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5 DESCREVENDO A PRÁTICA ASSISTENCIAL E INVESTIGA-

5.1.6 Apresentando o Processo de Cuidar com o Bebê Canguru 5 (BC5)

BC5 tem sua vibração numerológica para o desprendimento, versatilidade e esperteza o que lhe facilitará adaptação para mudanças (CARVALHO; FIKSS, 2006).

BC5 teve um acompanhante diferente de todos os outros desta pesquisa, chegou logo após seu nascimento sob o olhar da vovó materna que será identificada como AC5 (avó canguru 5). Também, diferente de todos os outros sujeitos desta pesquisa, foi o único bebê recebido, internado, por mim durante minha assistência na UTI neonatal. Assim, posso afirmar que meu primeiro contato foi com BC5, depois com AC5 e em outro dia conheci MC5.

Ao longo da internação fomos conversando sobre todas as etapas do Método Mãe-Canguru até chegar a mais esperada, ou seja, finalmente ingressar na terceira etapa. Isto aconteceu no dia 26 de janeiro de 2007, depois de 36 dias de internação, com o consentimento da mãe e da avó em participarem da minha pesquisa.

Primeiro retorno em terceira etapa do Método Mãe-Canguru

Dia 30 de janeiro de 2007, período vespertino, chegou à Unidade de Neona- tologia MC5 com seu bebê. Com face tranqüila, a mãe interagiu com os profis- sionais de plantão e com mães ainda internadas com seus bebês. Todos queriam notícias de AC5, pois a avó participou ativamente dos cuidados a BC5 durante sua internação. MC5, sorrindo, disse que ela estava muito bem e que havia retornado ao trabalho que, por ser no horário comercial, não lhe permitia acompanhar os retornos na terceira etapa. A mãe manifestou estar ansiosa para pesagem. Então, dirigimos- nos para a sala de cuidados mínimos para realizar medidas antropométricas. Iniciei com as medidas, pois o médico estava ocupado com intercorrência na UTI.

A mãe despiu BC5 e o colocou na balança. Observei que estava corado, hidratado, pele e mucosas íntegras. Com 40 dias de vida estava pesando 1.840g, ganhou 22,5g/dia. Seu comprimento foi de 40 cm e perímetro cefálico de 32,5 cm. Anotei as medidas na carteira de saúde de BC5 enquanto o médico, já presente, avaliou ausculta cardíaca e pulmonar, não tendo alterações orientou retorno em dois dias.

Com o bebê acomodado em seu colo, conversamos iniciando a consulta de enfermagem.

∗ Como foi o primeiro dia de vocês?

MC5 recordou que ficou muito ansiosa. Colocou que mesmo tendo o apoio incondicional de sua mãe, sua acompanhante em toda internação, a responsa- bilidade de ter de amamentar, ou melhor, manter a produção de leite materno foi sua grande preocupação.

Na sua fala podemos perceber claramente sua preocupação [...] “saí do

hospital perto do meio dia, amamentei em casa no primeiro horário da tarde e depois já achei que meu leite ia ser pouco, que ele não ia parar de chorar de noite...tanto que perto das 20:00h ele chorou, eu chorava junto e meu leite não descia, foi aí que liguei pra você e busquei fórmula no hospital!” Este fato

realmente gerou muita ansiedade materna.

Depois de conversarmos ao telefone, solicitei que fosse (ou enviasse alguém) à Unidade de Neonatologia do HU para receber certa quantidade de leite em fórmula e permanecer tranqüila. Telefonei para a Neonatologia, falei com a médica e a enfermeira que estavam de plantão expondo a ansiedade materna e a

necessidade de lhe disponibilizar uma quantidade de fórmula. Com o apoio recebido das colegas foi encaminhado o leite, adequadamente conservado, entregue à mãe que foi pessoalmente buscá-lo. Com o leite em casa, sua ansiedade diminuiu e amamentou normalmente, sendo necessário ofertar uma vez o complemento, pois BC5 mamou, acalmou e dormiu.

