, chegando mesmo a impossibilitar algumas solu¸c˜oes. Toda- via, essa quest˜ao exige estudos futuros mais cuidadosos a fim de obtermos uma descri¸c˜ao

formal e pormenorizada para sua determina¸c˜ao.

Solucionando este segundo caso, a fun¸c˜ao aproximada f12(x) ´e dada a seguir, acom-

panhada de seu gr´afico, apresentado na figura (21).

Figura 21: Gr´afico da fun¸c˜ao solu¸c˜ao f12(x)

Uma an´alise gr´afica comparativa da superposi¸c˜ao entre D3

eq(x) f12(x) e φ (x) revela

um ajuste praticamente perfeito entre elas, n˜ao sendo poss´ıvel discernir as diferen¸cas visualmente no gr´afico mostrado na figura (22).

De fato, a observa¸c˜ao da fun¸c˜ao resto quadr´atico local R2

12(x), mostrado na figura

(23), fornece uma ideia apropriada da excelente precis˜ao atingida nesse ajuste. Podemos observar que o resto quadr´atico local gira em torno de 10−8, que ´e um valor consideravel-

Figura 22: Gr´afico da superposi¸c˜ao entreD3

eqf12(x) e φ(x)

Figura 23: Gr´afico do resto quadr´atico de D3

representa um resultado bastante satisfat´orio.

Tamb´em ´e interessante notar que, neste caso espec´ıfico, o resto n˜ao cresce simetri- camente nos extremos do intervalo, como normalmente acontece na expans˜ao de fun¸c˜oes peri´odicas. Uma poss´ıvel raz˜ao para essa assimetria pode estar relacionada `a propaga¸c˜ao de erros no processo de deriva¸c˜ao, mas isso constitui apenas uma hip´otese, exigindo in- vestiga¸c˜ao posterior.

´

E preciso esclarecer que a precis˜ao depende n˜ao apenas do n´umero de termos, mas tamb´em da extens˜ao do per´ıodo da fun¸c˜ao. Em geral, quanto maior o per´ıodo para dadas condi¸c˜oes iniciais ou de contorno, tanto maior ser´a o n´umero de termos necess´arios no desenvolvimento para se conseguir uma desejada precis˜ao.

Outra observa¸c˜ao importante diz respeito `as condi¸c˜oes de contorno ou iniciais. Em- bora o m´etodo funcione muito bem para certas condi¸c˜oes de contorno ou iniciais, pode falhar completamente para outros valores para os quais a equa¸c˜ao parece n˜ao apresentar solu¸c˜ao. Esse aspecto ser´a bem explorado na pr´oxima se¸c˜ao. Al´em disso, a mudan¸ca de per´ıodo acarreta modifica¸c˜oes radicais na validade da solu¸c˜ao. Uma solu¸c˜ao v´alida para um per´ıodo pode n˜ao valer para outros, se n˜ao houver uma redefini¸c˜ao das condi¸c˜oes de contorno e uma escolha apropriada do conjunto de pontos.

Em resumo, a existˆencia de solu¸c˜oes para uma dada equa¸c˜ao atrav´es do m´etodo aqui apresentado, al´em do n´umero de termos no desenvolvimento, depende tanto das condi¸c˜oes de contorno (ou iniciais) quanto da defini¸c˜ao do per´ıodo, al´em da adequada escolha dos pontos nodais.

Nesse sentido, averiguamos a possibilidade de aprimorar a efic´acia do m´etodo pela inser¸c˜ao de outros fatores, como a redefini¸c˜ao dos intervalos dos pontos de elei¸c˜ao para os nodos de Chebyshev e a introdu¸c˜ao pr´atica das s´eries de Fourier associadas, al´em do m´etodo NBV/NIV, que ser´a exemplificado adiante.

Quanto `a solu¸c˜ao com condi¸c˜oes iniciais, o procedimento ´e basicamente o mesmo que nas condi¸c˜oes de contorno e, portanto, n˜ao vemos necessidade de exemplific´a-lo separa- damente.

