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3. PROCEDIMENTOS

3.4.5. Aplicabilidade dos programas geradores de testes de avaliação

Dos três programas apresentados, actualmente o mais utilizado pelo docente é sem dúvida o DIPLOMA, uma vez que cobre todas as necessidades e está disponível sem qualquer limitação. O programa RESPONDUS continuou a ser utilizado esporadicamente como fonte de inspiração de questões para a unidade curricular de Química. Não podem ser usadas directamente as questões que acompanham o livro de “Química” de Raymond Chang, uma vez que se encontram em inglês, apesar de existir a versão portuguesa do livro.

Quanto aos programas totalmente gratuitos, como o caso do HotPotatoes, a sua utilização não é tão fácil nem tão amigável (menos user friendly) e apresentam menos funcionalidades, algumas delas bastante importantes, como a possibilidade de importar e exportar as questões.

Actualmente está construída a base de questões das diferentes unidades curriculares leccionadas pelo docente, contendo todas as questões que o docente havia criado ao longo de vários anos de docência e se encontravam dispersas pelos enunciados dos exames, frequências e testes. Houve necessidade de despender algum tempo (uma tarde) para que todas as questões da autoria do docente fossem compiladas e importadas para o programa DIPLOMA ficando desta forma todo esse material reunido numa única directoria de fácil e rápido acesso.

Ao criar provas de avaliação recorrendo ao DIPLOMA, o docente tem acesso instantâneo a todas as suas antigas questões, sendo livre de as usar novamente em conjunto com novas questões criando um teste em poucos minutos, em vez de demorar cerca de uma hora, caso pretendesse criar um teste sem recurso a este programa. Este

programa tem uma funcionalidade que permite poupar imenso tempo, permitindo criar diferentes versões da mesma prova ao alterar a ordem das questões e dentro das questões, alterar a ordem das possíveis respostas.

Como exemplo de utilização do DIPLOMA, pode-se apresentar o teste autodiagnóstico (ver Anexo 7) descrito no subcapítulo 4.4. criado para avaliar a real contribuição dos conteúdos multimédia no estudo dos alunos e permitir também aos alunos terem uma real percepção sobre a forma como seu estudo estava a ser feito.

Para elaborar o teste de autodiagnóstico, o docente recorreu à sua base de questões da unidade curricular de Bioquímica I (ver Imagem 3:42) na qual as diferentes questões estão separadas por capítulos, de acordo com o programa da unidade curricular, tendo desta forma à sua disposição cerca de três centenas de questões. Uma vez que o teste foi realizado na quinta semana lectiva, apenas foram utilizadas questões dos três primeiros capítulos: proteínas; nucleotídeos; glúcidos.

Imagem 3:42 – Base de questões de Bioquímica I

Rapidamente foram seleccionadas dez questões com as quais foi criado no programa EXAM o teste de auto diagnóstico, tal como se pode ver na Imagem 3:43. Uma vez criado o teste, existem diversas possibilidades de utilização podendo destacar-se as seguintes: exportá-lo para o TestingCenter; enviá-lo para uma plataforma LMS (Blackboard, Moodle, etc.); ou apenas exportá-lo para um processador de texto (Microsoft Word) de forma a ser impresso e entregue aos alunos uma versão em papel.

Imagem 3:43 – Questões seleccionadas para criar o teste autodiagnóstico.

Uma vez que a exportação do teste para plataformas LMS ou outras aplicações localizadas em servidores e acessíveis pela internet implica ter salas de informática disponíveis para todos os alunos realizarem a prova, para permitir a autenticação do utilizador, não foi possível realizar o teste desta maneira. Assim, optou-se por exportar a prova para o Microsoft Word (ver Imagem 3:44) e fazer uma versão impressa do mesmo (Anexo 7), sendo aplicada aos alunos em sala de aula.

Imagem 3:44 – Caixa de diálogo do programa DIPLOMA para exportar o teste criado para o formato compatível com o Microsoft Word.

Os programas descritos anteriormente têm ainda outras funcionalidades que ainda não estão a ser implementadas, como o caso de permitir aos alunos mediante a plataforma de e-learning ou o TestingCenter, obterem provas para irem resolvendo no final das quais

podem ter a respectiva cotação, dado que algumas questões podem ser corrigidas pelo computador.