Conversamos sobre suas preocupações e percebi em MC5 o medo de “perder” seu bebê visto ter sido fruto de concepção gemelar, parto prematuro devido óbito do 1º gemelar. MC5 falou: “soube que eram gêmeos desde o primeiro

mês. Depois do parto sempre tive medo de perder o que tinha nascido...quando fui pra casa acho que a preocupação se eu ia saber cuidar dele ou não e de ter que ter leite pra ele sobreviver me deixou em crise nervosa...foi só ter o leite de fórmula em casa que me acalmei.”.

∗ Que dúvidas você necessita esclarecer?

A mãe relatou presença de secreção ocular em BC5, olho direito. No momento da consulta não foi observada secreção Solicitei a presença do médico e em conjunto orientamos para manter boa higiene ocular com SF0,9%. Fornecemos gaze e solução fisiológica. Em caso de aumentar a secreção solicitamos para que entrasse em contato com a equipe saúde. Reforcei a possibilidade de entrar em contato comigo, via telefone, assim como fez quando sentiu medo de diminuir produção leite materno.

Indaguei à mãe se ela estava ofertando os medicamentos prescritos pelo médico no seu ingresso na terceira etapa. MC5 respondeu afirmativamente e não referiu qualquer dificuldade na oferta via oral.

* E o aleitamento como está?

MC5 segue com amamentação exclusiva. BC5 faz intervalos de 2h30min a 3 horas, com tempo de mamada de 10 a 20 minutos, segundo informações da mãe.

* Como está o manejo canguru domiciliar?

Segundo MC5 a posição canguru é realizada por ela e pela avó canguru [...}

“..quase brigamos, pois a mãe quer fazer todo tempo que está em casa, e eu digo a ela que ele precisa dormir.” A mãe relatou que a avó é cuidadosa em manter a

Questionei do tempo em permanência canguru e a mãe respondeu que geralmente segue como fazia no hospital [...] “às vezes é meia hora e outras passa

de 01 hora, faço depois das mamadas!”[...]”é muito bom porque ele respira fundo, fica quietinho, olhando pra mim!”.

CATEGORIAS DIAGNÓSTICAS DO MODO FISIOLÓGICO INDICADORES POSITIVOS DE ADAPTAÇÃO PROBLEMAS COMUNS DE ADAPTAÇÃO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM CUIDADOS DE ENFERMAGEM Amamentação mantida. Manutenção do processo

de amamentação.

Incentivar o aleitamento exclusivo.

BC5 recebe medicação (protovit e sulfato ferroso) conforme prescrição mé- dica.

Gotas polivitamínicas e sulfato ferroso são admi-

nistrados via oral.

Orientar a mãe sobre a importância da oferta po- livitaminica e sulfato fer- roso para seu bebê, pois auxiliam na manutenção fisiológica mantendo o bom funcionamento dos processos metabólicos. Mãe relatou presença se-

creção ocular em BC5.

Provável serosidade ocu- lar matinal.

Orientar higiene ocular. BC5 com ganho ponderal

diário de 22,5g. Bom ganho ponderal. Mostrar à mãe o ganho ponderal adequado. Sono e repouso de BC5

dentro da normalidade. Bom padrão atividade e descanso. Orientar a mãe quanto ne-cessidade de manter am- biente tranqüilo para o so- no e repouso de seu bebê. Eliminações fisiológicas

de BC5, presentes. Caracteres e débitos nor-mais para idade cronoló- gica de BC5.

Reforçar que as eliminações estão dentro da normalidade de débitos e caracteres para a idade cronológica de seu bebê. BC5 com integridade cu-

tânea e de mucosas; boa regulação térmica.

Bom padrão proteção e regulação efetiva da tem- peratura.

Promover higiene para boa integridade física.