4.3

Implementa¸c˜ao das S´eries Associadas

Agora, conforme a exposi¸c˜ao feita no cap´ıtulo anterior, utilizaremos o m´etodo em sua forma alternativa, com as s´eries associadas, comparando os resultados entre as duas

formula¸c˜oes. Acrescentamos a isso, a compara¸c˜ao entre as solu¸c˜oes obtidas das duas formas com os conjuntos de pontos a espa¸camento constante e pelos nodos de Chebyshev. Inicialmente, constru´ımos os gr´aficos obtidos pelas expans˜oes em s´erie de Fourier original e associada para cada uma das fun¸c˜oes abaixo:

1. Sign function: f (x) =        +1, x > 0 0, x = 0 −1, x < 0 , x∈ [−L, L] , L = 9π 7 , ℓ = 13; 2. Fun¸c˜ao identidade: f (x) = x, x∈ [−L, L] , L = 9π 7 , ℓ = 13; 3. Fun¸c˜ao quadr´atica: f (x) = x2, x∈ [−L, L] , L = 9π 7 , ℓ = 3; 4. Fun¸c˜ao c´ubica: f (x) = x3, x∈ [−L, L] , L = 9π 7 , ℓ = 16; 5. Fun¸c˜ao qu´artica: f (x) = x4, x∈ [−L, L] , L = 9π 7 , ℓ = 7;

6. Fun¸c˜ao exponencial: f (x) = exp x, x∈ [−L, L] , L = 8π

7 , ℓ = 12;

7. Mexican Hat Wavelet:

f (x) = 1− 2x2exp −x2, x∈ [−L, L] , L = 10π

7 , ℓ = 5 8. Morlet Wavelet:

f (x) = cosπxp2/ ln 2exp −x2, x∈ [−L, L] , L = 13π

7 , ℓ = 12 A seguir, s˜ao mostrados os gr´aficos de todas as fun¸c˜oes listadas acima, sendo que o gr´afico em preto reproduz a fun¸c˜ao original sem expans˜ao, enquanto a linha vermelha representa a s´erie de Fourier e a azul, a s´erie associada. Algumas das figuras apresentam, al´em do gr´afico no per´ıodo total, tamb´em um gr´afico menor na restri¸c˜ao de per´ıodo da s´erie associada, no qual se pode observar melhor o comportamento de ambas as fun¸c˜oes e o detalhe dos pontos de jun¸c˜ao.

A fun¸c˜ao de expans˜ao h´ıbrida consiste, como j´a dissemos, na jun¸c˜ao entre a s´erie associada na restri¸c˜ao de per´ıodo [xe, xd] e a de Fourier original fora dele,i.e., [−L, xe)∪

(xd, L]. Na verdade, os pontos de jun¸c˜ao xe e xd pertencem ao interior do intervalo de

restri¸c˜ao e s˜ao calculados pelas intersec¸c˜oes das fun¸c˜oes aproximadas pelas duas s´eries mais pr´oximas `as bordas da restri¸c˜ao.

Como n˜ao foi efetuado aqui o alisamento das jun¸c˜oes, podemos notar, em alguns gr´aficos, os “bicos”correspondentes aos pontos n˜ao-deriv´aveis da fun¸c˜ao h´ıbrida.

Tamb´em ´e exposta uma tabela dos erros integrais das duas s´eries, original e associada, na restri¸c˜ao de per´ıodo. Esse erro ´e definido, para a fun¸c˜ao em s´erie fs(x), como

ǫ2c(fs) :=

Z xd

xe

|f(x) − fs(x)|2dx,

mesma defini¸c˜ao que a do erro quadr´atico no per´ıodo ǫ2

T, na qual, entretanto, os extremos

de integra¸c˜ao v˜ao de −L a L.

