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Quando escolhi a ANQ, I.P. para realizar o meu estágio curricular e me foi proposto que actuasse neste departamento, considerei que seria uma óptima oportunidade para conhecer melhor esta Iniciativa Novas Oportunidades de que tanto se fala, e da qual apenas eu possuía conhecimentos bastante genéricos.

A este departamento, adiante designado por DCNO, compete promover e gerir o desenvolvimento da organização, do funcionamento e da capacidade de resposta da rede nacional de Centros Novas Oportunidades e, nomeadamente, o desenvolvimento do Sistema Nacional de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (SNRVCC), tendo por objectivo garantir qualidade e eficácia na resposta aos públicos que procuram um percurso de qualificação no âmbito da Iniciativa Novas Oportunidades.

De forma a cumprir todas as actividades que lhe competem o DCNO integra três equipas multidisciplinares distintas – como já foi dito anteriormente – com coordenação própria, e com competências específicas em três grandes e principais domínios chave da sua missão (ANQ, 2008: p.9-12):

1. Uma equipa multidisciplinar denominada “Metodologias e Instrumentos”, que tem a missão de conceber, desenvolver e disponibilizar orientações de trabalho que possibilitem aos Centros Novas Oportunidades a operacionalização de respostas relevantes e de qualidade às necessidades e à procura de qualificação, escolar e profissional, por parte dos adultos. A actividade desta equipa incide, nomeadamente, nos seguintes domínios: Orientações e instrumentos para o diagnóstico/triagem e encaminhamento de adultos para percursos de qualificação; Orientações metodológicas sobre processos RVCC (escolar e profissional); Análise das candidaturas técnico-pedagógicas dos Centros Novas Oportunidades ao POPH.

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Mestrado em Ciências da Educação – Especialização em Formação de Adultos

41 Trata-se de uma equipa com cerca de 5/6 elementos, entre os quais se encontra a Coordenadora e Directora do Departamento, Dra. Francisca Simões. Durante o meu estágio tive pouco contacto com esta pessoa, já que os nossos percursos e tarefas não se “tocaram” muito. Contudo, percebi que o seu papel é muito complexo e exigente, quer do ponto de vista de coordenação e gestão das equipas, quer do ponto de vista da própria operacionalização de todo o sistema de reconhecimento, validação e certificação de competências. È necessário um conhecimento muito aprofundado de todas as áreas que precisam de ser constantemente discutidas e coordenadas entre as três equipas do departamento de forma que todos se apropriem das mesmas informações e orientações na gestão de toda a rede de Centros Novas Oportunidades. Está claro que o papel dos coordenadores de cada equipa aqui desempenham um papel fundamental porque é através deste triângulo que se torna possível um trabalho consistente, de qualidade e com muito rigor.

É esta equipa que constrói os instrumentos e as orientações para o funcionamento dos Centros Novas Oportunidades e que, portanto, construiu muitos dos documentos que podemos hoje ter acesso no sítio da ANQ, I.P.21 Foram estes elementos que, por exemplo, elaboraram e construíram o documento orientador relativamente à operacionalização de processos de reconhecimento, validação e certificação de competências profissionais (Guia de Apoio para o RVCC PRO), documento este que foi rapidamente disponibilizado às equipas dos Centros Novas Oportunidades para se apropriarem dos seus pressupostos.

2. Uma segunda equipa multidisciplinar “Formação, certificação e acreditação”, que tem a missão de organizar e gerir o modelo e os processos de formação, de acreditação e de certificação, de entidades e técnicos associados ao desenvolvimento da missão dos Centros Novas Oportunidades. A actividade desta equipa incide, nomeadamente, nos seguintes domínios: Organização da formação aos Centros e definição de planos de formação; Reorganização e alargamento da rede de Centros e gestão dos protocolos de certificação; Acreditação de avaliadores externos.

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42 Trata-se de uma equipa com cerca de 5/6 elementos, em que a sua Coordenadora é, neste momento, a Dra. Cristina Milagre. É uma equipa em que a dinâmica de grupo está sempre presente, e isso foi bastante visível durante o meu estágio. Tive oportunidade de partilhar um gabinete com um dos elementos desta equipa, pelo que pude retirar muitas informações sobre a forma como esta equipa gere a rede de centros conforme as suas necessidades de formação e realiza acções de formação de uma forma contínua para que todas as equipas técnico-pedagógicas possam ter acesso a um conjunto de conhecimentos que lhes permitam realizar um trabalho fundamentado e de qualidade com os seus inscritos. Não é de facto um trabalho fácil, já que actualmente têm de lidar com quase 460 Centros Novas Oportunidades (cada um com o seu número de elementos de equipa) e as suas necessidades de formação são permanentes uma vez que é frequente os elementos das equipas dos Centros mudarem de funções ou mesmo até existir novas entradas de profissionais nos Centros que necessitam de uma formação inicial para desempenhar um determinado papel.

3. E, finalmente, uma equipa multidisciplinar “Informação, atendimento e acompanhamento” à qual compete conceber e operacionalizar os modelos de informação, de atendimento e de acompanhamento aos Centros Novas Oportunidades e desenvolvendo, nomeadamente, as seguintes funções: Organização do modelo e desenvolvimento das actividades de acompanhamento aos Centros Novas Oportunidades; Organização e gestão do Centro de Apoio Informativo (CAI) aos Centros Novas Oportunidades, a funcionar diariamente na Agência Nacional para a Qualificação, I.P; Gestão dos processos de itinerância dos Centros Novas Oportunidades e participação no acompanhamento dos protocolos estabelecidos com entidades diversas no âmbito da Iniciativa Novas Oportunidades.

Foi nesta equipa que me integrei durante o meu estágio, pelo que pude observar, com maior detalhe, a sua actividade. Percebi que todo o trabalho envolvido nesta equipa é um trabalho extremamente “técnico”, ou seja, é um trabalho que exige uma resposta muito célere e eficaz já que toda e qualquer alteração que haja relativamente a aspectos de funcionamento e gestão dos Centros Novas Oportunidades precisa de ser comunicada e acompanhada da melhor forma possível por esta equipa. São, neste momento, cerca de 9 pessoas a actuar nesta equipa, e o seu trabalho vai desde o

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43 atendimento por e-mail ou telefone por parte de qualquer um dos elementos da equipa – mas principalmente dos elementos do CAI – até às visitas de acompanhamento que esta equipa realiza periodicamente aos Centros Novas Oportunidades (juntamente com alguns elementos das outras duas equipas do departamento).

A coordenar esta equipa está a Dra. Manuela Freire, pessoa que me acompanhou mais de perto durante o meu estágio. Esta equipa tem nas suas mãos um trabalho muito exigente já que os seus profissionais têm de estar constantemente actualizados sobre todos os aspectos ligados a esta Iniciativa, seja a nível da legislação ou de orientações técnicas criadas, para que toda a informação seja transmitida a toda a rede nacional de Centros Novas Oportunidades. Desta forma, pode dizer-se que é esta a equipa que melhor capacidade tem para servir de “ponte” entre a ANQ e os Centros Novas Oportunidades (e suas equipas técnico-pedagógicas).