CATEGORIAS DIAGNÓSTICAS DO MODO AUTOCONCEITO INDICADORES POSITIVOS DE ADAPTAÇÃO PROBLEMAS COMUNS DE ADAPTAÇÃO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM CUIDADOS DE ENFERMAGEM Medo de não manter boa

produção de leite mater- no.

Sentimento gerado quan- do foi para casa, sendo responsável em produzir o leite para seu bebê.

Dialogar com a mãe e lem- brar de sua capacidade pro- dutiva já acompanhada du- rante a segunda etapa do Método Mãe-Canguru, on- de o volume ofertado co- mo complemento após as mamadas era seu leite ma- terno ordenhado.

Medo de morte de seu

bebê. Preocupação paralela com sua capacidade de alimen- tar BC5. Insegurança ma-

Conversar sobre perdas, sentimento de medo da mor- te e orientar que o serviço

terna gerada pela morte

do 1ºgemelar intra-útero. de psicologia pode lhe servir de apoio também durante a terceira etapa. Busca da mãe pela enfer-

meira/pesquisadora em mo- mento de angústia e preo- cupação c/ leite para BC5.

Reação/preparação para enfrentar situação de risco

para cuidar de BC5.

Dialogar e fortalecer suas buscas com profissionais responsáveis pela terceira etapa.

CATEGORIAS DIAGNÓSTICAS DO MODO DA FUNÇÃO DE PAPEL INDICADORES POSITIVOS DE ADAPTAÇÃO PROBLEMAS COMUNS DE ADAPTAÇÃO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM CUIDADOS DE ENFERMAGEM MC5 e AC5 realizam pó- sição canguru.

Mãe e avó assumindo responsabilidades no cui- dado ao bebê, inserindo posição canguru.

Incentivar a posição can- guru desde que confortá- vel ao binômio que a realiza Incentivar os progressos nos cuidados e nas com- petências entre familiares. Pai de BC5 ausente. Papel paterno ausente e

sua aproximação não é estimulada por MC5.

Dialogar sobre paternidade e sentimentos de MC5 fren- te ausência do apoio paterno

CATEGORIAS DIAGNÓSTICAS DO MODO DE INTERDEPENDÊNCIA INDICADORES POSITIVOS DE ADAPTAÇÃO PROBLEMAS COMUNS DE ADAPTAÇÃO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM CUIDADOS DE ENFERMAGEM MC5 realiza carícias e fa-

las suaves com seu bebê.

Relação afetiva entre mãe e familiares com BC5.

Dialogar com a mãe sobre as formas de dar e receber carinho, promover inte- ração familiar.

AC5 realiza manejo choro de BC5 através de colo, contato pele-a-pele, e promo- vendo ambiente tranqüilo.

AC5 promove harmoni-

zação afetiva e ambiental Incentivar presença AC5 em próxima consulta.

Segundo retorno em terceira etapa do Método Mãe-Canguru

MC5 chegou ao setor com BC5, no período vespertino do dia 02 de fevereiro de 2007. Interagiu com a equipe que se aproximou e comentou, demonstrando orgulho de seu bebê, o quanto ele continuava mamando bem.

Com a presença do médico, entramos na sala de cuidados mínimos, a mãe tirou as roupas do bebê e ele foi pesado. Estava corado, também hidratado, com a pele e as mucosas úmidas e íntegras. Com 43 dias de vida, peso de 1.870g, ganhou 10g/dia. Comprimento de 41cm e perímetro cefálico de 33cm. Avaliação cardíaca e pulmonar feitas, o médico pediu para manter amamentação, dizendo que o ganho

ponderal diário diminuiu em relação à última pesagem, mas que estava dentro do limite. MC5 deve retornar em três dias.

Continuei com MC5 e seu bebê na consulta de enfermagem. ∗ Como foram os dias de vocês?