Ainda que este aspecto tenha sido tido em conta e tenha sido incluído no Inquérito 1 (ver Anexo 8) cujas respostas dos alunos indicaram esta funcionalidade como muito importante no seu estudo (ver Tabela 3) não foi possível implementá-la, por limitações informáticas a nível da sala de informática para os alunos e limitações na plataforma de e- learning do IPCB.

3.5. Plataforma de E-learning – Teleformar

3.5.1. Introdução

Conhecidas em Portugal, entre outras designações por Plataformas Electrónicas de Ensino, mas internacionalmente conhecidas por LMS (Learning Management Systems) ou VLE (Virtual Learning Environment) começaram por ser desenvolvidas como forma de organizar cursos inteiramente baseados na internet (e-learning) sendo hoje em dia muito utilizados para complementarem o ensino presencial em sala de aula (B-learning).

Existem algumas LMS desenvolvidas desde a década de 90 sendo as mais conhecidas internacionalmente a BlackBoard 25, 117, 207, 208, a WebCT e a Moodle 17, 24, 209 que foram adoptadas por algumas Universidades e Institutos Politécnicos em Portugal. Contudo algumas instituições de ensino Superior optaram por adquirir outras plataformas menos conhecidas, mas que apresentam igual ou melhor qualidade. Este foi o caso do Instituto Politécnico de Castelo Branco que adquiriu em 2005 uma licença de utilização da LMS desenvolvida pela empresa TELEFORMAR (ver Imagem 3:45). A escolha de uma LMS por parte de uma instituição prende-se com factores como as características técnicas, os custos de aquisição e manutenção, assistência técnica, facilidade de utilização, compatibilidade com outras plataformas (por exemplo secretarias electrónicas). Comparando os factores mencionados, cada plataforma tem os seus pontos fortes e fracos. No cômputo geral, os responsáveis do IPCB consideraram que a opção mais favorável era a plataforma da TELEFORMAR.

A empresa TELEFORMAR concebeu a sua LMS inicialmente para cursos de formação profissional, estando estruturada segundo uma concepção de cursos de pequena duração, com algumas características dos cursos profissionais. Desta forma, e desde a sua aquisição, tem havido uma estreita colaboração entre os coordenadores da plataforma no IPCB e a empresa TELEFORMAR de forma a incluir ou modificar determinados aspectos. Estando a empresa sedeada em Condeixa-a-Nova é fácil e célere o contacto entre a empresa e o IPCB. No caso de se tratar de uma LMS como a Blackboard, a adaptação da plataforma às necessidades específicas do IPCB não seriam possíveis. Se se tivesse recorrido ao Moodle, ainda que gratuito, implicava a existência de uma equipa de informáticos no IPCB que dominasse esta plataforma para a modelar às suas necessidades.

Imagem 3:45 - Página inicial da LMS adquirida pelo IPCB à empresa TELEFORMAR

Relativamente às funcionalidades da plataforma da TELEFORMAR, comparativamente com as congéneres no mercado informático, podemos afirmar que se encontra ao nível das melhores. No entanto como qualquer aplicação informática, tem de estar em constante melhoria por parte dos seus criadores, para se manter no mesmo patamar de qualidade e serviço prestado. Uma vez que foi totalmente desenvolvida por uma equipa de informáticos pertencentes à empresa e construída segundo uma concepção modular, pode ser em qualquer altura actualizada ou modificada com extrema rapidez e eficiência.

Como podemos ver na imagem anterior, a plataforma da TELEFORMAR tem um aspecto gráfico específico para o IPCB, com pequenas alterações entre as seis Escolas Superiores que o constituem. Cada escola tem as suas características particulares, pelo que foi possível adaptar a plataforma às necessidades de cada Escola dada a relação de proximidade entre o IPCB e a TELEFORMAR. Constantemente os utilizadores da plataforma detectam aspectos que necessitam de ser modificados ou adicionados, e então são prontamente comunicados à empresa de forma a serem analisados as sugestões. Esta relação é muito vantajosa para a empresa que, desta forma, vê a sua plataforma cada vez mais completa e funcional, superando muitas das comercializadas actualmente, e dando à TELEFORMAR alguma vantagem comercial face aos seus concorrentes.