Figura 24: S´eries de Fourier original e associada da fun¸c˜ao sinal

Tabela 8: Erros quadr´aticos das expans˜oes SF/SA de algumas fun¸c˜oes nas restri¸c˜oes correspondentes Fun¸c˜ao ǫ2 c(SF ) ǫ2c(SA) Sinal 0.11577 0.00711986 Identidade 0.0194534 0.0117219 Quadr´atica 0.230418 0.0649601 C´ubica 4.75659 0.787174 Qu´artica 11.8574 0.846174 Exponencial 0.584564 0.159626 Mexican Hat 5.01441× 10−3 9.31469× 10−6 Morlet 3.04926× 10−2 4.96976× 10−3

Figura 25: S´eries de Fourier original e associada da fun¸c˜ao identidade

Coment´arios Os erros quadr´aticos totais das fun¸c˜oes FR(x) e fs(x), que s˜ao uma

forma de mensura¸c˜ao do afastamento em rela¸c˜ao `a fun¸c˜ao original, onde fs(x) ´e a expans˜ao

de Fourier e FR(x) ´e a fun¸c˜ao h´ıbrida, foram calculados em todos os casos e os resultados

obtidos, indicados nos gr´aficos por ǫ2

T, foram unanimemente mais precisos para a fun¸c˜ao

FR(x).

Nos dois primeiros casos, por exemplo, a fun¸c˜ao sinal apresentou ǫ2

T(FR) ∼= 0.18889 e

ǫ2

T(fs) ∼= 0.23347 e a fun¸c˜ao identidade: ǫ2T(FR) ∼= 1.9697 e ǫ2T(fs) ∼= 1.9775, mostrando

ligeira vantagem de precis˜ao para a fun¸c˜ao h´ıbrida. Nos casos seguintes, essa maior precis˜ao da fun¸c˜ao FR(x) ´e bastante significativa e pode ser vista diretamente pelo gr´afico,

sendo o gr´afico de fs(x) representado pela curva vermelha e o de FR(x), pela curva azul.

Para alguns casos, como os das fun¸c˜oes c´ubica e qu´artica, a diferen¸ca entre os dois erros ´e extremamente acentuada, com uma vantagem de precis˜ao not´avel para a s´erie associada. Na Mexican Hat wavelet tamb´em ocorre um aumento de precis˜ao significativo com o uso da s´erie associada em vez da original, por volta de mil vezes, j´a que a precis˜ao passa da ordem de 10−3 para 10−6.

Em resumo, o importante a ressaltar-se aqui ´e que, em todas as fun¸c˜oes estudadas, a aproxima¸c˜ao proposta por meio das s´eries associadas foi bem melhor que a obtida pela s´erie de Fourier original, ilustrando na pr´atica a demonstra¸c˜ao formal feita no cap´ıtulo anterior.

Figura 30: S´eries de Fourier original e associada da wavelet Mexican Hat

tri¸c˜ao de per´ıodo do que a devida `a s´erie de Fourier original. Isso significa que a s´erie associada tende mais rapidamente `a fun¸c˜ao original do que a s´erie de Fourier. Esse fato ´e ilustrado pela figura (32), na qual aparecem os gr´aficos da wavelet de Morlet original e as duas expans˜oes, em desenvolvimentos com v´arios ranges diferentes, com varia¸c˜ao unit´aria, desde ℓ = 4 at´e ℓ = 11 para um semiper´ıodo L = 10π7 .

Como podemos ver, j´a com ℓ = 6 a s´erie associada se aproxima da fun¸c˜ao original de modo quase perfeito, enquanto a s´erie de Fourier s´o mostra um resultado compar´avel ao obtido no desenvolvimento associado com ℓ = 5 ao atingir o range ℓ = 11, o que revela uma convergˆencia muito mais r´apida da s´erie associada. Logo, fica bem ilustrada a vantagem oferecida pelo uso da s´erie associada para per´ıodos inferiores a 2π.