MC5 logo comentou que a secreção ocular de BC5 diminuiu com a higiene com solução fisiológica. Reforçou que estava amamentando, porém com queixa de dor na mama direita quando BC5 sugava. Ao exame físico observei pequeno trauma no mamilo. Conversamos e a mãe concordou em aplicar compressas de chá preto no peito (este chá tem efeito cicatrizante), realizar banho de sol na mama e proteger o peito com bico de silicone se a dor persistisse e a lesão aumentasse. Também reforcei o correto posicionamento do bebê durante amamentação.

MC5 referiu que seu bebê chorava durante a madrugada. Nestes momentos a avó canguru realizava cuidados de massagem abdominal e MC5 relatou que em algumas vezes BC5 liberava muitos gases ou evacuava. Segundo a mãe, acreditava que seu bebê estava iniciando com as cólicas, comuns aos bebês.

A mãe também comentou que o pai de BC5 entrou em contato para conhecer e visitar o bebê. Segundo MC5: “nossa relação não é amigável”. A visita do pai aconteceu e quem permaneceu junto com BC5 foi o irmão de MC5 (tio materno de BC5).

∗ Que dúvidas você necessita esclarecer?

MC5 indagou sobre a necessidade das imunizações. Orientei o esquema básico e a necessidade de ganhar mais peso para receber a BCG.

∗ E o aleitamento como está?

Amamentação mantida, respeitando intervalos de 3/3h. MC5 estava com um pequeno trauma no mamilo direito o que, segundo ela, gerava dor e desconforto materno durante as mamadas neste peito.

* E o manejo canguru domiciliar como está?

Segundo MC5 a avó materna realizava contato pele-a-pele por aproxima- damente uma hora, uma vez ao dia. A mãe diminuiu o tempo na posição canguru, permanece até 15 min, três vezes ao dia.

CATEGORIAS DIAGNÓSTICAS DO MODO FISIOLÓGICO INDICADORES POSITIVOS DE ADAPTAÇÃO PROBLEMAS COMUNS DE ADAPTAÇÃO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM CUIDADOS DE ENFERMAGEM Amamentação mantida. Manutenção do processo

de amamentação. Incentivar o aleitamento exclusivo. Ganho ponderal diário de

10g.

Ganho ponderal diário limítrofe.

Dialogar sobre o ganho ponderal limítrofe porém dentro das oscilações es- peradas e consideradas normais.

Dor e desconforto mater- no durante amamentação.

Trauma no mamilo. Orientar cuidados com a mama para prevenir au- mento do trauma em ma- milo, posicionar correta- mente seu bebê para sugar o peito, promover exposi- ção das mamas ao sol em curto período (10 minu- tos) e horário adequado (até as 10:00h ou após as 16:00h).

Choro de BC5 (madru-

gada). BC5 pode estar com retenção de gases provo- cando desconforto.

Reforçar contato pele-a- pele em momentos de choro de BC5, bem como massagens abdominais e flexão de membros infe- riores sobre abdômen para liberação de gases. Sono e repouso de BC5

dentro da normalidade.

Bom padrão atividade e descanso.

Promover ambiente tran- qüilo para o sono e repou- so de seu bebê.

Eliminações fisiológicas

de BC5, presentes. Caracteres e débitos nor-mais para idade cronoló- gica de BC5.

Reforçar que as elimina- ções estão dentro da nor- malidade de débitos e ca- racteres para a idade cro- nológica de seu bebê. BC5 com integridade cu-

tânea e de mucosas; boa regulação térmica.

Bom padrão proteção e regulação efetiva da tem- peratura.

Promover higiene para boa integridade física.

CATEGORIAS DIAGNÓSTICAS DO MODO AUTOCONCEITO INDICADORES POSITIVOS DE ADAPTAÇÃO PROBLEMAS COMUNS DE ADAPTAÇÃO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM CUIDADOS DE ENFERMAGEM Medo materno de não com-

preender choro de BC5. Sentimento de inseguran-ça, necessidade de apoio de familiar.

Dialogar com a mãe e lembrar de sua capacidade de lidar com o nascimento prematuro de seu bebê e do apoio incondicional de sua mãe.

