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Durante os primeiros 2 meses do estágio (aproximadamente) que realizei na Agência Nacional para a Qualificação, I.P. – na equipa Informação, Atendimento e

Acompanhamento que integra o Departamento de Coordenação e Gestão da Rede

Centros Novas Oportunidades (DCNO) – foi bastante difícil construir um projecto com significado, tanto para mim enquanto licenciada em Ciências da Educação a tirar um mestrado em Formação de Adultos, como também para a própria ANQ, I.P. Isto deveu-se ao facto de ter sentido que me deram pouca autonomia e pouca margem de manobra para actuar a vários níveis da sua actividade.

Outra das condicionantes que levou a esta situação, e que comecei por sentir logo no início do meu estágio, foi o facto de estar integrada numa equipa com um trabalho muito “técnico” e específico. Isto levou a que sentisse mais dificuldade em idealizar um projecto de estágio. Foi, por isso, difícil elaborar um projecto que estivesse directamente relacionado com o trabalho realizado por esta equipa do DCNO.

Conforme as semanas iam passando, fui tentando entender o que esta equipa fazia de concreto de maneira a acompanhar e apoiar a actividade dos Centros Novas Oportunidades, e uma das conclusões que retirei foi de que se trata de trabalho

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Mestrado em Ciências da Educação – Especialização em Formação de Adultos

44 bastante exigente, na medida em que é necessário dar-se respostas muito imediatas e muito rigorosas às equipas técnico-pedagógicas. Isto implica um conhecimento muito aprofundado sobre a realidade dos centros e sobre o trabalho que cada um vai desenvolvendo. Além disso, é preciso que esse trabalho coincida com as estratégias lançadas e os critérios de qualidade estabelecidos para o bom funcionamento de um Centro Novas Oportunidades.

Após reflectir bastante, optei por elaborar um projecto de estágio que incidisse, não em um, mas em vários pontos/aspectos do trabalho realizado por esta equipa de “Informação, Atendimento e Acompanhamento” e que contribuíram para uma melhor compreensão desta Iniciativa Novas Oportunidades, e do papel de cada um dos seus intervenientes (ANQ e os Centros Novas Oportunidades). Conforme ia realizando algumas actividades/tarefas que me iam sendo solicitadas, em que procurei sempre reflectir sobre cada uma delas, fui percebendo que poderia retirar bastante informação relevante em benefício do meu projecto.

Há, de facto, uma necessidade nesta equipa de Informação, Atendimento e

Acompanhamento que se baseia na realização de tarefas que, de início, poderão

parecer muito simples mas que podem fazer a diferença entre um bom e um mau acompanhamento aos centros. Com o número de Centros Novas Oportunidades a aumentar exponencialmente, o número de inscritos a querer aderir à iniciativa também a crescer, com a necessidade dos centros se adaptarem constantemente às transformações que vão ocorrendo relativamente à sua organização e funcionamento, a equipa “Informação, Atendimento e Acompanhamento” tem também de se confrontar e adaptar a esses mesmos desafios que se colocam hoje.

É desta forma que coloquei a seguinte questão, e que serviu de base à realização do meu projecto: De que forma os novos desafios colocados à Iniciativa Novas

Oportunidades influenciam a actividade das equipas técnico-pedagógicas dos Centros? E qual o papel da ANQ, I.P. na regulação dessa actividade?

Ou seja, interroga-se como os centros – e as suas equipas – estão a lidar com a exigência e rigor que lhes é requerida pelos eixos estratégicos da Iniciativa Novas Oportunidades, e pelos constantes desafios que são colocados. Verificamos que é depositada grande esperança nesta iniciativa – quer seja pelo Governo, quer seja pela

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45 população portuguesa em geral – e é esta confiança que leva cada vez mais adultos a quererem aderir à iniciativa, o que leva inevitavelmente à necessidade de se criarem mais centros. Contudo, este crescimento tão notório e tão rápido poderá criar algumas lacunas que não permitem que se estabeleça o rigor e qualidade desejadas, até porque actualmente a Iniciativa Novas Oportunidades depara-se com um novo grande desafio que é a implementação “oficial” do RVCC Profissional que constituirá um passo muito importante no aumento das qualificações dos portugueses.

Para manter esse rigor e qualidade nas actividades dos centros, a ANQ tem um papel fundamental na gestão e coordenação da rede nacional de Centros Novas Oportunidades, como já pudemos verificar anteriormente. E é o Departamento de Coordenação e Gestão da Rede Centros Novas Oportunidades (DCNO) que melhor pode servir os centros para que estes funcionem da melhor forma possível.

Por esse motivo, gostaria de utilizar o ponto de vista da ANQ para obter dados de forma a responder à pergunta de partida acima colocada, sendo que estes constituem a melhor fonte de informação. Considero assim relevante estabelecer alguns objectivos que vão conduzir a realização deste projecto.

Primeiro, importa definir objectivos gerais, já que são estes que descrevem as grandes orientações para as acções e são coerentes com as finalidades do projecto definindo as grandes linhas de trabalho a seguir (Guerra, 2002:163). Assim, como objectivos gerais, anuncio os seguintes:

 Conhecer as premissas e fundamentos por detrás de toda a Iniciativa Novas Oportunidades;

 Compreender o papel da Agência Nacional para a Qualificação, I. P. (ANQ, I.P) como entidade reguladora da rede nacional dos Centros Novas Oportunidades;

 Obter um conhecimento aprofundado de todo o trabalho realizado pelo Departamento de Coordenação e Gestão da Rede Centros Novas Oportunidades (DCNO), com especial atenção ao da equipa Informação,

Atendimento e Acompanhamento;

 Realizar um conjunto de actividades que sejam potenciadoras de um maior conhecimento acerca da organização e funcionamento dos Centros Novas

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46 Oportunidades, e da função da equipa Informação, Atendimento e

Acompanhamento;

 Conhecer a relação que existe entre o Departamento de Coordenação e Gestão da Rede Centros Novas Oportunidades (DCNO) e as equipas técnico- pedagógicas dos Centros Novas Oportunidades.