CATEGORIAS DIAGNÓSTICAS DO MODO DA FUNÇÃO DE PAPEL INDICADORES POSITIVOS DE ADAPTAÇÃO PROBLEMAS COMUNS DE ADAPTAÇÃO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM CUIDADOS DE ENFERMAGEM MC5 e AC5 realizam pó-

sição canguru. MC5 diminui o tempo em posição canguru. Mãe e avó mantendo res-ponsabilidades no cuidado ao bebê.

Incentivar a posição can- guru desde que confortá- vel ao binômio que a realiza. Incentivar os progressos nos cuidados e nas com- petências entre familiares. Pai de BC5 foi visitar e

conhecer seu bebê.

MC5 não interagiu com PC5 durante visita.

Conflito de papéis entre os pais.

Dialogar sobre sentimen- tos de MC5 frente à apro- ximação de PC5.

CATEGORIAS DIAGNÓSTICAS DO MODO DE INTERDEPENDÊNCIA INDICADORES POSITIVOS DE ADAPTAÇÃO PROBLEMAS COMUNS DE ADAPTAÇÃO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM CUIDADOS DE ENFERMAGEM MC5 realiza carícias e fa-

las suaves com seu bebê.

Relação afetiva com bebê. Dialogar com a mãe sobre as formas de dar e receber carinho, promover intera- ção familiar.

AC5 realiza manejo do choro de BC5 através de colo, contato pele-a-pele, e promovendo exercícios de massagem.

AC5 presente e ativa na harmonização afetiva e ambiental.

Incentivar presença AC5 nos cuidados.

Terceiro retorno na terceira etapa do Método Mãe-Canguru

Dia 06 de fevereiro de 2007, período vespertino, MC5 chega à Unidade de Neonatologia com BC5 e na companhia de uma vizinha, adolescente, considerada amiga da família.

Em seguida foi realizada consulta médica, na sala de cuidados mínimos. Com 46 dias de vida, BC5 pesou 1.930g, ganhou 15g/dia. Comprimento de 42 cm e perímetro cefálico de 34 cm. Terminada a avaliação clínica o médico reforçou para manter amamentação e retornar em dois dias. Observei que BC5 mantinha boa integridade cutânea e de mucosas, bem como estava hidratado e corado.

Neste dia, após a mãe ter acomodado e vestido seu bebê, fomos para a sala de reuniões da Unidade. Como havia bebês internados na sala de cuidados mínimos procurei diminuir interferências e constrangimentos à MC5 durante nosso diálogo.

∗ Como foram os dias de vocês?

MC5 comentou que BC5 estava sem evacuar há 5 dias e demonstrou preocupação. Questionei como lidou com a situação. A mãe respondeu [...] “bem

ele acalmou das cólicas quando fiz o canguru...mas eu também estou usando homeopatia para gases, foi o pediatra particular que deu”. Questionei o nome do

remédio e a mãe não soube informar, ficou de trazer na próxima consulta. Ao exame BC5 apresentava abdômen flácido, sem relevo de alças. Realizei massagem abdominal e estímulo para evacuar, BC5 eliminou uma pequena quantidade de fezes semi-liquidas. Orientei para que a mãe fizesse compressas mornas no abdômen de BC5 no caso de suspeitar de cólicas.

∗ Que dúvidas você necessita esclarecer?

MC5 questionou o uso de chupeta para acalmar BC5. Conversamos sobre o manejo que vem utilizando até o momento para acalmar o choro de seu bebê como toque adequado, contato pele-a-pele, massagem abdominal, fala de carinho. A mãe colocou que: “é difícil lidar com o choro, de repente ele nem aceita a chupeta,

pois não aceitou o peito com bico de silicone...”. Orientei que a maturação do

trânsito intestinal envolve estes contratempos e reforcei que seus cuidados estavam adequados para a realidade de seu bebê.

∗ E o aleitamento como está?

A mãe mostrou-se satisfeita com o processo de amamentação exclusiva. Seu desconforto causado pelo trauma em mamilo diminuiu, pois as compressas de chá preto no mamilo traumatizado auxiliaram na cicatrização. Não fez banho de sol nas mamas, pois argumenta não ter local adequado em casa.

BC5, segundo a mãe, mama regularmente com boa pega e sucção, mantendo seu tempo de 10 a 20 minutos de mamadas. BC5 não aceitou mamar no peito traumatizado protegido com bico de silicone, a mãe não insistiu!

* E o manejo canguru domiciliar como está?

A mãe reafirmou manter o contato pele-a-pele principalmente após as mamadas. Questionada do tempo, respondeu [...] “não fico muito tempo por causa

quando chega em casa! Também fiz canguru para ver se conseguia parar o choro de cólicas...aos poucos ele acalmou!”.

CATEGORIAS DIAGNÓSTICAS DO MODO FISIOLÓGICO INDICADORES POSITIVOS DE ADAPTAÇÃO PROBLEMAS COMUNS DE ADAPTAÇÃO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM CUIDADOS DE ENFERMAGEM Amamentação mantida. Manutenção do processo

de amamentação.

Incentivar o aleitamento exclusivo.

Ganho ponderal diário 15g. Ganho ponderal diário a-

dequado. Mostrar o bom ganho ponderal saindo do ganho diário limítrofe.

Regressão do trauma no mamilo.

Diminuição do desconfor- to materno durante ama-

mentação.

Conversar com a mãe promovendo sua interação que permaneceu mesmo com desconforto em ma- ma traumatizada (mamilo) e seu bebê não aceitando mamar sem bico de sili- cone para proteção deste mamilo.

BC5 com abdômen flá- cido.

BC5 sem evacuar há 5 dias.

Ofertado ao bebê medi- cação homeopática para gases.

BC5 pode estar com pouca produção de massa fecal, pois recebe somente leite materno e mantendo uma boa absorção enteral.

Dialogar e reforçar que as eliminações estão dentro da normalidade de débitos e caracteres para a idade cronológica de seu bebê. Reforçar que o período de cinco dias sem evacuar está dentro da normali- dade para bebês que so- mente mamam ao peito, e, que ao exame físico seu bebê está com abdômen sem alterações. Solicitar para que traga o remédio homeopático no próximo retorno.

Diurese de BC5 presente. Caracteres e débitos uri- nários normais para idade cronológica de BC5.

Conversar com a mãe so- bre o bom débito urinário. Choro persistente de BC5

(madrugada). Pode estar relacionado com alterações estressan- tes de processo familiar (ausência do pai e de- pendência materna do cui- dado de AC5).

Conversar com a mãe sobre seus sentimentos e humores frente choro do bebê.

BC5 concilia sono criando

seus próprios horários. Transtornos de sono na madrugada, bebê inquieto e choroso.

Alterações do sono podem estar relacionadas com ansiedade materna frente ao horário da madrugada gerando um inadequado manejo do choro do bebê.

Dialogar com a mãe sobre suas emoções e mudanças de comportamento duran- te o período noturno o que pode lhe causar fadiga e dificultar no manejo ade- quado durante choro de BC5 BC5 com integridade cu-

tânea e de mucosas; boa regulação térmica.

Bom padrão proteção e regulação efetiva da tem- peratura.

Promover higiene para boa integridade física.

CATEGORIAS DIAGNÓSTICAS DO MODO AUTOCONCEITO INDICADORES POSITIVOS DE ADAPTAÇÃO PROBLEMAS COMUNS DE ADAPTAÇÃO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM CUIDADOS DE ENFERMAGEM Ansiedade materna quan-

do BC5 chora, desejo de introduzir chupeta.

Crença cultural influen-

ciando a mãe. Dialogar com a mãe bus-cando diminuir seu estres- se com o choro de seu bebê, lembrar sua fala con- tando que fez posição canguru quando BC5 cho- rou e que aos poucos ele acalmou-se.

Preocupação materna com ausência da evacuação de